Lição 3 – Música secular – vamos conversar a respeito
INTRODUÇÃO
Iremos estudar hoje sobre a música secular; apresentarei uma reflexão sobre a relação entre cultura, da música secular .
Prezado professor é muito importante analisar sobre este seguinte tema , como formadora de uma consciência e estilo de vida, a música pode ou não ser conflitante com a vida do cristão inserido na cultura moderna. Avalie com seus alunos estudando com afinco e esteja apto para ministrar essa lição .
I. A MÚSICA NOS DEFINE CULTURALMENTE ?
Música e cultura estão interligadas de tal forma que não há como estudar um povo sem estudar também suas manifestações artísticas. É sabido que a música é um elemento formador da cultura de qualquer cidadão. A música secular em nosso país é apenas um dos muitos elementos que sempre estiveram presentes como expressão cultural da nossa sociedade.
Para analisarmos os pontos que ligam a música à cultura, definiremos cultura como:
“o conjunto complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e quaisquer capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”1 e música secular como qualquer música produzida por indivíduos seculares e que não tenha o objetivo específico de louvar a Deus.
A música acompanha o ser humano mesmo antes de seu nascimento. Ela está tão interligada à vida que, por se tornar imprescindível, não há ser humano que não sofra sua influência. “A vida é som. Continuamente estamos cercados de sons e ruídos oriundos da natureza e das várias formas de vida que ela produz. (…)
Todas as crianças, sem exceção, nascem com capacidade musical, voz e ouvido. (…) A própria natureza é que nos dá a música; o que dela fazemos varia conforme o temperamento, a educação, o povo, a raça e a época”.
Da mesma maneira, a música é vital à religião, necessária ao culto e à adoração. “Apresentemo-nos ante a sua face com louvores” (Salmo 95:2). “A música é um dos melhores veículos para manter a memória viva, e o meio mais efetivo para impressionar o coração com a verdade espiritual”.10
Neste aspecto, encontramos um ponto de ligação entre a música secular e a música sacra pois nota-se que a música faz parte da vida e da adoração. Ademais, cânticos cristãos e algumas canções seculares têm temas comuns.
Temas que enaltecem o relacionamento entre os seres humanos, a Natureza e os costumes, e são apresentados em variadas formas, ritmos e estilos.
No mundo, a música é usada como ferramenta ampla de conhecimento e de transformação do homem. Mas não podemos descartar a possibilidade inversa. Ela pode sim alterar a consciência e levar ao sentimento de êxtase, independentemente de a letra de uma composição ser cristã ou mundana. A música, em si, tem poder.E, de modo nenhum, pode ser considerada neutra ou inofensiva.
A música é capaz de produzir diversas sensações e emoções. Ela nos faz rir, chorar, cantar, dançar, além de exercer influência no intelecto e em muitas áreas. Segundo a musicologia (ciência que estuda a música e seus efeitos), a música pode acelerar ou reduzir os batimentos cardíacos, irritar ou relaxar os nervos, aumentar ou diminuir a pressão arterial, ajudar ou prejudicar a digestão de alimentos, etc.
Não existe música inocente ou neutra! Ela é o resultado da combinação e sucessão de sons simultâneos de tal forma organizados, que a impressão causada sobre o ouvido seja agradável ou desagradável, e a impressão sobre a inteligência seja compreensível, e que tais impressões tenham o poder de influenciar os recantos ocultos da alma humana e de suas esferas sentimentais, e que essa influência transporte o ouvinte para uma terra de sonhos, de desejos satisfeitos, ou para um pesadelo infernal.
II. MÚSICA PARA TODOS OS GOSTOS
De acordo com a musicoterapia, a música, em razão de sua ludicidade, permite que o ouvinte se revele na escuta sem que ele mesmo se dê conta. São três os sistemas que possibilitam a percepção do som: o sistema de percepção interna, o sistema visual e o sistema tátil (ou sensório-tátil), o mais importante dos três. De modo sintético, pode-se afirmar que os sons entram no eu não apenas pelo ouvido, mas também pela pele, pelos músculos, ossos e sistema nervoso autônomo.
A música secular e a cultura pertencem a esse universo e não devem nortear os princípios comportamentais daquele que busca segurança e autenticidade espiritual nestes tempos. Entretanto, não se pode negar a inevitável relação do homem com sua cultura e nem os pontos comuns existentes entre a cultura e o cristianismo.
