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LIÇÃO Nº 11 – DEUS ESCOLHE ARÃO E SEUS FILHOS PARA O SACERDÓCIO

 lição 11

Deus escolheu Arão e seus filhos para exercer o sacerdócio ante a quebra da lei por Israel.

INTRODUÇÃO

– Na sequência do estudo do livro de Êxodo, estudaremos hoje o capítulo 28, quando Deus escolhe Arão e seus filhos para exercer o sacerdócio.

– Diante do episódio do bezerro de ouro, com a quebra da lei por Israel, Deus separou Arão e seus filhos para o exercício do sacerdócio.

I – A INSTITUIÇÃO DO SACERDÓCIO LEVÍTICO

– Continuando a estudar o livro de Êxodo, hoje analisaremos o capítulo 28 do livro, quando Deus, no monte Sinai, em meio às instruções que deu a Moisés sobre o tabernáculo, escolhe Arão e seus filhos para exercerem o sacerdócio.

– Deus havia proposto a Israel que fosse Seu reino sacerdotal e povo santo dentre todas as nações da Terra (Ex.19:5,6), proposta que foi aceita por Israel (Ex.19:8).

– No entanto, Israel, no momento da entrega da lei, recuou, não quis subir ao monte (Ex.19:13), retirou-se e se pôs de longe (Ex.20:18), tendo preferido que Moisés falasse com Deus e depois lhe transmitisse o que haveria de fazer (Ex.20:19), demonstrando, assim, que a incredulidade que lhe havia impedido de receber a promessa de Abraão, também havia impedido que recebesse a lei em seus corações, lei esta que acabou sendo escrita em pedras, a indicar a necessidade de um novo concerto para o futuro.

– Quando da promulgação da lei (leia o Apêndice 1 – A promulgação da lei ao pé do Sinai, disponível no Portal Escola Dominical), esta realidade ficou bem patente, na medida em que o povo teve de sacrificar a Deus ao pé do monte Sinai, a nos mostrar que o pecado ainda fazia divisão entre Deus e Israel e que o acesso a Deus era limitado, diante do relacionamento estatuído com o pacto do Sinai, um relacionamento inferior ao que havia sido feito entre Deus e Abraão (Ex.24:3,4).

– Neste dia, porém, em que o povo, após ouvir as palavras que Moisés lhes transmitira e aceitar assumir o compromisso de cumpri-las, o texto sagrado nos mostra que Moisés escolheu mancebos de todas as tribos de Israel que, então, ofereceram sacrifícios pacíficos de bezerros, cujo sangue serviu para a consagração da lei (Ex.24:5-8).

– Notamos, pois, que, no momento da promulgação da lei, todo o povo israelita era formado de sacerdotes, uma vez que Moisés não só levantou doze monumentos, representando as doze tribos de Israel, como também convocou jovens de todas as tribos para oferecer sacrifícios.

– Tinha sido esta a proposta de Deus para Israel, ou seja, a de que eles se tornassem “reino sacerdotal e povo santo do Senhor”. Assim, todo o povo havia sido constituído para exercer o sacerdócio, ou seja, para interceder em favor de toda a humanidade diante de Deus. Israel fora constituído pelo Senhor para ser Sua propriedade peculiar dentre os povos, para anunciar o Senhor a todas as nações, a fim de que, por intermédio de Israel, descendência de Abraão, todas as nações fossem benditas (Gn.12:3).

– Se Israel havia falhado em receber a promessa de Abraão, tendo, em seu lugar, recebido a lei, ainda havia sido mantida como nação sacerdotal e deveria se manter separada do pecado, ainda que, por força da aliança firmada no Sinai, não estivesse livre do pecado, que fora apenas coberto pelo sangue dos animais que havia sido derramado quando da promulgação da lei.

– Logo após a promulgação da lei, Moisés é chamado a subir ao monte novamente, agora na companhia de Arão, Nadabe, Abiú e setenta anciãos de Israel, onde participam de uma refeição sagrada, oportunidade em que aquelas pessoas, os mais proeminentes do povo, têm uma visão de debaixo dos pés do Senhor (Ex.24:10,11), mais uma demonstração da inferioridade do relacionamento estabelecido pela lei.

– Depois desta visão, Moisés é chamado a subir ao monte, onde Deus iria lhe dar instruções a respeito do culto que se deveria dar ao Senhor ante a aliança estabelecida com Israel, tendo, então, designado Arão e Hur para o substituírem interinamente enquanto estivesse no monte (Ex.24:14).
– Enquanto Moisés esteve ausente por quarenta dias e quarenta noites, o povo de Israel quebrou a lei, fazendo para si um bezerro de ouro, o que, aliás, já estudamos na lição 6, quebrando, assim, os dois primeiros mandamentos da lei.

– O Senhor, que tudo vê, noticiou a Moisés a quebra da lei por parte de Israel, que chamou, inclusive, de povo de Moisés (Ex.32:7), expressão que mostra que, diante da quebra da lei, Israel havia perdido a sua condição de povo de Deus. Com isto, aprendemos que, se pecamos, perdemos a condição de povo de Deus, correndo, assim, o risco de, se apanhados pela morte ou pelo arrebatamento da Igreja, nos perdermos eternamente. Não é por outro motivo que o apóstolo João nos recomenda que, se pecarmos, devemos, de imediato, recorrer a Jesus Cristo, o justo, a propiciação pelos nossos pecados e pelos pecados de todo o mundo (I Jo.2:1,2).

– Ante o pecado do povo, o Senhor demonstrou Sua intenção de destruir Israel, já que se tratava de um povo obstinado, de dura cerviz (Ex.32:9,10), o que não ocorreu em virtude da intercessão de Moisés (Ex.32:11-14).

– Mesmo o Senhor não tendo destruído o povo, o fato é que o próprio Moisés, ao ver a situação em que o povo se encontrava, indignado, quebrou as tábuas da lei (Ex.32:19), gesto que representou a efetiva quebra da lei por parte de Israel.

– Na sequência, Moisés perguntou ao povo quem estava do lado do Senhor e somente a tribo de Levi se manifestou (Ex.32:26) e, por esta razão, foi a tribo de Levi escolhida para exercer o sacerdócio entre os israelitas porque, com a quebra da lei, Israel perdera a condição de ser “reino sacerdotal” (Dt.10:8).

– A dispensação da lei não permitiria, mesmo, que se tivesse o sacerdócio de todo Israel. Dentro das limitações estabelecidas nesta aliança, bem como da própria recusa de Israel em subir ao monte, impossível era que todo o Israel se tornasse sacerdote e o episódio do bezerro de ouro veio apenas revelar a situação espiritual daquele povo, um povo que havia endurecido seu coração para com Deus, que se mantinha incrédulo e incapaz, assim, de desfrutar da promessa de Abraão.

– Deus, na Sua presciência, já havia, no monte, dito a Moisés que escolhera a Arão e a seus filhos para exercerem o ofício sacerdotal (Ex.28:1). Agora, com o episódio do bezerro de ouro, se esclarecia porque todo o Israel não continuaria com o ofício sacerdotal, visto que o sacerdócio universal fazia parte da promessa de Abraão e somente seria possível quando a posteridade de Abraão viesse e o estabelecesse.

