O MENINO BRUXO: ALERTA AOS PAIS

Pr. Elinaldo Renovato de Lima


Harry Potter, um menino bruxo

Rosana Salviano

Alguma acontece no paraíso das letras. Um livro infanto-juvenil é hoje um dos mais lidos no mundo, com mais de 50 milhões de exemplares vendidos no planeta, em 35 idiomas. As aventuras de Harry Potter, um menino feiticeiro, conquistaram crianças e adultos. A autora, uma escritora escocesa sem nunca antes ter publicado um livro, J.K. Rowling, faturou US$35 milhões só no ano passado.
Os exemplares de seu best-seller juvenil vendidos no mundo inteiro renderam US$480 milhões. Quem é Harry Potter? O personagem principal das histórias de Rowling é um menino que tem uma história de vida curiosa. Quando ainda bebê, ele foi deixado à porta da família Dursley com uma carta explicando os mistérios de sua sobrevivência após um duelo que provocou a morte de seus pais. Tímido, ele cresce sob uma vida de privações, sempre se escondendo dentro de um armário embaixo da escadas e sofrendo por ver o primo, gordo e chato, ganhar sempre os melhores presentes. Mas ao completar 11 anos, ele descobre que é um bruxo e vai para a escola de Bruxaria e magia de Hogwarts, onde se inicia no mundo da feitiçaria e descobre seu passado.

Na verdade, quando bebê, ele enfrentou o mais poderoso dos bruxos, Lord Voldemort, que foi o responsável pela morte de seus pais. No confronto, alguns dos poderes de Voldemort foram transferidos para Harry, que agora carrega uma cicatriz em forma de raio na testa. O Fenômeno Quando Rowling procurou uma editora para tentar ver nas prateleiras seus livros escritos nos famosos cafés do Reino Unido, onde mora, não imaginou o que estaria presenciando anos depois. Milhões de crianças estão desenvolvendo o hábito da leitura, em plena era onde o despertar para os livros está cada vez mais difícil, devido à concorrência com os video-games e computadores.

Com uma linguagem simples e detalhada, mais para entretenimento que para literatura, como avaliam diversos escritores, os livros de Rowling já são um fenômeno. No Brasil, onde vender 10 mil cópias de um livro é sinal de sucesso, as duas primeiras sagas de Harry Potter, centenas de páginas sem ilustração, já venderam juntas 340 mil cópias. Ao todo serão sete volumes da obra, relatando a história dos sete anos de Potter na escola de Bruxos. No Brasil, foi lançado hoje (1 de dezembro) o terceiro livro, Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban.
A quarta aventura da série, Harry Potter e o Cálice de Fogo, foi lançada nos EUA e Inglaterra no mês de julho, quando milhares de crianças e adolescentes fizeram fila nas livrarias durante a madrugada para comprar a edição de 752 páginas. Nunca se viu na história da literatura um livro ser vendido tão depressa. E um livro sem figuras coloridas, bem para um público mirim. As vendas começaram pontualmente à meia-noite e só em uma livraria inglesa, uma hora depois, mais de 500 haviam sido vendidos. No mesmo dia, a livraria virtual Amazon Books negociou mais de 350 mil cópias nos EUA, Inglaterra e Alemanha, ao impressionante ritmo de 14.600 livros vendidos por hora, conforme informou a revista Veja em uma reportagem sobre as peripécias editoriais do menino bruxo. Na China, onde os livros da série chegaram em outubro, a tiragem inicial dos três primeiros volumes superou 600 mil exemplares. No Japão, só a primeira aventura já vendeu de setembro até agora 840 mil cópias.

