Juvenis – Lição 2-Oseias – o Relacionamento de Deus com seu Povo
O livro de Oseias mostra as tristes consequências do pecado, mas a disposição firme de Deus, em virtude de Seu amor, restaurar o pecador.
INTRODUÇÃO
– Iniciando o estudo dos doze profetas menores, veremos hoje uma visão panorâmica do livro de Oseias, o primeiro destes livros no cânon da Bíblia.
– O livro de Oseias mostra as tristes consequências do pecado, mas a disposição firme de Deus, em virtude de Seu amor, restaurar o pecador.
I – O LIVRO DE OSEIAS
– Em hebraico, “Oshea”, que significa “Jeová é salvação”. O ministério deste profeta é considerado o mais longo de todos os profetas do Antigo Testamento e durou desde o reinado de Jeroboão II no reino do norte até depois da própria destruição do reino do norte, já no tempo de Ezequias no reino de Judá.
– O reinado de Jeroboão II é o mais longo de todos os reis de Israel (reino do norte), tendo durado 41 anos (II Rs.14:23), tendo Israel alcançado, neste reinado, o seu último momento de prosperidade. O final deste reinado dá início ao processo de decadência irrerversível do reino do norte que culminou na sua completa destruição pelo rei da Assíria, Salmaneser (II Rs.17:6), apenas 21 anos e 7 meses depois da morte de Jeroboão II.
– Não se sabe, diante de um reinado tão longo, quando Oseias começou efetivamente o seu ministério profético no reino de Israel, mas, como em Os.1:1, é dito que ele profetizou nos dias de Uzias, rei de Judá, temos que considerar que o ministério dele não se iniciou antes do 27º ano de Jeroboão II, pois foi neste ano que Uzias começou a reinar em Judá (II Rs.15:1),
o que nos permite inferir que o ministério de Oseias tenha perpassado, pelo menos, os 51 anos do reinado de Uzias (II Rs.15:2), os 16 anos do reinado de Acaz (II Rs.16:2) e, pelo menos, mais de 6 dos 29 anos de reinado de Ezequias (II Rs.18:2), ou seja, um período não inferior a 73 anos.
– Este profeta assistiu a toda esta agonia e morte do reino do norte, tendo sido a voz escolhida por Deus para trazer a última mensagem de arrependimento àquele povo obstinado.
Como homem de Deus, a exemplo do que ocorreria posteriormente no reino do sul (Judá) com Jeremias, não só Oseias profetizou a respeito da iminente destruição do povo, como foi testemunha ocular e, mais do que isto, sobreviveu a esta destruição, pois, em Os.1:1 é dito que seu ministério durou até os dias de Ezequias, rei de Judá,
que começou a reinar no terceiro ano do último rei de Israel, que também se chamava Oseias (II Rs.18:1) e tudo leva a crer, portanto, que seu ministério persistiu ainda após a destruição de Israel, já que Ezequias reinou 29 anos (II Rs.18:2), ou seja, 23 anos após a destruição do reino do norte.
– Falar em datas da cronologia bíblica é algo extremamente complicado, ante a diversidade encontrada, de forma que, quando muito, podemos dar apenas datas aproximadas e, mesmo assim, como temos visto, não sabemos exatamente quando, a partir do 27º ano de Jeroboão II, Oseias iniciou seu ministério, como também não sabemos em que ano do reinado de Ezequias ele findou sua peregrinação terrena.
– Edward Reese e Franklin Klassen, co-organizadores da “Bíblia em ordem cronológica”, publicada entre nós pela Editora Vida, data a mensagem de Oseias a partir do ano de 770 a.C., mensagem esta referente aos três primeiros capítulos de Oseias que, como veremos infra, é a primeira parte do livro, época em que Oseias teria sido contemporâneo do profeta Amós.
Há, mesmo, quem entenda que o chamado de Oseias esteja relacionado com o impacto que a mensagem de Amós teve na vida do profeta, já que Amós, embora fosse do natural do reino de Judá, foi chamado por Deus para profetizar no reino do norte (Am1:1).
– Segundo estes estudiosos, o capítulo 4 de Oseias, que dá início à segunda parte do livro, teria sido uma mensagem proferida logo após a morte de Jeroboão II, por volta do ano de 762 a.C. O quinto e sexto capítulos seriam mensagens proferidas por volta dos anos 727 e 726 a.C., já no segundo para o terceiro reinado de Oseias, o último rei de Israel, antes de ele se tornar tributário do rei da Assíria (II Rs.17:3).
– Por fim, o restante do livro, que diz respeito aos capítulos 7 a 14, seria composto de mensagens proferidas pelo profeta a partir do ano 724 a 721 a.C., após o rei da Assíria, Salmaneser, ter feito do rei Oseias um tributário, ou seja, um rei que era obrigado a entregar tributos periodicamente ao rei assírio,
inclusive durante o período de três anos em que Samaria foi cercada antes de ser invadida por Salmaneser, que acabou levando cativos todos os israelitas para a Assíria, destruindo o reino (II Rs.17:4-6). Segundo estes estudiosos, portanto, o livro de Oseias abarca um período de 51 anos do ministério do profeta Oseias.
– Este longo ministério profético de Oseias já é um sinal divino a nos indicar a longanimidade do Senhor e a Sua disposição em sempre receber de braços abertos todo pecador que se arrepende de seus pecados. Deus é longânimo (Nm.4:18; Sl.103:8; Jn.4:2; II Pe.3:9) e tardio em Se irar (Ex.34:6; Ne.9:17; Jl.2:13; Na.1:3), pois não tem prazer na morte do ímpio, desejando, antes, a sua conversão (Ez.18:23; 33:11).
– É dentro desta característica divina que devemos interpretar o famoso provérbio popular “Deus tarda, mas não falha”. Muitos entendem este dito como sendo possível que Deus Se atrase temporalmente. Deus nunca Se atrasa, sempre age no tempo certo.
O que é tardio em Deus é a Sua ira, ou seja, Deus sempre posterga o máximo a oportunidade para que o homem se arrependa e não venha a sofrer as consequências dos seus pecados, pois quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade (I Tm.2:4). Assim, este dito seria melhor expresso se dissesse: “A ira de Deus tarda mas não falha”.
– Deus deu a Oseias um ministério longo porque ele era o último porta-voz do Senhor para as dez tribos do reino do norte a fim de que elas se arrependessem de seus pecados e, desta maneira, não viessem a ser destruídas por causa deles.
Desde o início do reino do norte, com Jeroboão I, o povo havia abandonado o culto a Deus e se dedicado ao culto dos bezerros que Jeroboão I edificara em Dã e Betel (I Rs.12:26-33), pecado que perdurou durante toda a história do reino do norte e que foi o motivo principal da destruição daquele reino (II Rs.17:20-23).
– Vemos já neste ponto a atualidade do livro de Oseias. Assim como nos dias do profeta, também vemos muitos dos que cristãos se dizem ser, que se constituem no povo de Deus desta dispensação, igualmente em situação espiritual reprovável, que, a exemplo das dez tribos do norte, abandonaram os princípios da Palavra de Deus e estão a cultuar “bezerros”, estão a servir a Deus “do seu jeito”, em total contrariedade às Escrituras.