Mas, até onde a intimidade entre música secular e cultura é benéfica à vida cristã? O que não é sacro é secular; e a linha divisória entre essas duas formas pode ser muito sutil. Portanto, faz-se necessário explorar um pouco mais o significado da palavra “secular”.
“Secular: Pertencente ao século; profano, leigo, temporal” Pode ser interpretado como toda produção relacionada com a vida, o mundo e os costumes, e que não apresente uma relação direta com a religião. Se entendermos a palavra mundo como a cultura dominante, facilmente perceberemos que até mesmo o cristão relaciona-se com os costumes de sua época, posto que ele é influenciado, consciente e inconscientemente, pelas ideologias, filosofias, comportamentos, tradições e molduras de referência de seu tempo e espaço.
Mas é Preciso Cuidado para não se Contaminar com as ideologias propagadas nas musicas Secular que são abraçada pela presente Sociedade atual.
Cantores, compositores e gravadoras, em sua maioria, têm priorizado o sucesso e o dinheiro. São poucos os que estão dispostos a abrir mão de algumas vantagens para agradar ao Senhor Jesus. Mesmo assim, insisto: nossos hinos de louvor precisam ter propósitos nobres.
E os melhores exemplos quanto a letras que, de fato, glorificam a Deus pelos seus feitos estão no livro de Salmos, o único hinário canônico; isto é, que tem o selo da inspiração divina especial. A Harpa Cristã, o Cantor Cristão e outros hinários tradicionais contêm belos hinos, produtos da inspiração divina comum, mas não são canônicos.
Sem falar das ameaças Constantes da Musica secular mundana e as suas influencias na sociedade , ainda temos que lidar em nossas Congregações com um problema interno com as Musicas as composições “evangélicas” que massageiam o ego dos crentes, antropocentrismo, autoajuda e triunfalismo, cobertos com uma linda roupagem evangélica a sua ênfase é sempre: “Você, você e você”, e não: “Ele, Ele e Ele”.
É como se a história de um “escolhido” fosse mais importante que a gloriosa história do Escolhido (Cristo) e sua Eleita (Igreja)! Esse tipo de mensagem motivadora tem a sua relativa importância. Mas, ao mesmo tempo, injeta na alma do crente — que deveria depender inteiramente do Senhor, humilhando-se debaixo de sua potente mão (1 Pe 5.6).
Você já notou que, hoje, as canções que fazem sucesso, no meio evangélico, são as que exploram o lado interesseiro das pessoas e têm por objetivo elevar a sua autoestima?
Veja essas frases:
“Deus marcou na agenda e não passa de hoje”, “Hoje é o dia da vitória”, “Eu não morrerei enquanto o Senhor não cumprir em mim todos os sonhos que Ele mesmo sonhou pra mim” ou “Hoje o meu milagre vai chegar”.
A pregação boa também é a que massageia o ego das pessoas. Se o pregador quiser agradar, tem de recorrer a chavões como:
“Deus vai mudar a sua história hoje!”, “Ouse sonhar!” ou “Crente que tem promessa não morre”, são conceitos antropocêntricos.
III. A MUSICA BRASILEIRA
O brasil recebeu diversas influencias culturais com a vinda de imigrantes de diversos países do Mundo, Os ritmos importados trouxe diversas influencias .
o termo “estilo” a “ritmo” visa a uma abordagem mais ampla do assunto.
Afinal, enquanto “ritmo” restringe-se à música, “estilo” está ligado à forma de expressão mediante palavras, música, arte e manifestações que identificam e caracterizam o feitio de determinados grupos e indivíduos. Ou seja, um estilo musical abarca um conjunto de tendências e características relativas a forma, conteúdo e estética de determinados segmentos da sociedade.
JOVEM GUARDA
Em meados da década de 1950, os principais jornais brasileiros alertavam: “Segurem suas filhas: aí vem o rock and roll\” Nessa época, o rádio fazia a “moçada” delirar com a voz de Elvis e a guitarra de Chucky Berry.
Mas o rock só começou a “pegar” no Brasil na década de 1960, quando os Beatles chegaram às rádios. Em 1965, a TV Record produziu um programa para jovens no domingo à tarde, convidando a chamada turma do iê-iê-iê (termo inspirado no refrão das primeiras canções dos Beatles) para comandá-lo.
