SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais

Disciplina: Análise do Velho Testamento I - Eclesiastes - parte 2

Professor: Anísio Renato de Andrade

VÍNCULOS DO ECLESIASTES COM OUTRAS PARTES DAS ESCRITURAS

Sob o ponto de vista de alguns comentaristas, o livro de Eclesiastes apresenta algo que nos lembra pessimismo, ceticismo, materialismo e epicurismo. Visto sob este ângulo, o livro pode parecer distante do contexto bíblico geral. Contudo, um exame mais minucioso nos mostra o contrário. Eclesiastes se encontra bastante vinculado a diversos livros da bíblia, conforme se vê no esquema abaixo.

 

REFERÊNCIA CRUZADA

ANÁLISE TEMÁTICA

 

DEUS

As referências a Deus no livro fazem com que o mesmo possa ser considerado teocêntrico, ao contrário do que sugerem alguns críticos negativos. Eclesiastes apresenta Deus como criador, doador, orientador, legislador e juiz. Tudo isso está totalmente coerente com o contexto bíblico geral. Em nossa leitura, notamos que os verbos associados à pessoa de Deus chamam a atenção por seu sentido e pela freqüência com que se repetem. Entre eles destacam-se os verbos "fazer", "dar" e "julgar", os quais reforçam a tese de que o autor apresenta Deus como criador, doador e juiz. Deus criou todas as coisas e deu muitas delas ao homem. Tudo foi feito perfeito (Ec.7.29) e formoso (Ec.3.11). Contudo, o homem corrompe a criação e também a si mesmo. De tudo isso, Deus pedirá contas ao homem no juízo (3.15,17; 11.9).

DEUS CRIADOR

Ec.3.11 – Deus fez tudo formoso em seu tempo. Deus faz uma obra oculta.

Ec.3.14 – O que Deus fez durará eternamente.

Ec.7.14 – Deus fez o dia da prosperidade e o dia mau. Não podemos ter uma visão parcial, como se as adversidades estivessem fora dos planos de Deus.

Ec.8.17 – Obra de Deus.

Ec.11.5 – Obra de Deus.

Ec.12.1 – Lembra-te do teu Criador.

DEUS DOADOR

Ec.1.13 – Deus dá o trabalho ao homem.

Ec.2.24 – Deus dá oportunidade para que o homem usufrua do fruto do seu trabalho.

Ec.2.26 – Deus dá ao homem sabedoria, conhecimento, alegria e trabalho.

Ec.3.10 – Deus dá o trabalho ao homem.

Ec.3.12-13 – Deus dá oportunidade para que o homem usufrua do fruto do seu trabalho.

Ec.5.18 – Deus dá ao homem o tempo de vida.

Ec.6.2 – A alguns, Deus deu riquezas. Dentre esses, alguns não receberam a condição de uso das mesmas.

Ec.8.15 – Deus nos dá a vida.

DEUS JUIZ

Ec.3.15 – Deus pede contas do que passou.

Ec.3.17 – Deus julgará o justo e o ímpio suprindo a falta da justiça humana (v.16).

Ec.11.9; 12.14

Depois de receber tantos dons, o que o homem faz? Se esquece de Deus. Por isso, o autor de Eclesiastes diz: "Lembra-te do teu criador.." (Ec.12.1). E quando se lembra, o homem continua sua trajetória de erros. Em seu esforço religioso, oferece o "sacrifício de tolos" (Ec.5.1). Faz votos e muitas vezes deixa de cumpri-los (Ec.5.4-6). O autor reforça o dever humano para com Deus: temer ao Senhor (Ec.5.7; 7.18; 8.12,13;) e obedecer aos seus mandamentos (Ec.12.13). Este é o nosso dever, sempre atentos ao que agrada ao Senhor (Ec.5.4; 9.7; 7.26), pois estamos todos em suas mãos. (Ec.9.1).

A CASA DE DEUS (Ec.5.1)

O livro enfatiza bastante a atividade humana. Em meio a tudo isso, faz-se referência à casa de Deus, na qual o homem deve "guardar o seu pé." A casa de Deus é um lugar onde o homem deveria parar sua atividade e ouvir a voz de Deus. "Inclina-te mais a ouvir..." Nota-se nessa ordem a importância da palavra de Deus, a qual deve ser ouvida pelo homem. Precisamos ter cuidado para que o excesso de atividade humana não venha ocupar o lugar da palavra de Deus em nossas igrejas e em nossas vidas. "Inclina-te mais a ouvir..."

Não basta "escutar" a palavra de Deus. O verbo "ouvir" pressupõe "atender", "obedecer". A obediência inclui atividade, mas agora tem-se uma ação divinamente orientada.

O autor nos alerta contra a religiosidade fútil diante do verdadeiro Deus. Assim, o servo de Deus estaria fazendo tolices como fazem aqueles que não conhecem o Senhor. Este é o caso de se fazer muita coisa para Deus e deixar de fazer exatamente o que ele mandou que fizéssemos.

