Juvenis – Lição 05 – O Sumo-Sacerdote e os sacerdotes
Leitura Bíblica em Classe Êx 28.1-3
INTRODUÇÃO
Deus estabeleceu o sacerdócio e as cerimônias de purificação e consagração. Estas cerimônias apontavam para o sacrifício perfeito e o sacerdócio eterno de Cristo.
Ele se ofereceu como holocausto em nosso lugar. Sem Cristo, jamais poderíamos nos achegar à presença santa e eterna de Deus e ter comunhão com Ele.
Na lição de hoje conheceremos mais desta escolha até oficio do sumo Sacerdotes e os Sacerdotes e apresentaremos a Cristo o seu Sacerdócio Eterno.
I – QUEM É O SACERDOTE (Subsídio Complementares)
O sacerdócio era dividido em três grupos:
(1) o sumo sacerdote,
(2) os sacerdotes e
(3) os levitas. Todos os três descendiam de Levi.
Todos os sacerdotes eram levitas, mas nem todos os levitas eram sacerdotes. A ordem dos levitas cuidavam do serviço do santuário.
Eles tomaram o lugar dos primogênitos que pertenciam a DEUS por direito (Êx 13.2,12,13; 22.29; 34.19,20; Lv 27.26; Nm 3.12,13,41,45; 8.14-17; 18.15; Dt 15.19).
Os filhos de Arão, separados para o ofício especial de sacerdote, estavam acima dos levitas. Apenas eles podiam ministrar nos sacrifícios do altar. O nível mais elevado do sacerdócio era o sumo sacerdote.
Ele representava fisicamente o cume da pureza do sacerdócio. Carregava os nomes de todas as tribos de Israel em seu peitoral para o interior do santuário, representando todo o povo perante DEUS (Êx 28.29).
Apenas ele podia entrar o santo dos santos e apenas um dia no ano, para fazer expiação pelos pecados de toda a nação.
As cerimônias ligadas com a consagração dos sacerdotes estão descritas em Êxodo 29 e Levítico 8.
Elas incluíam um banho de consagração, unção, vestimenta e sacrifícios. A lavagem simbolizava a limpeza do coração para as obrigações ligadas à pureza da nação perante DEUS.
A unção (Lv 8.10,11) envolvia o derramar óleo na cabeça do sumo sacerdote e respingá-lo nas vestimentas dos outros sacerdotes (w. 22-24).
As vestimentas dos sacerdotes e especialmente a do sumo sacerdote eram caras e bonitas (Êx 28.3-5; Lv 8.7-9).
Os sacrifícios de consagração incluíam a oferta pelo pecado (8.14-17), oferta queimada (vv. 18-21) uma oferta de consagração especial (w. 22-32).
O sangue do carneiro era aplicado na orelha, no dedo polegar e no dedo do pé direitos de Arão e de seus filhos, para simbolizar consagração física completa ao Senhor. (MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 5. pag. 302).
Características básicas (v.1).
a) “Tomado dentre os homens”. O sumo sacerdote na Antiga Aliança era uma pessoa comum que, apesar de separada por Deus, levava para o sacerdócio suas virtudes e defeitos.
Ele não era tomado dentre anjos ou espíritos, mas “dentre os homens”. E essa é uma característica muito importante.
b) “Constituído a favor dos homens”. O sumo sacerdote não era eleito pelos seus pares, nem pelo povo em geral. Sua investidura no cargo era por nomeação direta da parte de Deus.
Hoje, há diversas formas utilizadas na escolha e consagração de um pastor, porém, acima de tudo é indispensável que o pastor seja constituído por Deus.
c) “Nas coisas concernentes a Deus”. O sacerdote falava e agia em nome de Deus, no que concernia à sua expressa vontade. Por outro lado, ouvia os homens e intercedia por eles diante do Altíssimo.
Em tudo, a missão sacerdotal era cuidar dos interesses de Deus em relação ao povo e os do povo em relação a Deus. Era um mediador, um representante do Eterno.
Funções primordiais. De modo geral as principais funções do sumo sacerdote eram ensinar a lei de Deus e interceder pelo povo.
a) Oferecer dons e sacrifícios pelos pecados (v.1b). Na Antiga Aliança os oferentes não podiam dirigir-se diretamente a Deus.
Traziam suas dádivas e ofertas e as apresentavam ao sacerdote. Segundo estudiosos do Antigo Testamento, os dons eram ofertas de cereais e os sacrifícios eram “ofertas de sangue”.
