Jovens – Lição 8 – A cura do cego de nascença
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Verificar a forma de Jesus contemplar o cego;
Dramatizar a forma de o Senhor Jesus curar o cego;
Revisar as causas da incredulidade das pessoas em relação à cura do cego.
Palavras-chave: Milagre.
Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio de autoria do pastor César Moisés Carvalho:
O problema com o estudo temático é que este se dá de forma estanque ao se extrair de um capítulo, e suas várias perícopes, como este que agora será analisado, o assunto a ser estudado.
A dificuldade é que, num texto como o do Quarto Evangelho, a mensagem vai sendo destilada de forma sincrônica, ou seja, tal como o texto se apresenta e, por isso mesmo, exige que este seja estudado capítulo por capítulo, isto é, perícope por perícope.
Isso, a despeito de autores como Michael Labahn, estudioso do Quarto Evangelho, citado por Klaus Scholtissek, falar, a respeito de João 9 que, tal capítulo, “por um lado, pressupõe uma entidade bastante homogênea e, por outro, postula quatro estágios que, para a história da forma, têm que ser diferenciados”1.
Ao ser interpelado para que se prove sua tese, diz não conseguir “apresentar esses estágios porque o evangelista”, segundo Labahn, “revisou-os com seu próprio linguajar e estilo”2.
Na defesa dos últimos estudos acerca da interpretação sincrônica do Quarto Evangelho, o mesmo Scholtissek, cita outro pesquisador, este alemão, Jörg Frey, cuja tese é de que “o Evangelho de João é coerente nos aspectos retórico e pragmático”, ou seja, “há um conceito uniforme por trás de toda a obra”3.
Partindo desta última tese, com a qual me alinho, é imprescindível que o estudioso tenha em mente que o conceito de “sinal”, expressão utilizada no Quarto Evangelho para referir-se a milagre, só pode ser devidamente compreendido e valorizado se se levar em conta todo o material que se encontra no “livro dos sinais”.
Portanto, a leitura “recortada” não faz jus ao entendimento e à riqueza do material joanino e ao seu objetivo.
A narrativa do milagre que será analisada neste capítulo, além de relatar a cura, como sinal tem algo de mais profundo a ser explorado pelo leitor, pois, novamente, Jesus cura em um sábado e tal ato faz com que o próprio homem curado acabe envolvido em uma controvérsia com os fariseus 4.
Além disso, como se verá logo de início, a cura expôs uma crença errônea do colégio apostólico e proporcionou a oportunidade de, não apenas se rechaçar tal pensamento, como descobrir que, no caso em apreço, havia um propósito divino para a deficiência.
Antes, porém, de discutir a primeira questão apresentada na narrativa, é interessante verificar a perspectiva do português Frederico Lourenço, que afirma acerca do capítulo nove do Quarto Evangelho, que a “sensação provocada pela sua leitura suscita, mais uma vez, a nossa admiração pelo modo como o presente Evangelho não nos apresenta um desfiar de milagres avulsos, optando antes por valorizar um elenco mais reduzido de ocorrências milagrosas, as quais são dotadas de forte coesão significativa”5.
Como sinais, conforme já foi dito, os milagres realizados pelo Senhor Jesus e relatados por João, possuem um sentido e um significado que, unidos à mensagem do Mestre, formam um todo.
Por isso, diz o mesmo autor, a respeito do capítulo em questão, “temos um conjunto coerente de 41 versículos dedicados ao desenvolvimento de uma só narrativa, que irá desaguar na afirmação de Jesus ‘para um juízo vim eu a este mundo, para que os cegos vejam e os que veem fiquem cegos’ (v. 39)”.
A mensagem toma como ponto de partida, não apenas a cura do cego, mas a relaciona “a uma das grandes temáticas do Evangelho (luz/ escuridão)” que, diz o mesmo autor, “fica desde logo clara com a afirmação de Jesus no v. 4: ‘enquanto eu estiver no mundo, a luz do mundo sou eu’”.
Daí o porquê de ter iniciado este capítulo afirmando que o estudo estanque de uma passagem corre o risco de eclipsar a riqueza da mensagem de que a narrativa é parte.
Como Lourenço conclui, “De certa forma, todo o episódio [do capítulo nove] funciona como sucedâneo e ilustração do que lêramos no capítulo anterior: ‘Eu sou a luz do mundo’. (8,12)” 6.
