Jovens – Lição 12 – A Impiedade Decorrente dos Falsos Ensinos
Professor(a), a lição deste domingo tem como objetivos:
Explicar sobre o ímpio e suas depravações;
Conhecer os comportamentos decorrentes dos falsos ensinos;
Conscientizar sobre o perigo da apostasia.
Palavras-chave: Esperança, alegria, crescimento e firmeza.
Introdução
Após falar sobre os falsos mestres e sobre o juízo que viria sobre eles, Pedro prossegue descrevendo o perfil daqueles que estão destinados ao juízo divino.
Embora o apóstolo ainda tenha em mente os impostores da fé, a sua denúncia descreve de maneira enérgica o retrato do homem ímpio e sua apostasia.
Como veremos, a rejeição a Deus e aos princípios éticos contidos em sua Palavra conduz o homem para um estilo de vida degradante e altamente nocivo para ele e para toda a sociedade.
Por essa razão, o abandono dos valores judaico-cristãos tem levado a cultura ocidental a uma verdadeira destruição, por meio do incentivo ao egocentrismo, hedonismo, liberação sexual e outros comportamentos prejudiciais.
I – Os Ímpios e suas Depravações (2.10,11)
Com tenacidade e coragem, Pedro passa a descrever as características ímpias dos falsos mestres, os quais estão destinados ao Dia do Juízo.
Em primeiro lugar, eles andam em concupiscências de imundícia (ARC), ou segundo imundas paixões (ARA).
Em virtude da condição caída do homem, todos nós possuímos a propensão de seguir o desejo da carne. No caso dos ímpios, Pedro deixa transparecer que não se tratava de uma falha moral isolada, mas uma prática contínua e deliberada, visto que a expressão “andam” denota uma prática voluntária e constante.
Nesta condição, a pessoa se entrega a uma vida sexual desregrada, apresentando o seu corpo como instrumento de iniquidade (Rm 6.13; Rm 1.18-32).
As duras palavras proferidas por Pedro e por Judas evidenciam que naquele contexto os falsos mestres incentivavam a promiscuidade e as práticas sexuais pervertidas, dizendo se tratar de rituais sagrados.
Essa conduta se parecia bastante com aquilo que acontecia com os falsos deuses do Antigo Testamento, que conduziam o povo à imoralidade e prostituição.
A falsa doutrina leva o homem à depravação moral. Nas palavras de Matthew Henry: “Opiniões nocivas são com frequência acompanhadas de práticas nocivas; e os que são a favor de propagar o erro são a favor de refinar a maldade” i. Assim como as ideias têm consequências, os falsos ensinamentos religiosos também.
Em segundo lugar, os falsos mestres menosprezam as autoridades. Enquanto os crentes são ensinados a serem obedientes e respeitosos com os ocupantes do poder governamental, familiar ou eclesiástico, os ímpios são insubordinados e rebeldes, agindo com desprezo às dominações.
Elas não sentem nenhum temor e respeito diante daqueles que se encontram numa posição superior, nem mesmo quando se trata de assuntos divinos ii.
No verso 10, Pedro pode estar se referindo ao desprezo dos ímpios aos líderes da igreja ou até mesmo aos poderes angelicais do mundo espiritual.
Em todo o caso, essa atitude expressa uma insubmissão típica de uma rebelião moral do homem em face das autoridades estabelecidas por Deus. Segundo Michael Green, é da natureza dos falsos mestres agir desta maneira.
Eles são dominados pela vontade própria, pois “em última análise o próprio-eu é tudo quanto lhe importa.
O inferno dele é isto: que seu mundo vai-se encolhendo, até que a única coisa que lhe sobra é o próprio-eu que ele mesmo corrompeu” iii.
Em terceiro lugar, os falsos mestres também são atrevidos e difamadores. O homem ímpio, dominado pelo pecado, é petulante, prepotente e orgulhoso.
A interpretação de que a passagem esteja se referido aos seres espirituais, ganha força com o verso 11 (ver também Jd v.9), quando Pedro emprega uma espécie de comparação:
“enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor”.
Craig Keener registra que diversos textos judaicos mencionam indivíduos que dirigiam insultos às estrelas do céu e xingavam Satanás ou os demônios iv.
Nesse entendimento, Roger Stronstad sustenta que Pedro está contrastando os homens atrevidos e obstinados com os anjos, considerados por ele como “maiores em força e poder”, os quais não ousaram fazer acusações contra seres celestiais na presença do Senhor.