No Novo Testamento, Jesus, nosso Sumo Sacerdote quanto a nossa salvação, é tanto o oferente como a própria oferta vicária: “ofereceu-se a si mesmo [por nós] a Deus”.
b) “Compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados” (v.2). O sumo sacerdote deveria ter simpatia, ou seja, capacidade para compartir as alegrias ou as tristezas das pessoas que lhe procuravam e, ao mesmo tempo, ter empatia, capacidade para se colocar na situação do outro.
Só quem tem essas qualidades pode de fato ser um intercessor. Da mesma forma devem proceder os obreiros do Senhor no trato com os que erram por ignorância ou por fraqueza.
“‘Todo sumo sacerdote’ (Hb 5.1).
Duas qualificações são necessárias para um verdadeiro sacerdócio.
(1) O sacerdote deve ser compassivo, manso e paciente com aqueles que se desviam por ignorância, por pecado involuntário e por fraqueza (v.2; 4.15; cf. Lv 4; Nm 15.27-29).
(2) Deve ser designado por Deus (vv.4-6). Cristo satisfaz ambos os requisitos.
A origem de Melquisedeque (5.6). Melquisedeque é uma personagem misteriosa do Antigo Testamento, que aparece em Gn 14 como o sacerdote de Deus em Salém (que é Jerusalém, Gn 14.18; Js 18.28; Sl 110.1-4; Hb 7.1), antes dos tempos do sacerdócio levítico.
O sacerdócio de Cristo é do mesmo tipo que o de “Melquisedeque” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1905, 1906).
c) O ritual da consagração. A consagração do sumo sacerdote fazia-se por meio de uma espécie de investidura que incluía o ato de vestir as vestes sacerdotais de seu pai.
Mas não somos informados sobre o que sucedia no caso dos sacerdotes simples. Cf. II Reis 2.13,14.
Entendemos que os sumos sacerdotes subsequentes não passavam por elaborados ritos sacrificiais para serem ordenados, conforme sucedeu no caso de Arão.
Os elementos da consagração eram:
O ato de vestir as vestes;
a unção;
um período de espera de sete dias (vs. 30).
Eleazar recebeu as vestes de seu pai (Núm. 20.28), e assim, a regra baixada aqui foi aplicada segundo foi requerido.
As tradições judaicas afirmam que essa lei foi sempre aplicada. Havia um rito de unção, conforme o versículo presente deixa claro; mas parece que não havia ritos sacrificiais.
Êx 29.30 – Outra parte do rito de transferência da autoridade sacerdotal consistia no período de sete dias, durante os quais o filho vestia as vestes sacerdotais de seu pai.
Esse período era um período de consagração (vs. 35), e como parte integrante da instalação de um novo sumo sacerdote. Somente depois desse período é que ele assumia os seus deveres.
“O sacerdote, em sua consagração, durante sete dias e sete noites ficava à entrada do tabernáculo, mantendo a vigília do Senhor. Ver Lev. 8.33.
O número sete era considerado o número da perfeição, pelos hebreus; esse número é, com frequência, usado para denotar o término, o cumprimento, a plenitude ou a perfeição de alguma coisa” (Adam Clarke, in loc.).
Êx 29.31 “Na oferta pacífica, depois que as porções do altar e do sacerdote tinham sido dadas (vs. 27), os adoradores que tinham trazido o sacrifício, deviam consumir o resto no recinto sagrado, enquanto estavam em estado de pureza ritual (Lev. 7.15-21).
O sacerdote cozia a carne para eles (I Sam. 2.13). Neste caso, Moisés atuou como sacerdote, e o sacrifício foi trazido a Arão e seus filhos (cf. Lev. 8.31).
O ato de cozer é geralmente considerado método mais antigo que o ato de assar (cf. 12.18; Deu. 16.7” (J. Coert Rylaarsdam, in loc.). Cf. Lev. 8.31 e Eze. 46.19-34. O cozimento era efetuado à entrada do tabernáculo, onde também era comida a carne.
Além disso, o que restasse dos cereais (ver os vss. 2 e 3), era comido juntamente com a carne, conforme somos informados em Lev. 8.31. Qualquer coisa que não fosse então comida tinha que ser queimada (vs. 34).
Êx 29.32 O banquete combinava a carne do carneiro com o conteúdo da cesta com seus produtos de cereais (ver o vs. 2).
Desse modo, os sacerdotes comiam do altar, ou seja, eram sustentados materialmente pelos subprodutos de seu labor.