– Deus, também, a exemplo do que fez com Israel, tem levantado homens de Deus para protestar contra este estado de coisas, trazendo uma mensagem de arrependimento ao povo, mas, também, a exemplo do que ocorreu com Oseias, o povo não tem dado ouvidos a estas mensagens, considerando-as “ultrapassadas”, “radicais” e “retrógradas”.
– Assim como Oseias, os verdadeiros e genuínos cristãos estão atônitos, em situações de muito sofrimento, inclusive pessoal, como é o caso do próprio Oseias, como havemos de ver infra, buscando, de todas as maneiras, levar o povo ao arrependimento, mas, como ocorreu nos dias de Oseias, poucos, pouquíssimos serão aqueles que darão ouvidos à voz do Senhor.
Queira o Senhor que estejamos entre estes que constituem “o pequeno rebanho do Senhor” (Lc.12:32) e, como o profeta, sejamos poupados da destruição que sofrerá o povo impenitente.
– A mensagem do livro de Oseias é uma mensagem de declaração de amor de Deus ao povo do reino do norte, um convite à restauração em meio a uma corrupção desmedida, que acabaria levando o reino de Israel à destruição, por sua impenitência.
– Não é por outro motivo que, dentro do objetivo traçado pelo ilustre comentarista e pelo Setor de Educação Cristã da CPAD, para que estudemos os profetas menores neste trimestre sob o prisma das “advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo”, tenha ele enfatizado, no livro de Oseias, o aspecto da fidelidade no relacionamento com o Senhor.
– Oseias foi levantado por Deus para que anunciasse ao povo das dez tribos do norte que, apesar de sua infidelidade continuada, durante toda a existência do reino, Deus ainda queria perdoá-los e manter, com eles, um relacionamento profícuo.
Deus não havia Se esquecido de Sua promessa de fazer de Israel Sua propriedade peculiar dentre todos os povos e reino sacerdotal (Ex.19:5,6) mas, para tanto, era necessário que Israel também cumprisse a sua parte, sendo fiéis aos mandamentos que o Senhor dera ao povo por intermédio de Moisés.
– O livro de Oseias mostra-nos, com absoluta clareza, que Deus é fiel, não pode negar-Se a si mesmo (II Tm.2:13), mas que, se formos infiéis, apesar de isto em nada alterar a fidelidade do Senhor, por causa desta mesma fidelidade, sofreremos as consequências já pré-anunciadas pelo Senhor ao Seu povo, o que, para Israel, implicava na perda da posse da Terra Prometida (Dt.28:58-68).
– O livro de Oseias, que tem 14 capítulos, pode ser dividido em duas partes, a saber:
a) 1ª parte – a esposa prostituída de Jeová é repudiada – Os.1-3
b) 2ª parte – a esposa, objeto do amor de Deus – Os.4-14
– Em Oseias, Deus revela todo o Seu amor para com o Seu povo e Seu desejo de restaurá-l’O. Lamentavelmente, o povo do reino do norte não correspondeu a este amor que se revelou através da mensagem profética de Oseias e acabou sendo destruído.
OBS: “O Livro de Oseias ante o Novo Testamento – Diversos versículos de Oseias são citados no NT:
(1) o Filho de Deus é chamado do Egito (11.1; cf. Mt.2.15);
(2) a vitória de Cristo sobre a morte (13.14; cf. 1 Co.15.55);
(3) Deus deseja a misericórdia, e não o sacrifício (6.6; cf. Mt.9.13; 12.7; e
(4) os gentios que não eram o povo de Deus, passam a ser Seu povo (1.6,9-10; 2.23; cf. Rm.9.25,26; 1 Pe.1.10).
Além dos trechos específicos, o NT expande o tema do livro – Deus como o marido do Seu povo – e diz que Cristo é o marido de Sua noiva redimida, a Igreja ( ver 1 Co.11.2; Ef. 5.22-32; Ap.19.6-9; 21.1,2,9,10).
Oseias enfatiza a mensagem do NT a respeito de se conhecer a Deus para se entrar na vida (2.20; 4.6; 5.15; 6.3,6; cf. Jo.17.1-3).
Juntamente com esta mensagem, Oseias demonstra claramente o relacionamento entre o pecado persistente e o juízo inexorável de Deus. Ambas as ênfases são resumidas por Paulo em Rm.6.23:
‘Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.” (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, p.1272).
” Cristo Revelado – Os escritores do NT descrevem Oseias como o responsável por ensinar a vida e o ministério de Cristo.
Mateus vê, em 11.1, uma profecia que foi cumprida quando Jesus, quando bebê, foi literalmente levado e trazido do Egito, um paralelo com a longa estada de Israel no Egito e o êxodo (Mt.2.15).
O escritor da Epístola aos Hebreus acha em Jesus Aquele que capacita os crentes a oferecerem sacrifícios aceitáveis de louvor pelos quais nós nos tornamos recipientes do perdão misericordioso de Deus (14.2; Hb.13.15).
A Pedro, Jesus provê a base pela qual aqueles que estavam fora da família de Deus agora são admitidos a um relacionamento com Ele (1.6,9; 1 Pe.2.10).
A Paulo, Jesus cumpre a promessa de Oseias de que Alguém quebraria o poder da morte e da sepultura e traria a vitória da ressurreição (13.14; 1 Co.15.55).
Os ensinamentos de Paulo acerca de Cristo como o Noivo e a Igreja como a noiva correspondem à cerimônia de casamento e os votos pelos quais Deus entra num permanente relacionamento com Israel (2.19-20; Ef.5.25-32). Jesus, também, em pelo menos dois de Seus sermões aos fariseus, tira Seu texto de Oseias.
Quando questionado acerca da Sua permanência no lar dos pecadores e cobradores de impostos, Jesus cita Oseias para mostrar que Deus não deseja apenas palavras vazias ou rituais desumanos, mas um cuidado genuíno e preocupação com as pessoas (6.6; Mt.9.13).
E, quando os fariseus acusam os discípulos de Jesus de violar o sábado, Jesus os defende com o mesmo lembrete de que o coração de Deus coloca o interesse pelas necessidades humanas acima de formalidades religiosas (Mt.12.7).” (BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, p.852).
– Segundo Finis Jennings Dake (1902-1987), o livro de Oseias tem
14 capítulos,
197 versículos,
16 perguntas,
26 ordenanças,
10 promessas,
298 predições,
152 versículos de profecia, sendo 17 versículos de profecias nãocumpridas e
134 versículos de profecias cumpridas e
10 mensagens distintas de Deus.
– Segundo alguns estudiosos, o livro de Oseias, o 28º livro da Bíblia, está relacionado com a 6ª letra do alfabeto hebraico, “vav” (ו), cujo significado é de “unha”, “cravo”, “prego”, “gancho”, “colchete”, bem como letra que é utilizada como o conectivo da língua hebraica (“e”).
O livro, então, falaria da conexão entre Deus e os homens, da necessidade que há de união entre Deus e os homens, o que se dá tão somente pela conversão.
