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LIÇÃO Nº 12 – A MORDOMIA DO CUIDADO COM A TERRA

 

    A doutrina da mordomia nas Escrituras ensina-nos que o homem foi constituído como administrador da criação na Terra e, portanto, o cuidado com a Terra está entre as suas principais tarefas recebidas de Deus.

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 INTRODUÇÃO 

– Como temos visto ao longo das duas primeiras lições deste trimestre, a doutrina da mordomia mostra-nos que há um Deus, que é Senhor de todas as coisas e que o homem é o Seu servo constituído para dominar sobre as coisas criadas na Terra, Seu mordomo, Seu administrador.

 – Sendo assim, é tarefa das mais importantes do homem o cuidado para com toda a criação na Terra, é sua responsabilidade a manutenção do que foi criado, a conservação de tudo aquilo que foi feito por Deus.

É aí que se insere o dever humano de respeito à natureza, algo que, lamentavelmente, tem sido deixado de lado pelas civilizações

 I – A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

 – Ao anunciar a criação do homem, Deus disse que o homem dominaria sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre o gado, sobre toda a terra e sobre todo o réptil que se movia sobre a terra (Gn.1:26), numa clara declaração de que o homem seria a principal criatura que existiria sobre a face da Terra.

Esta circunstância está plenamente comprovada pela ciência, pois, em virtude de sua inteligência, o homem é o único dos seres vivos que tem condições de alterar as condições naturais, de adaptar-se a elas, conseguindo, assim, sobreviver apesar de todas as adversidades.  

– Esta característica do homem, esta dádiva divina de domínio sobre a criação terrena, explica porque pode o homem tanto conviver próximo aos polos (como ocorre seja próximo ao Polo Norte, com os esquimós;

seja no Polo Sul, com os pesquisadores científicos de vários países na Antártica),

como nas selvas tropicais e equatoriais (como a Floresta Amazônica ou as florestas africanas); vive tanto em regiões de abundante vida, como as já mencionadas selvas,

como em regiões de vida rara, como os desertos e as regiões mais altas do planeta.   

– O homem, ademais, é um ser onívoro, ou seja, come de tudo, tanto vegetais quanto animais, o que favorece, e muito, a sua adaptação às condições mais diversas possíveis de sobrevivência.

Por ser racional, pensa e, com seu pensamento, consegue elaborar planos e perceber as condições à sua volta, fazendo com que os fatores existentes possam ser postos em situação que facilite a sua existência.

Assim, por exemplo, é capaz de canalizar e irrigar terrenos, trazendo água de longe, de forma a impedir que a ausência da água num determinado local represente a impossibilidade de sobrevivência, como também cria mecanismos de conservação de alimentos para que, na época da escassez, tenha do que se alimentar.  

– Numa clara demonstração de que foi ao homem que Deus deu o domínio de todas as coisas criadas na Terra, permitiu o Senhor que Adão desse nome a todas as criaturas, um gesto de grande significado simbólico, que teve o objetivo de conscientização do homem de que era ele a “coroa da criação terrena”(Sl.8:5), a ponto de ter sido ele aquele que deu o nome aos seres viventes (Gn.2:19-21). Assim, não só o homem tem domínio sobre a criação na Terra como também tem consciência disto.  

– Assim que o homem foi criado, Deus o pôs no jardim do Éden, com o propósito de lavrá-lo e guardálo (Gn.2:15).

Vemos, assim, que é o propósito divino para o homem que ele conserve, preserve a natureza que foi criada pelo Senhor bem como que envide esforços, trabalhe para que esta mesma criação seja mantida tal qual o Senhor a criou.

No Éden, quando a natureza ainda não lhe era hostil, o homem já tinha a incumbência de preservá-la, de manter o equilíbrio instituído por Deus para o correto funcionamento de todas as coisas, funcionamento, aliás, que contribuía sensivelmente para que o homem tivesse o bem-estar que possuía no Éden, um lugar de delícias.  

– Percebe-se, pois, de imediato, que a superioridade do homem em relação às demais criaturas terrenas não era senão uma mordomia, ou seja, o homem, embora fosse superior aos demais seres viventes, com poder, inclusive,

de cuidar deles e de trabalhar na criação de modo a que obtivesse ela o máximo proveito, o máximo de suas potencialidades, não era um senhor sobre a natureza, ou seja, não poderia fazer o que bem entendesse com ela, pois este domínio não significava senhorio, mas uma posição de administrador.  

– Com a queda do homem, esta situação teve uma grande alteração. Por ser o administrador da criação terrena, ter responsabilidades para com ela, o pecado do homem trouxe consequências para toda a criação.

A natureza passou a ser hostil ao homem, porquanto a terra foi maldita em virtude de seu pecado, passando a produzir espinhos e cardos, sendo, ademais, necessário esforço do homem para que pudesse sobreviver (Gn.3:18,19).

Esta circunstância, entretanto, não alterava o domínio do homem sobre a natureza, conquanto, agora, tivesse o homem de lutar contra ela, pois ela não mais o favorecia incondicionalmente na sua sobrevivência.  