Tal relação não é forçosa e muito menos artificial, antes, foi meticulosamente pensada e arranjada pelo apóstolo do amor que, do ministério do Senhor, a fim de transmitir à sua audiência a mensagem que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus, selecionou os discursos e os sinais que corroborassem com seus propósitos.
Assim, a análise do milagre não pode perder de vista o fato de que ela não pode se ater ao fato miraculoso, mas deve atentar para o sinal e seu significado, pois este carrega um sentido para os leitores em todo e qualquer tempo.
O capítulo seis do Quarto Evangelho, analisado em parte nos dois últimos capítulos, mostra que após a realização do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, na Galileia, Jesus encontra-se em Cafarnaum e ali a multidão novamente o alcança do “outro lado do mar” (Jo 6.22-25).
Inquirido, Jesus passa então a discursar a respeito do sinal realizado comparando-o ao milagre do maná e a atuação de Moisés (Jo 6.26-59).
Sem qualquer explicação, o texto finaliza afirmando que Jesus “disse essas coisas na sinagoga, ensinando em Cafarnaum” (v.59).
Na sequência, João explica que ao ouvir o discurso do Senhor muitos discípulos se escandalizaram e acabaram deixando de seguir o Mestre, quando Ele então questiona os Doze se estes também não querem deixá-lo, mas eles, representados por Pedro, confessam que apenas o Senhor tem “as palavras da vida eterna” e que, por isso, eles têm “crido e conhecido” que o Mestre é “o Cristo, o Filho de Deus” (Jo 6.60-71).
No início do capítulo sete o apóstolo do amor informa que o Senhor passa a andar “pela Galileia e já não queria andar pela Judeia, pois os judeus procuravam matá-lo” (v.1).
Por causa disso, os seus próprios irmãos o desafiavam para que Ele se mostrasse e não se recolhesse (Jo 7.2-9). Curiosamente, o Senhor vai a Jerusalém e aparece ensinando, em duas ocasiões, no Templo (Jo 7.10-53).
Uma dessas ocasiões se dá em plena Festa dos Tabernáculos e apesar do intento das autoridades religiosas em prendê-lo, os próprios guardas encarregados de executar tal tarefa acabaram desistindo, alegando que “Nunca homem algum falou assim como este homem” (v.46).
O capítulo oito inicia dizendo que Jesus deslocou-se para o Monte das Oliveiras e que, na sequência, retornou ao Templo — certamente em suas imediações —, e ali ensinava quando lhe trouxeram uma mulher, supostamente, apanhada em adultério (Jo 8.1-11).
A manobra tem claramente como objetivo embaraçar Jesus, mas Ele se sai de forma magistral e deixa os tentadores embasbacados. Em seguida Jesus profere um discurso sobre a sua missão, quando mais uma vez os judeus se revoltam e querem matá-lo (Jo 8.12-59).
Assim, o Quarto Evangelho prepara os seus destinatários para o próximo sinal que é uma resposta à acusação de que o Mestre era um “samaritano” e “endemoninhado” (v.48 cf. Jo 9.24-33 e 10.19-21) 7.
Para Benny Aker, uma vez que nos “capítulos 7 e 8, uma série bastante longa de debates aconteceu durante a Festa dos Tabernáculos”, e que em tais debates “Jesus apresentou idéias transformadoras, particularmente relativas ao Messias e às cerimônias da festa ligadas à água e luz”,
e que nenhum milagre aconteceu nos referidos capítulos, a “cura do cego no capítulo 9 apresenta o sinal que ilustra o significado de Jesus mudar a Festa dos Tabernáculos e, ao mesmo tempo, introduz material novo”8.
Assim, na opinião do mesmo autor, muito embora tal “cura tenha sucedido no sábado (v. 16), ainda deve ser conectada com a Festa dos Tabernáculos através do tema da luz”.
Além disso, a outra “característica que a conecta com esta festa é o tanque de Siloé, para onde Jesus envia o cego para se lavar”. Aker informa que uma “procissão diária trazia água de lá para o altar durante a Festa dos Tabernáculos” e que, portanto, “o leitor deve entender a Festa dos Tabernáculos como pano de fundo”9.
Tendo esse conhecimento em mente, é possível pensar em termos geográficos no episódio que, pelo contexto, se dá nas proximidades tanto do Templo quanto do tanque de Siloé 10 ,
pois, conforme Craig Keener, os “cegos só conseguiam sobreviver com a caridade pública, e o melhor ponto para receber ajuda era próximo ao templo, onde passava muita gente, e as pessoas estariam inclinadas a pensar de forma mais caridosa (At 3.2)”11.
