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Juvenis – Lição 7 – Cuidado com o que falam

Leitura bíblica em Classe PV 6. 16 – 19; 16.20 – 24,12

INTRODUÇÃO

Prezado professores e professoras , nesta lição destacaremos o cuidado que devemos ter com o que falamos. E veremos o quanto o crente deve ser cuidadoso na maneira de falar com os outros. A nossa língua pode destruir vidas, portanto, sejamos cuidadosos com o que falamos.

O PODER DA LÍNGUA PV 6.16-19

Este trecho e um proverbio numérico (Pv 30.15-31) que descreve sete coisas que aborrece o Senhor. O uso de progressão numérica — seis coisas aborrece o Senhor, e a sétima… — nestes provérbios e um mecanismo retorico que embeleza a poesia, ajuda a memorizar e constrói um clímax.

Da a impressão de que ha mais a ser dito sobre o assunto. A progressão incorpora não apenas os números, mas também as palavras que descrevem a resposta divina; o vocábulo aborrece progride para abomina.

O termo abomina e a expressão mais forte da Bíblia de ódio pela perversidade (compare com Lv 18.22). Em uma lista desse tipo, o ultimo item e o mais importante.

Assim, o leitor saberá que o que semeia contendas entre irmãos (v. 19) e o que mais desagrada Deus. Compare com a benção de Deus aos irmãos que vivem juntos em paz (Sl 133.1).

Nesta advertência o autor deixa claro que o pecado não é somente desastroso para o homem, mas repugnante para Deus. Um Deus santo abomina o mal. A lista de pecados que o jovem deve evitar é expressa por meio de uma expressão idiomática hebraica.

Estas seis coisas […] e a sétima (16). Não se deve pensar que o paralelismo poético limite o mal a sete pecados, nem se deve fazer uma distinção significativa entre o sexto e o sétimo pecado.

Acerca de expressões semelhantes veja Jó 5.19; Pv 30.18,21,29; Ec 11.2; Am 1.2—2.8. Os pecados detestáveis tão ofensivos a Deus estão alistados nos versículos 17-19.

Seis cousas o Senhor aborrece. Essas seis coisas, que logo se transformam em sete, compõem um artifício literário que também pode ser visto no capítulo 30 do livro de Provérbios .

A progressão de seis coisas para sete tem por intuito chamar nossa atenção, o que realmente consegue fazer, subentendendo que o autor está provendo uma lista completa (representativa) de coisas que Deus aborrece.

Deus é o Criador que não abandonou a Sua criação, mas recompensa, castiga, intervém e aplica tanto Sua providência negativa quanto sua providência positiva.

1. Olhos altivos. Ver PV. 30.13.

Note como várias partes do corpo são empregadas para produzir o ensino. O homem mau emprega tudo quanto é e tem para praticar seus atos maus.

Quanto aos olhos altivos, que significam que o homem tem um coração altivo, ver Pro. 8.13; 30.13; Sal. 18.27 e 101.5. Ver também I Ped. 5.5 e Mat. 5.3.

“… o olhar altivo, o desdém contra outros, considerados indignos de ser olhados, pois o indivíduo tinha-se em alta conta, o pecado dos anjos, o pecado por trás da queda: o orgulho, a primeira das sete coisas aborrecidas a serem listadas” (John Gill, in loc., com algumas adaptações).

2. Língua mentirosa.

Apanhando o que acabava de ser descrito com detalhes, nos vss. 13-16. Ver no Dicionário o artigo chamado Mentira (Mentiroso), quanto a plenas anotações sobre a idéia. Cf. Pro. 12.19; 21.6 e 26.28.

Esse é um dos pecados mais comuns entre os homens, embora muitos o considerem uma falta leve. De fato, é referido entre sorrisos e piadas. Mas Deus aborrece tal pecado e, para Ele, esse pecado é abominável.