– O homem, expulso que foi do Éden, passou a viver em uma Terra hostil e que lhe causa dificuldades.

Este lugar em que passou a morar chama-se de “habitat”, ou seja, o lugar onde está habitando, onde está morando, que é, como já vimos, das mais diferentes características, mormente após o dilúvio, quando se alteraram bruscamente as condições de clima (cfr. Gn.2:5,6; 8:22).

Neste “habitat”, existe um equilíbrio, um relacionamento entre as diversas espécies, que faz com que haja uma certa persistência de espécies num determinado lugar.

Só o homem tem condições, pela sua racionalidade, de perceber este equilíbrio e este relacionamento entre as espécies, esforçando-se para sobreviver e para transformar os fatores prejudiciais à sua sobrevivência em elementos que lhe favoreçam.  

– O “habitat”, o lugar onde o homem está vivendo, é a verdadeira “casa” do homem, que faz parte do ambiente, do meio-ambiente, que é formado por todos os seres vivos daquele lugar.

É, por isso, que a ciência que estuda este relacionamento entre o homem e esta sua “casa”, entre o homem e o meio-ambiente chama-se “ecologia” (palavra grega que significa “estudo da casa”).

É por isso que os defensores da natureza são chamados de “ecologistas” ou ambientalistas.

OBS: “… A palavra ecologia foi empregada pela primeira vez no ano de 1869 pelo zoólogo alemão Ernest Haeckel, mas não fez aparição em público até 1895, quando o botânico dinamarquês Warming publicou uma memória sobre geografia vegetal.

O termo ecologia tal como o define Eugente P. Odum em seu livro ‘Ecologia’ provém da raiz grega ‘oikos’, que significa ‘casa’, combinada com a raiz ‘logos’ que significa ‘a ciência ou o estudo de’.

De tal forma que, literalmente falando, a ecologia se refere ao estudo dos povoadores da terra incluindo plantas e animais, microorganismos e a humanidade inteira, que convivem à maneira de componentes dependentes entre si.

De uma maneira mais formal, a ecologia é um ramo da biologia que estuda as relações dos organismos e grupos de organismos com seu meio, o qual permite conhecer a estrutura da natureza e explica seu funcionamento, assim como as diferentes adaptações dos seres vivos e os fatores que influem tais como o solo, clima, presença de outras espécies.

Assim, pois, o estabelecimento e a sobrevivência de cada espécie é o objeto de estudo da ecologia.…” (Página de ecologia. Disponível em: http://www.google.com/search?q=cache:u9sy7Zn7KWAJ:members.tripod.com/bioclub/pag5000.htm+Ernest+Haeckel&hl=pt-BR&ie=UTF-8 Acesso em 25 set.2003)  

– Os seres vivos e os elementos sem vida da natureza estão integrados num relacionamento que permite que haja um equilíbrio, de forma que, numa determinada região, exista um conjunto de espécies animais e vegetais.

Este relacionamento entre as criaturas gera o que se denomina de “ecossistema” e é necessário que ele seja mantido, não seja alterado, pois a mudança de um fator trará a destruição de todo o ecossistema.

O homem, como é um ser inteligente, tem condições de alterar o ecossistema, de tal maneira que os fatores que lhe sejam prejudiciais, tornem-se-lhe favoráveis, mas a intervenção deve ser feita na sua qualidade de mordomo, ou seja, deve ser uma intervenção que vise à sua sobrevivência.

Assim, ao intervir na natureza, deve manter o ecossistema e fazer as modificações absolutamente necessárias para que tenha um melhor conforto, para que a hostilidade da natureza seja reduzida, não mais do que isto.  

– Entretanto, com sua mente obscurecida pelo pecado, o homem, principalmente após o desenvolvimento da tecnologia, passou a querer extrair da natureza não apenas o necessário para a sua sobrevivência, mas para a satisfação da sua ganância, ganância sempre insaciável (cfr. Ec.6:7),

agindo de modo irresponsável, sem levar em conta a sua condição de mordomo, pois, como administrador, não tem o poder de destruir aquilo que Deus fez, pois seu domínio sobre a criação terrena é limitado, é para conservar e não para destruir.

Assim, suas intervenções têm gerado enormes prejuízos à criação e ao próprio homem, pois a destruição do equilíbrio ecológico gera o próprio comprometimento da sobrevivência dos seres do ecossistema, inclusive do homem.  

– Tomemos um exemplo muito comum, qual seja, o desmatamento de florestas para a exploração de madeira. O desmatamento indiscriminado, sem reposição das árvores, altera toda a vida das florestas.

Além de representar prejuízo à alimentação e abrigo para vários animais, a retirada das árvores deixa o solo da floresta à mercê da erosão, causada pelas constantes chuvas, pois a retirada das árvores modifica a própria distribuição da água.

O solo da floresta, ademais, tem nos resíduos orgânicos sua principal fonte de alimento. Sem as árvores, com a erosão, o solo transforma-se, em pouco tempo, em um verdadeiro deserto, comprometendo até a própria sobrevivência humana no local (e a produção de madeira, que não se renova).   