Esta ligação somente foi possível diante da humilhação de Cristo, que Se fez homem e foi até a cruz, algo que teria sido tipificado na grande humilhação de Oseias que, como profeta, foi se tornar marido de uma prostituta cultual.
II – A PRIMEIRA PARTE DO LIVRO DE OSEIAS – A ESPOSA PROSTITUÍDA DE JEOVÁ É REPUDIADA
– O profeta Oseias não foi levantado por Deus apenas para anunciar a mensagem de arrependimento ao povo do reino de Israel (o reino do norte) ante a iminente destruição que estava para vir.
– Oseias foi um dos profetas que Deus escolheu para que, com a sua própria vida, fosse um sinal da mensagem que estava a anunciar.
A primeira etapa do ministério do profeta, pois, que vimos supra se desenvolveu ainda durante o reinado de Jeroboão II, não foi uma mensagem verbal, mas uma verdadeira atitude de vida, a fim de que o profeta “sentisse na própria pele” o que Deus estava a sentir pela infidelidade do Seu povo.
– Pouco se sabe sobre a vida deste profeta, havendo quem identifique seu pai como sendo um príncipe rubenita (cfr. Os.1:1 e I Cr.5:6), o que, entretanto, é mera especulação.
– Também há quem defenda que Oseias teria sido padeiro (cfr. Os.7:4-9) (posição de N.H. Snaith), o que é refutado por muitos, pois o livro demonstra que Oseias teve excelente educação, o que seria incompatível com o exercício de uma profissão humilde como a de padeiro.
– O fato é que o livro de Oseias se inicia com uma ordem divina ao profeta para que tomasse uma prostituta como sua mulher (Os.1:2), a fim de que Oseias fosse um sinal, no meio do povo de Israel, do que aquele povo estava a fazer com o Senhor, pois, diante do desvio espiritual do povo, o Senhor Se sentia como um marido que se casara com uma mulher de prostituições (Os.1:2).
– Fator que tem causado celeuma entre os estudiosos da Bíblia é a história do casamento de Oseias com uma prostituta, que é o fato que dá início ao livro deste profeta. Muitos não aceitam que um homem de Deus pudesse se casar com uma prostituta e, por isso, interpretam este texto como sendo uma alegoria ou procuram explicações, das mais variadas, a saber:
a) entendem que Oseias teria recolhido Gomer como uma de suas concubinas, como entendeu Tomás de Aquino, mas que, igualmente, não pode ser levada em consideração, pois não há qualquer elemento no texto que permita tal indução.
b) entendem que a mulher mencionada no capítulo terceiro de Oseias não é Gomer, mas outra mulher, uma segunda esposa, daí porque teria sido segregada antes da união com o profeta( cfr. Dt.21:15-17). É a posição de Snaith. É, todavia, uma interpretação que não explica a aplicação do caso concreto às profecias que estarão na sequência do livro.
c) entendem que Oseias teria sofrido de ‘obsessão do sexo’ em sua juventude e, por isso, teria se casado com uma prostituta, o que seria ‘uma ilustração da luta entre a obsessão subsconsciente e a pureza do pensamento consciente, o que resultou no fato de ele ver-se envolvido naquilo que mais aborrecia’ (Oesterley e Robinson).
Entretanto, Heavenor, que é quem apresenta esta posição em o Novo Dicionário da Bíblia(edição em um só volume, p.1159), considera-a “uma ilustração de como se pode enxertar as categorias do moderno estudo psicológico no texto da Bíblia”, dizendo não haver a menor evidência no livro do profeta desta suposta obsessão, sendo que o desgosto do profeta com as extravagâncias sexuais de Israel era tipificamente profética, ou seja, fazia parte da própria mensagem dada por Deus a Israel, nada mais sendo do que a condenação da idolatria reinante.
d) entendem que Gomer teria sido uma prostituta cultual, ou seja, uma mulher que se dedicava à prostituição nos cultos de fertilidade de Baal e Asera, que resolvera abandonar este modo de vida e se casar com Oseias mas que, posteriormente, não resistiu e retornou à vida antiga.
OBS: “…Há forte probabilidade de que Gomer não fosse prostituta por ocasião de seu matrimônio, tendo posteriormente se voltado ao adultério e à imoralidade, talvez como prostituta no templo de Baal.
Ao abandonar ao Senhor, ela não somente foi levada à adoração falsa, mas também ao rebaixamento dos padrões morais. Hoje se pode ver o mesmo padrão de vida imoral sempre que o povo de Deus se desvia da genuína dedicação ao Todo-Poderoso…”( Bíblia de Estudo Pentecostal, nota a Os.1:1, p.1273)
– O que existe, de pronto, é um dogmatismo, ou seja, um preconceito de estudiosos da Bíblia que veem no histórico do casamento de Oseias uma ofensa a princípios que, na verdade, não foram inobservados.
Deus mandou que Oseias se casasse com Gomer, mas isto não era pecado, pois não mandou que fornicasse ou se prostituísse com a mulher, mas que com ela se casasse.
Neste casamento, não havia, portanto, já que não conste que Gomer fosse casada, qualquer pecado. Raabe, outra meretriz mencionada na Bíblia, consta, inclusive, da genealogia de Jesus (Mt.1:5).
– Não é por isso, entretanto, que iremos dizer que um cristão possa se casar com uma prostituta, se esta não deixou sua vida de pecados, pois não pode haver, entre nós, o jugo desigual, visto que não há comunhão entre a luz e as trevas – II Co.6:14-18.
– Oseias recebeu um mandado divino para se casar com Gomer, que, certamente, deixou a vida de prostituições, embora, pouco depois, retornasse a esta vida, tudo isto com um propósito: o de demonstrar a infidelidade espiritual de Israel bem como o grande amor de Deus.
– Oseias foi o primeiro profeta a figurar o relacionamento de Deus com o Seu povo com o casamento, o primeiro a apresentar como base do relacionamento entre Deus e o homem como sendo o amor, o que, posteriormente, seria largamente utilizado para se referir tanto a Deus com Israel, como entre Cristo e a Igreja (cfr. Ef.5:22-32, Ap.19:7; 22:17)
OBS: “…Oseias foi o primeiro profeta a fazer largo uso do adultério como metáfora da infidelidade de Israel a YHVH.
A infiel mulher de Oseias é apresentada duas vezes (caps.1 e 3) como símbolo alegórico do afastamento do povo da religião. YHVH é o marido enganado; Israel é a adúltera que deve ser punida por ingratidão. O povo busca outros ‘amantes’, os Baals (deuses cananeus), atribuindo-lhes a fertilidade na agricultura e outros favores concedidos pelo próprio YHVH…”(JUDAICA, v.1, p.75)
– Os filhos deste trágico relacionamento também receberam nomes proféticos. O primeiro filho foi chamado Jizreel, que quer dizer, “Deus espalhará”.
Era o anúncio do término da dinastia de Jeú, que se consolidara em Jizreel (II Rs.9:24-37) , mas sem que houvesse observância da palavra do Senhor. Não só a dinastia, mas o próprio reino seria destruído não muito tempo depois da queda desta casa real (Dt.28:62-68).