3. Mãos que derramam sangue inocente.

Os culpados são assassinos. Ver Pro. 1.11,12 quanto a uma vívida descrição. Cf. Pro. 1.16; Isa. 1.15; Rm.3.15.

4. Coração que trama projetos iníquos.

Está sendo descrito aqui o homem iníquo, cujo homem interior, o coração, a alma, é corrupto, o que se torna a fonte originária de todos os tipos de planejamento maligno, visando o benefício próprio em detrimento de outras pessoas.

Tal homem inventa inúmeras imaginações, que são planos para a prática do mal. Ele dedica sua vida a traçar planos complicados, que produzam confusão.

O homem corrupto é corrupto de dentro para fora. Não há nele sanidade espiritual. Ele é pútrido e espalha sua putrefação com alegria feroz. Cf. Gên. 6.5. Más imaginações resultaram no julgamento do dilúvio. Cf. o vs. 14 deste capítulo, onde encontramos o mesmo tipo de pecado

5. Pés que se apressam a correr para o mal

Aquilo que é planejado no coração logo é posto em prática na realidade, pelos pés, os agentes dos movimentos corpóreos e das expressões externas.

Esses pés’ ruins correm, em lugar de andar. A pessoa se vê ansiosa para praticar o mal. O homem tem uma mente criminosa. Tal homem desfruta do mal. Ver PV. 1.11 ss., onde vimos esse tipo de atitude e ação. Esses homens não cedem diante das tentações após um período de luta. Antes, já se entregaram ao mal.

Porque os seus pés correm para o mal, e eles se apressam a derramar sangue. (Provérbios 1.16)

6. Testemunha falsa que profere mentiras.

Temos aqui o pecado de dizer mentiras em tribunal, buscando prejudicar algum oponente. Ver Sal. 27.12; Pv 19.5,9 e 27.12.

Esse pecado desobedece ao Décimo Mandamento. Ver Êxo. 20.16; 23.1,7 e Deu. 5.20.

7. O que semeia contendas entre irmãos.

 Este é o sétimo pecado da lista e, presumivelmente, o pior de todos, embora não pareça haver uma progressão de males menores para maiores, dentro dessa enumeração. Se semear a discórdia entre irmãos é algo terrível, e está sucedendo com tal freqüência em nossas igrejas de hoje em dia, também podemos dizer que dificilmente é pior do que o assassinato (o terceiro pecado da lista, vs. 17).

2. O CARÁTER DE QUEM FALAR

O que é Caráter. Conceito e Significado de Caráter: Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir .

Uma pessoa conhecida como “sem caráter” ou “mau caráter”, geralmente é qualificada como desonesta, pois não apresenta firmeza de princípios ou de moral. Por outro lado, uma pessoa “de caráter” é alguém com formação moral sólida e incontestável. As Nossas ações falam mais alto do que nossas Palavras.

O caráter do Prudente Fala com segurança e sem medo pois tem convicção e segurança no que diz:“ Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna”. Mateus 5:37

O caráter do Prudente não fala Palavra Torpe

“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.( Efésios 4:29)

Palavras torpes são aquelas cujo significado é sujo, obsceno, indecente e que não são utilizadas por pessoas educadas.

Quantas pessoas se reúnem num grupinhos e muitas vezes saem dessas palavras torpes que não edificam, mas é vergonhoso tais conversas.

“Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca”. [Colossenses 3: 8].

O caráter do Prudente É equilibrado no que fala, pois sua palavra é Temperada com o Sal.
“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” Colossenses 4:6.

Em seu sermão da Montanha Jesus usou a linguagem do sal Mt 5.13, O Sal puro conserva o sabor, em Israel havia um tipo de sal que era misturado com os outros ingredientes, quando misturado com outros elementos o sal se tornava Insalubre. Esse tipo de sal era usado para cobrir as estradas.