– O sacerdócio de Arão, portanto, é algo umbilicalmente relacionado com a lei, é uma instituição que decorre da aliança firmada entre Deus e Israel. Ante a limitação existente neste pacto, o povo de Deus somente se poderia chegar à presença do Senhor através de pessoas especialmente designadas para isto. O sacerdócio veio como uma continuação da mediação que, iniciada por Moisés, deveria prosseguir até que viesse outro profeta como Moisés (Dt.18:15; At.7:37), que, então, estabelecesse uma nova ordem, um novo regime de sacerdócio.

– É isto que nos explica o escritor aos hebreus que, em sua epístola, mostra claramente que Jesus veio instaurar uma nova ordem sacerdotal, a ordem de Melquisedeque, da qual Ele é o sumo sacerdote (Hb.6:20), ordem esta que permite que todo o povo de Deus tenha pleno acesso ao Senhor, já que o pecado foi tirado pelo sacrifício de Cristo na cruz do Calvário, de sorte que hoje já não necessitamos da mediação de qualquer homem para nos chegar diante do Senhor, mas única e exclusivamente de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Hb.10:19-24).

– O sacerdócio de Arão, também chamado de “sacerdócio levítico”, fez-se necessário porque, diante do estabelecimento da lei, o pecado não foi retirado do povo, mas, simplesmente, coberto pelo sangue dos animais que deveriam ser sacrificados para memória dos pecados e adiamento de sua execução, povo que, por não ter cumprido a lei, não poderia ele próprio efetuar tais sacrifícios, mas tão somente aqueles que haviam sido escolhidos por Deus para fazê-lo, ou seja, a família de Arão, Arão que já fora escolhido para ser o porta- voz de Moisés para o povo e se distinguido para ser o canal de comunicação entre Deus e o povo (Ex.4:15,16).

– O próprio Arão, antes de iniciar seu ofício sacerdotal, mostrou toda a sua fraqueza no próprio episódio do bezerro de ouro, visto que se deixou levar pelo povo e ele próprio fez a imagem daquele ídolo, embora tenha pedido que o povo fizesse festa ao Senhor no dia seguinte ao da fundição do bezerro (Ex.32:1- 5). Foi necessário que Moisés também intercedesse por Arão para que o Senhor não o matasse (Dt.9:20).

– Este sacerdócio, portanto, foi constituído por homens pecadores, cujo pecado não pôde ser tirado, sendo, assim, um sacerdócio frágil e que necessitava de aperfeiçoamento, tanto que, em todas as vezes em que se ofereceriam sacrifícios, dever-se-ia, antes de mais nada, oferecer sacrifícios pelo próprio sacerdote, sem o que não se poderia interceder em favor do povo (Hb.7:27,28).

– A instituição do sacerdócio levítico era mais um “remédio”, uma medida paliativa que se criava até a vinda do Messias, d’Aquele que redimiria a humanidade e que se tornaria o sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, instituindo, então, um verdadeiro “reino sacerdotal” (I Pe.2:9; Ap.1:5,6), que é a Sua Igreja, motivo por que não se pode mais admitir a existência de uma “ordem sacerdotal” no meio do povo de Deus, vez que o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário aboliu todas as limitações da antiga aliança.

– A criação de uma “ordem sacerdotal”, de um “sacerdotalismo” foi um dos principais desvios doutrinários ocorridos ao longo da história da Igreja e que se cristalizou em alguns segmentos do Cristianismo, em especial, as Igrejas Romana, Ortodoxa e Anglicana. Como bem explana M.H. Seymour em seu livro “Noite com os romanistas”, bem explica que “…em trecho algum do Novo Testamento, os ministros são chamados de sacerdotes, pois “sacerdote” é quem oferece sacrifícios.

Em Ef.4:11,12 e em I Co.12:27,28, quando se enumeram os dons ministeriais constituídos na Igreja, em momento algum se fala em sacerdotes, mas, apenas, em pastores, mestres, evangelistas, apóstolos, operadores de milagres, socorros, governos etc. e, de igual modo, outras passagens como I Co.4:1, I Tm.3:13 e Tt.1:5. É de se ressaltar, também, que, na antiga aliança, entre os judeus, havia os sacerdotes e os anciãos, ou seja, os sacrificadores e os presbíteros, mas, quando veio Jesus, assumiu este o ofício sacerdotal, tendo sido constituídos, na igreja, os anciãos, ou seja, os presbíteros, que são os chamados ao ministério cristão e os mencionados no Novo Testamento.…” (anotação nossa a respeito do texto do autor na referida obra, em seu capítulo 12, pp.191-200 – SEYMOUR, M.H. sem trad. Noites com os romanistas. Ourinhos: Edições Cristãs, 1998. 396p. (Coleção Vaticano (1)).

– Como o povo de Israel havia sido incrédulo e não quisesse subir ao monte Sinai, não poderia, mesmo, constituir-se em “reino sacerdotal” e, por isso, o Senhor acabou por escolher a tribo de Levi, a única que quis ficar do lado do Senhor no episódio do bezerro de ouro, para servir-lhe no ofício sacerdotal, que foi reservado a Arão e sua família, sendo os demais levitas constituídos para auxiliar-lhes nesta tarefa (Nm.18).

– Com a vinda de Cristo, porém, não há que se falar mais em necessidade de que parte do povo de Deus, a Igreja, seja constituída por “sacerdotes”, pois todo o povo de Deus é agora formada de sacerdotes, vez que o pecado foi tirado e há livre acesso ao trono de Deus, acesso este por que os salvos entraram, mediante a fé (Rm.5:1,2). Por Cristo, temos pleno acesso ao santo dos santos (Hb.10:19,20) e, desta forma, não mais precisamos de sacerdotes que façam a intermediação entre nós e Deus.

– O que há, na Igreja, agora, são “ministros”, isto é, servos do Senhor que foram constituídos para ministrar a Palavra e se dedicarem à oração, não para fazer intermediação entre Deus e a Igreja, mas para estar à frente do povo, ensinando-os e orientando-os para que se aperfeiçoem na vida espiritual até a vinda do Senhor (Ef.4:11-16).

– Como bem ensinou o pastor José Wellington Bezerra da Costa Neto, em reunião de obreiros na Assembleia de Deus – Ministério do Belém – sede, em São Paulo/SP, em reunião de obreiros de 2 de dezembro de 2013, na dispensação da lei havia “sacerdócio”, aquele que era o representante do sagrado, mas, na dispensação da graça, temos “ministério”, ou seja, servidores que estão à frente do povo para lhes dar a devida alimentação espiritual, mas que não se constituem em mediadores. Naquele ensino, aliás, foi também dito que muitos que dizem evangélicos estão a querer adotar o “sacerdócio” em suas igrejas, o que é inadmissível. Não há mais mediadores humanos entre Deus e o Seu povo. Como bem afirma Abraão de Almeida: “…O sacerdócio universal dos crentes foi uma das doutrinas basilares da Reforma Protestante” (O tabernáculo e a Igreja, p.31)

– O sacerdócio levítico encerrou-se pouco antes da morte de Cristo na cruz do Calvário, quando o sumo sacerdote Anás, quebrando norma da lei (Lv.21:10), rasgou suas vestes durante o julgamento de Jesus pelo Sinédrio (Mt.26:65; Mc.14:63), gesto que representou o fim daquele sacerdócio. Logo em seguida, com Sua morte na cruz, Jesus instituiu o sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque (Sl.110:4; Hb.7:17,21), oferecendo-Se pelo pecado da humanidade, sacrifício único e que efetuou eterna redenção (Hb.7:27; 9:12).