Tal detalhe lembra o fato de que a cura de uma pessoa sempre representava, além do livramento, uma restauração total, pois lhe devolvia, ou em alguns casos, lhe dava pela primeira vez, a dignidade.
O episódio da cura do cego Bartimeu, relatada em Marcos 10.46-52, ilustra o ponto. Ao ser curado, imediatamente o cego lançou a capa de sobre si, peça que o identificava como alguém necessitado, pois ele agora estava ciente de que não mais necessitaria de tal peça.
É o caso que está sendo considerado neste capítulo, pois na “identificação” do cego que fora curado, as pessoas diziam: “Não é este aquele que estava assentado e mendigava?” (v.8b).
Como se pode ver, sem nenhuma dificuldade, a partir do “episódio como tal”, que este possui uma “estrutura muito linear”, diz Maggioni, pois “o milagre é narrado em poucas palavras (vv. 1-7), porque o centro do episódio não é o milagre e sim a discussão que suscita”12.
Ao se analisar o material é inevitável não perceber que a primeira questão a se destacar é a forma diferente com que o Senhor olha, ou percebe, o cego em relação ao colégio apostólico (vv.1,2).
Enquanto Jesus o fita com o olhar cheio de bondade para ajudá-lo, os Doze veem uma oportunidade de se debater acerca da “causa”.
Desde que a humanidade existe, o problema do mal, manifestado concretamente em seus corolários — enfermidades, catástrofes, guerras, fome, morte etc. —, sempre intrigou o ser humano exigindo deste uma explicação.
Aker diz que muitos “judeus associavam sofrimento com pecado e criam que estes efeitos poderiam passar de geração em geração”, chegando ao exagero de pensar que até mesmo “o feto numa mulher grávida que adorava num templo pagão era culpado”13.
Juan Barreto e Juan Mateos, diz que de acordo com “a concepção corrente no judaísmo, a desgraça era efeito do pecado, que Deus castigava em proporção exata com a gravidade da culpa”, admitindo-se igualmente que “Deus podia castigar por amor, para provar o homem, e estes castigos, aceitos, produziam uma benção: vida longa, maior conhecimento da Lei e perdão dos pecados”14.
Todavia, arrazoavam que “nenhum castigo que procedesse de Deus podia impedir ao homem o estudo da Lei” e, por isso, tal deficiência, “portanto, não podia ser castigo de amor, mas só podia ser maldição”.
Além disso, informam os mesmos autores, havia ainda “opiniões rabínicas segundo as quais a criança podia pecar no seio da mãe, mas era mais frequente pensar que os defeitos corporais congênitos eram devidos às faltas dos pais”15.
Na realidade, “Desde os dias do Israel primitivo (Êx 20.5), pecado e culpa eram transmitidas pelas gerações”, contudo, diz Aker, “Deus falou pela pregação do profeta Ezequiel contra o abuso deste ensino, dizendo que o indivíduo só é culpado por seu próprio pecado”16.
Neste caso específico, a “origem” da deficiência, esclareceu Jesus, nada tinha com pecado pessoal, ou seja, nem o cego pecou e muito menos seus pais, antes “foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus” (v.3b).
Conforme já foi mencionado anteriormente, “os capítulos 7—8 apresentam Jesus ‘manifestado ao mundo’ como vida e luz, mas rejeitado”, para Dodd, tal “apresentação, com sua clara referência ao Prólogo,
ocupa adequadamente a posição central no Livro dos Sinais”, isso porque, nos “três episódios precedentes, o aspecto da vida predominou (renascimento, água viva, zoopoiesis, pão da vida)17”.
Neste capítulo, apresenta-se um “episódio em que predomina o aspecto da luz”, ou seja, as “palavras-chave que indicam a conexão com o episódio precedente são phos eimi tou kosmou (9.5, repetindo 8.12)”18.
Portanto, é notório “que a cura do cego é concebida como um ‘sinal’ do triunfo da luz sobre as trevas, no sentido do Prólogo: a phos alethinon brilha nas trevas, e as trevas, longe de a ‘vencerem’, são derrotadas e dispersadas”.
Além disso, Dodd defende que o “tema é ligado de modo subtil, segundo o estilo do autor, aos discursos sobre a vida, pelo reaparecimento do símbolo da água”.