– O segundo filho, uma filha, foi chamada Ló-Ruama, que quer dizer “não compadecida”, “desfavorecida” demonstra que o povo de Israel seria destruído sem compaixão de Deus, visto que não atendera ao seu chamado para o arrependimento (Ex.33:19; Rm.9:15,16);
– O terceiro filho, um menino, foi chamado de Ló-Ami, que quer dizer “não-meu-povo”, apontava para o término do pacto entre Deus e Israel, em virtude da infidelidade, a prenunciar o surgimento de um novo povo que passaria a ter a bênção de Deus (cfr. Mt.21:33-46; Jo.1:11-13; Rm.9:24-33).
OBS: “…Os filhos de Oseias recebem nomes simbólicos. O primeiro, ‘Jezreel’, é assim chamado pelo lugar em que Jeú massacrou a família do rei Acab (2 Reis 10:11), feito violento que o profeta presumivelmente desaprova.
O segundo, ‘Sem Misericórdia’, significa que Deus já não pode amar seu povo’; o terceiro, ‘Não meu povo’, é expressão da total condenação de Deus…” (SELTZER, Robert M. In: A JUDAICA, v.1, p.75).
“…Acredita-se que o terceiro filho de Gomer, um menino chamado ‘Lo-Ami’ (que significa ‘não meu povo’) não fosse de Oseias.
O nome da criança simbolizava a quebra do relacionamento pactual em consequência da contínua rebelião contra Deus mediante a idolatria.
O povo do Reinodo Norte já não poderia esperar que Deus o abençoasse e o livrasse de seus adversários. Oseias estava aprendendo, através de sua própria angústia, sobre como se achava o coração de Deus por causa dos pecados do povo.”( BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, nota a Os.1:9, p.1273)
“…Notar a progressão nos três nomes: ‘Jezreel’, julgamento ativo; ‘Lo-Ruama’, passiva tolerância’; ‘Lo-Ami’, sem relacionamento.” (BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, nota a Os.1.9, p.853)
– Este episódio mostra-nos, com absoluta clareza, que o fato de Deus ser bom, amoroso e misericordioso, em nada altera o caráter de Deus como um Ser justo e que executa juízo sobre os impenitentes. Deus é amor, mas também é justiça.
Deus ama o pecador, mas abomina o pecado e não tem o culpado por inocente. Por isso, agora, na dispensação da graça (Ef.3:1-12), oferece uma tão grande salvação na pessoa de Jesus Cristo, imerecida mas resultado de Seu grande e imensurável amor (Jo.3:16; Rm.8:35-39; Ef.3:14-19; Lc.4:14-21).
Entretanto, depois de passada esta oportunidade, haverá o juízo de Deus, sem misericórdia, aos que rejeitarem a Jesus (Is.61:2b; Mt.25:11,12,30,41-46; Hb.2:1-4; Ap.6:16,17; 11:18; 14:7-10; 15:1).
OBS: “…O nome ‘Lo-Ruama’ (lit. ‘não é compadecida’ ou ‘ela não recebe compaixão e amor’) significa que Deus, em Sua santidade, declarara ter chegado a hora de cessar a sua longanimidade e acionar a Sua justiça. O juízo finalmente teria de vir contra o povo pecaminoso e rebelde.” (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, nota a Os.1:6, p.1273).
– Vemos, pois, que o profeta Oseias começa pregando para o povo através de sua própria vida, sendo absolutamente fiel ao Senhor e casando com uma mulher de prostituições, a fim de ser, ele próprio, uma figura do relacionamento entre Deus e o reino do norte (Israel).
– Gomer, após ter tido estes três filhos, retornou à vida de prostituições (Os.2:5), desprezando todo o amor que o profeta lhe havia dispensado, já que, além de ter adquirido um lugar na sociedade, e lugar respeitável, pois, de prostituta cultual passara a ser esposa de um profeta, também havia tido filhos, o que, para a mulher israelita, era um sinal de bênção, já que a esterilidade era uma maldição (II Sm.6:20-23).
– Gomer voltou a se prostituir porque quis voltar a ter o luxo que tinha quando era uma prostituta cultual, queria ter acesso às coisas deste mundo que somente os seus “namorados” podiam oferecer, e não um homem como Oseias que, embora não saibamos a sua profissão, naturalmente não pertencia à elite, até porque, como homem de Deus, não era, mesmo, bem visto pela sociedade corrupta do reino de Israel.
– Isto nos mostra claramente que um dos motivos pelos quais os que cristãos se dizem ser saem da presença do Senhor é, sem dúvida, os inúmeros atrativos que o inimigo de nossa alma lança no mundo para poder “capturar” os que estão a servir a Deus.
Não é por outro motivo que o Senhor Jesus disse que não devemos julgar segundo a aparência, mas, sim, segundo a reta justiça (Jo.7:24).
– O mundo oferece aos servos de Deus um “colorido” todo especial. É o “pão, água, lã, linho, óleo e bebidas” que chamaram a atenção de Gomer e que a levaram de volta à prostituição.
De igual modo, muitos que são resgatados pelo Senhor tornam ao pecado, enebriados pelo prazer e gozo oferecidos pelo mundo, esquecendo que tudo o que há no mundo é passageiro e que somente permanece aquele que faz a vontade de Deus (I Jo.2:15-17).
– Nos dias em que vivemos, em que as mensagens audiovisuais são proeminentes, é fundamental que tomemos o cuidado com os nossos olhos, como bem advertiu o Senhor Jesus no sermão do monte, para que não venham as candeias do nosso corpo ser a fonte de densas trevas em nossa vida espiritual (Mt.6:22,23). Tomemos cuidado, amados irmãos!
– O profeta Oseias utiliza-se, em sua mensagem, da própria tragédia pessoal de seu casamento. Assim como Oseias fora traído por sua mulher, o povo de Israel (reino do norte) havia traído a Deus, deixando-O e passando a servir a outros deuses, notadamente os deuses cananeus da fertilidade, cujos rituais imorais e de prostituição bem ilustravam a vida prostituída que passava a ter a mulher de Oseias.
– A mensagem do profeta Oseias, no sentido de “contender com a mãe” (Os.2:2), significa que o remanescente fiel de Israel deveria lutar por uma mudança no estado de coisas, ou seja, os servos do Senhor devem DENUNCIAR o pecado, não se conformar com este mundo (Rm.12:2). Anunciar o Evangelho envolve a denúncia do pecado (Mc.1:14,15; Mt.23:1-3; At.2:37-40).
– A mensagem do Evangelho deve mostrar que o homem está condenado em seus delitos e pecados e que precisa de salvação. Não se deve contemporizar com o pecado, mas, tendo amor e respeito ao pecador, ser clara e contundente na necessidade do arrependimento do homem e na mudança de vida (Gl.1:6-16; I Ts.2:1-5,13-16).
– O pecado de Israel estava em atribuir a divindades, como Baal e Asera, que eram adoradas pelos povos que habitavam a Palestina e que não foram destruídos pelos israelitas em desobediência à ordem divina (Jz.2:1-4), os benefícios que eram resultado da bênção divina. Tudo devemos atribuir a Deus, a quem unicamente pertence a glória e o louvor (Is.42:8; 48:11; At.12:21-23; Ef.3:20,21; 5:20,21; I Ts.5:18; Ap.5).