OBS: Por isso não faz o menor sentido o que é ensinado pelos mórmons, ou seja, que o “sacerdócio aarônico” é o “sacerdócio preparatório”, destinado a adolescentes e novos convertidos, sacerdócio este que teria sido “concedido” a Joseph Smith Jr. e Oliver Cowdery por João Batista numa visão em 15 de maio de 1829. Por primeiro, o sacerdócio levítico já estava extinto há mais de 1800 anos quando desta “visão”. Por segundo, João Batista já tinha morrido e não podia, pois, comunicar-se com qualquer vivo. Por terceiro, ainda que se permitisse tal “comunicação excepcional”, como João Batista poderia transmitir a outrem um sacerdócio que nunca havia exercido?

– Como tudo que representa a lei, o sacerdócio levítico, no entanto, traz importantes lições e ensinos a respeito do nosso sacerdócio, o sacerdócio real que nos foi dado pelo Senhor Jesus em virtude de Seu sacrifício na cruz do Calvário e é por isso que é importantíssimo que dele aprendamos a partir do que o Senhor instruiu Moisés no monte Sinai.

II – AS VESTES SACERDOTAIS COMUNS

– Em meio às instruções que o Senhor dava a Moisés no monte Sinai a respeito do culto a Deus, foi dito a Moisés que deveria separar Arão e seus filhos, do meio dos filhos de Israel, para Lhe administrarem o ofício sacerdotal (Ex.28:1).

– De pronto, vemos que o ofício sacerdotal deveria ser exercido apenas por aqueles que fossem escolhidos por Deus. Foi Deus quem escolheu Arão e seus filhos, não o contrário. Isto nos mostra que ninguém se chega a Deus a não ser que seja escolhido pelo Senhor, como Jesus deixou bem claro aos discípulos em Suas últimas instruções (Jo.15:16).

– Isto é de fundamental importância para que entendamos a realidade da vida espiritual. Quem nos escolheu foi o Senhor, não nós. Assim como Arão e seus filhos não tinham qualquer merecimento para serem escolhidos, tendo sido esta escolha um favor imerecido, uma graça de Deus, de igual modo, nós, também, devemos sempre ter em mente que servimos a Deus não porque sejamos melhores do que os demais homens, mas pela graça do Senhor.

– Alguns comentaristas bíblicos, notadamente rabinhos judeus, entendem mesmo que Deus permitiu que Arão fabricasse o bezerro de ouro para que ele, que ainda não sabia ter sido escolhido para ser o sumo sacerdote, sempre tivesse em mente que a escolha divina não levara em conta supostos merecimentos de sua parte, mas que tudo não passava de graça e misericórdia do Senhor.

– Devemos ter sempre isto em mente, amados irmãos: servimos a Deus por causa de Sua graça e misericórdia, não somos merecedores daquilo que Deus nos dá e, por isso mesmo, devemos ser compassivos e compreensivos para com aqueles que não estão a servir o Senhor, lembrando sempre que não somos melhores do que eles.

– Outra lição importante que aprendemos é que o Senhor escolheu Arão e seus filhos para “administrarem” o ofício sacerdotal, ou seja, os sacerdotes foram constituídos como mordomos, como aqueles que não poderia alterar coisa alguma do que fora instituído por Deus. Estavam ali apenas para executar, cumprir as determinações e estatutos dados pelo Senhor, sem qualquer autonomia. Prova disso foi o fato de Nadabe e Abiú terem sido fulminados pelo Senhor ao tentarem oferecer incenso com fogo estranho no lugar santo (Lv.10:1,2).

– No exercício do nosso sacerdócio real, como salvos na pessoa de Cristo Jesus, também não nos é permitido senão “administrar” este ofício sacerdotal, ou seja, sermos fiéis cumpridores de tudo quanto o Senhor Jesus tem nos ensinado e falado através da Sua Palavra. Aliás, foi isto mesmo que Ele nos ordenou antes de subir ao céu, ao dizer aos Seus discípulos: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-as as guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado…” (Mt.28:19,20). Temos, tão somente, de transmitir o que o Senhor nos mandou, nada mais, nada menos!

– Arão e seus filhos deveriam, no exercício de seu sacerdócio, ter vestes diferentes dos demais israelitas, vestidos santos “para glória e ornamento” (Ex.28:2). Isto, de pronto, já nos ensina que os sacerdotes devem ter vestimentas diferentes dos demais, vestidos estes que servissem de “glória e ornamento”.

– Ora, na atual dispensação, não é diferente. Também devemos ter vestes diferentes das dos demais seres humanos. Aqui não estamos falando de roupas diferentes, que sejam utilizadas pelos salvos em Cristo Jesus, como os paramentos usados nas igrejas que adotam o “sacerdotalismo”, mas, sim, como nos ensina o apóstolo Pedro, “o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus” (I Pe.3:4).

– “…O novo nascimento é a veste nupcial do crente (…) (Jo.3:5-7). A mesma lição aprendemos da parábola do filho pródigo, onde o Pai provê primeiramente o melhor vestido para aquele que se arrependera e voltara ao lar paterno.…” (ALMEIDA, Abraão de. op.cit., p.31). Assim, ao nascermos de novo, adquirimos as vestes sacerdotais, que são as vestes de salvação (Is.61:10), para, então, podermos administrar o ofício sacerdotal.

– Uma vez adquiridas as vestes sacerdotais, devemos mantê-las santas, ou seja, devemos ter um comportamento, uma conduta tal que as pessoas, ao nos verem, percebam em nós a glória de Deus, percebam em nós a beleza de Cristo. Por isso o Senhor Jesus disse que Seus discípulos, ao serem contemplados fazendo boas obras, levarão os homens a glorificar o nosso Pai que está nos céus (Mt.5:16), assim como o apóstolo Paulo disse que os salvos, com cara descoberta, refletem como um espelho a glória do Senhor (II Co.3:18). Será que temos sido luz do mundo, espelhos da glória do Senhor diante dos homens?

OBS: “…É uma maravilha, meninos, quando os homens glorificam a Deus, por ver que vivemos uma vida separada do mundo, no reconhecimento de que a mão do Senhor está sobre a nossa casa e que estamos em comunhão com o céu.” (NYSTRÖM, Samuel. Lição 10 – Salomão, em toda a sua glória. 3 set. 1939 – comentário para as crianças. In: Coleção Lições Bíblicas, v.1, p.877).