O versículo 2 do capítulo 5 nos traz uma expressão ainda mais íntima. Agora o homem está "diante de Deus". Nesse momento, o homem tem a tendência de falar muito e falar errado. O autor condena essa precipitação e abundância de palavras (Ec.5.2-3). Está em pauta a questão da oração. Quando oramos de forma impensada, corremos o risco de falar tolices, inclusive fazendo votos que não poderemos cumprir (Ec.5.4-6). Isso ocorre, principalmente, quando se tem um tempo de oração a observar. Muitas vezes, o assunto já terminou mas ainda há tempo para orar. Então começamos a encher o tempo com palavras vazias e repetitivas (Mt.6.7). Seria melhor então que dedicássemos esse tempo para ouvir o Senhor através da sua palavra. Quando orarmos, precisamos de objetividade. Isto será melhor que a excessiva quantidade de palavras. Precisamos ter em claro em nossa mente o objetivo da nossa oração. Como disse Oséias: "Tomai convosco palavras e voltai para o Senhor. Dizei-lhe: Perdoa toda a iniqüidade." (Os.14.2). Pelo quê vamos orar? Não devemos começar a falar ou cantar de modo irrefletido e irresponsável. Tendo objetivos claros, poderemos nos lembrar deles e esperar conscientemente a resposta de Deus. Veja a objetividade do salmista que diz: "Uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei: que eu possa habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo." (Salmo 27.4).

No mesmo versículo em que diz que o homem está "diante de Deus", o autor completa dizendo que o homem está na terra e que Deus está nos céus. Pode parecer uma contradição. Contudo, acho mais coerente ver nesse texto não uma idéia de distância geográfica, mas de duas realidades diferentes, dois níveis distintos. A realidade divina é representada pela palavra céu. A realidade humana é terra. Muitas vezes, nossas orações são erradas porque não compreendemos a ação divina. Queremos interpretá-lo sob a ótica terrena. Nós vemos as obras de Deus, não as compreendemos, mas queremos julgá-las. Então nos precipitamos com nossa boca e falamos de modo errado diante de Deus. Isso pode ser nossa reclamação, nossa murmuração, que também é um tipo de oração negativa. Deus está no céu. O seu propósito é superior. Sua vontade é suprema. Vamos então nos inclinar para ouvir e aprender com ele.

Ao dizer que "Deus está nos céus e tu estás sobre a terra", é como se o autor estivesse exortando o leitor a "se colocar no seu lugar". O adorador que chega para cultuar a Deus, não está em posição de determinar o que Deus deva fazer, nem a ele cabe o questionamento das obras divinas, nem tampouco a revolta ou rejeição contra os desígnios do Senhor. Se assim for, não é adoração que veio prestar.

No versículo 4, encontramos a afirmação de que "Deus não se agrada de tolos." O culto tem o objetivo de agradar a Deus. Afinal, para quem é o culto? Para Deus ou para os que cultuam? Se o culto estiver voltado para o homem, então este se tornou o seu próprio deus. Se o objetivo da nossa pregação e do evangelho que anunciamos for para agradar aos homens, então não somos servos de Cristo (Gálatas 1.10).

O HOMEM

Todo o livro de Eclesiastes se relaciona ao ser humano. Evidentemente, foi escrito para o homem, avalia a vida humana, as relações humanas e a relação entre o homem e Deus.

Muitas vezes o autor menciona "o homem". Tal referência é um tratamento genérico, ou seja, refere-se a qualquer ser humano, seja homem ou mulher, independente de qualquer distinção. Temos nesse detalhe uma evidência do caráter universal de Eclesiastes. Sua mensagem se dirige a todos os homens (12.13), e não apenas aos judeus, como seria natural em se tratando de um escrito do Velho Testamento. Logo, esse livro apresenta uma característica avançada para o seu contexto, não se restringindo pelo nacionalismo ou exclusivismo judaico.

Em outros momentos, a expressão "o homem" ganha um complemento. Por exemplo: "O homem que é bom" (2.26). O termo "que" determina um tipo específico de homem, ou simplesmente o homem genérico em situações específicas.

"O homem" - genérico - caráter universal de Eclesiastes (1.3; 2.3; 6.10; 7.2; 8.8; 12.13)

"O homem que... " - específico - 2.12,26 etc

PROGRESSÃO DA ANÁLISE DO AUTOR SOBRE O HOMEM

Capítulo 1 - Salomão vê o universo.