Assim mesmo o crente quando se envolve com ou deixa-se ser influenciado com pessoas que não tem compromisso com Deus acaba corrompendo sua fé, e caminhando para os caminhos que pode conduzir a ruina.

“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. I Corintios 15:33.

Domar a língua é um processo diário e que exige muito auto controle, disciplina e compromisso com a prática dos princípios bíblicos que devem nortear nossa vida.

Quando o cristão mostra equilíbrio no falar, significa que o ESPÍRITO SANTO está construindo nele o caráter de CRISTO. Pedro disse que JESUS nos deixou o exemplo, para que seguíssemos as sua pegadas.

Ter a mente de CRISTO (1 Co 2:16) também é falar como CRISTO falou e agir como Ele agiu.

Nós falamos aquilo que pensamos. “A boca fala do que está cheio o coração”. (Mt 12.34). Quem afirmou isto foi o Mestre por excelência, JESUS.

BOCA

Este órgão físico, que na maioria das vezes expressa as intenções do coração, é utilizado de variados modos. E o órgão utilizado para comer e beber (Jz 7.6; 1 Sm 14.26,27; Pv 19.24). A terra e o Seol são ilustrados como tendo bocas (Gn 4.11; Is 5.14).

No entanto, a boca é geralmente o órgão da fala (Gn 45.12; Is 9.17) e muitas expressões idiomáticas a utilizam neste sentido. Ser de boca pesada significa de fala lenta (Êx 4.10), e a expressão boca lisonjeira significa um discurso adulador (Pv 26.28).

Falar “boca a boca” significa falar pessoalmente (Nm 12.8). “Com uma só boca” ou “a uma só voz” significa consenso (Js 9.2; 1 Rs 22.13).

Colocar palavras na boca de alguém é sugerir o que o outro deve dizer (Ex 4.15; 2 Sm 14.19). Tapar a boca com a mão significa ficar em silêncio (Jz 18.19; Jó 21.5). Pedir conselho à boca de DEUS é consultá-lo (Js 9.14).

Erguer a boca contra os céus significa falar arrogantemente e blasfemar contra DEUS (SI 73.9). No caso de um ser ou coisa que sai da boca de outro, significa ser o ministro ou servo deste (Ap 16.13,14; 9.18,19; 11.4,5; 12.15). O termo boca também é usado no sentido de “porta-voz” (Êx 4.16; Jr 15.19).
Bibliografia Konrad Weiss, “Stoma”, TDNT, VII, 692-701.

LÍNGUA

1. Órgão muscular alongado, móvel, situado na cavidade bucal que serve para a degustação, para a deglutição e para a articulação dos sons da voz (Lm 4.4; Jó 29.10; Jó 20.12). “Qualquer que lamber as águas com a sua língua, como as lambe o cão, esse porás à parte” (Jz 7.5).

2. E também utilizada por sinédoque para pessoa como na frase “minha língua exultou” (At 2.26; cf SI 52.2; Pv 26.28; Is 45.23; Tg 1.26). Às vezes, a expressão “toda língua” significa “toda pessoa”, independente do idioma que fale (Is 45.23; Fp 2.11).

Ela é, também, objeto de discurso, tanto para o bem como para o mal. Amor e bondade podem estar na língua, isto é, no discurso (1 Jo 3.18; Pv 31.26) tanto quanto a insolência, a falsidade, e a calúnia (Js 10.21; SI 78.36; 15.3).

Ela pode ser lenta (Êx 4.10) ou tão rápida quanto a pena de um escritor habilidoso (SI 45.1).

Imperfeições morais são atribuídas a ela, como arrogância (SI 12.3), engano (SI 52.4) e mentira (Pv 6.17). Ela também é um instrumento de louvor (SI 51.14; 126.2; Is 35.6).