– “…Os sacerdotes eram constituídos em favor dos homens nas coisas pertencentes a Deus (Hb.5:1-3). Os crentes, como sacerdotes, entram na presença de Deus em favor dos homens…” (ALMEIDA, Abraão de. op.cit., p.31). Para tanto, é absolutamente indispensável que estejamos com as nossas vestes de salvação, que não sejamos achados nus (II Co.5:3), ou seja, que não nos misturemos com o mundo, como os crentes de Laodiceia, que, por isso, foram tidos como nus diante do Senhor (Ap.3:17), assim como nus ficaram os israelitas depois que copiaram a idolatria do Egito (Ex.32:25).

– É evidente que uma pessoa que tenha as vestes espirituais santas, também usa vestes físicas compatíveis com a santidade que há no seu interior. O próprio apóstolo Pedro, ao nos falar a respeito do trajo de um espírito manso e quieto”, logo em seguida, fala a respeito dos adornos comedidos e modestos que usavam as santas mulheres que esperavam em Deus (I Pe.3:5). Assim, as vestimentas a serem utilizadas pelos salvos em Cristo Jesus, sejam homens, sejam mulheres, devem ser pautadas pela decência, pelo pudor e pelo recato, pois nossos corpos são templo do Espírito Santo (I Co.6:19) e não podemos utilizá-los como instrumento de pecado, mas, sim, como instrumento de justiça (Rm.6:13,19).

– É lamentável que, em nossos dias, os bons costumes e orientações a respeito de vestimenta que sempre caracterizaram as Assembleias de Deus, desde os seus primórdios, tenham sido cada vez mais desconsiderados e hoje tenhamos uma total contaminação mundana nas vestimentas dos que cristãos se dizem ser, que, pelo seu traje e porte, estão, muitas vezes, a denunciar que não são portadores de um “incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus”. Pensemos nisto, amados irmãos!

– As vestes sacerdotais tinham o objetivo de santificar o sacerdote para que ele pudesse administrar o sacerdócio (Ex.28:3). Hoje em dia, somente se nos santificarmos, se nos mantivermos com as nossas vestes mais alvas do que a neve (Sl.51:7), é que poderemos exercer o sacerdócio que Deus nos confiou, podendo, assim, evangelizar o mundo e trazer os pecadores ao encontro de Cristo Jesus.

– Mas as vestes também serviam de “ornamento”, ou, como traduz a Bíblia Hebraica, “formosura”, ou seja, para dar ideia da beleza, da sublimidade, do esplendor das coisas pertencentes a Deus. As vestes indicavam, assim, que era honroso ser sacerdote. É por isso que o escritor aos hebreus diz que o sacerdócio era uma “honra” (Hb.5:4), algo que, por isso mesmo, deve ser preservado e cuidado com todo zelo, pois é uma dádiva excelente dada por Deus àqueles que Ele chama.

– Por isso mesmo, devemos ter muito cuidado com a nossa salvação, pois foi uma honra que Deus nos deu. Devemos ter muito zelo, guardá-la com muito cuidado, como nos recomenda o Senhor Jesus em Ap.3:11, pois é uma joia preciosa inigualável, que vale mais do que o mundo inteiro. Bem diz o escritor aos hebreus que não teremos escape se não atentarmos para esta tão grande salvação (Hb.2:3,4).

– A primeira das peças do vestuário sacerdotal eram os calções de linho, que fazia o contato com os lombos e as coxas do sacerdote, cobrindo a parte mais vergonhosa do corpo, ou seja, as genitálias, provando, assim, que aquelas partes que eram reputadas menos honrosas, eram muito mais honradas, tendo uma peça específica para eles (I Co.12:23). Daí já temos uma importante lição espiritual, qual seja, a de que Deus honra a todos os integrantes do corpo de Cristo, independentemente do que os homens pensem a respeito deles.

– Os calções eram de linho fino, pois o linho representa a justiça dos santos (Ap.19:8). Tratava-se de um tecido de cor branca, a indicar a santidade do sacerdote.

– Esta brancura dos vestidos é a representação da santificação operada pelo Senhor Jesus quando somos salvos, ocasião em que nos tornamos mais alvos do que a branca lã (Is.1:18), mais alvos do que a neve (Sl.51:7). É o sangue de Jesus que nos purifica de todo o pecado (I Jo.1:7) e, diante desta purificação, somos santificados, podendo passar a pertencer ao povo de Deus, à Igreja (I Co.1:1,2). Esta é a chamada “santificação posicional”, quando passamos da posição de pecadores para a posição de santos, de pessoas separadas do pecado.

– Salomão é bem claro ao nos dizer que devemos manter, em todo tempo, os nossos vestidos alvos (Ec.9:8), tendo o Senhor Jesus dito que somente aqueles que mantiverem suas vestes brancas é que serão dignas de andar com Ele (Ap.3:4). Aqueles que se mantiverem assim receberão vestes brancas permanentes e insuscetíveis de qualquer contaminação no dia em que ingressarmos no santuário celestial (Ap.3:5). Como diz a poetisa sacra norte-americana Leila Naylor Morris (1862-1929), traduzida por José Teixeira de Lima: “…Em santidade nos deve achar, eis que Ele pode vir. Todos, velando, com gozo e paz, Eis que Ele pode vir…” (primeira parte da terceira estrofe do hino 125 da Harpa Cristã). Vigiemos, pois, amados irmãos!

– Além da santidade, o linho também simboliza a voluntariedade do serviço, pois este tecido fora escolhido para evitar que os sacerdotes suassem enquanto estivessem oficiando, por se tratar de um material leve (Ez.44:18). O serviço ao Senhor deve ser exercido de forma voluntária, como algo que traduz a nossa gratidão a Deus e não como produto de uma opressão, como um castigo, como algo que seja considerado penoso e sofrido, pois é isto que representa o suor nas Escrituras, como se vê em Gn.3:19. Tudo que for feito na obra de Deus deve ser feito de forma voluntária e com alegria, pois é isto que agrada ao Senhor (II Co.8:11,12; 9:7).

– Sobre estes calções, era posta a túnica, que também era de linho fino. Ela era uma peça única, sem qualquer costura, por isso mesmo denominada de “túnica inconsútil”, representando, assim, o Evangelho, a Palavra de Deus, que não pode ser repartido ou fragmentado. Jesus tinha uma túnica desta natureza, tanto que não foi repartida e os soldados romanos lançaram sorte sobre ela para ver quem com ela ficaria (Jo.19:23,24).

A Bíblia Sagrada é a “túnica inconsútil de Cristo”, não pode ser fragmentada nem repartida, o que, infelizmente, muitos têm feito nestes dias, a começar dos chamados “teólogos liberais”. OBS: “…Há algo definido na Bíblia. Não é como um pedaço de cera que amoldamos como queremos, nem uma peça de tecido que cortamos de acordo com a moda. (…). Há algo que me foi dito na Bíblia — dito com certeza — não posto diante de mim com um ‘mas’, um ‘talvez’, um ‘se’, um ‘pode ser’ e cinquenta mil suspeitas por detrás, de sorte que a soma e a suma disso tudo é: talvez não seja assim, afinal. É-me, porém, revelado como fato infalível, no qual se deve crer, e cujo oposto é um erro mortal, proveniente do pai da mentira.(…).