– Percebemos, portanto, que o comportamento predatório, ou seja, um comportamento que tem em vista a obtenção da natureza do que é capaz de trazer riquezas sem qualquer preocupação com as consequências pela intervenção do ser humano na natureza é uma conduta animada pela intenção de destruição e de morte, algo que não é vindo de Deus, senão resultado do domínio do mal sobre os homens sem Deus e sem salvação, pois é do maligno a tarefa de matar, roubar e destruir (Jo.10:10).

Não pode, assim, a igreja, enquanto povo santo de Deus, concordar com tais comportamentos, que têm em vista a própria destruição do homem, ser tão caro e tão amado por Deus.  

– O que os movimentos ecologistas e ambientalistas denominam de “desenvolvimento sustentável” nada mais é que o cumprimento da mordomia estabelecida pelas Escrituras, ou seja, a obtenção da sobrevivência do homem através do trabalho e da intervenção da natureza mas de modo a que a vida seja preservada, não destruída.

O “desenvolvimento sustentável” nada mais é do que a criação de mecanismos que permitam ao homem ter melhores condições de vida aproveitando dos recursos que lhe são oferecidos pela natureza sem destruir o equilíbrio existente em cada ecossistema.

O que Deus estabeleceu para o homem e que só agora o homem percebe ser necessário observar é o grande desafio dos nossos dias, pois, apesar da consciência ecológica e do sem-número de documentos e conferências em que se determina que isto seja feito,

o mundo em que vivemos, totalmente dominado pelo maligno, resiste a acatar este princípio e, em sua natural rebeldia contra os mandamentos divinos, prossegue destruindo a natureza, quase sempre com o apoio de grandes forças econômicas e políticas.  

II – O ECOSSISTEMA CRIADO POR DEUS  

– Como já dissemos, a maior demonstração de que tudo foi criado numa ordem divina e equilibrada sobre a face da Terra está na própria narrativa bíblica da criação, pois verificamos que tudo o que foi criado obedeceu a um projeto, a um plano minuciosamente estabelecido pelo Senhor, que tudo fez “conforme a sua espécie”.

Assim, se não é verídico, dentro do que consta nas Escrituras, que as espécies tenham sido fruto de uma evolução, como defenderiam Lamarck e Darwin no século XIX, é bíblico afirmar que as espécies, cada qual criada segundo características próprias e estabelecidas pelo Senhor, relacionam-se entre si, mantêm uma dependência recíproca, que faz com que devam ser consideradas conjuntamente e que seja buscada a conservação desta relação para a sobrevivência de todos.  

– Quando vemos a narrativa bíblica a respeito da criação do homem, percebemos bem este relacionamento da natureza com o homem.

Após ter deliberado pôr o homem no Éden, a Bíblia relata-nos que Deus resolveu plantar um jardim no Éden, ou seja, houve a preocupação divina em criar um ambiente onde o homem pudesse viver.

Embora não houvesse ainda a morte física, de modo que o homem viveria eternamente, a vida do homem não faria sentido se não tivesse ao seu lado, à sua volta, a natureza, além, logicamente, da presença de Deus, que vinha ao encontro do homem em toda a viração do dia.

O homem foi feito para viver em harmonia, em conjunto com o restante da criação, até porque foi feito para dela guardar e administrá-la. Assim, não faz sentido qualquer atitude humana que tende a isolar o homem da natureza ou de conceber uma vida humana sem a natureza.  

– É interessante observar que o Éden pré-existia à própria criação do homem, pois a Bíblia diz que Deus plantou um jardim no Éden para ali pôr o homem que havia criado (Gn.2:8), sendo certo que o Éden tinha sido o local de habitação do querubim ungido antes de sua queda (Ez.28:13), mas um Éden que, apesar de ser chamado de jardim de Deus na mencionada referência, não tinha senão minerais, numa clara comprovação de que a colocação de vegetais e animais tinha como objetivo a colocação do homem no lugar.  

– Diz a Bíblia que Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida, bem como determinou que um rio saísse do Éden para regar o jardim, rio que se dividia em quatro braços (Gn.2:814).

Vemos, desta forma, que Deus ensina, na Sua Palavra, há milênios, o que só recentemente os ecologistas e cientistas perceberam, ou seja, que a vida dos seres vivos está relacionada entre si.  

– A primeira lição de ecologia que aprendemos com Deus é que a vida depende da água. Para colocar o homem no jardim, Deus fez sair um rio do Éden, que se dividia em quatro braços. A conservação da água é fundamental e essencial para a vida na Terra.

A presença de água é considerada, pelos cientistas, uma condição indispensável para que haja vida e não tem sido encontrada água nos demais planetas, motivo por que se sabe que neles (pelo menos no que respeita aos planetas de nosso sistema solar) não existe vida.  

– A situação da água é uma das que mais incomoda os ecologistas nos nossos dias, pois, em continuar o ritmo de destruição que estamos vivendo, considera-se que não decorrerão 40 anos sem que toda a água potável do planeta esteja comprometida de forma irremediável, com seríssimas consequências para a vida na Terra.