– Vemos que havia prosperidade material nos dias de Jeroboão II, rei de Israel, ou seja, no início do ministério do profeta Oseias e o povo atribuía este bem-estar a Baal e a outras divindades.
Isto é uma demonstração, das muitas da Bíblia, de que nem sempre o bem-estar material significa comunhão com Deus ou que dificuldades financeiras representem uma demonstração de que a pessoa está em pecado. Não podemos pensar desta maneira, senão correremos risco espiritual (cfr. Sl.73).
– Do mesmo modo, nos dias atuais, não podemos pôr coisa alguma no lugar de Deus. Somente a Deus podemos adorar, sendo completamente errôneo o culto a quaisquer outras entidades, seja qual for a denominação que tiverem (santos, beatos, orixás, guias espirituais, espíritos, anjos, seres iluminados, budas, duendes, mestres ascensionais, profetas etc. etc. etc.). Somente Deus merece adoração (Ex.20:3,4; Dt.5:7,-9; 6:4,5; Mt.4:10; Mc.12:28-34; At.17:22-31).
– Neste ponto, aliás, devemos ter muito cuidado com certas afirmações que têm sido encontradas em nosso meio a respeito dos anjos, pois está havendo verdadeira adoração a anjos em muitos lugares, sem se falar em louvores onde o papel dos anjos é superdimensionado, em total contrariedade aos ensinamentos bíblicos.
Vigiemos e sigamos os conselhos que Paulo deu à igreja em Colossos, que também vivenciou este mesmo tipo de problema (Cl.2:18).
– Apesar da infidelidade de sua mulher Gomer, o Senhor manda a Oseias que a comprasse e a tomasse novamente por mulher (Os.3:1,2).Neste gesto, o Senhor faz Oseias, uma vez mais, representar o papel de Deus no Seu relacionamento com Israel.
– Embora Israel fosse infiel e, na sua infidelidade, tivesse perdido a própria liberdade, não tendo condições sequer de, com suas próprias forças, voltar à comunhão com o Senhor, pois quem comete pecado torna-se escravo do pecado (Jo.8:34), o Senhor promete providenciar um meio, mediante custo próprio, para resgatar o povo pecador.
– Assim como Oseias teve de pagar quinze peças de prata e um homer e meio de cevada para adquirir Gomer e a tomar novamente por mulher, o Senhor teve de pagar o preço do sangue precioso de Cristo Jesus para resgatar não só os israelitas mas todos quantos crerem em Cristo Jesus (Jo.1:12-14; I Pe.1:18,19).
– Este resgate do povo de Israel, entretanto, também resultaria num preço para eles, não só para o Senhor. Pois Gomer, ao ser resgatada, não foi logo devolvida à sua condição de mulher pelo profeta, tendo de passar “muitos dias” sem se prostituir, para que se purificasse de toda a sua imundícia, a fim de que pudesse, novamente, ser do profeta (Os.3:3).
– Da mesma maneira, o Senhor, que já havia prometido o resgate e a restauração de Israel quando da mensagem proferida após o retorno de Gomer à vida de prostituição (Os.2:14-23), afirmou que a restauração de Israel como povo de Deus somente viria após “muitos dias” em que os israelitas ficariam sem rei, sem príncipe, sem sacrifício, sem estátua, sem éfode ou terafim, ou seja, após um longo período em que Israel não teria mais independência como nação, algo, aliás, que foi muito bem compreendido no período do Segundo Templo por homens como Esdras e Neemias (Ne.9:36,37).
– Efetivamente, seja quando da destruição do reino do norte, cujos habitantes se misturaram a outros povos ou, em número reduzidíssimo, acabaram por migrar para o reino do sul (Judá), onde se associaram aos (nos dias de Jesus, inclusive, havia uma profetisa da tribo de Aser, Ana, a demonstrar a existência destes remanescentes – Lc.2:36);
seja quando do cativeiro da Babilônia, quando Judá também sofreu a penalidade por sua impenitência (o que também foi profetizado por Oseias, como vemos em Os.6:11 e 12:2),
nunca mais os israelitas voltaram a ter independência política, passando, sucessivamente, pelos domínios de outros povos, até o ano de 1948, quando restauraram, ainda que sob contestação de muitos povos, o seu “status” de nação independente, mas, ainda, sem que o templo tenha sido reconstruído ou que se tivesse comunicação com Deus (sem sacrifício e sem éfode) e sem que houvesse qualquer manifestação de idolatria (sem estátua e sem terafim).
– A primeira parte do livro de Oseias, portanto, é composta de uma mensagem que é mostrada pela própria vida do profeta. Assim como o profeta teve se de casar com uma prostituta, assim Deus fez Seu pacto com Israel;
assim como o profeta foi abandonado pela prostituta, que voltou à sua vida de prostituições, assim Deus foi abandonado por Israel, que voltou para o pecado; mas, assim como Oseias resgatou sua mulher e, após um determinado período de purificação, fê-la tornar sua mulher novamente, da mesma maneira o Senhor haverá de restaurar Israel e torná-lo, uma vez mais, o povo de Deus na Terra, a propriedade peculiar de Deus entre os povos.
– Vemos, nesta primeira parte do livro, que o Senhor mostra claramente que a Sua fidelidade e os Seus desígnios são inabaláveis e não podem ser impedidos nem mesmo pela infidelidade do homem (Jó 42:2), mas os infiéis são devidamente punidos por Deus que, apesar de ser misericordioso, é justiça (Gn.18:25).
II – A ESPOSA, OBJETO DO AMOR DE DEUS
– Já na primeira parte do livro, formada pelos seus três primeiros capítulos, quando vemos como a vida pessoal e familiar do profeta Oseias torna-se um retrato do relacionamento entre Deus e o reino do norte (Israel), temos que o Senhor, apesar de apontar a imensa infidelidade dos israelitas, não deixa de mostrar o Seu amor e o Seu desejo de que houvesse a restauração.
– Na segunda parte do livro, formada dos capítulos 4 a 14, temos a pormenorizada descrição deste amor de Deus para com o povo, como também a intensidade da infidelidade cometida pelos israelitas e que justificavam plenamente a destruição iminente que se anunciava e que, lamentavelmente, pela dureza de cerviz daquele povo, ocorreu.
– Agora, as mensagens anunciadas pelo profeta não têm mais tipificação na vida do profeta, sendo mensagens dadas aos israelitas, no estilo comum dos profetas.
-, Segundo Reese e Klassen, estas mensagens passaram a ser proferidas após a morte de Jeroboão II, oportunidade em que a prosperidade material existente começa a desaparecer e o país entra em profunda crise político-econômica, já que, após o reinado de Zacarias, o último rei da dinastia de Jeú e que durou apenas seis meses (II Rs.15:8),
os reis que se sucederam foram resultado de rebeliões e golpes de Estado, numa desorganização completa do reino que tão somente facilitou seu domínio pela Assíria, a potência emergente da época.
– Estas mensagens, portanto, vêm corroborar o que já fora dito pelo profeta com reflexo em sua própria vida pessoal e familiar, mas que, talvez, tivesse sido desconsiderado pelo bem-estar material que até então se vivia e que passa a inexistir, problemas estes que, como vemos em Dt.28, eram prenúncios do juízo divino sobre os que não observassem a lei mosaica.
