JUVENIS – LIÇÃO 12 – UM CHAMADO PARA SER DISCÍPULO
INTRODUÇÃO
O discípulo de Cristo deve ter em mente a condição de consolidar em seu ser a natureza divina para a vida eterna com Jesus.
Nesta lição estudaremos sobre o que é ser um discípulo de Cristo, a essência e a natureza da chamada divina e a nossa elevada missão cristã.
I – O QUE É SER DISCÍPULO ?
- DEFINIÇÃO ETIMOLÓGICA DA PALAVRA DISCÍPULO
Originária do latim “discípulos” tem como significado “aprendiz” ou “aluno”, ou seja, discípulo é aquele que aprende e pratica o seu aprendizado com disciplina.
A palavra hebraica “talmidim” tem como significado “discípulos” no viés daqueles que seguem um líder religioso ou uma ideologia.
- DEFINIÇÃO PARA O CRISTIANISMO DA PALAVRA DISCÍPULO
Para o cristianismo a palavra discípulo é definida como aquele que segue incondicionalmente a Cristo demonstrando fé em seus ensinamentos divinos de modo a alcançar a natureza divina consolidada na vida eterna com Cristo.
- CARACTERÍSTICAS DE UM DISCÍPULO DE CRISTO
A característica mais marcante de um discípulo de Cristo é que a partir de sua fé, este renuncia aos seus interesses pessoais e dedica-se de corpo, alma e espírito ao aprendizado e a causa cristã centrada em fazer discípulos de forma disciplinada visando o aumento exponencial quantitativo dos cristãos pelo mundo em obediência a grande comissão dada por Cristo. (Mt 28:18-20
II – UM CHAMADO PARA CADA UM DE NÓS
A chamada de um discípulo apresenta uma vertente geral e uma outra pessoal com características peculiares a saber:
- CHAMADA
1.1.CHAMADA UNIVERSAL PARA SALVAÇÃO
Deus faz um convite aos pecadores para o estado de graça e salvação, por meio da pregação do evangelho de Cristo.
É uma chamada celestial, é universal, tem resultados universais, nos que se salvam ou nos que se perdem. Essa chamada harmoniza-se com o propósito divino no tocante a cada pessoa, portanto, esta chamada também é de ordem pessoal.(Rm 8:28-39)
1.2. CHAMADA INDIVIDUAL AO SERVIÇO
Deus também convida alguém para realizar algum serviço ou ofício especial, como no caso do apostolado, da pregação missionária, do sacerdócio, do ensino ou para alguma outra ocupação específica sempre com um propósito (Rm 1:1).
A partir de um chamado a pessoa terá que se expressar e se desenvolver espiritualmente (1 Co 7:20-24)
- UNÇÃO
Do ponto de vista espiritual a “unção” significa que a presença permanente do Espírito Santo está com o crente .
É uma operação espiritual dada diretamente por Yahweh que em algumas vezes se materializa pelo derramamento do óleo de azeite sobre o escolhido (1 Sm 16:1-13; Lc 4:16-22).
- FORMAÇÃO
É a formatação de um caráter moral, ético, social e espiritual de um ser, de modo a acumular experiências e provisão de meios para bem desempenhar a sua chamada, a sua vocação.
Em sua maioria da vezes esta formação dar-se-á através de uma pessoa referencial, com suas respectivas atitudes e procedimentos, comparados aos valores absolutos de Deus exarados na Bíblia Sagrada. (1 Sm 3:1;19-21; Rm 5:1-5).
- CAPACITAÇÃO
A capacitação espiritual não se embasa nas capacidades naturais do homem, nos terrenos físico, moral e intelectual.
Esta capacitação se refere as realizações, segundo a vontade de Deus, daquele que foi chamado, ungido e formado para o desempenho de sua vocação.
É na capacitação que o chamado de Deus é confirmado perante os olhos das outras pessoas. (2 Co 12:11-12;.Mc 16:14-18)
III – UMA VARA LIGADA A VIDEIRA
Se somos discípulos de Cristo temos que ter a sua mesma essência e virtudes, pois estamos ligados a videira que é Cristo, dentre estas virtudes podemos mencionar:
- JESUS O MESTRE PERFEITO
Jesus é o mestre perfeito e isto se deve as suas próprias virtudes divinas e humanas, as quais, embasaram a sua condição de mestre dos mestres sendo as virtudes divinas em sua essência somente pertencentes a Jesus e as virtudes humanas concebidas como resultado do desenvolvimento e das experiências em sua humanidade.