Roberto Carlos, que já fazia sucesso com a canção “Calhambeque”, era o apresentador do tal programa. Além dele, figuravam Erasmo Carlos e Wanderleia, formando um trio realmente elétrico.
O programa recebeu o nome de Jovem Guarda, inspirado na seguinte frase, de Lênin: “O futuro pertence à Jovem Guarda porque a velha está ultrapassada”. Em pouco tempo, a turma do iê-iê-iê foi idolatrada.
Elvis, Lennon e Hendrix eram os deuses do mundo. Roberto, Erasmo e Wanderléa, os deuses dos jovens brasileiros. Canções como “Festa de arromba”, “É proibido fumar”, “Splish splash”, “Calhambeque”, “Quero que vá tudo pro Inferno” e “Eu sou terrível” eram cantadas por crianças, adolescentes e jovens. Até as mães apreciavam o programa dominical.
Muitas mães não iam ao Teatro Paramount, onde o programa era gravado, somente para acompanhar os filhos. Elas tinham interesse pelos astros. A Jovem Guarda rompeu com as tradições vigentes.
O cabelo comprido de Roberto, os anéis e colares reluzentes de Erasmo, as roupas decotadas e curtas de Wanderléa, além das gírias, são alguns dos costumes herdados do programa dominical que durou apenas dois anos.
Tal como acontecera nos Estados Unidos com os Rebels, enquanto os discos de Roberto Carlos e sua turma vendiam cerca de um milhão de cópias em pouco tempo, os seguidores da “nova onda” eram contestados e taxados de jovens alienados, submissos à influência do imperialismo americano.
Um grupo que teve participação importante na expansão do rock no Brasil foi o trio Mutantes, formado pelos irreverentes Arnaldo Dias Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias Baptista. Além de tecnicamente superiores aos músicos vanguardeiros, os Mutantes escreviam canções críticas que chamavam a atenção da juventude. Eles introduziram o rock progressivo no Brasil, sendo influenciados principalmente pelos grupos ingleses Yes e Génesis.
Mas o grande nome do rock brasileiro é Raul Seixas. Aos 14 anos, quando fundou um fã-clube de Elvis, em Salvador, almejava ser famoso como o seu ídolo. Apesar de Raulzito, como era conhecido, não ter as mesmas características do rei do rock, alcançou muita fama como roqueiro. Idolatrado pelos brasileiros tanto quanto Elvis pelos norte-americanos, ele ainda conquista novos fãs, mesmo depois de sua precoce e trágica morte em 21 de agosto de 1989, aos 44 anos, resultado de uma vida aprofundada no mundo das drogas.
SEXO, DROGAS E ROCK AND ROLL
Ainda na revolucionária década de 1960, surgiram nos Estados Unidos os hippies, um estranho movimento composto de jovens rebeldes. As roupas rasgadas e sujas, os cabelos compridos e as gírias eram o seu cartão de visita. Eram amantes de uma vida dissoluta e usavam tóxicos.
Pregavam a liberação sexual e promoviam festivais de rock. Empresários mal intencionados, movidos por oportunismo e ganância, resolveram, à época, organizar grandes festivais ao ar livre, nos Estados Unidos e na Inglaterra, nos quais houvesse muito prazer e liberdade total para a juventude.
As jovens que não quisessem se deixar violar corriam o risco de serem tratadas como “caretas”. Além disso, as drogas eram oferecidas livremente entre os participantes. O primeiro festival de grande porte foi realizado em Londres, Inglaterra, no Hyde Park, a 5 de julho de 1969, e teve como protagonista os Rolling Stones. O número de participantes desse concerto, marcado por violência, consumo de drogas e prostituição juvenil, foi estimado em 250 mil.
Mas o maior festival da época foi o de Nova York, Estados Unidos, batizado de Woodstock Music & Art Fair, que recebeu mais de quinhentas mil pessoas, entre hippies, fãs e curiosos, e teve duração de três dias, de 15 a 18 de agosto de 1969. O ingresso custava dezoito dólares, mas a maioria do público derrubou as cercas e invadiu o vasto local.
Woodstock fez despertar ainda mais o sentimento de revolta que havia entre os jovens e criou problemas sérios. Após esse festival, muitos estavam verdadeiramente dispostos a ir à luta armada contra os Estados Unidos para conseguir a sua independência e a liberdade sexual.
