Juvenis – Lição 8 – Cristo, Nosso Modelo de Liderança
INTRODUÇÃO
Como estar sua Liderança? O líder Escolhido por Deus é alguém cuja presença, cujo modo de falar, de agir, inspira as pessoas para o serviço.
Ele é capaz de incendiar as pessoas para a realização de algo. O líder tem também um grande poder de iniciativa.
Sabe o que deve ser feito, quando, como e por isso conduz as pessoas a realizar também. Juntamente com isso vem a capacidade do líder de transformar a sua visão em ação, é a sua habilidade executiva.
Um líder que apenas sabe o que deve ser feito, sabe discernir espiritualmente as coisas, mas não tem capacidade para executar, para colocar o plano em ação terá inúmeros problemas.
I . JESUS, UM LÍDER EM AÇÃO (Subsídio Complementares João 10.11-18)
O propósito e o plano de Deus não são apenas salvar o homem da morte, da destruição, da culpa, mas também torná-lo santo, “conforme a imagem do seu Filho” (Rm 8.29).
Tal propósito só pode ser atingido de uma maneira; por meio da morte voluntária de Jesus. Simplesmente por ser o bom pastor, Ele dá a sua vida pelas ovelhas (11).
Literalmente, o bom pastor pode ser traduzido como “O Pastor, aquele que é bom”. A sua bondade é tão grande que Ele não encontra comparação — não existe Pastor como Ele.
Alguns levantaram a questão de como Cristo pode ser ao mesmo tempo a Porta e o Pastor. Mas isto significa estar limitado pelos detalhes da parábola, porque Ele certamente é a Porta do aprisco, a única Entrada para a vida, e Ele é o Pastor das ovelhas, o Único que se preocupa o. suficiente para dar a sua vida pelas ovelhas (cf. 6.51).
Um novo personagem é introduzido no versículo 12 — (o mercenário) O mercenário não possui um paralelo em particular, mas está na história como um contraste ao bom pastor. Por estar fazendo o trabalho apenas para ser pago, ele não tem um investimento nas ovelhas.
Quando o lobo ataca, ele não arisca a sua vida – mas foge! Muito provavelmente, o termo “lobo” se refere aos falsos profetas ou a outros que se aproveitam do povo de Deus, as ovelhas (veja Atos 20.29).
Que diferença entre o bom pastor, e o ladrão e o mercenário!
O ladrão rouba, mata e destrói;
o mercenário faz o trabalho apenas pelo dinheiro, mas prontamente foge quando chega o perigo.
O bom pastor é comprometido com as ovelhas.
Jesus não está meramente fazendo um trabalho; Ele está comprometido em nos amar e até mesmo em dar a sua vida por nós.
O relacionamento entre o Bom Pastor e o seu rebanho baseia-se na natureza do relacionamento entre Jesus e o Pai.
Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido (“As minhas me conhecem”).
Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas (14-15).
Cada um dos seis verbos destes versículos está no presente, e assim o retrato é ilustrativo. Particularmente, o verbo conhecer no presente significa conhecer por familiaridade, por experiência.
As ovelhas “têm a experiência de conhecer a Jesus como o seu próprio Pastor. Aqui (neste conhecimento recíproco) está o segredo do seu amor e da sua lealdade”.
A observação universal do quarto Evangelho se destaca na afirmação de Jesus: Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor (16).
Observe que há outras ovelhas, não bodes. “O rebanho de Cristo não está limitado àqueles que estão encerrados no curral judaico, seja na Palestina, seja em outros lugares” (cf. 11.52; 12.32).
O amor de Deus é para todo o mundo (3.16). A urgência moral de trazer essas outras ovelhas para o curral está expressa nas palavras, também me convém agregar estas.
O verbo ouvir “assume o genitivo, como quando tem a conotação de ouvir com entendimento e obediência”.
Haverá um rebanho tem o verbo no plural nos melhores manuscritos, e a palavra “rebanho” é a tradução correta do termo gregopoimne (cf. Ez 34.20-24). “Todos (judeus e gentios) formarão um único rebanho sob um único Pastor”.
O sacrifício voluntário e de auto-doação de Jesus provê não apenas a linha de pensamento desta seção, como também um tipo de clímax na sua interpretação da parábola.
A ideia já foi mencionada anteriormente, mas agora o assunto fica explícito. O amor do Pai e a auto-doação do Filho estão ligados de maneira inseparável (6.51; 10.11,15). Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.
(17-18). Pela primeira vez nesta seção, a idéia da ressurreição é introduzida, e é vista como “a inevitável conseqüência da obediência a Jesus”.
Não existe conflito entre a auto-doação voluntária de Jesus e a sua afirmação: Esse mandamento recebi de meu Pai (18). Os objetivos auto-escolhidos em termos da vontade perfeita de Deus constituirão a liberdade melhor e mais elevada da vida.
Quando Jesus se colocou de acordo com a vontade do Pai, a ressurreição se fez possível e verdadeira. “A comunidade concreta de cristãos do mundo foi trazida à existência por um conjunto histórico e concreto de obediência, e toda a vida da igreja deve ser controlada pela fé em Jesus.