Basta nos lembrarmos, afirma Stronstad, dos pregadores que “sapateiam na cabeça do Diabo” ou discutem com este em frente às câmeras, para perceber que isso também acontece hoje em dia” v.
II – Comportamentos Decorrentes dos Falsos Ensinos
Irracionalidade animal (2.12)
No verso 12 Pedro prossegue dizendo que os falsos mestres são “como animais irracionais, feitos para serem presos e mortos”.
Noutras palavras, eles são como bestas selvagens que seguem o seu próprio instinto. A denúncia do apóstolo é forte, demonstrando a natureza imoral dos ímpios.
Apesar de se dizerem portadoras de um tipo especial de conhecimento, tais pessoas vivem na completa ignorância, dominadas pelos seus próprios impulsos.
A afirmação de Pedro claramente expõe o hedonismo praticado e ensinado pelos mestres da impiedade.
Enquanto os cristãos são admoestados a experimentarem o sofrimento com sabedoria, dentro do bom propósito de Deus, conforme vimos na primeira epístola petrina, os hedonistas sustentam que a coisa mais importante da vida é a conquista do prazer e a fuga ao sofrimento. O hedonista não é dirigido por aquilo que é correto, mas por aquilo que lhe trará prazer.
Segundo Myer Pearlman, é sobre essa teoria que se baseia o ensino moderno de “auto-expressão”. Em linguagem técnica, o homem deve “libertar suas inibições”, em linguagem simples “ceder à tentação porque reprimi-la é prejudicial à saúde”.
Naturalmente, isso muitas vezes representa um intento para justificar a imoralidade. Mas esses mesmos teóricos não concordariam em que a pessoa desse liberdade às suas inibições de ira, ódio criminoso, inveja, embriaguez ou alguma outra tendência similar” vi.
Segundo Pearlman, “no fundo dessa teoria está o desejo de diminuir a gravidade do pecado, e ofuscar a linha divisória entre o bem e o mal, o certo e o errado.
Representa uma variação moderna da mentira antiga: “Certamente não morrerás”. E muitos descendentes de Adão têm engolido a amarga pílula do pecado, adoçada com a suposta suavizante segurança: “Isto não fará dano algum.”vii
Não bastasse a luta interna contra o desejo da carne, o mundo caído também tenta nos convencer que seguir tais desejos é a melhor coisa a se fazer.
Filmes que valorizam as relações sexuais irresponsáveis, novelas que defendem a promiscuidade sexual e propagandas vulgares de mulheres seminuas o provam isso.
Nas palavras de C. S. Lewis: “Os demônios que nos tentam e a propaganda a favor da luxúria associam-se para nos fazer sentir que os desejos aos quais resistimos são tão naturais, saudáveis e razoáveis que essa resistência é quase uma perversidade e anomalia.
Cartaz após cartaz, filme após filme, romance após romance associam a ideia da libertinagem sexual com as ideias de saúde, normalidade, juventude, franqueza e bom humor”. Contudo, diz Lewis: “Essa associação é uma mentira” viii.
É certo dizer que Deus dotou o ser humano com vários instintos capazes de habilitá-lo para a vida terrena, a exemplo dos instintos de auto-preservação, aquisição, alimentação, reprodução e domínio.
Todavia, apesar de Deus ter concedido tais instintos ao homem, não quer isso dizer que o homem deva ser governado por tais impulsos, como se fossemos reféns de nossos próprios desejos.
E é exatamente aqui que entra a consciência moral implantada por Deus em cada pessoa, com o senso do certo e do errado.
Enquanto os animais vivem pelo instinto, os seres humanos criados à imagem de Deus devem seguir a consciência moral, em sintonia com a vontade do Senhor.
Portanto, ao comparar os falsos mestres aos animais irracionais, Pedro tinha em mente o comportamento hedonista e pervertido demonstrado por eles.
Mathew Henry diz que “os homens, sob o poder do pecado, estão tão distantes de observar a revelação divina que não exercitam a razão, muito menos agem de acordo com ela” ix.
Segundo Henry, “animais irracionais seguem o instinto dos seus apetites sensuais, e o homem pecaminoso segue a inclinação da sua mente carnal; eles se negam a usar a compreensão e a razão que Deus lhes deu, e assim são ignorantes do que podem e devem fazer” x.