Eles queriam fundar uma nova nação! O grande incentivador desse projeto utópico foi Abbie Hoffman, que lançou o livro Woodstock Nation. A utopia dos woodstockmaníacos levou-os a transformar um terreno abandonado da Universidade de Berkerley em um parque público, com jardins, playgrounds, fontes de água e concertos de rock.
Ronald Reagan, governador da Califórnia, convocou a polícia e a guarda nacional para reprimir à força a invasão. Com paus e pedras, os jovens sonhadores enfrentaram as autoridades, mas perderam a guerra. Um estudante foi morto, e o terreno transformado em um estacionamento.
Depois de Woodstock, os festivais prosseguiram. Um deles, o de Altamont, reuniu cerca de trezentas mil pessoas e foi considerado um pesadelo de drogas, sujeira, doenças e violência, deixando um saldo de quatro mortes. A cena mais dramática foi a de um jovem negro, que teria puxado um revólver perto do palco.
Enquanto Mick Jagger cantava (vestido em uma malha preta com signos da Cabala e uma capa vermelha que ele dizia ser de Lúcifer), o jovem foi brutalmente esfaqueado e atingido com golpes de taco de bilhar. As cenas do assassinato foram gravadas, tornando-se um grande sucesso de bilheteria em 1970.
Muitos astros que se apresentaram em Hyde Park, Woodstock, Altamont e outros festivais tiveram mortes trágicas: Brian Jones (do Rolling Stones), afogou-se, em 1969, após embriagar-se e ingerir drogas.
Alan Wilson (do Canned Heat), Janis Joplin e Jimi Hendrix morreram em 1970, vítimas de overdose. Tim Hardin, em 1980, e Bob Hite (do Canned Heat), em 1981, também morreram por uso exagerado de drogas.
Félix Pappalardi (do Mountain), foi morto a tiros por sua esposa, em 1983. Além disso, inúmeros adolescentes morreram por overdose ou assassinados durante os shows, enquanto os empresários riam à toa, contabilizando seus lucros.
Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrisom, três roqueiros muito badalados à época, foram mortos em 1970 por overdose e são lembrados até hoje, por terem sido os principais propagadores da tríade sexo, drogas e rock and roll. Talentosos, famosos e bem pagos, mas, ao mesmo tempo, irresponsáveis e toxicômanos, levavam seus fãs a praticarem os seus mesmos atos inconsequentes. Depois de Woodstock e da rebelde década de 1960, o mundo mudou, e para pior.
A rebeldia, pouco a pouco, foi sendo confundida com as fases da adolescência e da juventude. Na década de 1970, um estilo rebelde aparentemente revestido de inocência se instalou no Brasil. E, na década de 1980, passou a influenciar líderes de jovens cristãos.
Desde então, o comportamento dos jovens e adolescentes, do mundo e da igreja, vêm degradando, numa busca constante, ladeira abaixo, pela “liberdade”. Há líderes evangélicos (evangélicos?) que enfatizam muito as promessas, mas não têm ensinado os jovens e adolescentes acerca dos mandamentos, princípios, exemplos, doutrinas e proibições constantes da Palavra de Deus.
Só falam em liberdade e promovem todo tipo de divertimento mundano para os jovens, dizendo que, com isso, os mantêm dentro da igreja. Seguem ao lema de Woodstock: “É proibido proibir”. Que Deus ajude a nossa juventude a se libertar do jugo libertino de Woodstock e tomar sobre si o jugo do Senhor Jesus, que verdadeiramente liberta (Mt 11.28-30).
O REGGAE, O RAP E O FUNK
Não é possível mencionar todas as derivações do rock, mas alguns géneros merecem destaque, como o reggae, cujos pais foram os disc-jockeys jamaicanos da década de 1950. Os idealizadores desse estilo introduziram o rhythm and blues em seu país e depois o adaptaram, chamando-o de reggae (ritmo caracterizado pela batida deslocada, pelo som mórbido do contrabaixo e pelos estranhos efeitos vocais e instrumentais).
Os grandes nomes do reggae são: Bob Marley e Jimmy Cliff. Irmão gémeo do reggae, o rap, ritmo muito difundido no Brasil, surgiu ainda no final da década de 1970, nos Estados Unidos. Esse estilo teve o seu desenvolvimento a partir de um ritmo chamado disco, que se servia de harmonias repetitivas em que as letras não tinham a menor importância. Com uma batida dançante bem marcada, o rap difundiu-se principalmente entre os negros.