Seguindo o faro do sucesso começam a ser lançados nos EUA ainda este mês roupas, lancheiras e comidas industrializadas com a marca Harry Potter. Para 2001 está previsto o lançamento de um filme, orçado em US$130 milhões, que atraiu mais de 40 mil crianças interessadas na interpretação de um papel. Os perigos Para muitos críticos literários J.K.Rolwling é o que se pode dizer de uma ótima contadora de histórias que descobriu um enredo de efeitos impressionantes: o da fantasia, envolvendo bruxos e magos, mesclado à vida real.
Para a escritora Tatiana Belinky, que fez a adaptação do Sítio do Pica-pau Amarelo para a TV, além do estilo cativante, as aventuras de Potter alcançaram números impressionantes também pelo marketing apelativo. "Vejo Harry Potter dessa maneira: é um fenômeno de nosso tempo, mas sem fôlego para virar um clássico", opinou nas páginas da revista Época. Na visão de Belinky, os livros de Rowling são um bom entretenimento se comparado a um outro modismo, Pokémon, ao qual ela se refere como "uma bobagem". Numa era de fenômenos efêmeros que surgem sem uma origem definida e rapidamente se moldam à sociedade, influenciando seus hábitos e costumes tão rapidamente e sem que muitos sequer percebam o estardalhaço de sua universalidade, é preciso estar constantemente em estado de alerta. Nem sempre os modismos são sinônimos de qualidade, pelo menos não do ponto de vista cristão.

De forma indiscutível, as aventuras de Harry Potter trouxeram de volta ou despertaram o gosto pela leitura em milhões de crianças, um hábito saudável e fundamental para o ser humano. Como definiu Vargas Liosa na revista Veja, "é delicioso perceber que a leitura ainda é uma forma de entretenimento". Mas os segredos do sucesso de Rowlling é que são tão obscuros quanto os feitiços da bruxaria. Harry Potter encanta porque como num passe de mágica e feitiço, faz as crianças se identificarem com ele. Ele tem um professor que o persegue, um colega de classe chato, um primo que fica sempre com os melhores presentes. A história cria uma fantástica ligaçào entre o mundo real e o da fantasia, mas tem como paralelo, o universo de poder da bruxaria.

Nos livros de Rowling, o misticismo emite seus conceitos como uma brincadeira de criança. Harry Potter é seu símbolo de força. Em plena formação de caráter e personalidade, os milhões de fãs mirins de Harry Potter aprendem a ver o ocultismo com simpatia. Como qualquer outro menino ele enfrenta dificuldades, mas descobre que sua vida pode ser muito melhor quando se inicia no mundo da feitiçaria. Um livro por si só tem o poder de atribuir a seus leitores um mundo imaginário e amplo, sem limites. Emoções únicas podem fazê-lo inesquecível e marcante, uma fonte de conhecimento e uma arma nas mãos dos formadores de opinião.

Rowling cumpre esse papel incentivando a busca do conhecimento, o estudo, o amor ao próximo e amizade, mas ao mesmo tempo transporta as crianças para uma vida de ilusões onde a luta entre o bem e mal se resume a poções mágicas, vassouras voadoras, monstros, mágicas e proteções sobrenaturais. Tudo muito bonitinho e ingênuo, mas nem por isso, menos perigoso para aqueles que entendem as sutilezas do ocultismo e o que Deus quer dizer com "ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele". (Provérbios 22:6) Rosana Salviano é Jornalista do eucreio.com

REFLEXÃO

As crianças são alvo predileto do diabo. Ele quis matar os meninos de Belém, visando o menino Jesus. Graças a Deus, seu plano foi frustrado, pois os pais de Jesus obedeceram a direção divina, tirando a criança para bem longe dos que queriam destruir sua vida. Era o "projeto Herodes" em andamento.

Esse projeto continua em vigor, hoje. O diabo quer destruir as mentes infantir, levando-as a crer que existem poderes sobrenaturais que podem ajudá-las na luta entre o bem e o mal. É uma trama diabólica. Usando o mal, o inimigo das crianças faz com que elas acreditem que estão sendo ajudadas. O livro acima descrito é mais uma das armadilhas do diabo. O menino bruxo está fazendo com que milhares de crianças, no mundo, deixem de crer no poder de Deus para crer no poder da bruxaria.

Que os pais cristãos zelem melhor pela vida de seus filhos, afastando-os do "projeto Herodes", como os pais de Jesus o fizeram.

 

Reprodução autorizada do site www.assembleiadedeus-rn.org.br/familia/port/index.htm