Pedro ressalta que eles foram “feitos para serem presos e mortos”. De acordo com Kistemaker, Pedro usa essa ilustração para deixar evidenciar que o ser humano não nasceu para ser capturado e morto, mas para viver em liberdade e no conhecimento espiritual, na dependência total de Deus xi. Mas, ao viverem segundo seus instintos, afastados de Deus, eles hão de perecer.
Hedonismo (2.13,14)
Pedro diz que tais pessoas receberão o galardão da justiça, significando que serão pagos com o mal pelo mal que fizeram. Temos aqui a aplicação da lei da semeadura:
“o homem colhe aquilo que semeia” (G1 6.7), de sorte que os falsos mestres receberão o salário de suas más condutas. E o resultado do pecado é a morte.
Tais condutas são exemplificadas logo em seguida: “… pois que tais homens têm prazer nos deleites cotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco” (v.13).
Pedro está denunciando que a devassidão era tamanha que os homens se entregavam à luxúria carnal em pleno dia. Eles gostam de farras extravagantes.
É preciso concordar com Warren Wirsbe quando afirma que “os apostatas regalam-se com essa vida de luxo à custa dos que os sustentam (2 Pe 2:3)” xii.
Em nossa sociedade, diz Wirsbe, “há quem peça fundos para seus “ministérios” e, ao mesmo tempo, viva em mansões, dirija carros de luxo e vista roupas caras.
Quando lembramos que Jesus se fez pobre a fim de nos tornar ricos, esse estilo de vida extravagante parece destoar completamente do cristianismo do Novo Testamento”.xiii
A igreja deve estar alerta quanto a esses falsos mestres e pseudo-pregadores, que vilipendiam a igreja, vivem às custas da fé alheia e se regalam com as ofertas suadas dos irmãos.
Pedro diz que eles têm “olhos cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza” (v.14).
Primeiro, os falsos mestres não podiam ver uma mulher sem que a pudessem desejar, com interesses adúlteros. Segundo, eram movidos pela avareza, o desejo de possuir. Eles são ambiciosos.
O que fica clara na advertência de Pedro é que tais pessoas se introduziam na comunidade cristã com o objetivo de perverter a fé dos crentes. Pedro está dizendo para ficarmos com os olhos abertos para tais personagens.
III – Apostasia e sincretismo religioso (2.15,16)
Como exemplo do desvio do caminho da verdade, Pedro traz à memória o profeta Balaão, o controverso mensageiro do Antigo Testamento (Nm 22-26).
Apesar de ter aparentemente resistido à proposta de Balaque de amaldiçoar Israel, seu coração ambicionava a recompensa prometida pelo rei moabita.
Atribui-se a ele o fato dos israelitas terem sido seduzidos a adorar Baal e levados a se prostituírem com as mulheres moabitas (Nm 25; Jd v.11; Ap 2.14).
Tornou-se, assim, um péssimo exemplo de apostasia e sincretismo religioso, que tenta misturar a fé cristã com outras religiões.
A tentativa de conciliar diferentes dogmas religiosos é uma marca da presente era, sob o falso argumento de que as várias religiões do mundo são nada mais que aspectos diferentes de uma mesma divindade. Esse argumento tem tirado muitos cristãos do caminho da verdade.
Embora seja nosso dever respeitar as outras religiões, conferindo-lhes a mesma liberdade, não é possível conciliar as doutrinas cristãs com outros dogmas que confrontam diretamente a verdade das Escrituras. Segundo a Bíblia, só existe um caminho que conduz o homem a Deus: Jesus Cristo.
Libertinagem (2.17-19)
O apóstolo afirma que os falsos mestres “são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva” (v.17). Noutras palavras, eles não têm nenhum valor, nenhum alvo e nenhum futuro xiv.
Qual a isca que eles usavam para atrair os incautos? Eles usavam suas falas arrogantes e presunçosas, engodando com as concupiscências da carne e com dissoluções aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro (v.18).
Segundo Michael Green, “a verbosidade pomposa era sua arma para pegar os desprevenidos na armadilha, e a licenciosidade era a isca no seu anzol’ xv.
Apesar de prometerem liberdade, os falsos mestres e os homens impiedosos vivem escravizados pelo pecado (v.19).
Na pós-modernidade, onde impera o relativismo ético e a libertinagem, filosofias e ideologias apregoam e prometem essa mesma libertação do indivíduo, para que sejam “livres das amarras morais” de valores tradicionais e familiares, dizem.