Nele, o amor de Deus e a fé dos homens se encontram, e se encontram na morte de Jesus, porque ali a vontade de Deus foi finalmente cumprida: cumprida, porque a sua morte não foi nem o resultado das manobras dos judeus ou de alguns impetuosos, nem uma decisão excêntrica de Jesus de render-se aos seus inimigos. Foi o clímax de uma necessidade divina, e toda a sua vida e ministério se dirigiram a ela”.
II- CARACTERISTICA DA LIDERANÇA DE JESUS (1): ENVOLVIMENTO E COMPROMETIMENTO. ( Subsídio Complementares a Lição)
O líder deve procurar pedir auxílio ao Senhor Jesus Cristo – o Líder dos líderes, o Mestre por excelência – para exercer a liderança.
Colocando-se diante de Deus para escutar o que Ele manda, estará sendo o tipo de líder que Deus está a procura. Uma pessoa consagrada, temente a Deus, que faz o que Lhe agrada, porque seu objetivo e glorificar Aquele que o arregimentou.
“Os líderes que trabalham com mais eficiência me fazem perceber que nunca dizem ‘eu’, não pensam ‘eu’. Pensam ‘nós’. Pensam na ‘equipe’.
Entendem que seu serviço fazem a equipe funcionar. Aceitam responsabilidade e não se evadem, mas ‘nós’ conseguimos o crédito. Há uma identificação (com frequência, um tanto inconsciente) com a tarefa e com o grupo. Isso é o que cria a confiança. O que capacita para conseguir que a tarefa seja feita”.
O líder é uma pessoa cuja influência se faz sentir em todos os aspectos. Por onde quer que vá, ele é alvo de observações e por isso há de exercer uma influência na vida das pessoas que o cercam.
Ele não deve procurar fazer certas coisas somente para que outras pessoas vejam que ele está fazendo, mas ele deve ter em sua mente que quando ele faz alguma coisa os outros estão observando o seu modo de fazer ou agir.
Até mesmo tudo o que o líder fala, faz ou pensa serve para influenciar os seus liderados, quer positiva, quer negativamente. De uma maneira ou de outra, o líder, influenciará os seus liderados em tudo o que faz, portanto, é necessário que se tenha o máximo cuidado para não ser uma influência negativa na vida deles.
O LÍDER QUE DEUS PROCURA (Subsídio Complementares a Lição)
- Quanto a Sua Moral:
a) Irrepreensível: o líder deve ser uma pessoa irrepreensível em tudo porque qualquer defeito em sua vida poderá vir a ser reproduzido na vida dos outros membros da Igreja. É ser uma pessoa respeitadora, que não tenha com o que possam acusar, sem manchas (Lc 1.5,6).
b) Tendo uma só Companheira (o):a moral do líder deve ser exemplar. Isso é evidenciado logo por sua total devoção a sua esposa, namorada ou noiva (1Tm 3.2; Tt 1.6).
- Quanto ao Seu Modo de Viver:
a) Temperante: é ser equilibrado. Ser equilibrado em seus atos. Uma pessoa moderada, para que isso seja possível, deve ser vigilante para que não venha ser levado aos extremos por qualquer paixão (Tt 2.2).
b) Sóbrio: é equilibrado ou moderado em seu modo de pensar. Uma pessoa sensata, ajuizada. Ao tomar decisões usa de sabedoria (1Tm 3.2; 2Tm 4.5; 1Pe 1.13).
c) Modesto: é equilibrado ou moderado em seus próprios desejos. Alguém que é despretensioso, tendo como sua única ambição servir ao Senhor. Simplicidade no modo de se apresentar, de falar de si mesmo (1Tm 3.2).
- Quanto ao Seu Serviço:
a) Hospitaleiro: para o desempenho do seu serviço, torna-se essencial para o líder esta qualidade. Ele deve demonstrar a sua bondade e dar exemplo para com todos no sentido de ser um bom hospedeiro em sua própria casa (Rm 12.13; Hb 13.2; 1Tm 3.2; Tt 1.8).
b) Apto para Ensinar: o líder precisa ter uma certa aptidão para ensinar. Entre os crentes sempre há a necessidade de ensino e esta oportunidade não deve de forma alguma ser negligenciada pelo líder, ele deve procurar aproveitá-la ao máximo possível. Ele deve ensinar a outros e treinar líderes (1Tm 3.2; Tt 1.9).
c) envolvido e comprometido com a obra de Deus. Eclesiastes 9:10
III. CARACTERÍSTICA DA LIDERANÇA DE JESUS (2): PESSOALIDADE E INTIMIDADE (Subsídio Complementares a Lição)
Jesus conhecia sua equipe Da mesma forma que o pastor chama as suas ovelhas, e elas seguem somente
a ele, assim Jesus conhece o seu povo. Os seus seguidores, por sua vez, o conhecem como seu Messias, e eles o amam e confiam nele.