Capítulo 2 - Salomão vê a si mesmo, fala consigo mesmo, fala de si mesmo e de seus interesses, conquistas, construções e decepções. Nesse capítulo, os pronomes e verbos se referem quase que exclusivamente à primeira pessoa do singular: Vejamos os números de acordo com a versão bíblica de Thompson: Nos primeiros 20 versículos do capítulo 2 o pronome "eu" aparece 5 vezes; "meu" 11 vezes; "minha" 5 vezes; "me" 7 vezes; "mim" 5 vezes, "comigo" 1 vez, e 44 verbos referentes ao próprio autor, incluindo conjugações em primeira pessoa e os gerúndios, particípios e infinitivos relacionados. Existem ainda alguns verbos em terceira pessoa mas usados pelo autor para se referir ao seu próprio coração, seus olhos e suas mãos. Nesses mesmos versículos existem poucas referências genéricas ao homem e algumas mais específicas, que se referem aos servos e servas do autor. Em resumo, Salomão está analisando sua própria vida para tirar conclusões aplicáveis a todos os homens.

A partir do versículo 21 do capítulo 2, o autor vê os outros homens, suas atividades e relações mútuas.

AS RELAÇÕES HUMANAS

Observando as relações humanas, o autor vai especificando o papel ou posição do homem dentro da relação ou fora dela. Surgem então as seguintes referências:

- O próximo (ou estranho) – mostra contato casual, sem compromisso, sem amizade, sem parentesco – (4.4; 6.2).

- O companheiro – o amigo (4.10).

- Mulher, filho, irmão, parente - relação conjugal e familiar – (4.7-12; 6.3; 7.26; 9.9; 11.5)

- Relação social – (4.1; 5.8; 8.2).

Como disse Deus, "não é bom que o homem esteja só". Assim, ele se aproxima do outro tornando-se "próximo". Havendo uma relação amistosa e cooperativa, tornam-se "companheiros". A próxima fase é a relação conjugal e familiar, que não deve suprimir o companheirismo da fase anterior, ou não deveria suprimir. Da família surge a sociedade. Salomão contempla o quadro social de sua época com as diferenças de classes e relações sociais diversas. Em meio a tudo isso, o autor avalia também as relações do homem com Deus, como são e como deveriam ser (cap.5 e 12).

 

 

 

 

 

 

RELAÇÕES E POSIÇÕES SOCIAIS

Como vimos, muitas vezes o autor de Eclesiastes se refere ao homem de forma genérica e, às vezes, de forma específica. Tais tratamentos evidenciam as igualdades e as diferenças humanas. Em alguns momentos o homem quer ser igual ao outro homem. Em outro instante, quer ser diferente. Por exemplo, se o homem quer entrar em um grupo, então procura ser igual aos demais, assumindo valores e padrões de identificação do grupo, afim de ser aceito. Quer ser normal, de acordo com as normas do grupo. Depois que sua admissão está consumada, o homem procura ser diferente para obter destaque. Busca então a individualidade. Em última análise, o homem não quer ser genérico, comum. Quer ser específico, especial, diferente. Por isso, sempre deseja posições, adjetivos e títulos que o façam diferente e, de preferência, superior ao seu próximo (Ec.1.16; 2.7,9). No arranjo social humano, Salomão observou que o homem genérico assumiu ou recebeu posições diferenciadas.

O homem comum (genérico) herda posições e títulos (10.16; 2.7) - adquire (disputa) posições, títulos e adjetivos. Acaba ganhando outros adjetivos, alguns até indesejáveis e talvez merecidos. O fato é que estamos sempre sendo julgados, sentenciados e rotulados pelos que nos observam.

Vejamos as diferenças morais e sociais observadas no Eclesiastes. A questão moral está sempre ligada à social. O moral é essencialmente social. Quem é injusto o é, geralmente, em relação ao próximo.

Selecionando alguns adjetivos: rico, pobre, justo, ímpio, sábio, tolo, opressor e oprimido, fizemos o esquema acima, apresentando as combinações que julgamos possíveis (3.17; 4.1; 5.8; 5.12; 7.7). Algumas delas podem ser vistas no Eclesiastes. Nosso objetivo é perceber a análise social que Salomão fez. Ele observa tais características do ser humano e algumas combinações entre elas. Em 4.13, menciona-se um "jovem pobre sábio" e um "rico velho tolo". Jovens e velhos podem ser encontrados em qualquer das posições acima descritas. Estão em confronto posicões sociais e condições morais. Precisamos examinar essas combinações, de modo que venhamos a perceber o valor de cada característica. Somos convidados a avaliar a pior e a melhor combinação. Salomão fez esse tipo de exame e concluiu: "Melhor é o jovem pobre e sábio." Destaca-se nessa frase o valor da sabedoria.

Algumas combinações são desconcertantes. Em 9.11-18 temos um "sábio pobre oprimido". Com isso, o autor mostra que não existe uma relação lógica e natural entre sabedoria e riqueza, ou entre justiça e riqueza, ou entre idade avançada e sabedoria. Ter um "jovem sábio" (Sal.119.100) ou um "sábio oprimido" (7.7; 10.5-7) não parece ser algo natural. Contudo, a bíblia vem nos mostrar essas realidades. O próprio autor de Eclesiastes parece um pouco surpreso com tais observações. Ele fica admirado ao constatar que não é dos sábios o pão, nem dos prudentes a riqueza (9.11). Algumas expectativas acabam não se cumprindo. Como poderíamos então falar da riqueza como algo ligado necessariamente à vida do servo de Deus? Parece que esse tipo de associação não tem respaldo bíblico.