Neste particular, aliás, o Brasil é o país que tem o maior potencial hídrico potável do planeta na atualidade, embora também seja um dos que mais desperdice e contamine água.

É preciso que tomemos consciência de que a água deve ser mantida limpa e livre de poluentes, sem o que estaremos contribuindo sensivelmente para a nossa própria destruição. Durante a grande tribulação, um dos maiores flagelos que será imposto à Terra será, precisamente, a falta de água potável (Ap.8:10,11).  

– A segunda lição de ecologia que aprendemos com Deus é que a vida depende do ar. Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida, ou seja, a criação de árvores não continha apenas a preocupação alimentar, mas também a criação de condições que permitissem uma atmosfera límpida e propícia à vida.

É através das trocas gasosas realizadas pelos vegetais chamados superiores (os vegetais que possuem flores e frutos) que temos o início da relação de alimentação que existe entre os seres, a chamada “cadeia alimentar”.   

– Os vegetais superiores têm a capacidade de sintetizar os seus próprios alimentos, de transformar os alimentos que ingerem em energia graças à absorção do gás carbônico da atmosfera e a liberação de oxigênio.

Assim, além de se transformarem em alimentos para os demais seres vivos da cadeia alimentar (os animais herbívoros, ou seja, os animais que comem somente ervas, ou seja, vegetais, que, por sua vez, são alimentos dos chamados animais carnívoros, ou seja, os que comem somente outros animais, que, por sua vez, serão alimentos dos decompositores, ou seja, os seres que comem seres em decomposição ou facilitam sua decomposição, fazendo com que estes seres retornem ao solo, onde serão novamente absorvidos pelos vegetais, reiniciando-se o ciclo),  os vegetais fornecem o oxigênio que é indispensável para a respiração dos animais terrestres. 

– A conservação do ar na sua composição originária é outra necessidade para a manutenção da vida.

Lamentavelmente, a produção industrial predatória e descuidada tem causado grandes males para a atmosfera, com a disseminação de substâncias tóxicas no ar que, não raro, causa enormes doenças e enfermidades na população (lembremos dos episódios que vitimaram a população de Cubatão, município do Estado de São Paulo, ao lado de Santos,

onde até crianças sem cérebro chegaram a nascer por conta dos altos índices de poluição atmosférica causado pelas indústrias químicas e petroquímicas da região), mas pela própria destruição das áreas verdes, que impede que haja a produção de oxigênio.   

– Além dos problemas para a própria sobrevivência e para a cadeia alimentar, a poluição atmosférica tem causado a contaminação da camada de ozônio, gás existente em nossa atmosfera e que é responsável pela filtragem dos raios solares.

A destruição desta camada é considerada uma das principais responsáveis pelo chamado “efeito estufa”, que é o aumento da temperatura do planeta, resultante da deficiência na filtragem dos raios solares.   

– Este “efeito estufa”, segundo alguns, tem causado maiores discrepâncias nas temperaturas, havendo, cada vez mais intensos verões e intensos invernos, com graves desastres e consequências para a vida e saúde das pessoas, sem se falar no degelo das calotas polares, que têm alterado o clima e aumentado o volume de água nos oceanos.

As medidas que têm sido tentadas para a diminuição desta poluição atmosférica, como o chamado “Protocolo de Kyoto”, que procura estabelecer limites para os países industrializados, não têm tido êxito, até porque os Estados Unidos negaram-se a assinar o referido Protocolo.

OBS: “… Alguns gases da atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2), funcionam como uma capa protetora que impede que o calor absorvido da irradiação solar escape para o espaço exterior, mantendo uma situação de equilíbrio térmico sobre o planeta, tanto durante o dia como durante a noite.

Sem o carbono na atmosfera a superfície da Terra seria coberta de gelo. A essa particularidade benéfica da camada de ar em volta do globo se dá o nome de “efeito estufa”.

A importância do efeito estufa pode ser melhor compreendida quando se observa as condições reinantes na Lua. Lá não há uma atmosfera, e portanto nenhum efeito estufa; por isso as temperaturas variam de 100°C durante o dia a -150°C durante a noite.

O efeito estufa na Terra é garantido pela presença do dióxido de carbono, vapor de água e outros gases raros.

Esses gases são chamados de raros porque constituem uma parcela muito pequena na composição atmosférica, formada em sua maior parte por nitrogênio (75%) e oxigênio (23%).

Alguns pesquisadores acreditam que se o percentual de oxigênio na atmosfera fosse um pouco mais elevado, um simples relâmpago poderia ocasionar incêndios gigantescos.

O alto percentual de oxigênio na composição atmosférica, mais a existência dos gases raros faz com que muitos cientistas classifiquem a atmosfera terrestre como uma “anomalia”, quando comparada às de outros planetas.

Seria muito mais acertado se esses cientistas dissessem que um tipo assim tão especial de atmosfera é um presente do Criador, que dessa forma possibilita às suas criaturas viverem e desenvolverem-se num planeta maravilhoso.