– O Senhor é direto no teor das mensagens que profere por intermédio de Oseias. Diz que há uma contenda entre Ele e os habitantes da terra (Os.4:1), o que nos faz recordar a “contenda contra Gomer” da primeira parte do livro (Os.2:2).
– Por que havia contenda entre Deus e Israel? Porque, em Israel, prevaleciam o perjurar, o mentir, o matar, o frutar, o adulterar e homicídios sobre homicídios (Os.4:2). Em outras palavras: em Israel, prevalecia o pecado.
– A causa da prevalência do pecado, disse o profeta, não era a falta de profetas ou de sacerdotes, pois eles existiam no meio do povo. A causa da prevalência do pecado era a falta do conhecimento de Deus, falta esta que levaria à destruição do povo (Os.4:6).
– Temos nestas palavras de Oseias um paralelismo impressionante com um dos discursos do Senhor Jesus registrados pelo evangelista João, discurso este que alguns editores de Bíblias denominam de “discurso de Jesus sobre a Sua missão” (Jo.8:12-59).
– O Senhor Jesus, neste discurso, também mostra aos judeus que O interpelavam que eles eram pecadores, apesar de se dizerem filhos de Abraão, porquanto cometiam pecados e, por causa disso, haviam se tornado escravos do pecado, tendo por pai o diabo e não Deus.
– Neste discurso, também, o Senhor Jesus foi claro ao mostrar que a única forma de nos libertarmos do pecado e alcançarmos a verdadeira e genuína liberdade é através d’Ele próprio, Filho de Deus que é, e de uma maneira muito especial: mediante o conhecimento da verdade (Jo.8:32), verdade esta que outra não é senão a Palavra de Deus, como deixará claríssimo e explícito em Sua oração sacerdotal (Jo.17:17).
– O povo de Israel rejeitou o conhecimento de Deus, não quis se lembrar da lei do Senhor, antes dela se esqueceu e, por causa desta rejeição, seria destruído (Os.4:6).
– Nos dias em que vivemos, não é diferente. Muitos dos que cristãos se dizem ser (assim como os judeus se diziam filhos de Abraão, mas não no eram, como atesta o próprio Jesus no já mencionado discurso —Jo.8:39,40) também deixam que o pecado prevaleça em suas vidas. Vivem pecando, sem qualquer modificação de conduta ou de atitude, negando, com esta vida pecaminosa, que sejam filhos de Deus, pois quem é nascido de Deus não vive pecando (I Jo.3:9).
– Do mesmo modo que fez o povo de Israel nos dias de Oseias, estes pseudocristãos rejeitaram o conhecimento de Deus, esqueceram-se da Palavra de Deus, vivendo conforme os seus desejos e vontades, deixando de lado tudo quanto se ensina na Bíblia Sagrada.
Não creem na Bíblia, não fazem o que a Bíblia manda, ou seja, em outras palavras, na prática, não têm a Bíblia como única regra de fé e prática.
– Quando não se quer conhecer a Deus, o resultado é a destruição. Nos dias de Oseias, a destruição do povo de Israel foi literal, mas isto era apenas sombra dos dias futuros (Hb.10:1), tipo da destruição espiritual que vivem aqueles que, embora se dizendo cristãos, vivem completamente alheios ao que dita a Palavra de Deus.
– Conhecer a Deus, é bom observarmos, não é o conhecimento intelectual. Conhecer, na Bíblia, tem de ser entendido no sentido hebraico, ou seja, como envolvimento, intimidade (Gn.4:1).
Conhecer a Deus, conhecer a verdade é envolver-se com Deus, envolver-se com a verdade, ter intimidade com Deus, ter intimidade com a verdade.
– O conhecimento de Deus envolve a santificação, que é a separação cada vez maior do pecado, algo que somente se consegue através da Palavra de Deus (Jo.17:17), da oração (I Tm.4:5), do temor a Deus (II Co.7:1) e da participação digna na ceia do Senhor (I Co.11:23-34).
– Os pseudocristãos de nossos dias, que são o antitipo do povo de Israel a quem Oseias profetizava, não meditam nas Escrituras Sagradas, não oram, não temem a Deus e participam indignamente da ceia do Senhor (quando o fazem…) e, como resultado disto, suas vidas são vidas em que o pecado prevalece, onde tudo o que Deus abomina é abundante em suas maneiras de viver.
– A frequência de nossas Escolas Bíblicas Dominicais, de nossos cultos de ensino, de nossos cultos de oração e de vigília (as vigílias sérias e verdadeiras e não estes “shows” que se andam realizando por aí, com finalidade meramente arrecadatória) mostra quão grande é o número destes pseudocristãos, cuja infidelidade é intensa, resultado de sua rejeição em conhecer a Deus.
Vivemos os dias da apostasia e, ao lermos Oseias, devemos tudo fazer para não pertencermos a este grupo, grupo de “quase todos” que já tiveram esfriado o seu amor a Deus (Mt.24:12 ARA), amor este, aliás, que se demonstra pela guarda da Palavra (Jo.14:21,23).
– O resultado da vida pecaminosa de Israel foi a mais pura cegueira espiritual, a entrega não só à luxúria e à maldade, mas, também, à idolatria, de tal sorte que passou a ser um povo sem inteligência (Os.4:11) e sem entendimento (Os.4:14), um povo que é abandonado por Deus à sua própria sorte, por causa de sua rebelião contra Deus (Os.4:17).
– Em nossos dias, não tem sido diferente. Muitos pseudocristãos estão, também, abandonados por Deus por causa da sua continuada infidelidade, por causa da multiplicação de seus pecados, a ponto de já vermos alguns destes abraçarem com gosto e soberba suas paixões infames,
inclusive fazendo apologia do homossexualismo, confirmando, assim, que já se encontram na máxima degradação moral da vida de pecado, como nos mostra o apóstolo Paulo em Rm.1:24-28, assim como o próprio Senhor em Sua mensagem que mandou João deixar registrada à Igreja, quando diz que os sujos se sujarão ainda mais, os injustos cometerão ainda mais injustiça (Ap.22:11).
– A estes pecadores impenitentes, chamados de “transviados”, o Senhor diz que será “a correção deles” (Os.5:2) e, por causa desta atitude de injustiça, todos cairão espiritualmente (Os.5:5). O Senhor afirma que a estes que rejeitarão a Sua mensagem, não haverá saída, tentarão buscar ao Senhor, mas será tarde demais (Os.5:5).
– O Senhor diz que, por terem os israelitas buscado escapar da sua destruição como nação junto ao Egito, então a potência adversária da Assíria, eles seriam consumidos, porquanto não é no homem que está a salvação, mas, sim, em Deus (Os.5:13).
– Neste ponto, ao mesmo tempo em que o Senhor lança a Sua sentença, que não tardaria a ser aplicada, deixa, pela sua misericórdia, uma porta aberta aos israelitas.
Afirma que o Egito não lhes poderia salvar, mas se houvesse “reconhecimento de culpa e busca da face de Deus”, se fosse o Senhor buscado de madrugada, haveria, ainda, uma oportunidade de restauração (Os.5:15).