É uma palavra usada também como sinônimo para idioma ou dialeto (Dt 28.49; At 1.19). Também é usada em referências a animais, incluindo o cão (Êx 11.7; SI 68.23), a víbora (Jó 20.16), e o crocodilo (Jó 41.1). A palavra designa também o que, por seu formato, lembra uma língua. Assim, “uma barra [língua] de ouro” (Js 7.21,24) e “a baía [língua] do mar” (Js 15.2,5; 18.19; cf. Is 11.15).

Alguns usos metafóricos da palavra também são importantes: A “insolência da língua”, ou “a violência da língua”, significa abuso verbal (Os 7.16), enquanto a “contenda das línguas” e o “açoite da língua” significam amaldiçoar e irar-se (SI 31.20; Jó 5.21).

“Curvar a língua” ou “estender a língua” significa proferir falsidades maliciosas (Jr 9.3) e, “aguçar a língua” denota uma fala cortante (SI 140.3).

“Usar a língua” significa lisonjear (Jr 23.31), e “ferir com a língua” significa caluniar (Jr 18.18). “Esconder debaixo da língua” significa esconder-se na maldade (Jó 20.12), e a palavra de DEUS na língua é um sinal de inspiração (2 Sm 23.2).

“Deitar para fora a língua” significa zombar (Is 57.4) e, “dividir” a língua dos ímpios é levantar dissensão entre eles (SI 55.9). “Morder a língua” é um sinal de fúria, desespero e tormento (Ap 16.10).

3. A BOCA DO JUSTO É CHEIA UMA FONTE DE SABEDORIA

 

A palavra chave que se destaca neste 3º ponto é prudência, virtude que faz prever e procura evitar as inconveniências e os perigos; cautela, precaução.

Conceito Bíblico de prudência, ou prudente a palavra hebraica “arum” é usada tanto no bom sentido, significando alguém sensato (por exemplo, Pv 14.8,15,18; 15.5), como no mau sentido, significando alguém sagaz ou astuto (Gn 3.1; Jó 5.12,13; 15.5; Salmos 83.3).

A palavra hebraica bin e a grega synetos, por outro lado, enfatizam uma decisão inteligente (Pv 16.21; 18.15; Is 29.14; Mt 11.25; At 13.7; 1 Co 1.19). Prudência , uma das característica mais Importante do Justo, pois quem assim possuem não se precipita , tens a direção de Deus . “ E Davi se conduzia com prudência em todos os seus caminhos, e o SENHOR era com ele”. (I Sm 18:14 ; Pv. 8.12).

Cl 4.6 – A vossa palavra seja sempre agradável. Cristo era repleto de graça e verdade (Jo 1.14). Da mesma forma, os cristãos devem ser bondosos, agradáveis, simpáticos e amáveis. Temperada com sal. Não insípida nem insossa, mas com sabor, com gosto.

Os servos de Deus devem ter vitalidade e apresentar a marca da pureza, da salubridade e de uma perspicácia santa.

Para que saibais… responder a cada um, a fim de que adaptemos a mensagem à situação e falemos
de modo apropriado com cada pessoa. A Moderação no Falar e a flexibilidade em Agir de forma branda em situações de conflitos são maneira sabias de evitar que o nosso coração se entristeça.

4. AS PALAVRAS DO SÁBIO PRODUZEM VIDA E SAÚDE

Quem anda prudentemente nos caminhos do Senhor além de ter uma palavra agradável suas palavras produzem vida e saúde, uma realidade disso observamos com pessoas edificadas e fortalecida, quando em meios as situações decorrentes que aconteceram Deus tem se utilizado de seus servos para aconselhar , orientar.

Quando agimos prudentemente Deus nos concede Sabedoria e nossas palavras produzem muitos resultados entre eles vida e saúde.

Como a água, nossas palavras também podem dar vida. Mas, se não for controlada, a água pode causar morte e destruição.

Um grande exemplo disso foi visto em dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,1 na costa da província indonésia de Aceh desencadeou um tsunami no oceano Índico, que causou a morte de cerca de 226 mil pessoas na Indonésia, Sri Lanka, Índia, Tailândia e outros nove países. “A morte e a vida estão no poder da língua” (Pv 18:21).