Em termos mais diretos, da mesma forma que “os homens ingressam na vida verdadeira através do nascimento pela água, assim recebem eles a verdadeira luz lavando-se com água”.
Contudo, não qualquer água, pois assim “como a água da ‘purificação dos judeus’ se muda em vinho, e como a água do poço de Jacó é suplantada pela água que Cristo dá, assim a água da piscina produz a luz somente se se trata do verdadeiro ‘Siloé’, o Apestalmenos, o Filho que o Pai enviou”.
Como se pode ver, “neste episódio o significado do semeion é exposto, não num discurso anexo, mas mediante breves indicações dentro da própria narrativa”19.
Entretanto, há um ponto na narrativa que precisa ser devidamente entendido. Apesar de reconhecer que o tema predominante neste episódio é a luz, e esta, sobretudo em contraposição às trevas, associando estas aos aspectos frios da religiosidade expressados na Festa dos Tabernáculos,
diz Aker “Jesus”, na referida festa, “muda, cumpre e substitui todas estas expectativas e significados da luz”, acrescentando que no Quarto Evangelho, luz “também inclui revelação e julgamento”.
Tal reflexão concorda com a de Dodd que reconhece “que o tema dominante deste capítulo não é a vinda da luz como tal, mas seu efeito no julgamento”20, isto é, o “fato de que a vinda de Jesus traz luz para o mundo é afirmado simbolicamente com a máxima brevidade, e todo o peso é colocado no diálogo elaborado que apresenta dramaticamente o juízo em ação”21.
Dentro do plano literário do Quarto Evangelho, o milagre possui uma função, ser sinal. Justamente por isso, Jesus sublinha a necessidade e a urgência de se trabalhar, isto é, realizar as “obras” de Deus (v.4) que,
diz Aker, “é paralelo em alguns casos a ‘sinais’ neste Evangelho” e, portanto, diz respeito “à atividade salvadora de Deus em Jesus e são de natureza milagrosa”, sendo “semelhantes a alguns milagres nos outros Evangelhos que também são eventos salvadores”22.
O que observa o restante do versículo quatro bem como o versículo cinco — “a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo” —, reflete que o Senhor é plenamente cônscio de que sua “hora”, terrenamente falando, já está se aproximando (Jo 17.1), e é necessário fazer as obras de Deus enquanto é “dia”, com o objetivo de socorrer pessoalmente a alguns e globalmente salvar a todos que, diante dos sinais, decidirão se vão ou não crer, sendo esta a verdadeira “obra de Deus” (Jo 6.26-29).
Assim, sem mais delongas o Mestre cospe no chão, faz um lodo, ou barro, e unta os olhos do cego e, na sequência, o instrui que vá ao tanque de Siloé e se lave. Sem qualquer objeção, o homem vai, faz o que Jesus disse e volta enxergando (vv.6,7).
Aker diz que ao misturar saliva com barro, Jesus “reflete sutilmente a criação em Gênesis 1.1-3, na qual no primeiro dia Ele fez os céus e a terra, ou seja, a terra e a água, e a luz”, portanto, “Jesus é o que traz nova vida e visão, temas deste Evangelho”23.
Alinha-se a esta interpretação Juan Barreto e Juan Mateos, dizendo que o “barro alude à criação do homem” e, ainda que “em Gn 2,7 se diga que Deus o ‘modelou’ do ‘pó’ da terra (argila do solo)”, ao se empregar o “barro, Jesus reproduz simbolicamente a criação do homem”24.
Como se pode ver, o “relato do milagre é breve e sóbrio”, pois sua finalidade era introduzir a questão, ou seja, mesmo a “longa discussão não tem antes de tudo finalidade apologética, ou seja, de demonstrar, como que por meio de um processo, a realidade do milagre”, antes, completa Maggioni, “quer relevar as diversas posições ante Jesus, as diversas reações defronte à verdade”25.
Como a “verdade” para os religiosos era a opinião deles, evidentemente que mesmo vendo o sinal realizado por Jesus eles então preferiam não enxergá-lo, constituindo-se neste caso num flagrante ato de inversão de papéis
— o cego que antes, literalmente, não enxergava, passa a ver, tanto física quanto espiritualmente, pois primeiramente identifica o Senhor como “um homem chamado Jesus” (v.11), posteriormente como um profeta (v.17) e,
finalmente, como um enviado de Deus (v.33) —, pois os que diziam ter Deus e, portanto, enxergar, expulsam o agora ex-cego (v.34b), pois preferem negar o inegável.