– Por isso, o profeta convida o povo a vir e se tornar ao Senhor, pois quem havia feito a ferida, podê-la-ia sarar (Os.6:1).
Por isso, o profeta aconselha o povo a que conhecesse e prosseguisse em conhecer ao Senhor, pois, desta maneira, restaurada seria a sua condição espiritual, pois o Senhor Se manifestaria “como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os.6:3).
– O desejo de Deus é que o Seu povo O conheça e, por isso, estava Ele a permitir a destruição do povo. Se, entretanto, o povo tornasse a Ele, experimentaria a misericórdia de Deus, pois Ele quer misericórdia e não, sacrifício (Os.6:6), expressão, aliás,
repetida pelo Senhor Jesus em Seu ministério terreno, seja quando chamou o publicano Mateus para ser Seu discípulo, seja quando respondeu aos fariseus que queriam a condenação de Seus discípulos por terem colhido espigas em dia de sábado (Mt.9:13; 12:7).
– Precisamos ter em mente que Deus, por ser fiel à Sua Palavra, irá executar o juízo sobre os impenitentes, mas que a obra de Jesus, neste mundo, obra esta que estamos a realizar como membros que somos de Seu corpo, que é a Igreja, é uma obra de misericórdia, não de sacrifício.
– Assim, não podemos querer servir a Jesus Cristo neste mundo mediante ofertas e holocaustos, tendo um excelente desempenho em nossos “deveres eclesiásticos”, mas, sim, exercendo o amor de Deus que o Espírito Santo derramou em nossos corações (Rm.5:5).
– O que Jesus quer é que mostremos que temos amor e misericórdia pelos perdidos, que estamos prontos a perdoá-los e a querer que eles peçam perdão a Deus e alcancem a salvação.
Não podemos nos fazer de juízes do próximo, prontos a condená-los e a querer que a “vingança de Deus” caia sobre os pecadores e incrédulos, mas, sim, devemos desejar que eles sejam alvo da misericórdia de Deus, pois era este o sentimento de Cristo, que não veio condenar, mas salvar o mundo (Jo.3:17). Infelizmente, muitos hoje, que se dizem cristãos, são verdadeiros e genuínos fariseus…
– A misericórdia de Deus era uma realidade, mas, também, a impenitência de Israel. Apesar do desejo do Senhor para com aquele povo, eles não queriam saber de Deus, mas, única e exclusivamente de seus pecados, vivendo em maldade, malícia e mentira (Os.7:2-8).
– Apesar do clamor misericordioso de Deus, os israelitas preferiram recorrer ao Egito e à Assíria, não quiseram se humilhar diante de Deus, preferindo ser soberbos, ter uma vida independente de Deus (Os.7:10-16). O resultado foi tão somente a destruição.
– Em nossos dias, não é diferente. O Senhor, através da Igreja, nestes últimos dias da dispensação da graça, tem demonstrado clara e firmemente a Sua misericórdia, inclusive fazendo com que o Espírito Santo atue como nos dias da igreja primitiva, conforme temos visto ao longo do avivamento pentecostal, o mais longo e duradouro avivamento de toda a história da Igreja.
– Entretanto, a imensa e esmagadora maioria dos que cristãos se dizem ser têm preferido voltar suas atenções e vidas para algo que não é o Senhor.
Não meditam nas Escrituras, não oram, não temem a Deus nem têm qualquer cuidado na participação da Ceia do Senhor. Pelo contrário, querem construir uma vida “cristã” repleta de mundanismo e de pecados e a consequência disto tudo outra não será senão a destruição, pois são “incapazes de alcançar a inocência” (Os.8:5).
– A ira de Deus Se manifestaria no meio do povo de Israel como reação ao próprio pecado do povo. “Porque semearam ventos, e segarão tormentas” (Os.7:7 “in initio”); “lavrastes a impiedade, segastes a perversidade, e comestes o fruto da mentira, porque confiaste no teu caminho, na multidão dos teus valentes” (Os.10:13), a mesma lei da ceifa que o apóstolo Paulo reproduzirá em Gl.6:7,8. Amados irmãos, estamos semeando na carne ou no espírito?
– Israel havia se esquecido do seu Criador (Os.8:14), havia preferido os palácios à observância dos mandamentos. Havia preferido as coisas desta vida às coisas celestiais.
Como estamos, amados irmãos? Temos buscado o reino de Deus e a sua justiça, ou temos agido como os gentios, pondo como objetivos de nossas vidas terrenas o comer, o beber e o vestir (Mt.6:31-33)?
– Israel, apesar de, quando menino, ter sido conduzido pelo Senhor, ter sido atraído por Deus com cordas de amor, não conheceram que era Deus que os curava e recusaram se converter (Os.11:1-5), motivo pelo qual cairiam à espada e seriam devorados (Os.11:6).
– Neste ponto, aliás, é importante vermos que, nos dias de Oseias, muitos dos sacerdotes e profetas estavam a tirar vantagem desta vida pecaminosa dos israelitas, assim como os reis e príncipes, que se alegravam na maldade praticada (Os.6:6-8; 7:3).
Da mesma maneira, muitos ministros do Evangelho, em nossos dias, em vez de repreenderem a vida pecaminosa do povo, estão a usufruir deste estado de coisas, a fim de enriquecerem e viverem no luxo, como fazia a elite de Israel. Estes tanto quanto os pecadores serão destruídos, como sucedeu nos dias de Oseias. Será que pertencemos a estes grupos?
– Em virtude de toda aquela infidelidade, mascaradas com “sacrifícios” que eram abomináveis ao Senhor, o próprio Deus diz que faria cessar esta hipocrisia, pois não haveria mais culto algum, não haveria mais aquela aparência de santidade que era desmentida pela vida pecaminosa de cada um dos israelitas (Os.9:1-7).
– Deus faria com que o povo fosse retirado da terra que lhes havia dado, em cumprimento ao que constava do rol das maldições de Dt.28. Cessaria, então, toda a liturgia dos cultos aos bezerros de Dã e de Betel, toda a falsa religiosidade que os israelitas diziam devotar a Deus.
– É precisamente o que ocorrerá com os pseudocristãos. Hoje, dizem-se eles cristãos, têm suas igrejas locais, frequentam os cultos, falam em nome de Deus, mas tudo de forma hipócrita e enganosa.
Chegará o tempo, porém, após o arrebatamento da Igreja, em que até este culto hipócrita será proibido pelo governo do Anticristo e estes pseudocristãos deverão assumir sua vida pecaminosa, adorando a besta e aceitando seu sinal, ou, então, pelo custo de suas próprias vidas, passar a ter uma vida conforme os ditames das Escrituras Sagradas.
Que não pertençamos a este grupo e estejamos livres inteiramente deste período de manifestação da ira de Deus sobre os que rejeitaram a Cristo Jesus, pois estes, tipificados pelos israelitas dos dias de Oseias, serão pessoas que não mais serão amadas pelo Senhor e que serão lançados fora da Sua casa (Os.9:15).