Quando, porém, nos inclinamos sobre uma fonte para beber um gole de água fresca, raramente lembramos de enchentes. Pensamos apenas na dádiva preciosa do refrigério que vem de um gole de água. Não seria possível ter saúde sem água.

A principal marca do cristão maduro é ser parecido com Jesus, o varão perfeito. Uma das principais características de Jesus era que sempre que uma pessoa chegava aflita perto dele saía animada, restaurada, com novo entusiasmo pela vida.

Quando as pessoas chegam perto de você, elas saem mais animadas e encantadas com avida? Elas saem cheias de entusiasmo, dizendo que valeu a pena conversar com você?

Você tem sido uma fonte de vida para as pessoas? Sua família é abençoada pelas suas palavras? Seus colegas de escola ou do trabalho são encorajados com a maneira de você falar?

A CAPACIDADE DA LÍNGUA (Tg 3.3-9)

1. As pequenas coisas no governo do todo (vv.3-5).

A língua tem o poder de dirigir tanto para o bem como para o mal. Tiago usa duas figuras para mostrar o poder da língua: o freio e o leme (3.3,4).

Para que serve um cavalo indomável e selvagem? Um animal indócil não pode ser útil, antes, é perigoso.

Mas, se você coloca freio nesse cavalo, você o conduz para onde você quer.

Através do freio a inclinação selvagem é subjugada, e ele se torna dócil e útil. Tiago diz que a língua é do mesmo jeito.

Se você consegue controlar a sua língua, também conseguirá dominar os seus impulsos, a sua natureza e canalizar toda a sua vida para um fim proveitoso.

Tiago usa também a figura do leme. Um navio transatlântico é dirigido para lá ou para cá, pelo timoneiro, por meio de um pequeno leme. Imagine o que seria um navio sem o leme. Colocaria em risco a vida dos tripulantes, a vida dos passageiros e a carga que transporta. Isso seria um grande desastre.

Sem leme, um navio seria um instrumento de morte, de naufrágio, de loucura. O leme, porém, pode conduzir esse grande transatlântico, fugindo dos rochedos, das rochas submersas e pode transportar em paz e segurança os passageiros, os tripulantes e a carga que nele está.

O que Tiago está dizendo é que se nós não controlarmos a nossa língua, nós seremos como um transatlântico sem leme e sem direção. Se não controlarmos nossa língua, vamos nos arrebentar nos rochedos, vamos nos destruir e vamos ainda destruir quem está perto de nós, porque a língua tem poder de dirigir para bem ou para o mal.

2. “A língua também é um fogo” (vv.6,7).

Tiago agora enfatiza o potencial de destruição que a língua possui “vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia” — ela é traduzida tanto por quão grande como por pequeno. Usada deste modo na mesma sentença, ela alcança uma certa simetria antitética.

Como figura, o rápido avanço destruidor do fogo era usado com frequência para transmitir uma advertência sobre o efeito de paixões desenfreadas.

O Antigo Testamento compara o discurso de um tolo ao “fogo ardente” (Pv 16.27) e Siraque afirma que a língua “não tem poder sobre os homens piedosos, os quais não serão abrasados em suas chamas” (Eclesiástico 28.22).

A palavra traduzida por floresta (hylê) na Bíblia de Jerusalém (ARC traz “bosque”) pode ser uma referência ao matagal que cobria tantas colinas na Palestina, o qual, naquele clima seco do Mediterrâneo, poderia fácil e desastrosamente se incendiar.

Quando a língua não é refreada, mesmo sendo pequena, também o resto do corpo provavelmente não terá controle nem disciplina.

O fogo é uma boa ilustração para explicar o grande efeito daquilo que falamos. A nossa fala tem muito poder destrutivo, como uma faísca em uma floresta.