Da fusão entre o reggae e o punk (estilo apreciado pelos brancos) nasceu o new wave, no final da mencionada década. Ofunk também teve origem na década de 1970, nos Estados Unidos. Ele resulta de uma mistura de ritmos que faziam sucesso à época, como blues, soul e rhythm and blues.
A forma inicial do funk estabeleceu um padrão para os músicos posteriores: uma música com ritmo mais lento, erotizante e solto, orientado por frases musicais repetidas e principalmente dançantes.
A dança do funk é sempre uma espécie de representação do ato sexual. No começo da década de 1980 ofunk perdeu sua popularidade, pelo fato de as bandas se tornarem mais comerciais, e o som mais eletrônico que acústico-instrumental.
Nessa época surgiram ramificações do estilo, com o hip-hop e o break. No Brasil, o estilo musical (musical?) denominado funk foi originado nos morros cariocas e tem como características a batida rápida e os vocais graves, acrescidos de letras eróticas.
Também na mencionada década, no Rio de Janeiro, começaram os famigerados bailes funk. A partir de 1990, ofunk “explodiu” no Brasil, com grande aceitação popular, contribuindo para a erotização precoce dos adolescentes.
As letras de funk aludem a sexo, traição e poligamia, assuntos que, infelizmente, fascinam o público juvenil. É em razão de interesses comerciais que produtores “evangélicos” têm convencido alguns adoradores-astros a gravarem canções nesse estilo.
Uma famosa cantora gospel, cujo sucesso transcende o mercado evangélico, a qual até entoa alguns hinos com letras biblicocêntricas, introduziu em um trabalho para crianças uma infeliz e malfadada dança do pinguim, no melhor estilo funk. Lamentável.
Assim como um hino de louvor a Deus não combina com um baile funk, uma canção em funk não combina com um culto a Deus. Imagine o que aconteceria, num espaço ocupado por fanqueiros, se um cantor entoasse um hino da Harpa Cristã, como o famoso número 15:
“Foi na cruz, foi na cruz, onde um dia eu vi meu pecado castigado em Jesus. Foi ali, pela fé, que os olhos abri, e agora me alegro em sua luz!” Ele seria, no mínimo, vaiado. Mas por que o chamado funk-gospel, que só serve para satisfazer a carne, a despeito das pretensas letras cristãs, tem conquistado muitos “adoradores?
SAMBA, FORRÓ E AXÉ
No meio pentecostal, há muitos irmãos que gostam dos chamados corinhos de fogo. Mas a maioria dessas composições “mexe com a estrutura” das pessoas muito mais pelo ritmo adotado (samba, forró e axé) do que pelo genuíno fogo do Espírito.
O samba é um estilo bastante apreciado no Brasil, país conhecido em todo o mundo como a terra do samba. A palavra “samba” é do falar quimbumbo, trazido para cá por escravos africanos. Significa “umbigada”, pois os dançarinos, ao som do batuque, tocavam-se umbigo com umbigo.
Graças a Deus, isso ainda não ocorre no meio evangélico! O samba se tornou muito popular na primeira metade do século XX, em razão de refletir a índole do povo nas ruas, traduzida pelas composições de músicos talentosos, como Noel Rosa.
A partir da década de 1930, dois fatores contribuíram para a difusão nacional desse estilo: a sua aceitação pelo rádio e o carnaval. Atraindo multidões para os desfiles e sendo cantando pelo povo, nas praças e nos salões de baile, o samba logo evoluiu para samba-enredo — próprio para acompanhar e explicar o desfile das escolas de samba — e samba-canção, com orquestração sofisticada e letras que retratavam a história de amores infelizes.
Depois disso, a internacionalização trouxe para o Brasil estilos americanos, e começaram os anos em que se fez por esquecer o samba, exceto durante o carnaval. Em seguida, os ritmos nordestinos e experimentais passaram a ocupar o espaço nas rádios e a atenção da juventude.
O samba só refloresceria na década de 1990, inovado, assumindo a feição do fim do século sob a forma de pagode, cantado e dançado por conjuntos que rapidamente retomaram a aprovação popular.