É possível que uma pessoa se desloque entre os níveis morais e sociais apresentados. Deus nos dá tempo e oportunidade para descer ou subir. Descer é sermpe mais fácil. O rico pode perder sua riqueza por qualquer má aventura (5.14). Para o pobre tornar-se rico é bem mais difícil. Já nascemos em uma posição social definida. Temos sobre nós o peso da herança. O livro fala sobre "o que nasceu pobre", o "servo nascido em casa" (4.14; 2.7) e também sobre um rei que é criança, ou seja, nasceu rico (10.16). Contudo, aquele "que nasceu pobre" tornou-se rei. Saiu do cárcere para reinar (4.14). O autor mostra a mudança de posição social. Vemos aí a possibilidade que, estando nos propósitos divinos, torna-se realidade. Tal referência nos faz lembrar a história de José do Egito, que saiu do cárcere para governar.

O homem se ilude com sua posição e passa a desprezar ou até a oprimir aquele que lhe parece inferior. Salomão examina tudo isso e chega a mostrar os riscos da riqueza e e os prazeres do pobre (5.12-20).

Em todo esse quadro de situações e posições, o que importa de fato é a questão moral ou espiritual do homem. Muitas vezes nos deixamos levar pela questão de riqueza e pobreza como se isso fosse o mais importante. Muito mais significativo é o peso da justiça, da impiedade, da sabedoria e da tolice.

O homem se ilude com sua posição social, mas precisa se conscientizar de sua real condição para viver bem com Deus e com o próximo. Por isso, o autor compara o homem com os animais. Tenta, assim, mostrar a igualdade humana, a despeito da aparente diferença (3.18-20; 5.15.)

Diante de tantos adjetivos, destacam-se: "vivos" e "mortos" como o melhor e o pior adjetivo, já que enquanto há vida há esperança de melhora em todos os aspectos (9.1-5). A morte vem mostrar a igualdade humana. Do pó para o pó. A desigualdade da vida se desfaz no pó da morte (Jó 3.11-22). Contudo, o Eclesiastes fala do juízo. Então, a desigualdade volta à pauta. Não uma desigualdade social, mas uma desigualdade espiritual e eterna em consequência da desigualdade moral em vida (Dn.12.2). Lembre-se da história do rico e do Lázaro, sua desigualdade social em vida e sua desigualdade espiritual pós-túmulo.

TIPOS DE RELAÇÕES SOCIAIS OBSERVADAS PELO ECLESIASTES

Serviço (Serviço + propriedade = escravidão) - 2.7-8

Governo - 8.2-4

Domínio - 8.9

Opressão - 4.1 = (Governo + opressão = Ditadura)

Família (2.18,21,26)

Contato físico (3.5)

Exploração (6.2)

Pranto pelo morto - 12.5

Esquecimento - 2.16

O autor fala sobre um aspecto ideal para as relações humanas: a ajuda e o consolo ao próximo. Contudo, nesses casos, ele aconselha mas não viu nenhum exemplo para mencionar. (11.1-3; 4.1). Observam-se no texto referências aos erros e conflitos que ocorrem nas relações humanas em todos os níveis (4.1,4; 5.8; 7.21,22,26; 10.4-5,20; 7.7; 9.14). Contudo, os relacionamentos humanos corretos são apresentados como necessários e fundamentais (4.8-12; 9.9). Se tudo isso pode trazer problemas, a ausência das relações pode ser ainda um problema pior. "Ai do que estiver só..." (4.10).

CARACTERIZAÇÃO HUMANA NO ECLESIASTES

 

O substantivo comum "homem" é alterado por adjetivos, advérbios, predicados, predicativos ou trocado por outro substantivo ao qual acrescentam-se novos adjetivos. Desse modo, caracterizamos as pessoas.

Exemplos:

Homem

Homem que trabalha

Homem trabalhador

Profissional

Bom profissional

Péssimo profissional

 

Homem

Homem que não trabalha

Homem preguiçoso

Malandro

Malandro perigoso

Malandro muito perigoso.

Note-se a evolução da caracterização humana. Estamos sempre conquistando ou ganhando adjetivos e substantivos. Exemplos em Eclesiastes.

Homem (genérico) (6.3)

Homem que seguir o rei (2.12).