Os intérpretes cristãos veem neste versículo o sustento espiritual que CRISTO oferece aos Seus discípulos, sendo Ele o Pão da Vida. Sua carne foi oferecida por nós em Seu ato expiatório.
À porta da tenda da congregação. Talvez esteja em foco simplesmente o átrio onde o povo comum podia entrar e circular.
Mas no caso da ordenação de sacerdotes, nenhum leigo podia entrar no átrio e nem participar do cerimonial (vs. 33).
Êx 29.33 A expiação.
Os eruditos têm feito uma clara distinção entre os tipos de sacrifício feitos:
o novilho (pelo pecado);
o primeiro carneiro (para a consagração); e o
segundo carneiro (para a ordenação e a dedicação).
Ver os vss. 11,15 e 19, respectivamente, no que tange a esses três sacrifícios.
Seguiam-se sete dias mais de ofertas sacrificiais como expiação, em que um novilho era oferecido a cada dia (vss. 36,37).
A preocupação com a expiação pelo pecado era realmente grande na mente dos hebreus!
Adam Clarke suspirou de alívio ao observar que todas aquelas mortes de animais foram substituídas por CRISTO, em Sua morte única, pondo fim aos sacrifícios sangrentos do Antigo Testamento.
O estranho não comerá. O rito limitava-se à família de Arão.
Êx 29.34 Se sobrar alguma cousa. Fragmentos santos do banquete, sem importar se animais ou vegetais (cereais), não podiam ser deixados abandonados, para serem profanados.
Logo, o que quer que sobrasse, precisava ser queimado. Isso pode ser comparado com as instruções acerca da páscoa, que requeriam a mesma coisa. Ver Êxo. 12.10.
Êx 29.35,36 – Por sete dias os consagrarás. Esse era o período necessário para a instalação dos sacerdotes. A lavagem cerimonial, a investidura e a unção (vss. 29,30) tinham lugar no primeiro dia. Seguiam-se então sacrifícios repetidos a cada dia.
Enquanto isso estivesse em processo, os sacerdotes tinham que permanecer no átrio (Lev. 8.33). Uma vez terminado esse prazo, então os sacerdotes estavam autorizados a iniciar seu serviço sagrado.
E o ungirás para consagrá-lo. Está em pauta o altar. O altar era ungido mediante a aspersão do azeite santo por sete vezes sobre o mesmo. O altar era um lugar do tabernáculo onde Yahweh se manifestava mais claramente.
A Eficácia do Sangue. O sangue, a sede do mistério da vida (Êxo. 17.11; Deu. 12.23; Gên. 9.4) era considerado como particularmente sagrado diante de DEUS.
Portanto, com base no princípio do sacrifício de vida por vida, o derramamento de sangue era eficaz para perdão de pecados e para a reconciliação do homem com DEUS.
O ato de derramar o sangue ao pé do altar simbolizava a participação de DEUS na cerimônia de expiação (Exo. 24.6-8)” (Oxford Annotated Bible, sobre Lev. 1.5).
Heb 9.22 A palavra que fundamenta todos os atos sacrificiais no AT, Lv 17.11, alcança, neste versículo, sua confirmação expressa no solo do NT: “Porque a vida da carne está no sangue.
“Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma”.
O apóstolo declara: sem derramamento de sangue, não há remissão. Com esta frase ele fundamenta os fatos da salvação que ele formulara nos v. 12-14.
O sangue do CRISTO realiza a remissão eterna, que reside no perdão de nossos pecados (cf. Ef 1.7).
Deste modo, todos os sacrifícios sangrentos da antiga aliança chegam ao encerramento no sacrifício sangrento da nova aliança.
Constitui uma ordem de salvação inquebrantável da vontade de DEUS que, para reconciliar os pecados perante DEUS, no AT e no NT, era preciso ser derramado sangue.
Com nossa capacidade natural de raciocínio não conseguimos apreender a justificação dessa ordem, porque na terra nos são vedados entendimentos últimos (cf. 1Co 13.9). Temos de submeter-nos reverentes a isto pela fé.
II – A FUNÇÃO SACERDOTAL (Subsídio Complementares a Lição)
O sacerdote era sujeito as leis especiais para ministrar (Lv 10.8).
Suas obrigações eram de três categorias:
- Ministrar no santuário perante o Senhor;
- Ensinar ao povo a guardar a Lei de Deus;
- Tomar conhecimento da vontade divina, consultando o Urim e tumim (Ex 29.10; Nm 16.40; Ed 2.63).