– Outra característica que o profeta Oseias mostra-nos a respeito do povo de Israel é o seu egoísmo: “Israel é uma vida frondosa, dá frutos para si mesmo” (Os.10:1 “in initio”). Para servirmos a Deus, devemos ser apenas ramos da videira verdadeira e darmos fruto para o Senhor (Jo.15:1-6).
– Produzir fruto para si mesmo significa não estar em comunhão com o Senhor, estar alheio à Sua vontade, ter uma vida independente de Deus. Esta é uma característica dos homens que vivem nos dias trabalhosos em que vivemos (II Tm.3:1-4).
Temos renunciado a nós mesmos para sermos discípulos de Jesus (Lc.14:33), ou temos querido que prevaleça a nossa vontade em detrimento da vontade de Deus?
– Por causa deste egoísmo, o Senhor via Israel com o coração dividido (Os.10:2), motivo por que havia muitos altares em Israel, pois a soberba do coração, a falta de renúncia faz com que não sirvamos única e exclusivamente a Deus, o que é um adultério espiritual, que nos faz amigos do mundo e inimigos de Deus (Tg.4:4).
– Esta é a lamentável situação em que se encontram os pseudocristãos, tipificados pelos israelitas dos dias de Oseias.
Querem satisfazer seus desejos e, ao mesmo tempo, servir a Deus, o que é impossível, pois a negação de si mesmo é o primeiro passo para podermos ser discípulos de Jesus. (Mc.8:34; Lc.9:23). Será que temos morrido para o mundo e vivido para Deus (Rm.6:11)?
Será que aquilo que foi representado no ritual de nosso batismo nas águas é uma realidade ou uma farsa? Pensemos nisto, amados irmãos!
– Mas, apesar de toda esta impiedade, de toda esta infidelidade, o Senhor diz que não haveria de destruir Israel por completo, pois Ele é Deus e não, homem (Os.11:9).
Não estava tudo perdido para Israel, apesar da destruição do reino e do cativeiro que lhe sucederia. Assim como Gomer fora resgatada da vida de prostituições, Israel haverá de ser restaurada como nação santa e reino sacerdotal.
– Como disse o apóstolo Paulo nos capítulos 10 e 11 da sua epístola aos romanos, Deus não rejeitou o Seu povo (Rm.11:1-5), pois um resto haverá de atender ao clamor do Senhor e, deste modo, deste resto Deus fará com que Israel cumpra o propósito para o qual foi criado sobre a face da Terra, o que há de ocorrer por ocasião do reino milenial de Cristo.
– Deus é soberano e não haveria de Se submeter à vontade do homem, ainda que se lhe tenha dado o livrearbítrio. A soberania divina é tal que Seus planos não podem ser frustrados (Jó 42:2 ARA).
Isto não anula o livre-arbítrio, como entendem, equivocadamente, os defensores da teoria da predestinação, mas também não se pode admitir que Deus esteja submisso à vontade uma criatura Sua, como defendia Pelágio (350-423).
Sabemos que é difícil conciliar a soberania divina com o livre-arbítrio, mas esta dificuldade não nos pode infirmar o que nos revelam as Escrituras sobre este tema. Afinal de contas, não poderemos jamais compreender a Deus.
– Por isso, embora não fosse deixar Israel impune (o reino de Israel é chamado muitas vezes, no livro de Oseias, de Efraim, por ser esta a tribo mais numerosa das dez tribos do norte) (Os.12:7-14), o Senhor não deixaria de estender a Sua misericórdia ao povo que havia escolhido para ser Seu, resgatando-o da morte (Os.11:8,9; 13:14).
– É interessante que o texto em que o profeta Oseias fala que o Senhor resgataria o Seu povo da morte é o mesmo texto que o apóstolo Paulo emprega para nos falar da ressurreição dos santos, da vitória da Igreja sobre a morte (I Co.15:54-58), a nos mostrar que não somos melhores do que aqueles israelitas dos dias de Oseias, nem tampouco aos pseudocristãos de nossos dias que eles tipificam.
– É importante, muitíssimo importante, que também nos reconheçamos como aqueles que foram resgatados da morte pelo Senhor apesar de nossa vida pecaminosa do passado e, deste modo, humildemente, atendermos ao clamor divino para que, a cada dia, nos convertamos a Ele, busquemos a Sua presença, em outras palavras, vivamos em santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb.12:14).
Em vez de julgarmos os outros ou pedirmos a sua exclusão do meio da igreja local, tratemos de lhes dar o exemplo de santificação e peçamos a Deus para que eles também atendam ao clamor misericordioso do Senhor. Temos feito isso?
– Assim, ao mesmo tempo em que Deus Se apresenta como um leão, como um leopardo e como urso que tem perdido seus filhos, a fim de encontrar Israel para lhes romper as teias do coração e os devorar, como fera do campo para os despedaçar (Os.13:7,8), também afirma que os remirá da violência do inferno e os resgatará da morte (Os.13:14).
Deus está sempre pronto a perdoar os impenitentes, antes de exercer o Seu juízo. Aleluia!
– E é a mensagem de restauração que encerra o livro de Oseias. No capítulo 14, vemos que o Senhor, uma vez mais, usa o profeta para chamar o povo ao arrependimento: “Converte-te, ó Israel, ao Senhor teu Deus, porque pelos teus pecados tens caído” (Os.14:1).
– Deus não deixa de apontar os pecados do povo e de dizer-lhes que eles precisavam se arrepender. É esta a mensagem do Evangelho, como vemos em Mc.1:15. É esta a mensagem que devemos pregar aos incrédulos em nossos dias: o arrependimento dos pecados.
– Infelizmente, nestes dias tão difíceis em que vivemos, muitos que cristãos se dizem ser já não pregam o genuíno e autêntico Evangelho.
Deixam de denunciar o pecado, deixam de convidar as pessoas a se arrepender de seus pecados e a crer em Jesus. Já há cultos em nossas igrejas locais onde não é feito o apelo, onde nem se pergunta ao pecador se quer se converter, até porque não se falou, durante a reunião, em momento algum, da necessidade de conversão…
– O Senhor, no término da mensagem do profeta, mostra que é necessário que nos tornemos a Ele, que abandonemos as coisas deste mundo e os vãos socorros terrestres, a fim de que possamos encontrar com o Senhor e ser resgatados por Ele (Os.14:2-4).
– O Senhor quer ser o “orvalho” do Seu povo, ou seja, o refrigério, o descanso, a paz que nos sustenta neste “deserto da vida” (Os.14:5,6). Ele nos quer dar vida e quer frutifiquemos, ou seja, que produzamos o fruto do Espírito Santo, que sejamos um instrumento de glorificação do nome do Senhor (Os.14:5-7). Ele quer nos livrar da idolatria (Os.14:8).
– O livro termina com uma severa advertência: “Quem é sábio para que entenda estas coisas? Prudente, para que as saiba?
Porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão” (Os.14:9). Temos sido sábios e prudentes? Temos sabido andar nos caminhos do Senhor? Que a nossa fidelidade a Deus possa fazer com que respondamos afirmativamente. Amém!
Fonte: http://adautomatos.blogspot.com/2012/10/licao-n-2-oseias-fidelidade-no.html#