O forró, por sua vez, popularizou-se como uma dança vulgar, ao som de sanfona, zabumba e triângulo. Esses instrumentos marcam o ritmo para o arrastar de pés> ao estilo da região nordestina. A origem do forró remonta o século XIX, quando, nas casas feitas de barro, o chão precisava ser molhado antes da dança para não levantar poeira. A partir de 1920, no sertão pernambucano, começou a ser chamado de xaxado, dança coreografada individualmente.
Acredita-se que o termo “forró” advenha do inglês: for ali (para todos). Essa frase era escrita nas portas dos bailes promovidos pelos ingleses, em Pernambuco, quando eles vieram para cá, a fim de construir ferrovias. Caso a placa estivesse lá, era sinal de que todos poderiam entrar na festa. Mas há uma segunda versão para a origem do aludido termo: seria uma forma reduzida do vocábulo africano forrobodó, que significaria festa, bagunça.
E, nesse caso, é um contrassenso nós, que prezamos a ordem e a decência (1 Co 14.40), apreciarmos esse estilo! O bando de cangaceiros de Lampião teria sido o responsável por levar o forró para vários estados do Nordeste.
E a sua propagação pelo Sudeste deveu-se aos trabalhadores migrantes, principalmente nas metrópoles do Rio de Janeiro e São Paulo. Entre os maiores divulgadores desse estilo estão Luís Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Severino Januário (irmão do primeiro e o pioneiro na gravação de disco com sanfona de oito baixos, em 1954), Alceu Valença, Dominguinhos e Genival Lacerda.
Dependendo da região em que é apreciado, o forró recebe nomes diferentes, como baião, xote, coladinho, pé de serra, arrasta-pé, lambaforró, oxentmusic, etc. A partir de 1990, o forró tornou-se ainda mais erotizante. Além de sanfona, zabumba e triângulo, passou a abarcar instrumentos eletrônicos (guitarra, contrabaixo e teclado).
A semelhança do funk, porém menos agressivo que esse estilo, o forró apela para a insinuação sexual, na dança. É uma pena que muitos evangélicos, mal-orientados, estejam se orgulhando pelo fato de dançarinas vulgares e seminuas rebolarem para um excitado público masculino, ao som do hit “Faz um milagre em mim”, na versão forró.
Outro estilo em evidência no Brasil, ligado ao erotismo e ao culto aos espíritos, é o axé, que surgiu na Bahia, na década de 1980, durante as manifestações populares do carnaval de Salvador. Trata-se de uma mixórdia musical—uma mistura de vários estilos, como forró, frevo, samba, reggae, ritmos africanos e caribenhos —, popularizada graças ao trio elétrico, principal atração do carnaval baiano.
Os principais propagadores do axé são, desde o seu surgimento: Caetano Veloso, Moraes Moreira, Gilberto Gil, Daniela Mercury, Ivete Sangalo (ex-vocalista da banda Eva) e os grupos Olodum, Cheiro de Amor e Chiclete com Banana.
Muitos adoradores-astros estão fazendo sucesso, ao som do axé baiano. Alguns, inclusive, dizem que se converteram a Cristo, mas não abandonam a vida velha (2 Co 5.17; Cl 3.1,2). Com certeza, eles não têm como prioridade agradar a Deus. Não sabem eles que o termo “axé” está relacionado à força sagrada dos orixás, que se revigora, no candomblé e na umbanda, com as oferendas dos fiéis e os sacrifícios rituais?
MÚSICA GOSPEL E FOGO ESTRANHO
Deixei o gospel para o fim, em razão de esse termo, em nossos dias, não designar apenas o estilo adotado pelas igrejas evangélicas dos negros norte-americanos. A palavra gospel, em inglês, significa “evangelho” ou “evangélico”. C
omo ritmo, ela foi oficialmente empregada na década de 1920 por Thomas A. Dorsey, cantor de blues da Geórgia, Estados Unidos, e filho de um pastor batista. Mas a origem do gospel remonta ao final do século XVIII, quando escravos africanos adaptaram hinos religiosos, in-jetando neles vários elementos de sua tradição musical.
No século XIX, esse estilo chegou à terra americana junto com os escravos e passou a ser chamado de negro spirituals, um tipo de blues sacro. A semelhança entre os ritmos era tão grande que muitos cantores de blues da época haviam começado a carreira cantando o negro spirituals nas igrejas protestantes.