Tal conhecimento e confiança entre Jesus e seus seguidores é comparado ao relacionamento entre Jesus e o Pai: “Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai”. E Jesus repetiu este ponto – que Ele é o Bom Pastor, e que Ele dá a sua vida pelas ovelhas.
Naqueles dias, os discípulos de um rabino eram considerados seus servos. Jesus modificou esse relacionamento; os discípulos não eram seus servos, mas seus amigos. Jesus os considerava amigos porque Ele lhes havia dito tudo o que tinha ouvido do Pai. Isto mostra que Jesus confiava neles – confiava
Que eles podiam receber estas informações e transmiti-las aos demais; esta seria a propagação do Evangelho. Na verdade, Ele os tinha escolhido e indicado para esta tarefa. (Jo 15.14,15).
Jesus para amar. 15.15 — Já vos não chamareis servos. Até aqui, Jesus tinha chamado Seus discípulos de servos (Jo 12.26; 13.13-16).
Um servo recebe ordens para fazer as coisas e vê o que seu mestre faz, mesmo que não saiba o sentido ou propósito daquilo.
Os amigos sabem o que acontece na vida dos outros amigos porque cultivam forte comunhão e conhecem uns aos outros.
Jesus Não tratou sua liderança como empregados nem como estranho mais tinha intimidade com sua equipe conhecia-os cada um pessoalmente e coletivamente, hoje muitos líderes precisam aprender muito com isso.
IV – CARACTERISTICA DA LIDERANÇA DE JESUS (3) VISÃO DE FUTURO
(Subsídio Complementares a Lição)
Este capítulo começa com uma extensa figura de linguagem ou ilustração (10.6), semelhante a uma parábola, sobre pastores e ovelhas.
João fornece dois aspectos da ilustração: a “porta” (10.1-3) e o “pastor” (10.3-5), e cada um tem a sua própria interpretação – a “porta” é interpretada em 10.7-10, e o “pastor” em 10.11-18.
A passagem inteira lembra a imagem de Ezequiel 34, onde o profeta castigou os falsos pastores (os líderes maus de Israel) e predisse que o verdadeiro Pastor (o Messias) viria e daria ao povo de Deus (as ovelhas) cuidado e liderança autênticos.
A visão quanto ao Futuro que Jesus tinha sobre a sua liderança apontava a restauração do povo a comunhão com Deus através da sua Vida mediante a sua Morte e ressurreição, todos quanto o receberem pela fé.
Estes são os crentes gentios. Jesus veio para salvar tanto os gentios quanto os judeus. Esta é uma perspectiva de sua missão mundial – morrer pelas pessoas pecadoras em todo o mundo. O Bom Pastor veio para agregar o povo de Deus em um rebanho (Ezequiel 34.11-14,23).
Os novos crentes gentios e os crentes judeus que deixaram o judaísmo formariam um único rebanho que estariam totalmente fora do judaísmo. Jesus orou pela unidade de todos aqueles que cressem nele através da mensagem dos discípulos (17.20s).
O Reino do Messias estabelecerá a verdade e a justiça esperadas pelo povo de Deus desde a Antiguidade.
Na primeira etapa de sua vinda, Jesus fora rejeitado por sua geração e padecera nas mãos dos pecadores, a fim de realizar a grande e sublime obra da redenção:
“como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos” (Is 53.2; Lc 24.46).
Mas após ressuscitar, o Amado das nações anunciou com veemência: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18).
Assim, Jesus cumpriu cabalmente sua missão: “Está consumado” (Jo 19.30). Hoje, seu poder é usado para a expansão do reino de Deus com a pregação do Evangelho, pois “convém que o céu o contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio” (At 3.21).
O poder de qualquer rei ou líder é sempre limitado. Contudo, o senhorio de Cristo é ilimitado. Ele não é apenas o Rei dos reis, mas também o Senhor dos senhores! Seu poder vai além das instituições militares e políticas desse mundo. Está acima de todas as hostes celestes.
CONCLUSÃO
Embora gerado por ato sobrenatural do Espírito Santo, o Mestre nascera de uma mulher (Mt 1.18,20; Lc 1.35) e teve irmãos e irmãs (Mt 12.47; 13.55-56).
Sentiu sono, fome, sede e cansaço (Mt 21.18; Mc 4.38; Jo 4.6; 19.28). Sofreu, chorou, angustiou-se (Mt 26.37; Lc 19.41; Hb 13.12) e, por fim, passou pela agonia da morte. Morreu Mas, ressuscitou glorioso, poderoso e triunfante ao terceiro dia (1 Co 15.3,4).
Exerceu uma excelente liderança, Cristo é e sempre será nosso Modelo de liderança.
OBRAS CONSULTADAS
Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos
O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento Ear D Radmacher Ronald B Allen H
Dicionário Bíblico Wycliffe ;
Comentário Beacon João a Atos Volume7
Fonte: http://valorizeaebd.blogspot.com/2016/05/licao-8-cristo-nosso-modelo-de.html#ixzz5osoR9m13