Homem pobre (9.15)

Pecador (2.26)

Grande rei (9.14)

Tais terminologias podem parecer muito semelhantes em sua função caracterizadora do ser humano. Contudo, quando usamos a preposição "que" estamos, normalmente, falando de uma ação eventual. Uma coisa é falar de um "homem que faz o bem". Outra coisa é chamá-lo de "bom". Somente uma prática constante pode dar ao homem o adjetivo correspondente à sua ação. Seria correto dizer que o "homem que segue o rei" é um seguidor? Só diríamos isso se soubéssemos que existe a prática constante de seguir o rei. Poderíamos chamá-lo de "discípulo"? Só se soubéssemos que existe entre ambos um compromisso. Uma coisa é se referir a alguém como "um homem que escreve". Outra coisa é chamá-lo de "escritor", "escriba" ou "escrivão". Então, para cada tipo de ação ou situação usamos um tipo de caracterização que, embora seja semelhante, contém sentido bem diverso. Os adjetivos negativos, entretanto, são adquiridos com mais facilidade. Por exemplo, "o homem que" roubar uma única vez já ganhará o nome de "ladrão", do qual dificilmente se desvencilhará no futuro.

 

 

SITUAÇÕES, AÇÕES, POSIÇÕES, E TÍTULOS

Somos caracterizados em função de situações em que nos encontramos, ou devido às nossas ações, ou por causa das posições que ocupamos. Sempre gostamos de ganhar adjetivos. Ser chamado de "homem" não chega a ser, normalmente, um elogio ou um insulto, mas ser chamado de "homem forte" já é algo totalmente diferente. Veja como o adjetivo muda completamente a imagem da pessoa, mesmo que isso seja uma ilusão. Entretanto, os adjetivos não chegam a ser satisfatórios para o ser humano. O homem quer possuir títulos honrosos. Poderíamos falar de alguém como "um homem que governa". Isso é pouco. É uma designação fraca. Então podemos acrescentar-lhe um adjetivo: "homem governador". Daí, como acontece com muitos adjetivos, o "governador" se torna substantivo. Substantivo é nome. Então, já não chamamos habitualmente tal homem pelo seu nome próprio, mas pelo título recebido. Contudo, o homem quer títulos mais pomposos. Então o governador ganha título de "rei", "presidente", etc.

Saindo um pouco do nosso livro-tema, vejamos no evangelho de João, capítulo 1 (19 a 28), a valorização humana pelos títulos. O texto fala de sacerdotes e levitas (note os títulos) que foram entrevistar João Batista e lhe perguntaram: "Quem és tu? És Elias? És profeta? Quem és? Que dizes de ti mesmo?" Após dizer várias vezes "não sou", João se identificou como "a voz que clama no deserto". Ele poderia ter se apresentado como levita, já que era da tribo de Levi, ou pelo menos como filho do sacerdote Zacarias. Poderia dizer que era profeta e não estaria mentindo. Contudo, João não aceitou títulos. Aqueles judeus queriam saber qual era a posição social e religiosa de João. A posição era importantíssima para eles, como, muitas vezes é para nós. Contudo, João não disse quem ele era mas sim o que ele estava fazendo: "Eu sou a voz que clama...". O mais importante não é o título que temos mas o trabalho que estamos executando. Acontece, em muitos casos, o contrário. Muitas pessoas têm títulos mas não fazem aquilo que o título indica. É como uma garrafa com um rótulo bonito e conteúdo ruim.

FAZER, SER E ESTAR

Sempre fazemos muitas coisas. Mas queremos ser alguma coisa, e essa é a ilusão resultante dos adjetivos e títulos. Queremos adjetivos relativos aos nossos bons atos ou boa situação. Quando os recebemos, pensamos que somos aquilo. Por exemplo: o homem "rico" age, pensa e vive como se houvesse alcançado o "ser" rico. Na realidade o correto seria que tal pessoa se visse como alguém que "está" rico. Esta é a visão real da vida humana. O verbo ser não é muito apropriado para o ser humano, a não ser naquela declaração divina: "Tú ÉS pó." Aí está o que o homem é. Nas outras questões, o verbo "estar" é o mais coerente com a transitoriedade humana. Precisamos nos lembrar disso, afim de que não venhamos a ser dominados pela soberba, pelo orgulho e pelo desprezo para com o próximo. O verbo ser é bem apropriado para a pessoa de Deus. Somente ele É, SEMPRE FOI E SEMPRE SERÁ. Ele não muda. Por isso, ao ser perguntado por Moisés sobre o seu nome, o Senhor respondeu: "EU SOU".

 

Vejamos os adjetivos e títulos encontrados no livro de Eclesiastes, os quais demonstram a atenção do autor em relação à caracterização humana em função de suas situações, ações, posições e conseqüentes títulos. Normalmente pode-se constatar que para cada posição de destaque ou vantagem existe outra simetricamente oposta, onde outra(s) pessoa(s) ocupa(m) lugar de desprezo. Sem isso, não haveria valor para as posições de destaque. Afinal, não haveria nenhum destaque. Em alguns casos, o adjetivo apresentado não se encontra no texto mas está subentendido.