É importante distinguir entre o gospel surgido nos Estados Unidos e o neogospel brasileiro. O primeiro era um tipo de blues, que veio a determinar um dos estilos da música cristã norte-americana, enquanto o gospel atual (ou neogospel) abarca diversos estilos: rock, funk, rap, samba, forró, axé, etc. Hoje, qualquer estilo mundano pode ser considerado gospel, desde que contenha letras supostamente cristãs. Esse miscigenado gospel atual é um grande negócio.
Nos Estados Unidos, é tão importante no mercado fonográfico que até concorre ao prémio Grammy. Bem, por que mencionei todos esses estilos? Para enfatizar que, em nossos cultos e congressos — é claro que há exceções —, não tem havido verdadeiro louvor e adoração ao Senhor, e sim exibicionismo, técnica, execução de estilos mundanos, artificialismo e agitação para chamar a atenção para a bateria, o baterista, as guitarras e cantores.
E alguns “adoradores”, com uma postura de quem deseja demolir o mundo, afirmam que fazem tudo para a glória de Deus. A chamada música gospel tocada nas igrejas e nas rádios evangélicas está carregada de agressividade e barulho, e tem pouco ou quase nenhum conteúdo bíblico.
Em Levítico 9.23—10.2, mencionam-se três tipos de fogo. Deus manifestou-se por meio do “fogo da sua glória” (9.24); Nadabe e Abiú, filhos de Arão, trouxeram um “fogo estranho” (10.1) ao santuário; e o Senhor os castigou com o “fogo do seu juízo” (10.2).
Que seria esse “fogo estranho?” Falta de reverência? Vasos sujos? Sacerdotes em pecado? Culto simultâneo a deuses estranhos? Incenso estragado? Bem, utilizar estilos musicais impróprios para o louvor a Deus é o mesmo que usar “fogo estranho”, algo que o Senhor rejeita, abomina.
E é isso que temos visto nesses últimos dias, em que os interesses comerciais, para muitos “adoradores”, falam mais alto que a Palavra de Deus (2 Co 2.17). Renova-nos, Senhor Jesus!
(Ciro S. Zibordi – Erros que os Adoradores Devem Evitar editora cpad 2009).
IV. DEVO OUVIR ESSAS MUSICAS
1CO 6:12 “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”.
Há três chaves para entendermos este versículo:
a) Licitude: Aqui lemos que todas as coisas nos são permitidas, ou seja, apenas isto não forma a base para uma sábia decisão;
b) Conveniência: “conveniência” significa algo que é útil. Muitas das coisas que nos são permitidas nunca serão úteis, Um exemplo já foi mencionado acima: qual a utilidade de ouvirmos uma música que não nos aproxima de Deus, ou que, em muitos casos, pode sim nos afastar dele?
c) Dominação: Muitas das coisas que não são úteis, apesar de permitidas podem nos levar a uma completa dominação. E não foi para a liberdade que Cristo nos libertou? – GL 5:1 | “1 Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão”.
O que ocupa o pensamento
Fp. 4:8: “8 Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”.
Quer ter certeza que algo é de Deus? Submeta-o à aprovação de FP 4:8:
Verdadeiro
Respeitável
Justo
Puro
Amável
Boa Fama
Tem Virtude
Tem Louvor
Conclusão
Texto para reflexão:
O Jovem Cristão e a música secular
Saiba como uma simples canção pode trazer influências ruins para uma pessoa
A música está sempre presente na vida do ser humano. Ela pode trazer sentimentos variados como ódio, raiva, revolta, paixão, rebeldia, agitação, e também emoções boas como a paz, o amor, a alegria, o quebrantamento. Isso acontece porque quando se ouve uma canção, escuta-se uma melodia que interfere no corpo, na alma e no espírito.
A linha melódica ou melodia ministra ao espírito do homem, enquanto a harmonia se relaciona à alma (personalidade, mente e emoção); o ritmo está associado ao movimento do corpo. Unindo a harmonia, a melodia e o ritmo com a letra certa obtêm-se benefícios para o corpo, a alma e o espírito.
Da mesma forma, uma canção com uma letra não adequada traz malefícios. É isso mesmo! Uma simples música tem o poder de transformar vidas. Daí a importância de sempre evitar ouvir algo que venha trazer influências malignas para a própria pessoa.