O Urim e Tumim (luz e Perfeição), era o nome de um ou mais objetos pertencentes ao racional do juízo que o sumo sacerdote trazia ao peito quando se apresentava ao Senhor (Ex 28.30).
Era para consultar a vontade de Deus em casos difíceis de interesse do povo (Nm 27.21;Jo 1.1; etc).
VESTIMENTAS DO SACERDOTE
As vestimentas eram:
– Calções curtos desde os rins até as coxas;
– Uma camisa estreita, tecida de alto a baixo e sem costura, descendo até aos artelhos e apertada na cinta por um cíngulo bordado, simbolicamente ornamentado;
– Uma tiara em forma cônica, tudo feito de linho fino e branco, Ex 28.40-42.
Os sacerdotes e outros oficiais de serviço religioso costumavam vestir um éfode de linho, sem bordados e sem os adornos custosos como o que usava o sumo sacerdote, 1Sm 2.18; 22.18; 2Sm 4.14.
ONDE ATUAVA O SACERDOTE
O Tabernáculo era o local de atuação do sacerdote. Logo que o povo hebreu se organizou como nação no Sinai, levantou-se o tabernáculo e o servo do santuário foi organizado de acordo com a dignidade de Jeová de modo a não ficar devendo nada às mais cultas nações da Antigüidade.
A partir daí nasceu a necessidade de um corpo sacerdotal. Arão e seus filhos foram designados para este cargo que se perpetuou na família, e a ela restringido, Ex 28.1; 40.12-15; Nm 16.40; cp. 17 e 18.1-18; cp. Dt 10.6; 1Rs 8.4; Ed 2.36 e seg.
Todos os filhos de Arão eram sacerdotes, com exceção daqueles que tinham alguma deformidade física, Lv 21.16 e seg.
Quando a Escritura se refere à classe sacerdotal, emprega as expressões; sacerdotes, ou filhos de Arão, está aludindo à descendência deste sacerdote, 2Cr 26.18; 29.21; 35.14; cp. Nm 3.3; 10.8; Js 21.19; Ne 10.38.
Quando emprega a expressão sacerdote da linhagem de Levi está aludindo à tribo a que pertenciam, Dt 17.9,18; 18.1; Js 3.3; 8.33; 2Cr 23.18; 30.27; Jr 33.18,21; cp. Ex 38.21.
Quando fala sacerdotes e levitas, filhos de Sadoque, está assim designando o ramo da família de que descendiam, Ez 44.15; cp. 43.19.
Este modo de referir-se à classe dos sacerdotes, como acabamos de ver nos textos citados, era muito comum no tempo em que se fazia questão fechada em distinguir as funções dos sacerdotes e dos levitas,
como se vê na história em que os ministros do altar no tabernáculo e no templo, e aqueles que traziam o Urim e Tumim, também pertenciam à família de Arão.
COMO ERA O TABERNÁCULO
O tabernáculo é como um templo; um lugar para encontrar Deus, O tabernáculo era a estrutura que os israelitas construíam para a adoração.
Era o símbolo da presença de Deus entre o povo. Depois do Êxodo, o povo israelita passo quarenta anos vagando pelo deserto.
Juntamente com os Dez Mandamentos, Deus deu a Moisés instruções bem detalhadas em Êxodo (capítulos 25-40) de como o povo tinha que construir o tabernáculo e adorar a Deus.
Apesar de ser muito luxuosa, como nos mostra Bíblia, era uma estrutura completamente portátil.
Toda vez que os israelitas mudavam o seu acampamento de lugar, o tabernáculo era levado com eles. Por ser portátil, o tabernáculo também servia como um símbolo de que Deus andava com o povo de Israel.
Moisés ia ao tabernáculo para determinar a vontade de Deus para o povo. Mais tarde, um templo (que não era portátil) foi construído pelo rei Salomão com o mesmo layout do tabernáculo.
O tabernáculo era diariamente usado como o meio pelo qual o povo se relacionava com Deus. Incenso e outras coisas eram oferecidas a Deus juntamente com orações e louvores.
Deus também estabeleceu dias específicos como o dia da expiação quando o povo e os sacerdotes fariam tarefas especiais ou sacrifícios especiais para Deus.
O tabernáculo se tornou o centro da comunidade israelita enquanto eles estavam no deserto.
Quando eles acampavam, o lugar do acampamento de cada tribo era determinado pela localização do tabernáculo.
Os levitas ficavam em volta do tabernáculo e as famílias de Moisés e de Arão sempre acampavam ao leste, na frente da entrada.