Servo / senhor - 7.21; 10.7

Governador / governado - 10.4-5; 7.19

Rei / súdito - 1.1; 9.2; 9.14; 10.16,20; 5.9; 8.2

Dominador / dominado - 8.9 (pastor dominador?) 9.17

Pregador / ouvinte (povo) - 1.1; 12.9

Sucessor - 4.15; 2.18-19

Altos - 5.8

Rico / pobre (trabalhador) - 5.8 5.12,13; 9.14-16; 10.6;

Sábio / tolo (insensato) - 7.19; 10.6; 8.1,5; 2.14; 5.1; 6.8; 9.11; 7.4-7,9; 7.19; 8.17;

9.1; 9.14-15,17; 10.2-3,6,12-15

Príncipes - 10.7,16,17;

Nobres (adj. e subst.) - 10.17

Cantor e cantora - 2.8.

Jovem / velho - 4.13

Justo / ímpio - 7.15-17,20; 8.10,13,14; 9.1-2

O estranho - 6.2

Louco - 2.14

Forte (homem?) - 6.10; 7.19

Paciente - 7.8

Orgulhoso - 7.8

O homem que teme - 7.18; 8.12

(Homem) que faça o bem - 7.20

(Homem) que nunca peque - 7.20

(Homens) que entravam no lugar santo - 8.10

Pecador - 8.12; 9.18

(Homem) que não teme - 8.13

Bom / mau - 9.2

Puro / impuro - 9.2

(Homem) que sacrifica - 9.2

(Homem) que jura - 9.2

(Homem) que não sacrifica - 9.2

(Homem) que não jura - 9.2

Ligeiros, valentes, prudentes, entendidos - 9.11

Grande - 9.14

Perfumista - 10.1

Encantador – 10.11

Preguiçoso – 10.18

Consolador (não há) - 4.1

Obs.: No capítulo 12 temos a caracterização exclusiva da pessoa de Deus: Único pastor/ criador (12).

 

"Sábio" é um adjetivo (e também substantivo) entre os mais valorizados pelo Eclesiastes. O sábio, mesmo que seja "pobre", poderá superar o "grande", o "rico" e o "forte" (9.14-18). O jovem sábio supera o rei velho e insensato (4.13). Outro adjetivo em destaque é o "justo". Contudo, o autor insiste que todos serão "esquecidos". Todos serão anulados pela morte (2.14-16). Entretanto, o livro deixa uma janela aberta para a eternidade. Apesar da transitoriedade de seus efeitos terrenos, a sabedoria e a justiça terão valor eterno diante do juízo divino (12.14).

 

VIDA, MORTE E ETERNIDADE

 

O Eclesiastes aborda a trajetória humana:

No espaço da vida é que se encontram todas as posições, adjetivos e títulos assumidos pelo homem. Enquanto se tem o adjetivo "vivo" muitos outros são cobiçados e conquistados. Depois, recebe-se um único adjetivo: "morto" (9.3-6), o qual é o mais duradouro que o ser humano pode possuir antes do juízo. Salomão fala então da morte de modo claro e direto (2.16; 3.2,18-21; 4.2; 5.15; 6.3; 7.1-4,17; 8.10,13; 9.10; 12.5,7). Enfatiza a igualdade biológica humana, que muitas vezes é esquecida diante da desigualdade social. Em sua ênfase biológica, o autor acaba por comparar o homem com os animais irracionais. A mortalidade humana e a ineficácia de todos os recursos diante de tal realidade são fatos apresentados de modo contundente como que numa tentativa de mostrar ao homem a fragilidade de suas posições sociais e a importância das questões morais, uma vez que estas serão consideradas no juízo divino (12.14). O homem se ilude com suas posições, seus títulos e usa de sua condição para oprimir o seu próximo.

A referência que o livro faz à eternidade é bem resumida mas fundamental. Sem isso, tal escrito estaria confinado em uma visão biológica, terrena e limitada pela morte. A maior parte das declarações do autor estão restritas aos aspectos terrenos da vida humana. Por isso é usada a expressão "debaixo do sol". Dentro desse limite, tudo é vaidade. A menção à eternidade é uma "janela" que o autor deixou como um escape para a vaidade terrena e o motivo principal para se cultivar a justiça e a sabedoria nesta vida.

O HOMEM E O ANIMAL

- Qual é a vantagem de um sobre o outro? (Ec.3.19).

- Sob o ponto de vista biológico: nenhuma. Esse é o tipo de visão que o autor tem ao comparar homens e animais. Observe semelhança do Salmo 49 com a visão de Eclesiastes.

- O animal se restringe aos limites da natureza.

- O homem vive desafiando, superando e contrariando a natureza. 7.29

- Isto é bom ou ruim?

- Depende de seu uso para o bem ou para o mal.

- Qual o limite? Quando o progresso ameaça o equilíbrio. Onde é esse ponto? Só a sabedoria pode responder em cada situação.

- O homem tem o que aprender com o animal.

- A formiga, o gafanhoto, as aves do céu. Não têm títulos nem posições sociais, mas trabalham no tempo certo. (Pv.6.5-8; Pv.30.21-33; Mt.6.26). Salomão observou e aprendeu.