Todavia, uma dedução assim tão simples e clara a ciência não tem capacidade de fazer, já que ela só consegue se pautar pela lógica fria e restrita do intelecto.

Anômalos, na verdade, são a maioria desses escravos da ciência, que podem, sim, dissecar cientificamente uma flor até as minúcias, mas se mostram incapazes de reconhecer em sua beleza singela um reflexo do Amor de seu Criador.

O efeito estufa gerado pela natureza é, portanto, não apenas benéfico, mas imprescindível para a manutenção da vida sobre a Terra. Se a composição dos gases raros for alterada, para mais ou para menos, o equilíbrio térmico da Terra sofrerá conjuntamente.

A ação do ser humano na natureza tem feito aumentar a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, através de uma queima intensa e descontrolada de combustíveis fósseis e do desflorestamento.

A derrubada de árvores provoca o aumento da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera pela queima e também por decomposição natural.

Além disso, as árvores aspiram dióxido de carbono e produzem oxigênio.

Uma menor quantidade de árvores significa também menos dióxido de carbono sendo absorvido.

Estima-se que em 1850 (época da disseminação da Revolução Industrial) a quantidade de CO2 na atmosfera era de 270 ppm1.

Hoje, essa quantidade é de aproximadamente 360 ppm, um aumento de 33%. A cada ano cerca de 6 bilhões de toneladas de CO2 são lançadas na atmosfera do planeta.(…).

Além de mais quentes, o nível dos oceanos está subindo, como vimos no tópico sobre o Clima.

Na costa brasileira e em todos os países litorâneos, o avanço do mar assusta a população. A causa é o aumento do nível do mar, acarretado entre outros fatores pelo incremento do efeito estufa. No Brasil, várias praias ameaçam simplesmente sumir do mapa.

Ano após ano elas perdem grandes faixas de areia e são tomadas pelo mar. Na cidade litorânea de Caiçara do Norte, Estado do Rio Grande do Norte, o mar avançou 50 metros nos últimos dez anos; oitenta casas sumiram e seus moradores foram forçados a abandonar a cidade.

O aquecimento da Terra também não fica sem efeito sobre a flora e a fauna. Na Antártida estão sendo vistas atualmente espécies de plantas que não existiam há dez ou quinze anos, “efeito do aumento de 15 graus na temperatura do continente ao longo dos últimos 40 anos”, explica o físico brasileiro Paulo Artaxa.(…).

As consequências climáticas do incremento do efeito estufa é apenas mais um dos sinais de que o habitat dos seres humanos está sofrendo grandes transformações.

O ser humano usou e abusou da natureza durante séculos, agrediu o planeta tanto quanto quis, sem dó nem piedade, vendo diante de si unicamente seu conforto imediato.

Agora, chegou a hora do ajuste de contas. De experimentar em si mesmo todos os crimes cometidos contra o meio ambiente.

A poluição acarretada pelos gases decorrentes da atividade humana é apenas uma pequena conta no rosário de culpas da humanidade. E não é a vontade dela, nem suas ridículas providências que farão a Terra voltar a esfriar.

A maioria dos que se ocupam com o fenômeno do efeito estufa estudam-no ainda apenas como mais uma curiosidade científica interessante, talvez também um pouco preocupados com o que possa ocorrer com a Terra num futuro longínquo.

Breve, muito breve porém, essas curiosidades se transformarão em ameaças concretas, que não mais poderão ser encobertas com palavras tranqüilizadoras de pretensos apaziguadores científicos.” (C.P. JÚNIOR, Roberto. Vivemos os últimos anos do juízo final.O efeito estufa.

http://www.google.com/search?q=cache:0qL6nqNISkIJ:www.msantunes.com.br/juizo/oefeito.htm+efeito+estufa&hl=pt-BR&ie=UTF-8 Acesso em 25 set.2003).  

– Neste ponto, aliás, devemos ter cuidado com o que se propala a respeito do chamado “aquecimento global”, termo, aliás, que tem sido deliberadamente abandonado nos últimos tempos por alguns, que têm preferido a expressão “mudanças climáticas”.

Isto porque muitos dos estudos que dizem que a Terra está se aquecendo têm sido desmentidos e alguns deles, inclusive, foram descobertos como sendo fraudulentos, a demonstrar que esta ideia, não cientificamente demonstrada de modo satisfatório, estava servindo a interesses políticos e econômicos.

“Aquecimento global”, mesmo, teremos durante a Grande Tribulação, como nos relata Ap.16:9.

OBS: Um dos estudiosos que tem demonstrado, de modo satisfatório, a falácia do “aquecimento global” é o climatologista brasileiro Ricardo Augusto Felício, que possui alguns vídeos na internet tratando do tema e cuja visualização recomendamos.

– A terceira lição de ecologia que aprendemos com Deus é que devemos viver sempre com exuberante vegetação, seja para fins alimentares, seja apenas para fins paisagísticos, pois a presença de uma vegetação é fundamental não só para a cadeia alimentar, mas para a própria manutenção de todo um ecossistema.   