Temos igualmente a certeza de que o livro chamado ‘Bíblia” é Sua Palavra, e é inspirado(…). Cremos que tudo que se afirma no livro que nos vem de Deus deve ser aceito por nós como inelutável testemunho d’Ele, e nada menos que isso. Não permita Deus que nos enredemos nas várias interpretações do modus de inspiração, as quais, por pouco não a eliminam. O livro é uma produção divina. É perfeito. (…). Tampouco sonharia com blasfemar contra o meu Criador, como tamb´qm questionar a infalibilidade da Sua Palavra… “ (SPURGEON, Charles H. Lições aos meus alunos. Trad. de Odayr Olivetti, v.1, pp.46-7).

– Sobre a túnica, era posto o cinto, com que se prendia a túnica ao corpo do sacerdote. No sumo sacerdote, este cinto era posto sobre o éfode, peça exclusiva do sumo sacerdote. Ele deveria ser de obra de ouro, azul, púrpura, carmesim e linho fino torcido (Ex.28:8), lembrando, assim, a própria estrutura da coberta do pátio (Ex.27:16). Assim, o cinto fala-nos, também, do Evangelho, pois os materiais de que é feito o cinto nos fala das quatro perspectivas de Cristo que são apresentadas pelos quatro Evangelhos: Rei (púrpura – Mateus), Servo (carmesim – Marcos), Homem Perfeito (linho fino – Lucas) e Filho de Deus (ouro – João).

– Como se isto fosse pouco, “…o cinto é tipo da verdade, como escreveu Paulo(…) (Ef.6:14). A verdade confere estabilidade ao caráter, unindo todas as virtudes. Por ser muito largo e longo, moderava o movimento do sacerdote. A Palavra de Deus impõe disciplina, prudência e modifica a nossa maneira de andar e viver (…) (Tt.2:12,13)…” (ALMEIDA, Abraão de.op.cit., pp.38-9).

– O serviço no tabernáculo somente podia ser exercido dentro da mobilidade trazida pelo cinto. Isto nos mostra que somente podemos servir a Deus dentro dos parâmetros e balizas que nos estabelece a Palavra de Deus. Nosso serviço somente pode se dar quando estamos “presos” pela Palavra. Devemos agir como o apóstolo Paulo que ensinava o povo de Deus a não ir além do que está escrito (I Co.4:6).

– “…O cinto, com o qual todo crente deve estar cingido, fala também de trabalho e vigilância (…) (Jo.13:4,5). Jesus cingiu-Se para servir, para trabalhar (…) (Lc.12:35,42,43). Devemos estar cingidos com o cinto da Verdade e, vigilantes, prontos para o trabalho…” (ALMEIDA, Abraão, de.op.cit., p.40). Esta prontidão para fazermos a vontade de Deus fica evidenciada na circunstância de os israelitas estarem cingidos no momento em que celebraram a primeira Páscoa (Ex.12:11).

– A última peça comum a todos os sacerdotes eram as tiaras de linho fino, turbantes que eram postos sobre a cabeça dos sacerdotes (Ex.28:40; 39:28; Lv.8:13). O sumo sacerdote, diferentemente dos outros sacerdotes, tinha, na sua tiara, também chamada de mitra (Ex.28:4), uma lâmina de ouro puro, onde estava gravada a expressão “Santidade ao Senhor” (Ex.28:36,37).

– As tiaras falam da necessidade que têm os sacerdotes de ter uma mente justa e santa. Por isso, as tiaras eram de linho fino, falando da justiça dos santos, como já vimos. O profeta Isaías fala a respeito do “elmo da salvação” (Is.59:17), que é o próprio Senhor que, na ausência de um intercessor, pôs sobre Si e, deste modo, providenciou a salvação do Seu povo (Is.59:16,17). Assim, esta peça nos fala da justiça de Cristo que nos permite ser justificados n’Ele, passando a ter uma mente justa e santa, uma mente iluminada pela luz do Evangelho de Cristo (II Co.4:4), que nos permite ver o reino de Deus (Jo.3:3) e ter a mente de Cristo, tudo discernindo espiritualmente (I Co.2:11-16).

– Os salvos em Cristo Jesus, na sua qualidade de sacerdotes, precisam tomar o “capacete da salvação” (Ef.6:17) e, tendo uma mentalidade forjada em Cristo Jesus, poder entender tudo quanto se passa ao seu redor, não se deixando enganar pelas astutas ciladas do diabo(Ef.6:11), ciladas estas que jamais ignoram (II Co.2:11).

– Não se pode servir ao Senhor com uma mentalidade humana, com uma mentalidade que quer encontrar respaldo nas coisas naturais, como, infelizmente, temos visto ocorrer entre muitos que cristãos se dizem ser, que preferem as opiniões da ciência e da filosofia ao que está escrito na Palavra de Deus, ao que é ensinado nas Sagradas Escrituras. Não abramos mão do “capacete da salvação”!

– Todas estas peças eram comuns a todos os sacerdotes, a Arão e a seus filhos (Ex.28:40), sacerdotes que, nos dias de Davi, foram divididos em vinte e quatro turmas ou ordens (I Cr.24:1-19; Lc.1:5).

III – AS VESTES SACERDOTAIS EXCLUSIVAS DO SUMO SACERDOTE

– O sumo sacerdote, além das vestes que tinham os outros sacerdotes, tinha algumas peças de vestuário exclusivas, que o distinguiam dos demais. Estas peças são figuras de Jesus Cristo, o sumo sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque (Hb.6:20).

– A primeira peça exclusiva do sumo sacerdote era o manto, também chamado de sobrepeliz. “…Era uma peça curta, feita em azul. Possuía uma abertura para a cabeça e era bordada com romãs em azul, púrpura e carmesim. Havia também campainhas de ouro, entre uma romã e outra. Os frutos só podem surgir de uma vida redimida (carmesim), santificada (fundo branco), glorificada (a púrpura) e assentada nos lugares celestiais (o azul). Estas cores correspondem ao estado do crente conforme Ef.2:5,6.(…). As campainhas de ouro, que falam da adoração, ou glorificação, estão acompanhadas das romãs, um tipo da frutificação. O verdadeiro louvor e a verdadeira adoração só acontecem, só se tornam efetivos, quando há frutificação…” (ALMEIDA, Abraão de.op.cit., p.37).

– Jesus Cristo, no exercício de Seu ministério sacerdotal, foi frutífero, cumprindo tudo quanto o Seu Pai lhe determinou que fizesse (Jo.17:4), glorificando o nome do Senhor com Suas obras e produzindo frutos abundantes e permanentes, conquistando a eterna redenção para todos os homens (Hb.9:12). Por isso mesmo, pode, agora, enviar os Seus discípulos para que também produzam frutos permanentes e abundantes (Jo.15:16), pois nos envia como foi enviado (Jo.20:21).