- O animal tem o seu prazer nas coisas simples. O autor nos chama a atenção para os prazeres simples da vida: comer, beber, dormir, ver o sol, gozar a vida (Ec.2.24; 5.18; 5.12; 9.9; 11;7).

- Desvantagem humana: o homem tem o pecado (8.11) que o animal não tem. (Cobiça: Ec.4.8; 5.10; 6.7,9 – inveja: Ec.4.4 – ansiedade: Ec.5.12).

- O homem precisa reconhecer sua semelhança biológica com o animal (3.18-19 - morte) para refletir sobre sua cobiça e sua soberba.

- O homem vai além do animal quando é espiritual.

- Homem natural x homem espiritual - I Cor. 2.14

 

TEMPO

DEUS NOS DEU O TEMPO - NÃO SABEMOS QUANTO - NÚMERO DEFINIDO DE DIAS -

TEMPO = OPORTUNIDADE

Entre as coisas que Deus deu ao homem está o tempo. (oportunidade - a cada manhã - Lm.3.22-23).

Como nasce o sol, também "nascemos" a cada dia. Ec.1.5.

Ec.2.3 - Número dos dias - definido – porém, pode-se morrer antes - 7.17 (Ex.: suicídio).

O que fazemos da oportunidade que Deus nos dá? Apc. 2.20-21 (arrependimento do pecado ou tolerância?).

Na palavra oportunidade estão todos os valores relacionados à vida humana.

Tempo ocupado pelo trabalho - 8.16 - para oprimir 8.9 - por dores 2.23 nas trevas 5.17

No Novo Testamento temos a parábola da grande ceia. Cada convidado se ausentou porque preferiu preencher seu tempo com outras coisas, as quais não eram más em si mesmas. Porém, tornaram-se malignas porque se constituíram em empecilho ao propósito de Deus para aquelas pessoas. (Mt.22.1-14; Lc.21.34).

TEMPO PARA TUDO - DETERMINADO - NÃO PREDESTINADO - É USADO OU PERDIDO

Ec.3 - Equilíbrio em tudo - tempo para isso e para aquilo. Ex.: tempo de falar e tempo de estar calado. Quem perde esse equilíbrio torna-se desagradável.

O autor diz que há tempo para tal coisa mas não diz quando é esse tempo. É preciso sabedoria para se discernir o tempo certo.

Ec.3.1, 11 - Tempo determinado não é predestinação. É um tempo definido para uma realização. A ação humana não está determinada. Passa o tempo de plantar mas o homem não planta. Jr.8.7

Não há tempo determinado para o pecado - 9.8

A SABEDORIA E O TEMPO - SABER O TEMPO E O MODO

Um dos sinais da sabedoria é a identificação do tempo e do modo. Ester 1.13 Ec.8.5-6.

O homem não conhece o seu tempo: 9.11-12

ESPERA OU INICIATIVA?

A espera - necessária ou demasiada? Cautela ou covardia? Preguiça? (10.18)

A iniciativa - necessária ou precipitada? Decidido ou apressado?

Tensão entre a espera e a iniciativa. É preciso sabedoria para se decidir por uma ou outra atitude.

Os erros e acertos (nossos ou dos outros) vão nos ensinando. Experiência gera sabedoria.

Se tivermos oportunidade de repetir certas ações, talvez possamos fazê-las de modo cada vez mais correto e no tempo apropriado. Porém, algumas ações são únicas na vida. Não podemos errar, já que não teremos chance de tentar novamente. Por isso, precisamos de sabedoria prévia, não produzida pelo erro anterior, mas pela palavra de Deus (Jr.8.9) e pelo dom do Espírito Santo (Tg.1.5; I Cor.1.19-30; 2.1-16; 12.8). A sabedoria humana, terrena, pode ser muito útil para o êxito material, mas a sabedoria espiritual é aquela que conduz o homem à justiça e à salvação.

"Filho meu, ouve as minhas palavras..." Ouvir a experiência dos pais pode poupar os filhos de muitos sofrimentos desnecessários. É uma maneira mais suave de se adquirir alguma sabedoria.

No tempo certo - 10.17

Antes da hora - 10.16

Pressa - 5.1-2; 8.3; 7.8-9. Pv.14.17; 16.32; 25.8 Tardio - Tg.1.19

Não tardes - 5.4;

EM QUE SITUAÇÃO SE DEVE ESPERAR?

Quando se trata de um fruto que precisa amadurecer. (3.11) (Tg.5.7)

Quando se trata de um investimento cujo resultado requer tempo. (EC.11.1)

SEJA TARDIO PARA O MAL OU PARA O QUE FOR ARRISCADO (Tg.1.19)

EVITE-O AO MÁXIMO – Em algumas situações, uma ação negativa poderá ser necessária para que se

evite um mal maior. É preciso muita sabedoria para se julgar esse tipo de situação. (PV.6.16-18)

NÃO DEMORE A FAZER O BEM (Rm.12.11,12,13).