– Deus colocou um homem num jardim não por acaso, mas para mostrar que o homem precisa estar em um local que tenha forte presença vegetal.

Os homens, desde o início da civilização, montaram para si cidades (cfr. Gn.4:17), num ambiente que já revela a propensão humana de se apartar da vida integrada ao meioambiente natural, gerando o que se denominou de “cultura”.  

– Tal disposição, embora não seja a originariamente prescrita para o homem, foi uma solução encontrada para minorar a hostilidade da natureza em relação ao ser humano, fruto da queda.

No entanto, nas cidades, deve o homem, dentro do possível, evitar que a intervenção na natureza seja feita de forma a causar desequilíbrio, o que, entretanto, é o que vem acontecendo.

Ninguém criticaria, em sã consciência, o progresso, mas, como diz conhecida canção popular brasileira, é preciso que, juntamente com o progresso, venha o bom senso.  

– As grandes metrópoles, nos nossos dias, têm tido péssimas condições de vida, precisamente porque a primeira coisa que se fez foi a destruição do verde, ou seja, o indiscriminado desmatamento, que traz seríssimos problemas nas cidades.

As grandes enchentes que vitimam as cidades nada mais são do que reflexo desta falta de cuidado com a vegetação.

– A quarta lição de ecologia que aprendemos com Deus é que devemos nos servir da natureza para o necessário à nossa sobrevivência. Deus plantou no jardim árvore boa para a comida e agradável à vista, ou seja, o jardim foi plantado por causa do homem e não o contrário e para satisfazer o homem em suas necessidades básicas.

A natureza deve ser servidora, fornecedora de condições de sobrevivência para o homem e, enquanto tal, deve ser utilizada.

Lamentavelmente, a cobiça desmedida do homem tem destruído grandes parcelas da natureza por ganância, por acumulação de riquezas, sem se levar em conta as consequências nefastas para o próprio ser humano de um tal comportamento.   

– Uma conduta predatória, que vise somente o benefício imediato, a acumulação de riquezas é a responsável por todos os desequilíbrios e desastres ecológicos que têm ocorrido no mundo desde o início da história. As intervenções humanas na natureza devem ser pautadas pelo bom senso, não pela ganância.  

– Conforme já vimos, o homem, enganado pelo pecado, no mundo, não tem limites para a sua avareza e ganância e tudo faz para amealhar riquezas em grau cada vez maior. O homem, já disse o pregador, não tem limites para se satisfazer (Ec.6:7).

A cobiça é insaciável, não encontra fim e, por causa disto, a destruição tem grassado em todo o planeta. Ecossistemas inteiros foram destruídos, vidas humanas foram prejudicadas, quando não exterminadas (veja-se o exemplo das populações nativas da América ou da Austrália), por causa da “febre do ouro”.

A ecologia ensina-nos que a criação de Deus está acima das riquezas e da posse dos bens materiais, pois “a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc.12:15b).

A propósito, muitos desmatadores, caçadores, pescadores incluem-se perfeitamente na descrição do rico insensato da parábola proferida por Jesus após ter feito esta afirmação, uma das grandes verdades bíblicas.  

– Mas, nesta lição de ecologia que Deus nos dá, também observamos que a natureza é serva do homem, ou seja, foi feita para servir o homem, que dela deve usufruir com comedimento e visando à sua própria sobrevivência.

Neste particular, aliás, encontra-se a grande diferença entre a ecologia constante das Escrituras Sagradas e a propalada por não poucos ambientalistas dos nossos dias, que tratam a natureza como se ela fosse senhora do homem, como se o homem a ela estivesse submissa.  

– Precisamos tomar muito cuidado com o movimento ecologista dos nossos dias, pois muitos ambientalistas passam a tratar a natureza como se ela fosse divina, como se o homem estivesse submisso a ela.

Não são poucos os ecologistas que veem na defesa da natureza, hoje, uma espécie de culto, de adoração, havendo mesmo aqueles que, de forma explícita até, procuram retomar o culto da deusa “Gaia”, a deusa da natureza da mitologia grega.

Para estes, a natureza é divina, é ou o próprio Deus (e neste ponto, nós temos o ressurgimento do chamado pensamento panteísta, que vê Deus em tudo, que confunde Deus com a Sua criação), ou, então, é de caráter divino, uma força superior ao qual o homem deve render adoração.

OBS: É estarrecedor mesmo vermos que cresce a cada dia o número de adeptos de um verdadeiro culto à Terra.

Entre os brasileiros, a mais notável adesão a este pensamento é o do ex-frei Leonardo Boff, um dos expoentes da teologia da libertação, que tem se dedicado cada vez mais a este tema e partilha inteiramente da ideia de que a Terra é um verdadeiro ser vivo, a que chama de Gaia, como vemos neste trecho de uma entrevista sua, que transcrevemos:

“… A nova consciência ecológica e a noção da Terra como grande mãe e Gaia passa por um processo pedagógico pelo qual as pessoas se sensibilizam para esta realidade. Não bastam conceitos.