No fim, tais pessoas tornam-se escravas dos seus próprios vícios. Estão fisicamente soltas, mas interiormente aprisionadas! Possuem uma suposta liberdade de escolha, mas não conseguem abandonar as correntes de seus hábitos destruidores. Somente Jesus proporciona verdadeira liberdade!
O Perigo da Apostasia (2.20-22)
Tendo falado sobre o perfil dos falsos doutores, agora o autor sagrado adverte sobre o perigo de se abandonar a verdade. A quem Pedro está se referindo a partir do verso 20, aos recém convertidos ou aos falsos mestres?
A palavra “porquanto” dá a entender que o apóstolo ainda continua a falar a respeito destes falsos mestres, que outrora foram cristãos fieis e ortodoxos xvi, mas que abandonaram o reto caminho do Senhor. No passado, essas pessoas foram membros da igreja e conheceram os ensinamentos da fé cristã xvii.
Como bem observa o comentarista bíblico Simon Kistemaker, embora pareça uma frase condicional, pelo uso da palavra “se”, Pedro está declarando um fato .
“Trata-se de um fato consumado: mes¬mo tendo deixado o mundo momentaneamente, eles voltaram e se corromperam novamente com seu sórdido pecado” xix.
Pedro está convencido de que aquele que um dia esteve liberto e voltou a ser escravizado pelo pecado, a sua situação ficou pior do que dantes.
Isso porque, conforme explica Eldon Fuhrman: “no caso daquele que conheceu a alegria da salvação, mas se desvia do santo mandamento, é como pecar contra luz mais intensa e, consequentemente, estar sujeito a mais castigo do que experimentaria se ‘não tivesse conhecido o caminho da justiça’ (NVI)” xx. Certamente, estas palavras se conectam com que Jesus disse em Mateus 12.43-45.
A advertência de Pedro deixa transparecer que aquele que conheceu ao Senhor Jesus pode perder a salvação, caso seja vencido pela contaminação do mundo.
Não é possível supor que estes que decaíram da fé não tenham sido plenamente convertidos. Também é insustentável a tese de que a passagem em questão esteja se referindo a uma situação hipotética, pois nitidamente Pedro está se referindo a algo real.
A passagem diz claramente que eles chegaram a ter o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus, sem qualquer distinção em relação ao tipo de conhecimento recomendado no início desta carta.
A respeito disso, Daniel Pecota bem observa que nas três vezes que aparece, a palavra traduzida por “conhecer” é a raiz de epiginõskõ, transmitindo a uma plenitude de conhecimento que vai além do conhecimento intelectual xxi.
Em tom semelhante, o escritor da Carta aos Hebreus também dirigiu severas advertências aos seus leitores, especialmente em 6.4-8 e 10.26-31.
Tais passagens confrontam a ideia segundo a qual o verdadeiro crente (eleito) não pode perder a salvação, baseada na chamada “perseverança dos santos”.
Não fosse assim, Deus não nos teria deixado diversas advertências sobre o cuidado com a fé e a manutenção no caminho da verdade (Rm 11.17-24; 1 Co 10.12; 1 Tm 1.19; Hb 6.4-6; 1 Pe 1.1-20).
Como bem escreveu o saudoso Antônio Gilberto, “o crente está seguro quanto à sua salvação enquanto permanecer em Cristo (Jo 15.1-6).
Não há segurança fora de Jesus e do seu aprisco. Não há segurança espiritual para ninguém, estando em pecado (cf. Rm 8.13; Hb 3.6; 5.9). Jesus guarda o crente do pecado; e não no pecado xxii.
Obviamente, isso não significa dizer que o cristão possa perder a sua salvação por qualquer motivo. Aqueles que pensam desta maneira ignoram o poder da graça e do sangue de Cristo, vivendo com enorme insegurança espiritual.
Silas Daniel destacou bem ao dizer que existem dois erros extremados sobre o tema da segurança da salvação:
o primeiro é pensar que, não importa o que façamos de errado, uma vez que tenhamos em Cristo, não podemos perder a salvação;
o segundo erro é pensar que qualquer mínimo erro que possamos cometer fará com que percamos a salvação.