O tabernáculo devia está posicionado sempre no centro das tribos. Mesmo na mudança, o tabernáculo permanecia central, com seis tribos na frente e seis tribos seguindo a trás.
O Tabernáculo é descrito na Bíblia, com várias partes:
O ÁTRIO
A descrição do tabernáculo na bíblia começa com o quarto de dentro – o Santo dos Santos também traduzido como Santíssimo Lugar.
Quando o povo iniciou a construção do tabernáculo, as partes de fora foram feitas primeiro.
Dessa maneira é que vamos descrever o tabernáculo – de fora para dentro. A bíblia deixa muito claro que a intenção é que esse fosse um lugar santo para se reunir.
Todos os materiais usados eram raros e valiosos, indicando que qualquer coisa associada a Deus era para ser da melhor qualidade.
As paredes da tenda eram feitas de madeira de acácia que cresce naturalmente no Oriente Médio.
Quando o tabernáculo era desmontado para ser movido, muitas famílias tinham trabalhos específicos. Todos tinham algo a fazer.
O átrio cercava todo o Tabernáculo (Êxodo 27:9-21). A moldura da cerca era feita de madeira de acácia e coberta por prata e descansava numa base de bronze.
As Cortinas de linho cobriam essa moldura de fora. Elas eram penduradas em ganchos de prata de uma vara de prata. A entrada, na face leste do átrio, era coberta por cortinas bordadas com cores as cores azul, roxa e escarlate.
O ALTAR DE SACRIFÍCIO
Nesse átrio estavam o lavatório e o altar.
O altar se era o primeiro objeto localizado na entrada do átrio. Os pecadores não podiam entrar diante da presença de Deus, eles tinham que oferecer um sacrifício por seus pecados.
É claro que todo cristão acredita que Jesus Cristo foi o sacrifício pelos pecados de todo o mundo, por isso podemos entrar na presença de Deus sendo humildes e pedindo perdão. Mas nos tempos do Velho Testamento, coisas – geralmente animais e grãos – eram oferecidos a Deus como parte da redenção dos pecados.
Esse altar foi desenhado para queimar sacrifícios. O altar foi construído de madeira oca e coberto por bronze.
Isso o tornava leve o suficiente, apesar de seu tamanho, para ser carregado em varas cobertas de bronze que passavam por argolas em bronze nas suas beiradas (Êxodo 27:1-8).
Uma grelha de bronze ficava no meio do altar para permitir que o ar fluísse para dentro do fogo.
Baldes para as cinzas, ganchos para a carne, as bacias para recolher o sangue e as panelas também eram feitas de bronze.
Nos cantos do altar havia dois chifres também cobertos por bronze. Os quais serviam para amarrar os animais que seriam sacrificados, e eles também eram simbólicos. Como sinal de proteção. Uma pessoa em Israel podia ir ao altar e bater nos chifres.
Em tempos modernos, pessoas quando se sentem ameaçadas, pelos problemas, ainda procuram um santuário numa igreja quando elas sentem que não há proteção ou justiça em qualquer outro lugar.
O LAVATÓRIO
Entre o altar e a tenda da congregação do tabernáculo havia um lavatório ou pia de bronze (Êxodo 30:17-21).
A sua localização – na entrada da tenda da congregação – evitava que as partes interiores do tabernáculo se contaminassem com poeira.
Sendo Deus santo, e ele exigia que os sacerdotes se limpassem antes de começarem a ministrar na tenda do tabernáculo.
O lavatório era feito de bronze e espelhos. As mulheres que serviam na entrada do átrio do tabernáculo doaram os espelhos.
O LUGAR SANTO
O Lugar Santo era a primeira parte da tenda de dentro do tabernáculo. Os sacerdotes podiam entrar ali para fazer as suas rotinas diárias no lugar do povo de Deus. Dentro do Santíssimo Lugar havia três peças importantes de mobília.
A MESA DO PÃO DA PRESENÇA
Essa mesa era feita de madeira de acácia coberta de ouro (Êxodo 25:23-30).
Sempre que o tabernáculo era transportado, a mesa podia ser levada em varas que passavam dentro de argolas de ouro nas pontas da mesa.
Pratos, louças, jarras e tigelas de ouro eram colocadas em cima da mesa. Provavelmente isso era relacionado com ofertas de bebida.
Cada sábado, doze bisnagas de pão eram colocadas nessa mesa, simbolizando a provisão de Deus para as doze tribos de Israel.