Precisamos de emoções, porque são elas que mobilizam as ações. Gaia é o nome da mitologia grega para expressar a terra como um ser vivo.

Ela foi assumida por James Lovelock, cientista da Nasa, que escreveu dois belos livros – ‘Gaia – Uma nova visão da terra’ e ‘Biografia de Gaia’.

Ele mostra o equilíbrio sutil de todos os elementos que compõem a terra, equilíbrio este que só um ser vivo pode mostrar. Leia e mude sua cabeça em relação à Terra…” (Pregação pelas matas. http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/boff/Boff_PregPMatas.html. acesso em 25 set.2003) ou, então, como nos dão  conta pesquisadoras da Universidade Federal da Paraíba: “… convidamos Leonardo Boff a sentar conosco na mesa que nos ensina a reaprender a aprender a cuidar de nós, da criação, da vida, da terra.

Assim, como ele, “ recusamos a rebaixar a terra a um conjunto de recursos naturais ou a um reservatório físico-químico de matérias-primas. Ela fundamentalmente se apresenta como Grande Mãe que nos nutre e nos carrega.

É a grande Pacha Mama (Grande Mãe) das culturas andinas ou um superorganismo vivo, a Gaia…” (BOFF, Leonardo. Dignitas terrae apud Lenilde Duarte de SÁ et alii. As ervas e o jardim de Gaia. http://yesod.sites.uol.com.br/cadernos/edicao1/ervas.htm. Acesso em 25 set.2003).   

– Este pensamento presente em muitos movimentos ecologistas e ambientalistas não tem qualquer respaldo na Palavra de Deus e é mais uma artimanha do mundo para enganar o homem, que está obscurecido em seu pecado.

A natureza foi criada por Deus, é o que nos retrata o primeiro versículo da Bíblia Sagrada. Assim, Deus não Se confunde com a natureza. Deus é o Criador; a natureza, criação. Deus não tem princípio nem fim, é eterno; a natureza, teve início (Gn.1:1) e terá fim (Ap.21:1).

Deus, por ser Deus, não sofreu qualquer efeito em virtude do pecado do homem; a natureza, entretanto, ficou maldita por causa deste pecado (Gn.3:17); Deus, por ser Deus, providenciou a redenção do homem (Gn.3:15); a natureza, maldita por causa do pecado do homem, aguarda com gemidos a sua redenção, a ser operada pelo próprio Deus (Rm.8:18-23).  

– Deste modo, não podemos, em absoluto, achar que, ao defender a natureza, ao pertencer a um movimento ecologista, estamos defendendo Deus ou estamos reestruturando a imagem divina, pois nada mais somos do que integrantes desta natureza, mordomos, administradores das coisas criadas na Terra.

Quando um servo de Deus defende a preservação da natureza, cumpre o papel que foi confiado ao homem, cumpre uma ordenança de Deus, que é maior do que a natureza e do que o homem.  

– Este pensamento panteísta é um pensamento que tem sido incentivado e estimulado pela Nova Era, este movimento espiritual do anticristo que tem procurado proclamar a independência ilusória do homem em relação a Deus, que tem buscado convencer a humanidade de que os homens são “deuses” e que não devem confiar no Deus pregado pelos cristãos, no Deus que trouxe a redenção por intermédio de Cristo Jesus. 

 

– Enquanto movimento espiritual, a Nova Era tem se apresentado sob diferentes modos, sob diferentes maneiras, de várias formas, a fim de confundir a humanidade perdida e criar condições para o surgimento do Anticristo como um falso Salvador do planeta.

Uma destas faces tem sido, precisamente, grande parte do movimento ecologista que, sob o pretexto de defender e preservar o meio-ambiente, tem trazido um verdadeiro culto à natureza e algumas aberrações.   

– Foi com base nestes pensamentos, por exemplo, que tivemos, durante algum tempo, em nosso país, o verdadeiro absurdo de crimes ambientais serem tratados mais gravemente do que crimes contra seres humanos.

Durante quase uma década, no Brasil, quem capturasse um pássaro silvestre, ainda que fosse réu primário (isto é, que nunca tivesse sido condenado antes) respondia ao processo preso, porque o crime era inafiançável, enquanto quem matasse um ser humano,  se primário, respondia ao processo solto, ou seja, um pássaro tinha mais valor do que um homem.

Não queremos com isto dizer que pessoas que assim se comportem com relação aos animais silvestres não sejam consideradas criminosas e sofram penas rigorosas por causa disto, mas jamais podemos, como servos de Deus, admitir que uma violência contra um ser humano tenha um tratamento mais brando e suave do que uma violência contra um animal.

O homem é a coroa da criação, é a imagem e semelhança de Deus e, portanto, seu cuidado deve estar na prioridade de nossas leis e não as demais coisas criadas.  

– Esta posição singular do homem, que os estudiosos de ética e de direito denominam, atualmente, de “princípio da dignidade da pessoa humana”, deve ser uma preocupação sempre constante quando falamos em preservação da natureza e do meio-ambiente.

Como servos de Deus, como pessoas que queremos que as Escrituras se realizem em nossa sociedade, em nossas vidas, devemos pôr o homem como prioridade absoluta.   