– “…Aparentemente havia uma fila de romãs bordados na orla (veja Ex 39:24) intercalados com tinir de sinos dourados [as campainhas de ouro, observação nossa] que soavam quando o sacerdote se movia. Os sinos falam de escutar a Deus enquanto se está em seu serviço, e a sua música traz uma certa alegria(…).O som dos sinos poderia ser ouvido quando Arão entrava no Santo Lugar diante do Senhor, e o seu povo ao escutar saberia que ele não tinha sido morto na presença de Deus, mas que a sua oferta por eles havia sido aceita por Deus.…” (As vestes sacerdotais. Disponível em: http://www.jesusnet.org.br/tabernaculo/vestes.htm Acesso em 17 jan. 2014).

– As campainhas douradas representam a vida e a alegria que devem existir no serviço ao Senhor. Enquanto estava servindo, o sumo sacerdote fazia ressoar o som das campainhas, indicando ao povo que estava vivo, que o Senhor lhe era propício, além de reproduzir um som que nos mostra que, no ambiente em que está nosso Sumo Sacerdote Jesus Cristo, há sempre louvor, vida e alegria. Porventura, não estavam alegres os discípulos ao retornarem da evangelização das aldeias e vilas da Judeia (Lc.10:17)?

– Agostinho vê, nestas campainhas, a imagem da vida edificante do sacerdote, pois se teria aqui a repercussão do ministério do crente, quando entra e sai do santuário do Senhor, ou seja, o testemunho que o cristão apresenta para todos quantos o veem (Sobre o Heptateuco, n.2119. Citação de Ex. 28:1-43. Disponível em: http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 17 jan. 2014) (texto em francês).

– Jesus é o sumo sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque porque, sendo o Santo (Lc.1:35), nunca pecou (Hb.4:15; 9:28) — daí o linho fino que era o fundo do manto; sendo o Servo sofredor (Is.52:13,14; 53:2-7), derramou o Seu sangue para ser a propiciação pelos nossos pecados (Hb.9:26; 10:5,12; I Jo.2:1,2) — daí o carmesim do manto; tendo tirado o pecado do mundo, sem pecar, venceu a morte (At.2:24; Ap.1:18) e, por isso, foi ressuscitado dos mortos, alcançando a glorificação (Jo.7:39; 12:28;13:31,32; Rm.4:24,25; 6:4; 7:4) — daí a púrpura do manto; entrou gloriosamente nos céus, o santuário original (Hb.9:11,12), como Deus e homem (Sl.24:7,8; At.1:9-11; I Tm.2:5), assentando-se à direita do Pai (At.7:55; Ef.1:20; Ap.3:21), de onde intercede por nós (Is.53:12) e dirige a Igreja, da qual é a cabeça (Ef.1:22; 5:23) — daí o azul do manto.

– Outra peça exclusiva do sumo sacerdote era o éfode, também conhecido como estola sacerdotal (Ex.28:6- 12). O éfode era de ouro, azul, púrpura, carmesim e de linho fino torcido, ou seja, do mesmo material do manto, indicando, assim, a unidade que existia entre todas as peças, a nos mostrar que tudo apontava para o único Sumo Sacerdote, o único Mediador entre Deus e os homens – Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois em nenhum outro nome há salvação (At.4:12).

– “…Esta peça dividia-se em duas partes: frente e costas, unidas por duas pedras de ônix, com os nomes das doze tribos que Arão levava diante do Senhor. Sobre Seus ombros, Jesus suporta, com o Seu poder, todo o Seu povo. Notem as cores desta peça: o ouro, o azul e o carmesim, que falam dos aspectos do caráter de Jesus…” (ALMEIDA, Abraão de.op.cit., p.38). “…De acordo com Josefo, as pedras de ônix gravadas foram projetadas nos ombros de forma que os nomes dos seis filhos primogênitos foram gravados na pedra à direita do ombro, e os seis filhos mais jovens na pedra no ombro esquerdo.…” (As vestes sacerdotais. Disponível em: http://www.jesusnet.org.br/tabernaculo/vestes.htm Acesso em 17 jan. 2014).

– Quando ministrava, o sumo sacerdote levava sobre si a iniquidade do povo (Ex.28:38; Lv.10:17), povo este representado por estas pedras sardônicas, onde eram lavrados os nomes das doze tribos de Israel, segundo as suas gerações, o que nos faz entender que, numa pedra, estavam lavrados os nomes de Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã e Naftali e, na outra pedra, os nomes de Gade, Aser, Issacar, Zebulom. José e Benjamim, pois foi esta a ordem do nascimento dos filhos de Jacó (Gn.30:1-24; 35:16-18).O Senhor Jesus levou sobre Si a iniquidade de todos os homens (Is.53:5).

– As pedras tinham de ser lavradas, ou seja, trabalhadas segundo a obra do lapidário (Ex.28:11-12), a nos mostrar que o objetivo de Deus é que, em Cristo, sejamos edificados, cresçamos espiritualmente, até atingirmos a estatura de varão perfeito (Ef.4:11-16). Podemos crescer, porque o Senhor está conosco, Ele nos sustenta, daí porque estas pedras eram presas nos ombros do sumo sacerdote (Ex.28:12). Como disse o Senhor Jesus, sem Ele nada podemos fazer (Jo.15:5 “in fine”). Por isso mesmo, as pedras eram engastadas ao redor em ouro, mostrando a absoluta necessidade que o povo de Deus tem de estar em comunhão com o seu Senhor, em ser habitação do seu Deus.

– Os engastes e as cadeiazinhas que faziam a união das duas ombreiras em que se dividia o éfode eram todas de ouro (Ex.28:13,14), dando conta da divindade de Cristo e da necessidade de que Deus Se fizesse homem para salvar a humanidade e pô-la novamente em comunhão com o seu Criador. Não é por outro motivo que a edificação do corpo de Cristo, o seu crescimento se dá única e exclusivamente com base no amor (Ef.4:16), porque Deus é amor (I Jo.4:8). O esfriamento do amor é uma clara demonstração de que a pessoa se está apartando do povo de Deus (Mt.24:12).

– Uma outra peça exclusiva do sumo sacerdote era o peitoral (Ex.28:15-21,29). O peitoral deveria ser feito do mesmo material do manto e do éfode, ou seja, ouro, azul, púrpura, carmesim e linho torcido, mais uma vez apontando a singularidade e o caráter único do sumo sacerdócio de Cristo Jesus.

– O peitoral era quadrado e dobrado, de um palmo de lado e deveria ser cheio de pedras de engaste, com quatro ordens de pedras: a primeira ordem — sárdia, topázio, carbúnculo; a segunda ordem — esmeralda, safira e diamante; a terceira ordem — jacinto, ágata e ametista e a quarta ordem — turquesa, sardônica e jaspe, todas elas engastadas com ouro (Ex.28:17-20).