A DIVISÃO DO TEMPO

Tempo – Vida – Anos – Dias – Manhãs e Tardes

Tempo (princípio e fim) Ec.3.11 / Vida – Ec.9.3 (adolescência, mocidade, primavera da vida, Ec.11.9-10; 12.1, velhice – Ec.12.1-7) /

Anos – Ec.11.8 / Dias - Ec.11.8 (manhã e tarde – Ec.11.6 - Gn.1.5,8,13,19,23,31)

Ec.11.8 - Não pense apenas nos anos. Administre os dias.

Salomão menciona o dia em Ec.1.5.

A expressão "debaixo do sol" indica o dia.

O valor do dia - Mt.6.11,30-34 - o pão nosso de cada dia.

Ensina-nos a contar os nossos dias. Salmo 90.12-15; 89.47.

Dia - unidade de tempo a ser administrada. É o que temos.

Lembra-te do teu criador nos DIAS da tua mocidade. Ec.12.1.

Gozar o bem todos os dias - não perca a chance diária - 5.18,20/ 8.15; 9.9 11.9.

Preocupação com o dia - gasto como sombra - 6.12 - Não se pode reter a sombra. Inconsistente, uma ausência de luz.

Dias bons e dias maus - 7.14 - 12.1

Dia da morte - 8.8 (7.1).

O dia mais importante: hoje - Heb. 4.7 - II Cor. 6.2.

PARA USAR BEM O TEMPO, ESTABELEÇA ORDEM DE PRIORIDADE

"Antes que..." (Cap.12)

11.6 - plantar primeiro, comer depois. (Compare 11.6 com 10.16).

Prioridade - 12.1 - Não espere - "Antes que..." vs. 1,2,6.

Lembra-te do Criador antes que tudo isso aconteça, inclusive o verso 7.

Antes, porque "depois" será muito tarde.

NÃO PERCA O FOCO ENTRE O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO.

Foco no passado - 7.10

REMINDO O TEMPO

Remindo o tempo - Ef.5.16 Col.4.5 (salvar, aproveitar, evitar a perda).

O TEMPO DO JULGAMENTO

3.1-8,11,17 - O tempo de Deus julgar o que o homem fez no seu tempo.

OBSERVAÇÕES:

O "depois" não nos pertence. Ec.3.22.

100 anos - muito tempo e pouca realização - 6.3,6

Nada novo - novo é o homem - Ec.1.10 - Temos noção errada sobre o tempo devido à brevidade da nossa vida. Na medida em que envelhecemos, nossa noção de tempo vai mudando. Para uma criança, 1 ano é muito tempo.

 

PESSIMISMO E OTIMISMO

PESSIMISMO

1.2,8,9,13,14,15,18

2.1,11,12,15,17,18,21,23

3.19

4.2,3,4,16

5.1,10,11,14,17

7.1-3,7,8,20

8.11,16

10.8-9

OTIMISMO

2.26

3.1,17

5.12,18

7.14

8.5,15

9.9

11.1

12.1

Conceitos

Expectativa de que o bem ou o mal aconteçam.

Interpretação negativa ou positiva de um mesmo fato.

Somos pessimistas em relação a algumas coisas e otimistas em relação a outras. Assim como nos alegramos e nos entristecemos em momentos distintos.

O que mais se evidencia em nossas atitudes pode nos caracterizar. É algo aderente à nossa personalidade.

Nossas experiências anteriores determinam a nossa expectativa. (Bloqueio em relação ao futuro. Bom é ter esperança - Lm.3 - Trazer à memória o que dá esperança. - Selecione suas lembranças, desprezando as ruins. - Pense no que é bom - Fil.4.8).

Eclesiastes

Autor pessimista - a julgar pela quantidade de evidências.

Toques de otimismo.

Peso da realidade - fatos negativos - o pecado a tudo corrompe - um só pecador (Adão, o primeiro) - a mosca (10.1).

A mensagem do livro - Não é pessimista nem otimista. Conscientiza das duas possibilidades e deixa o leitor escolher seu próprio rumo. 11.9 12.13-14.

Fica destacado o grande risco do mal. Não se enfatiza a recompensa pelo bem.

 

Algumas reflexões do autor equilibram suas próprias afirmações anteriores. 5.18 x 6.2

8.6; 11.8.

Com pessimismo ou com otimismo, trabalhe: 11.1,6. Algumas pessoas deixam de trabalhar, não por pessimismo mas por preguiça. Então dão desculpas pessimistas para sua atitude. (Pv.)

 

Em caso de utilização impressa do presente material, favor mencionar o nome do autor: Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.

Para esclarecimento de dúvidas em relação ao conteúdo, encaminhe mensagem para anisiora@mg.trt.gov.br


 


Acesso à primeira parte do estudo de Eclesiastes.
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