O CANDELABRO DE OURO
O candelabro era uma base para as lâmpadas com sete hastes para segurar as lâmpadas (Êxodo 25:31-39). Elas queimavam só o mais puro azeite de oliva e tudo era feito do mais puro ouro.
As hastes tinham o formato da flor de amêndoa com botões e pétalas. É provável que as lâmpadas eram feitas para queimar continuamente.
O ALTAR DO INCENSO
O incenso era algo que soltava um aroma agradável a Deus (Êxodo 30:1-10).
Esse incenso também simbolizava a oração, algumas igrejas como:
a episcopal,
católica e ortodoxa, tem um altar de incenso.
Diferentemente do altar de sacrifício no átrio, o qual era feito com madeira de acácia coberta de ouro, não bronze, e não era usada para sacrifícios.
No entanto, como no altar de bronze, havia chifres em cada canto e argolas e varas para carregá-lo.
Neste altar o sacerdote queimava o incenso toda manhã e toda noite e todo ano no dia da expiação os chifres eram ungidos com óleo.
SANTO DOS SANTOS
O Santo dos santos, era a parte em que só o Sumo Sacerdote tinha acesso, uma vez por ano. No Santo dos Santos estava:
A ARCA DA ALIANÇA
Essa arca era uma caixa de madeira, como um baú, coberto em puro ouro (Êxodo 25:10-16) por dentro e por fora.
A arca representava a presença de Deus com a nação de Israel. Uma arca era uma mobília religiosa comum naquela época no Oriente Médio, mas essa arca era diferente.
Na maioria das religiões pagãs, o baú continha uma estátua da divindade sendo adorada.
Neste caso, a arca continha três itens que mostravam como Deus se relacionava com o seu povo: as tábuas com os dez mandamentos (a orientação de Deus), a vara de Arão (a autoridade de Deus) e uma jarra de maná (a provisão de Deus para necessidades diárias do Seu povo).
Essa arca era portátil como tudo no tabernáculo. Varas compridas de madeira cobertas de ouro passavam por argolas de ouro em cada canto. Essas varas jamais poderiam ser removidas conforme Deus assim havia instruído (Êxodo 25:15).
O PROPICIATÓRIO
Era o lugar da expiação dos pecados, e ficava no tampo da arca. Era o lugar onde eles achavam que Deus estava assentado. Esse assento era um bloco de ouro puro que ficava em cima da arca (Êxodo 25:17-22).
Desta maneira, simbolicamente, Deus e sua misericórdia estavam acima da lei que ficava dentro da arca. Havia dois querubins que ficavam um de cada lado do bloco, olhando para o lado de dentro. Todo ano no dia da expiação (Levítico 23:26-31), sangue era espirrado no lugar da expiação no tampo da arca mostrando assim, como o sangue do sacrifício se relacionava com a misericórdia de Deus.
(http://ministdapalavra.blogspot.com.br/2010/03/o-sacerdote-no-antigo-testamento.html).
III – PRÉ-REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO SACERDOTAL
O sacerdote era um ministro investido de autoridade, servia como mediador entre Deus e os homens.
O sacerdote só poderia tomar mulher que fosse de sua própria nação, virgem ou viúva, não repudiada, cuja genealogia mediasse com a dos sacerdotes, pois estava sujeito a leis sacerdotais – (Lv.21).
Deus desejava tornar a nação de Israel como um reino sacerdotal (Ex 9.6) mas, escolheu a família de Arão para ser a família de sacerdote, que se perpetuou (Ex 28.1;40,12-15; Nm 6.40)
Arão da tribo de Levi foi o primeiro sumo sacerdote:
a) Foi chamado por Deus (Hb 5.4)
b) Vestidos santos para glória e ornamento (Ex 28.2)
c) Purificado (Ex 29.4)
d) Coroado (Ex 29.6);
e) Cingido (Ex 29.9);
f) Ungido e santificado (Lv 8.12)
g) Submisso a consagração (Lv 8.24-27)
O sacerdote era um mediador que ensinava a lei, mas principalmente oficiava os cultos religiosos dos israelitas.
Os sacerdotes só podiam vir da tribo de Levi. No entanto, o simples fato de alguém ser levita não fazia dele um sacerdote.
Para atuar como sacerdote, era necessário o chamado de Deus.
“Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão” (Hebreus 5:4).
Então, ser sacerdote era uma honra especial, e os que desempenhavam essa função eram diretamente chamados por Deus.
Embora os demais levitas desempenhassem trabalhos importantes na vida religiosa de Israel, não eram sacerdotes.