Para a pastora Nadyege B. Macário, da igreja Ministério Apascentar da Região Oceânica, a simples iniciativa de escutar uma canção secular é mais grave do que se parece. Nadyege é bacharel em Música Sacra, licenciada em Educação Musical e pós-graduada em Ministério da Música Sacra, autora do livro Expressões de Louvor na Adoração, e sabe do que está falando.
“O problema é que quando a pessoa ouve a música não evangélica, se não tiver uma comunhão real com Deus, será dominada por aquela letra, que vai fazendo uma lavagem cerebral sutil em sua mente. Daqui a pouco, passa a agir conforme a música.
E aquela canção irá influenciar o comportamento, a atitude e, consequentemente, a vida. O jovem deve repensar esta questão porque muitas letras seculares trazem enfermidade para a alma e aprisionam as mentes”, alerta a pastora.
Um exemplo disso são os bailes de funk, rock e afins, onde as músicas que mencionam o tempo todo sexo, drogas, violência e rebeldia são cantadas enfaticamente. “Essas canções possuem letras horríveis, além de um ritmo bem frenético que movimenta o corpo, traz euforia e deixa o espírito transtornado.
A alma fica completamente confusa e a pessoa perde a noção do que está fazendo. É por isso que durante esses shows encontram-se camisinhas no chão, pessoas bêbadas e drogadas, e há muitas brigas. Elas são impulsionadas pela melodia que ouviram”, explica Nadyege.
Outra estratégia usada por Satanás para aprisionar vidas é a música cantada em inglês. As pessoas não sabem o que estão dizendo e muitas vezes estão adorando ao Diabo. Um exemplo disso é a música Sympathy for the Devil, dos Rolling Stones. A tradução do título já diz tudo: Simpatia pelo Demônio.
…A música fez parte da trilha sonora da novela “Celebridades” da Rede Globo. Segundo Nadyege, esse tipo de tática é muito usada pelo inimigo. “Normalmente, essas músicas têm melodia e ritmo cativantes, embora as letras sejam horríveis. É preciso conhecer a música e traduzi-la.
É necessário ficar atento, pois o Diabo quer que sejamos simpatizantes dele. Essa história de ‘não tem nada a ver’ é uma armadilha para o crente que, quando percebe, já está nas mãos dele”, adverte.
…Segundo dados da ABPD – Associação Brasileira de Produtores de Discos, a música gospel nacional ocupa a segunda colocação entre os gêneros campeões em venda, atrás somente do pop-rock. Em 2005, o segmento movimentou mais de R$ 40 milhões do total de R$ 615,2 milhões adquiridos no mercado musical (6,5%) com a venda de mais de 52 milhões de unidades de CDs e DVDs no Brasil. Então por que ouvir música secular?
…A música é uma das formas de expressão de louvor que Deus mais utiliza para levar o homem à adoração. A Bíblia ensina que se deve louvar a Deus, anunciando em alta voz os seus feitos poderosos. “Louvai ao Senhor, vós todos os gentios, louvai-o, todos os povos” (Sl 117.1).
Há uma diferença entre louvor e adoração. A palavra “louvor” significa elogiar e aplaudir. Quando se louva a Deus significa que se está elogiando e aplaudindo ao Senhor pelos seus feitos.
Enquanto adoração, no grego, significa prostrar-se até o solo, curvar-se diante da vontade do Altíssimo, adorar.
A prostração era um ato comum de humilhação, reverência e de honra a uma autoridade ou realeza. “O crente que entende o que é adorar, que busca a santidade, não tem vontade de ouvir música do mundo.
Ele vai querer elogiar a Deus 24 horas por dia, vai dormir e acordar cantando canções de louvores a Deus. A música, quando utilizada da maneira correta, ou seja, para a glória de Deus, é estratégia no reino espiritual e tem o propósito de destruir, arrebentar com as estruturas físicas no mundo espiritual satânico. O louvor traz poder de Deus.
Fonte de Pesquisa:
Portal Elnet – Por Eliane Canega
(Ciro S. Zibordi – Erros que os Adoradores Devem Evitar editora cpad 2009).
Verdadeiros Adoradores por André Paganelli
Fonte: http://valorizeaebd.blogspot.com/2016/01/licao-3-musica-secular-vamos-conversa.html#ixzz5cve86RBd
Video: https://www.youtube.com/watch?v=w7QoHi6IBSM