Encontrado, posteriormente, pelo Senhor, e inquirido acerca de se ele cria no Filho de Deus, o homem então responde que quer saber quem é este para que então possa crer (vv.35,36).
O Mestre então responde que é Ele mesmo e imediatamente o ex-cego creu e o adorou (vv.37,38).
Aqui se completa, ou revela-se, a “obra de Deus” mencionada em João 6.29 e que o judeu objetivava cumprir para tornar-se digno representante do povo de Deus (Jo 6.28).
Entretanto, tal obra, não consiste em qualquer tipo de ativismo religioso, mas na simples crença, e confissão, de Jesus como Filho de Deus.
É justamente por isso que os líderes religiosos que se achavam “iluminados” foram apontados por Jesus como pecadores conscientes, pois se eles se reconhecessem “cegos” (o que na verdade eram, cf. Mt 15.14), não seriam culpados, mas como se achavam visionários, argutos e instrutores, eram então considerados pelo Senhor como pessoas em permanente estado de pecaminosidade (vv.40,41).
Cumpre-se o que o Senhor havia dito em João 3.16-21: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus”.
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1 SCHOLTISSEK, K. O Evangelho de João em pesquisas recentes In MCKNIGHT, S.; OSBORNE, G. R. (Eds.). Faces do Novo Testamento, p.483.
2 Ibid.
3 Ibidem.
4 “O que os sinóticos chamam de ‘milagre’, João chama de ‘sinal’, e este episódio explica muito bem a razão da nomenclatura joanina. A cura é seguida por um conflito no qual se distinguem dois lados: os representantes do judaísmo oficial e Jesus com sua nova proposta” (Evangelhos e Atos dos Apóstolos, p.195).
5 LOURENÇO, F. Bíblia, volume 1: Novo Testamento: os quatro Evangelhos, p.364.
6 Ibid., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
7 Isso porque, como inúmeras vezes já foi dito, e desde sempre foi entendido, os “milagres de Jesus”, no Quarto Evangelho, no resumo do pensamento de J. Louis Martyn realizado por Raymond Brown, “eram narrados como sinais de que Ele era o Messias” (A comunidade do discípulo amado, p.180).
8 AKER, B. C. João In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p.553.
9 Ibid., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
10 “A piscina de Siloé, que não se deve confundir com a fonte do mesmo nome, encontrava-se fora dos muros da cidade. Aí se faziam os banhos/batismos dos prosélitos gentios. Com respeito à salvação que traz, Jesus coloca o judeu no mesmo plano que o gentio. O nome da piscina é interpretado por Jo. O nome original (aram. siloah/ siloha) significaria emissão/ envio [de água] ou [água] emitida/enviada. O evangelista adapta o nome para aplicá-lo a Jesus ‘O Enviado’ (cf. 3,17;4,34;5,24.30.37 etc., e, pouco antes, 9,4). Não se menciona a água da piscina, que é, portanto, a água do Enviado, o Espírito que jorrará de suas entranhas (7,37-39;19,34)” (BARRETO, J.; MATEOS, J. O Evangelho de São João, p.427).
11 KEENER, C. S. Comentário Histórico-Cultural da Bíblia, p.327.
12 MAGGIONI, B. O Evangelho de João In Os Evangelhos II, p.380.
13 AKER, B. C. João In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p.553.
14 BARRETO, J.; MATEOS, J. O Evangelho de São João, p.424.
15 Ibid., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
16 AKER, B. C. João In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p.553.
17 DODD, C. H. A interpretação do Quarto Evangelho, p.462.
18 Ibid., p.463.
19 Ibid., para esta citação e todas as demais desde a última referência.
20 AKER, B. C. João In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p.554.
21 DODD, C. H. A interpretação do Quarto Evangelho, p.464.
22 AKER, B. C. João In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal, p.555.
23 Ibid.
24 BARRETO, J.; MATEOS, J. O Evangelho de São João, p.427.
25 MAGGIONI, B. O Evangelho de João In Os Evangelhos II, p.381.
Fonte: http://www.escoladominical.com.br/home/licoes-biblicas/subsidios/jovens/1075-li%C3%A7%C3%A3o-8-a-cura-do-cego-de-nascen%C3%A7a.html