– Se defendemos a preservação do meio-ambiente não é porque estejamos aceitando um endeusamento da natureza, mas, muito pelo contrário, porque sabemos que Deus criou o ecossistema em função do homem e que a destruição da natureza implica na própria destruição do homem.

Podemos, sim, progredir e alcançar o desenvolvimento, que é resultado da própria inteligência de que o homem foi dotado por Deus, mas jamais este desenvolvimento deve ser movido pela ganância, pelo desejo de acumulação de riquezas para alguns poucos, nem pode comprometer a própria sobrevivência do homem sobre a face da Terra.  

III – A IMPORTÂNCIA DA RACIONALIDADE DO HOMEM  

– Dotado de inteligência por Deus, o único ser capaz de ter consciência de como Deus criou e estabeleceu todas as coisas, tendo a tarefa de bem administrar todas as demais coisas criadas na Terra, o homem tem de fazer uso desta razão e desta inteligência para que faça com a natureza aquilo que Deus quis que ele fizesse: como o meio pelo qual conseguiria a sua sobrevivência física.

– O homem deve ter consciência de que está na terra com uma tarefa singular e excelente: guardar a criação terrena, conservar e manter a ordem estabelecida por Deus e que se constitui nos ecossistemas existentes na mais variada forma em todo o planeta.  

– Mesmo tendo pecado, o homem não perdeu esta condição de administrador da criação na Terra e deve exercê-la segundo os cânones estabelecidos por Deus, ou seja, combatendo a sua hostilidade com o propósito de sobrevivência, dela se servindo para continuar vivendo e impedindo que ela se constitua em meio de morte e de destruição.  

– Lamentavelmente, sendo filho da ira (Ef.2:3), o homem sem Deus e sem salvação é usado pelo mundo exatamente para fazer o contrário do que é proposto por Deus para que ele faça.

O homem tem intervindo na natureza de forma totalmente irracional, não usando da inteligência, mas deixando extravasar, em si, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, os ingredientes de que se vale o mundo para enganar o homem e levá-lo à morte e à destruição.

Cada vez mais as intervenções humanas têm causado desequilíbrios e gerado consequências que já estão comprometendo a própria vida no planeta. A seguirmos nesta linha de destruição, pouco restará para que a vida se inviabilize na face da Terra.

Sabemos que o período mais negro desta situação se dará quando da grande tribulação, quando o Anticristo estiver reinando sobre a terra.

Neste tempo, vários desastres ecológicos ocorrerão numa intensidade nunca antes vista. Problemas com a água(como vimos supra), com o desmatamento (Ap.8:7), com a poluição atmosférica (Ap.8:12),

trarão enorme sofrimento sobre a Terra, mas nem assim a humanidade abandonará as suas práticas malévolas e destruidoras, pois seu objetivo continuará sendo apenas a acumulação de riquezas (Ap.18:11) e a adoração de falsos deuses (Ap.9:20,21).  

– Devemos, enquanto servos de Deus, combater toda e qualquer atitude que signifique a destruição da natureza e dos ecossistemas.

Não devemos contribuir para a degradação do meio-ambiente, abstendo-nos de participar de atividades que importem em degradação ambiental.

Se não podemos enfrentar o desmatamento da Floresta Amazônica, podemos, por exemplo, cuidar para que nosso lixo ou nosso esgoto não seja jogado no córrego mais próximo, que não sejam feitas queimadas em nossos roçados, que nos utilizemos de produtos de limpeza biodegradáveis, que contribuamos para a conservação das áreas verdes próximas a nossas casas, que nos utilizemos racionalmente da água e assim por diante.

Como diz velho provérbio chinês, “se cada um limpar a frente de sua casa, em breve toda a cidade estará limpa”. Devemos promover junto a nossos filhos uma verdadeira educação ambiental e termos um comportamento correto no que diz respeito ao meio-ambiente.

 

– Enquanto igreja, não devemos nos omitir quanto à política ambiental. Devem nossas lideranças posicionarse sempre quando houver questões de grande repercussão que envolvam a degradação do meio-ambiente, sempre salientando que o propósito divino para o homem é a correta administração da natureza por parte do ser humano, igualmente denunciando todas as atitudes que desconsiderem a dignidade da pessoa humana, como, por exemplo,

o atual sistema de barragens de rejeitos de mineração que causaram tragédias como as de Mariana/MG e de Brumadinho/MG, com centenas de mortos e consequências nefastas para milhares de pessoas, até hoje completamente impunes.   

– A igreja não deve estar à frente de movimentos conservacionistas, pois sua tarefa é o anúncio do reino de Deus, mas deve deixar bem claro que todo e qualquer movimento neste sentido tem respaldo bíblico e deve ter o devido apoio de cada cristão.   

Ev.  Caramuru Afonso Francisco

Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/adultos/4440-licao-12-a-mordomia-do-cuidado-com-a-terra-i-e-apendice-n-1-as-mordomias-dos-talentos-da-influencia-e-das-oportunidades

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