– Cada pedra representava uma tribo de Israel (Ex.28:21) e, no peitoral, haveria cadeiazinhas de ouro, bem como seriam feitos dois anéis de ouro, nas extremidades do peitoral, por onde passariam as cadeiazinhas, com as quais o peitoral seria preso ao éfode (Ex.28:25), na frente dele, ou seja, o peitoral, daí o seu nome, ficaria sobre o peito do sumo sacerdote, na altura do coração.

– Na Nova Jerusalém, as doze tribos de Israel têm seus nomes nas doze portas da cidade (Ap.21:12), que são doze pérolas (Ap.21:21), enquanto que o muro da cidade tem doze fundamentos, cada um de pedras preciosas, representando cada pedra um dos apóstolos do Cordeiro (Ap.21:14). Isto nos mostra, com absoluta clareza, que as pedras simbolizam o povo de Deus, tanto o povo de Israel, como a Igreja, o zambujeiro enxertado na oliveira (Rm.11:17).

– Além da lição da união com base no amor e na presença de Deus, que estas peças de ouro que faziam a ligação nos ensinam, também temos aqui a colocação de todo o povo de Deus (as doze tribos de Israel) na altura do peito, no coração do sumo sacerdote.

– “…Diferentemente da estola, onde Cristo suporta sobre Seus próprios ombros o Seu povo, no peitoral esse mesmo povo, agora representado por doze pedras, está no coração do seu Senhor e Salvador. Jesus disse: ‘Como o Pai Me amou, também Eu vos amei, permanecei no Meu amor’ (Jo.15:9). Estando assim no coração de Cristo, podemos perguntar com Paulo: ‘Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?’ (Rm.8:35). …” (ALMEIDA, Abraão de. op.cit., p.38).

– O peitoral mostra-nos, pois, que o Senhor Jesus nos amou primeiro (I Jo.4:19), amou-nos até o fim (Jo.13:1) e provou este amor morrendo por nós quando ainda éramos pecadores (Rm.5:8). Os nomes das tribos de Israel foram eram postos no peito do sumo sacerdote, a indicar a prioridade do amor de Deus em relação ao nosso amor por Ele, sendo certo que os nomes das tribos eram nomes de patriarcas pecadores, que haviam muitas vezes transgredido os mandamentos do Senhor, mas que foram atingidos pelo amor de Deus, que não levou em conta as suas imperfeições mas fez deles um povo numeroso e que se tornou propriedade peculiar de entre os povos, escolha esta decorrente do puro amor de Deus, da graça do Senhor (Dt.7:6-8).

OBS: “…E quando de fora O veem que atam Suas mãos com cordas cruéis, entendam que está preso de dentro com laços de amor, tanto mais fortes que os de fora, quanto excedem as cadeias de ferro a fios de estopa. Este amor, este, foi o que O enfraqueceu, venceu e prendeu, e O trouxe de juiz em juiz, de tormento de açoites e de tormentos de espinhos, e O pôs em cima da cruz, e O levou ao monte Calvário, onde Ele foi posto em cima dela e estendeu Seus braços para ser crucificado, em sinal que tinha Seu Coração aberto com amor, também estendido para todos, que do centro do Seu Coração saíam resplandecentes e poderosos raios de amor, que iam atingir todos os homens do passado, do presente e do futuro, oferecendo a Sua vida pelo bem deles. E se de fora leva o Sumo Sacerdote escritos os nomes dos doze filhos de Israel sobre seus ombros e também em seu peito (Ex.28:21), muito melhor os leva o nosso acima de Seus ombros, padecendo pelos homens, e os têm escrito em Seu Coração.

Porque os ama tanto de verdade, que, se o primeiro Adão os vendeu por uma maçã, e eles se vendem por coisas muito vis, querendo-se mal, por amar a maldade, este Senhor amoroso os aprecia e ama tanto que, para resgatá-los do cativeiro tão miserável, deu-Se em preço por eles, em testemunho que os ama mais que eles se amam a si, mesmo que ninguém os ame.…” (JOÃO ÁVILA. Audi Filia, cap.78. Citação Ex.28:1-43. Disponível em: http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 17 jan. 2014) (tradução nossa de texto em espanhol).

– Nós também fomos escolhidos para pertencer ao povo de Deus pela imensa graça do Senhor, pois disto não somos merecedores. Devemos, pois, amar o Senhor, porque Ele nos amou primeiro (I Jo.4:19) e, se O amamos, guardamos a Sua Palavra (Jo.14:23), tornando-nos morada do Pai e do Filho. Devemos, assim, nos amar uns aos outros como Ele nos amou (Jo.15:?12), o que implica dizer que devemos dar a nossa vida por Cristo e pelo próximo (Jo.15:13). Se temos o amor de Deus derramado pelo Espírito Santo em nossos corações (Rm.5:5), precisamos ter a conduta descrita pelo apóstolo Paulo em I Co.13. Como estamos em termos de amor, amados irmãos? Pensemos nisto!

OBS: “…Quão animador é para os filhos de Deus, que são provados, tentados, zurzidos e humilhados, pensar que Deus os vê sobre o coração de Jesus! Perante os Seus olhos, , eles brilham sempre em todo o fulgor de Cristo, revestidos de toda a graça divina. O mundo não pode vê-los assim; mas Deus os vê desta maneira, e nisto está toda a diferença. Os homens, ao considerarem os filhos de Deus, veem apenas as suas imperfeições e defeitos, porque são incapazes de ver qualquer coisa mais; de sorte que o seu juízo é sempre falso e parcial. Não podem ver as joias brilhantes com os nomes dos remidos gravados pela mão do amor imutável de Deus’…” (MAKINTOSH, C.H. Estudos sobre o livro do Êxodo, pp.241-2 apud ALMEIDA, Abraão de.op.cit., p.39).

– O peitoral era chamado, também, de “peitoral do juízo”, mostrando-nos que Deus, a um só tempo, é amor e justiça. Era assim denominado porque sobre ele deveria ser posto o Urim e Tumim, palavra cujo significado é “as luzes e as perfeições”, para que estivessem sobre o coração de Arão, quando este entrasse diante do Senhor. Arão, assim, levaria o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do Senhor continuamente (Ex.28:30). “…Que linda figura! Jesus leva o nosso julgamento sobre seu coração diante do Senhor! Ouçamos ainda Mackintosh: ‘ Aprendemos em várias passagens da Escritura que o Urim estava relacionado com comunicação da mente de Deus, quanto às diferentes questões que se levantavam nos pormenores da história de Israel.

Assim, por exemplo, na nomeação de Josué, lemos: E se porá perante Eleazar, o sacerdote, o qual por ele consultará, segundo o juízo de Urim, perante o Senhor (Nm.27:21) (…). Vemos assim que o sumo sacerdote não só levava o juízo da congregação perante o Senhor, como comunicava também o juízo do Senhor à congregação — solenes, importantes e preciosas funções!

E o que temos, com perfeição divina, em o nosso grande sumo sacerdote…que penetrou nos céus (Hb.4:14). Leva continuamente juízo do Seu povo sobre o coração e, por intermédio do Espírito Santo, comunica-nos o conselho de Deus a respeito dos pormenores mais insignificantes da nossa vida diária.…” (ALMEIDA, Abraão de.op.cit., p.39).