A língua é a porta através da qual a influência maligna do inferno pode se espalhar como um fogo que acende todas as áreas da vida que toca. Aqui, o corpo (Gr. soma) representa toda a pessoa.

No entanto, também pode se referir à igreja. Ele compara a língua ao fogo no sentido de que está fora de controle e destrói tudo o que é combustível que se encontre no seu caminho.

Deduzindo o contexto parece melhor aceitar que Tiago tem o conceito de que a linguagem é um vasto sistema de iniquidade. Todas as características ruins de um mundo caído, sua ganância, sua idolatria, sua blasfêmia, sua sensualidade, sua inveja predatória, encontra expressão por meio da linguagem.

3. Para dominar a língua.

A língua não é apenas semelhante ao fogo, mas também a um animal perigoso. É uma fera irrequieta (“mal que não se pode refrear”) que procura sua presa e depois a ataca e mata. Alguns animais são venenosos, como também algumas línguas são venenosas.

O veneno é enganoso, pois trabalha de modo oculto e lento e, depois, mata. Quantas vezes uma pessoa maliciosa injeta um pouco de veneno em uma conversa, na esperança de que se espalhe e, por fim, chegue até a outra pessoa que desejava ferir?

Como cristão que sou, tenho visto línguas venenosas causarem grandes estragos na vida de indivíduos, em famílias, em classes de Escola Dominical e em igrejas inteiras.

Você soltaria leões famintos ou cobras atiçadas no meio do culto de domingo? Claro que não! Mas a língua incontida produz exatamente os mesmos resultados.

Tiago lembra que os animais podem ser domados e, aliás, o fogo também pode ser controlado. Um animal antes feroz pode ser domado e se tornar útil para o trabalho. O homem tem domado todas as formas superiores de vida animal sob seu controle.

Por exemplo, as pessoas foram ensinadas a domar leões, tigres e macacos a fazê-los saltar através de aros. Eles foram ensinados a colocar papagaios e canários para falar e cantar. Treinam cobras. Eles treinaram golfinhos e baleias realizar acrobacias e tarefas diferentes.

Os ancestrais tinha orgulho na capacidade dos seres humanos para domesticar e controlar o reino animal.

Tiago parece pessimista aqui quanto à possibilidade do domínio da língua, mas devemos nos lembrar de que isso só ocorre quando ela está inflamada pelo inferno (3.6).

Muito embora as Escrituras nos advirtam, continuamente, sobre o poder da língua para fazer o mal, oferece-nos a possibilidade de dominá-la mediante o poder do Espírito. Tiago não desconhece essa possibilidade.

Ele não coloca o domínio da língua absolutamente além do controle humano. Ele não considera a língua como um caso perdido.

Nesse mesmo capítulo, mais adiante, ele vai falar das boas obras de sabedoria que os mestres podem ostentar e, entre elas, um uso adequado das palavras (3.13,17-18).

O radicalismo de Tiago quanto à selvageria da língua se deve à ênfase que ele deseja dar, nesse momento, aos perigos que ela traz aos crentes em geral e aos mestres em particular.

Conclusão

Devemos ter bastante cuidado no que falamos observamos algumas aplicações e perigos em relação ao que falamos sem ter a certeza , movidos por boatos e fofocas , conscientizamos nossos alunos para não ser levados nem dominados pelas conversas mentirosas, mostrando a eles o cuidado que deve ter no que falam.

Que nossas motivações sejam revistas não devemos permitir que nossa língua tenha maior domínio sobre nós do que a palavra de Deus, que possamos dar palavra de ordem e exercer o domínio próprio que é fruto do Espírito em nós.

Se o que dizemos não edifica, maldiz, ou fere alguém, fiquemos calados. O sábio é mais sábio porque escuta mais do que fala.

Fonte: http://valorizeaebd.blogspot.com/2015/11/licao-7-cuidado-com-o-que-falam.html

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