Em segundo lugar, os sacerdotes da ordem levítica eram consagrados ou separados por Deus para esse trabalho especial (Êxodo 28:1-4).
Isso significa que eram santos, não devendo ser considerados comuns. Deus até mesmo mandou que usassem “vestes santas” quando estivessem ocupados com as funções sacerdotais, e, antes de servirem a Deus no santuário, tinham de fazer purificação cerimonial, ofertas, unção e aspersão do sangue.
Além disso, para que alguém fosse sacerdote, essa pessoa precisava não só ser da tribo de Levi, ser chamada por Deus para o trabalho e ser consagrada, mas tinha de estar isenta de deformidades físicas e de outras contaminações (veja Levítico 21).
Ainda que uma pessoa preenchesse alguns dos outros requisitos, se fosse cega, coxa ou de algum modo deformada, não podia atuar como sacerdote.
Então, vemos que os que eram sacerdotes no sistema do Antigo Testamento eram especiais, santos e sem deficiências.
Somente com a ordem de Deus eles intervinham na oferta de sangue de animais sacrificados pelos pecados do povo.
Mas ainda havia uma grande deficiência no uso desses homens para oferecer sacrifícios a favor da nação israelita (veja Hebreus 8:7-8).
A deficiência era esta: os próprios sacerdotes eram pecadores. Na verdade, eles só podiam exercer as suas funções sacerdotais após sete dias completos de purificação cerimonial, durante os quais a “expiação” era feita por causa do pecado deles.
Outro sério problema era que os sacrifícios que ofereciam pelo povo não podiam eliminar o pecado:
“Porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hebreus 10:4).
Debaixo do sistema transitório da lei, Deus aceitava sacrifícios de animais como substituto do único sacrifício que poderia realmente eliminar o pecado S a vida do Filho de Deus, que não tinha pecado.
O sistema de sacerdócio do Antigo Testamento era apenas um tipo do futuro.
Havia de chegar o tempo em que todo o povo de Deus seria “sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pedro 2:5).
Nesse dia vindouro, em direção do qual toda a humanidade se dirigia, o Sumo Sacerdote perfeito, que haveria de vir, não teria de oferecer um sacrifício a seu próprio favor, pois ele não tinha pecado algum (Hebreus 9:14); jamais teria de repetir a oferta, pois só precisava ser oferecida uma vez (Hebreus 9:25-26, 28; 10:12); e ele derramaria o sangue do único Cordeiro que poderia verdadeiramente tirar “o pecado do mundo” (João 1:29; Hebreus 9:12).
IV – O SACERDÓCIO ETERNO DE CRISTO
O autor do livro aos Hebreus resumidamente apresenta as características e atribuições do sumo sacerdote (5.1-4), demonstrando que são perfeitamente satisfeitas em Cristo (5.5-10).
Segundo o sistema levítico, todo sumo sacerdote é escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens. Ele traz ao altar tanto sacrifícios cruentos como sem sangue (5.1).
Exige-se dele que possa condoer-se ou ter compaixão do povo. A expressão significa ser ‘moderado’ ou ‘tenro’ em seu julgamento, nem severo demais nem tolerante demais.
Não deve ser homem que se irrita diante do pecado e da ignorância, nem transigente com o mal (vv.2,3) Ele deve ser chamado por Deus (v.4)” (Comentário Bíblico Hebreus, CPAD, pág. 135).
No Antigo Testamento, os sacrifícios eram repetidos todos os dias por sacerdotes comuns.
O sumo sacerdote entrava todos os anos no lugar santíssimo para oferecer sacrifícios por si mesmo e pelo povo.
Mas, como tudo isso era “sombra dos bens futuros”, tais sacrifícios não aperfeiçoavam ninguém.
Com Cristo, nosso Sumo Sacerdote, temos a certeza da plena salvação que nos aperfeiçoa, até que um dia cheguemos “a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13). E isso só ocorrerá no céu.
O Antigo Pacto se constituía de sacrifícios, holocaustos, oblações e oferendas, que eram figuras “dos bens futuros”, ou seja, do evangelho de Cristo, que nos trouxe as riquezas da graça de Deus, a começar pela salvação de nossas almas, através do sacrifício vicário de Jesus.
Por serem sombras e não a realidade, os sacrifícios de animais não puderam aperfeiçoar “os que a eles se chegam”.
Os sumos sacerdotes do Antigo Testamento, apesar de serem santos, eram limitados e imperfeitos.