OBS: “…Não se sabe com certeza o que o Urim e Tumim realmente eram, mas provavelmente eles podem ter sido duas pedras preciosas, possivelmente pedras preciosas que eram idênticas em sua forma. Um ou o outro poderia ser tirado da bolsa para prover um sim ou não, em resposta ao buscar o Senhor para direção.(…) Na Escritura foi citado explicitamente que o Urim e Tumim estavam no peitoral, parecendo que eles estavam separados das doze pedras montadas no lado de fora. O nome Urim quer dizer “luzes”, enquanto Tumim quer dizer “perfeições”; e estes significados conduziram alguns para colocá-las como sendo talvez pedras flamejadas de um modo particular para indicar “sim” ou “não”.…” (As vestes sacerdotais.end.cit.).

– É também interessante notar que o juízo era levado sobre o coração do sumo sacerdote, a nos mostrar que Jesus Se fez pecado por nós pelo Seu amor e que, por isso, a misericórdia triunfa sobre o juízo (Tg.2:13). Por isso mesmo, quem não recebe a Jesus como seu único e suficiente Salvador, não terá como desfrutar desta misericórdia, mas sobre ele pairará tão somente a ira de Deus (Jo.3:36). Que Deus nos guarde e nos mantenha sobre o coração de Jesus Cristo! OBS: A Igreja Romana cultiva a devoção ao Sagrado Coração de Jesus desde o século XVII.

Conquanto tal devoção esteja imersa em várias práticas sem respaldo bíblico, inclusive a questão de obtenção de graças mediante participação em um determinado número de missas, o fato é que, em tal devoção, existe uma realidade espiritual, qual seja, a de que somos salvos pelo amor de Deus e que devemos retribuir a este amor. Como afirma o professor Felipe Aquino, teólogo católico: “…Este sagrado Coração é a imagem do amor de Jesus por cada um de nós. É a expressão daquilo que São Paulo disse: ”Eu vivi na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim (Gl. 2:20). É o convite a que cada um de nós retribua a Jesus este amor, vivendo segundo a Sua vontade e trabalhando com a Igreja pela salvação das almas.…” (AQUINO, Felipe. A festa do Coração de Jesus. Disponível em: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11499 Acesso em 16 jan. 2014).

– Outra peça utilizada pelo sumo sacerdote era a lâmina de ouro puro, na qual estava gravada a expressão “Santidade ao Senhor”, que deveria ser atada com um cordão de azul, a ser posta na testa do sumo sacerdote, sobre a mitra (Ex.28:37). Sua função era que Arão levasse a iniquidade das coisas santas, que os filhos de Israel santificassem em todas as ofertas de suas coisas santas, a fim de que pudessem ser as ofertas aceitas pelo Senhor (Ex.28:38).

– “…A placa de ouro com as palavras ‘Santidade ao Senhor’ mostra que, sem santificação, ninguém verá o Senhor (Hb.12:14)…” (ALMEIDA, Abraão de.op.cit., p.40). Por ser de ouro, a lâmina nos indica que a santidade é algo próprio de Deus, algo que o homem não pode atingir por si próprio. Os salvos são chamados santos, porque foram santificados (I Co.1:1,2), ou seja, porque o Senhor Jesus, Ele, sim, o Santo (Lc.1:35), pôde Se fazer pecado por nós, sem nunca ter pecado, e, por Seu sangue, podido nos purificar de todo o pecado.

– A lâmina devia estar na testa de Arão para que ele pudesse ter aceito não só os seus sacrifícios, mas os sacrifícios de todo o povo. Isto nos mostra que Deus somente aceita o sacrifício que for santo, como deve ser, aliás, o nosso culto racional, que o apóstolo Paulo diz que é o sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm.12:1).

– Arão, como todo sumo sacerdote, era o único que podia entrar, uma vez ao ano, no lugar santíssimo, para oferecer sacrifício por todo o povo, adiando, assim, a execução do castigo pelos pecados cometidos até a vinda do Messias. Para que tal sacrifício fosse aceito, deveria estar com a lâmina “Santidade ao Senhor” em sua testa. Era graças a esta lâmina, também, que se poderia consultar ao Senhor no juízo de Urim e Tumim. É o que nos ensina o apóstolo Paulo: se nos santificarmos, se não nos conformarmos com este mundo, experimentaremos qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm.12:2).

– Eis, amados irmãos, a razão pela qual, nos dias em que vivemos, muitos que cristãos se dizem ser estão desorientados, perdidos, sem saber qual é a vontade de Deus. Porque não se santificam, porque não se separam do pecado, porque querem viver como as outras pessoas, na forma do mundo, na vã maneira de viver que, por tradição, recebemos de nossos pais (I Pe.1:18). O resultado é que são rejeitados pelo Senhor e, assim como Saul (I Sm.28:6), não conhecem a vontade de Deus, pois o Urim e Tumim está totalmente silente para com eles.

– O cordão que prende a lâmina à mitra era azul, a nos falar que a santidade é algo próprio do céu, da habitação de Deus. Não é por outro motivo que o profeta Isaías pôde ver que, junto ao trono de Deus, não há outra afirmação dos serafins senão a de que Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, toda a terra está cheia da Sua glória (Is.6:3). Por isso, não há como querermos habitar junto ao trono de Deus se não formos, desde já, santos (Ap.22:11)!

– Cumpre aqui esclarecer que não existe a corda que prendia o sumo sacerdote quando ele oficiar no dia da expiação, entrando no lugar santíssimo. Trata-se de mais uma das invenções que, uma vez proferidas, passaram a ser repetidas ao longo dos anos. A Bíblia nem a tradição judaica afirmam ter existido alguma vez esta corda, de modo que não podemos, de modo algum, dizer que o sumo sacerdote era preso a ela enquanto oficiava no lugar santíssimo.

– Por fim, não devemos nos esquecer que Arão, tendo sido escolhido para ser sumo sacerdote, era o filho primogênito de Anrão e Joquebede (Ex.6:20), o primogênito, não o único filho daquele casal. Temos aqui uma perfeita tipologia com Jesus, que foi o primogênito de José e de Maria, mas não o único filho deles (Mt.1:18,23-25;Mc.3:31-34; Lc.8:19-21;Jo.7:5), a comprovar que não é verdadeiro dogma romanista da perpétua virgindade de Maria, um dos pilares da teologia que a considera como participante privilegiada da redenção humana.

– A tipologia do sacerdócio levítico mostra, com absoluta clareza, que o sumo sacerdote é único na sua tarefa de redimir e interceder o povo. Só ele, e mais ninguém entrava no lugar santíssimo; só ele, e mais ninguém, tinha as vestes sacerdotais exclusivas. Tanto assim é que, quando da morte de Arão, despiu-se ele de suas vestes para só então Eleazar as vestir (Nm.20:28). Por isso, a mediação de Jesus Cristo é exclusiva e não precisa de qualquer participação de quem quer que seja. Lembremos sempre disto, amados irmãos!

 Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco

Site: http://www.portalebd.org.br/files/1T2014_L11_caramuru.pdf

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