Segundo Silas Daniel, para entendermos bem este tema precisamos responder primeiramente à seguinte questão:
De quem depende a salvação? Se a salvação depende de nós, então podemos perdê-la facilmente. Mas não é esse o caso, visto que ela depende de Deus, e “Ele concede todos os meios pela sua graça para garantir a segurança de nossa salvação, de maneira que é muito difícil alguém se perder eternamente” xxiii.
Outro pergunta importante que deve ser respondida em relação a este tema, segundo Silas Daniel, é a seguinte:
Não obstante Deus garantir a nossa salvação, é possível a própria pessoa resistir à ação da graça em sua vida e deliberadamente perder-se?
Silas Daniel responde positivamente a esta pergunta, à luz das Escrituras (Lc 8.13; Ap 22.19). Isso é chamado de apostasia.xxiv
Ao dizer que “melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado” (v.21), o apóstolo não está incentivando algum tipo de ignorância.
A sua intenção é advertir para os perigos da apostasia. Este termo, proveniente do grego apostásis, significa o abandono consciente e premeditado da fé que nos foi revelada por intermédio de Nosso Senhor Jesus Cristo (1 Tm 4.1).
É preciso esclarecer que a apostasia da qual Pedro está a tratar não se confunde com o desvio da fé passível de retorno aos braços do Pai por meio do genuíno arrependimento (Rm 11.21-23; 2 Co 12.21; Tg 5.19).
Silas Daniel chama de apostasia comum esse desvio da fé. Tal tipo de apostasia pode ser revertida pelo arrependimento sincero como a Bíblia demonstra fartamente (Lc 15.11-32; 1 Co 5.5; Gl 4.19).
Conforme explica Silas Daniel: “A apostasia irremediável é resultado de um profundo e consciente afastamento de Deus, onde o coração chegou a um estado de endurecimento tão grande em relação a Deus que seu retorno para Ele é simplesmente impossível” xxv.
Com efeito, a perda da salvação pela apostasia é afirmada como possível e real, e não como hipotética, em muitas passagens das Escrituras xxvi (Mt 7.21-23; 24.12,13; Lc 9.62; 17.32; Jo 15.6; Rm 11.17-21; 1 Co 9.27; Hb 3.6,12,14 etc).
A gravidade é tão grande que Pedro cita o provérbio: O cão voltou ao seu próprio vômito; a porca lavada, ao espojadouro de lama.
Conclusão
É realmente lamentável saber que uma pessoa que um dia conheceu a verdade, que tenha escapado das corrupções do mundo, tenha se deixado contaminar novamente pelo engano, a ponto de se transformar num produtor e disseminador de heresias.
Diante disso, resta-nos mantermos alertas e vigilantes, sempre dependendo da graça do Senhor, para que prossigamos a caminhada com Cristo.
Fonte: http://www.escoladominical.com.br/home/licoes-biblicas/subsidios/jovens/1691-li%C3%A7%C3%A3o-12-a-impiedade-decorrente-dos-falsos-ensinos.html
Notas e referências do Capítulo 12
Que Deus o(a) abençoe.
Telma Bueno
Editora Responsável pela Revista Lições Bíblicas Jovens
i HENRY, Matthew. Comentário Bíblico: Novo Testamento – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 896.
iiARRINGTON; STRONSTAD, 2015, p. 937.
iii GREEN, 1983, p. 100, 101.
iv KEENER, 2017, p. 828.
v ARRINGTON; STRONSTAD, 2015, p. 937.
vi PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 1997, p. 85.
vii Ibid., p. 86.
viii LEWIS, 2005, p. 75.
ix ARRINGTON; STRONSTAD, 2015, p. 897.
x ARRINGTON; STRONSTAD, 2015, p. 897.
xi KISTEMAKER, 2006, p. 400.
xii WIRSBE, 2007, p. 585.
xiii WIRSBE, 2007, p. 585.
xiv BRUCE, 2008, p. 2178.
xv GREEN, 1983, p. 111.
xvi GREEN, 1983, p. 113.
xvii KISTEMAKER, 2006, p. 418.
xviii KISTEMAKER, 2006, p. 418.
xix KISTEMAKER, 2006, p. 418.
xx FUHRMAN, 2016, p. 275.
xxi HORTON, Stanley. Teologia sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 728.
xxii GILBERTO, Antônio e outros. Teologia sistemática pentecostal. 2. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 373.
xxiii DANIEL, 2017, p. 457.
xxiv DANIEL, 2017, p. 458.
xxv DANIEL, 2017, p. 459.
xxvi DANIEL, 2017, p. 462.