Arão, por exemplo, ainda que grandemente honrado ao ser separado para o ofício de sumo sacerdote, cometeu uma falha indecorosa: levantou um ídolo em forma de bezerro de ouro e levou o povo a pecar.
Mas Cristo, nosso Sumo Sacerdote, é superior a Arão, não somente por sua infalibilidade e perfeição, mas porque cumpriu cabalmente o plano divino de redenção de toda a humanidade.
“Todo sumo sacerdote’ (Hb 5.1). Duas qualificações são necessárias para um verdadeiro sacerdócio.
(1) O sacerdote deve ser compassivo, manso e paciente com aqueles que se desviam por ignorância, por pecado involuntário e por fraqueza (v.2; 4.15; cf. Lv 4; Nm 15.27-29).
(2) Deve ser designado por Deus (vv.4-6). Cristo satisfaz ambos os requisitos.
A origem de Melquisedeque (5.6). Melquisedeque é uma personagem misteriosa do Antigo Testamento, que aparece em Gn 14 como o sacerdote de Deus em Salém (que é Jerusalém, Gn 14.18; Js 18.28; Sl 110.1-4; Hb 7.1), antes dos tempos do sacerdócio levítico.
O sacerdócio de Cristo é do mesmo tipo que o de Melquisedeque” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1905, 1906).
“Em relação a Cristo, os cristãos hebreus não o reconheciam sob a figura de Sumo Sacerdote. Por isso, não compreendiam a aplicação desse título e ofício à sua pessoa.
Não sendo Ele da linhagem de Arão, naturalmente não o contemplariam como sacerdote.
Seu ministério também não lhes despertara tal pensamento, uma vez que não reivindicou nenhum privilégio de acesso ao templo, nem executou nenhuma função sacerdotal, e sempre criticou o concerto judaico do sacerdócio (Vicent).
O autor resumidamente apresenta as características e atribuições do sumo sacerdote (5.1-4), demonstrando que são perfeitamente satisfeitas em Cristo (5.5-10).
Segundo o sistema levítico, todo sumo sacerdote é escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens.
Ele traz ao altar tanto sacrifícios cruentos como sem sangue (5.1).
Exige-se dele que possa condoer-se ou ter compaixão do povo. A expressão significa ser ‘moderado’ ou ‘tenro’ em seu julgamento, nem severo demais nem tolerante demais.
Não deve ser homem que se irrita diante do pecado e da ignorância, nem transigente com o mal (vv.2,3) Ele deve ser chamado por Deus (v.4)” (Comentário Bíblico Hebreus, CPAD, pág. 135).
CONCLUSÃO
“o sacerdócio hebreu incluía três classes básicas:
o sumo sacerdote,
os sacerdotes, e
os levitas”.
O sacerdote deveria se apresentar diante de DEUS com roupas santas, separadas para a ministração.
Infelizmente, muitos pensam que porque estamos no tempo da graça podemos nos achegar a DEUS de qualquer maneira. Puro engano!
A Palavra de DEUS nos ensina que sem santidade (separação do mundo) ninguém verá ao Senhor (Hb 12.14).
Precisamos ser santos na nossa maneira de ser, vestir, falar e proceder.
DEUS ordenou que se fizessem túnicas brancas e vestes íntimas (Êx 28.6-12) de linho puro para os sacerdotes.
O linho puro e branco simbolizava a pureza, perfeição e justiça de CRISTO, nosso Sumo Sacerdote.
Todas as partes do corpo do sacerdote deveriam ficar cobertas. Somente os pés poderiam aparecer.
Não podemos nos esquecer que DEUS ordenou que Moisés tirasse as sandálias dos pés, pois no oriente esta era uma atitude de respeito.
Os sacerdotes tinham ao todo umas oito peças de roupa para os rituais no tabernáculo.
Segundo Victor Hamilton “quatro vestes só podiam ser usadas pelo sumo sacerdote (o éfode (Êx 28.6-12);
o peitoral do juízo (Êx 28.15-30);
o manto do éfode (Êx 28.31-35);
uma mitra (Êx 28.36-38)”.
Tanto as roupas como os rituais apontava para CRISTO.
Obras Consultadas
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 438-453.
Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos
HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009. ZUCK, R. B. (Ed.).
Dicionário Bíblico Wycliffe
Fonte: http://valorizeaebd.blogspot.com/2016/04/licao-5-o-sumo-sacerdote-e-os.html#ixzz5mrzzPRpc
Video: https://www.youtube.com/watch?v=pyAPO5sRKBk