Um exemplo desta notável condição de Jesus ser reconhecido como mestre dos mestres é contemplada no episódio registrado na Bíblia Sagrada, onde um doutor da Lei colocou Jesus à prova, porém, o chama de mestre (Lc 10:25-28),
outro exemplo fascinante é o de Nicodemos, notável mestre da Lei, que interpela Jesus na calada da noite e quer obter do mestre dos mestres ensinamentos espirituais reconhecendo-o como mestre vindo da parte de Deus.(Jo 3:1-15)
Muitos outros episódios registrados na Bíblia Sagrada confirmam o reconhecimento de Jesus por todos como mestre sem nunca ter frequentado a academia de Hilel ou de Shammai formadoras dos mestres da Lei, na época de Jesus, no primeiro século.
Dentre estes episódios, podemos mencionar:
os escribas e fariseus (Mt 12:38-40),
um jovem rico (Mt 19:16-22),
os discípulos dos fariseus e a classe política dos herodianos (Mt 22:15-16),
os saduceus (Mt 22:23-24),
o chefe da sinagoga e seus parentes (Mc 5:3536),
os discípulos de Jesus (Lc 8:22-24),
a multidão (Lc 9:37-43),
enfim Jesus era respeitado por todos pela sua notabilidade no conhecimento e na sabedoria.
- ALGUMAS VIRTUDES DE JESUS COMO MESTRE
2.1. JESUS É VERDADEIRO
Jesus como mestre perfeito procedia em sua vida espiritual e social segundo o que ensinava, sendo um exemplo para os seus discentes.
A clareza dos ensinos de Jesus feitas com sinais, prodígios, poder, convicção e autoridade inspirava nos seus ouvintes a confiança de que o ensino era verdadeiro, consistente e que promovia benesses, sendo Jesus a testemunha viva da praticidade e verdade de seus ensinamentos doutrinários. (Mc 1:21-28)
2.2. JESUS É SERVO E SENHOR
Um mestre não pode ser reconhecido pelo número de alunos que tem, ou pela sua capacidade de ensinar, ou pelo domínio da matéria, ou pela sua metodologia de ensino utilizando de artefatos de mídia.
Jesus foi reconhecido como mestre, porque, antes de ser mestre é um servidor e veio para servir.
Em todo o seu ministério de ensino, Jesus não se autoexaltou, apenas serviu, serviu e serviu. (Mt 20:25-28).
2.3. JESUS AMA O ENSINO
Jamais haverá um ensino de sucesso, vitorioso e de resultados pragmáticos se não houver amor pelo ensino.
O mestre deve amar o que faz sendo o seu ofício um ato permanente da manifestação de sua vocação e de sua chamada agregada a sua capacidade de ensinar, conhecimento e domínio das escrituras, desejo de crescimento espiritual das pessoas,
diligência na preparação e transmissão do conhecimento, cônscio de sua extremada responsabilidade na sua missão diante de Deus e dos homens. (Tg 3:1).
Jesus em seu ministério tríplice de ensinar, pregar e curar, se sentia feliz quando era reconhecido como mestre, porque, amava ensinar. (Jo 13:12-17)
- O MINISTÉRIO DE JESUS E SEUS PRIMEIROS DISCÍPULOS
Jesus principia o seu ministério e por consequência a sua missão na região da Galiléia ensinando nas sinagogas sendo glorificado por todos com sua fama alcançando todos os recantos de sua nação afluindo grande multidão de discípulos que precisavam aprender sobre o reino de Deus (Lc 4:14-15).
Logo, havia a necessidade de se formatar uma estrutura organizacional administrativa que desse sustentação ao desenvolvimento do ministério, então, Jesus resolve chamar homens para compor o seu quadro de auxiliares a saber:
3.1. OS APÓSTOLOS
Os apóstolos foram os homens que guardaram com Cristo uma maior relação de proximidade, convivência no dia a dia, aprendizagem e responsabilidade no ministério.
Jesus, depois de uma longa noite de oração, ao amanhecer chama nominalmente doze homens que comporiam o núcleo central administrativo e espiritual de seu ministério, segundo a sua vontade, dando-lhes o título de apóstolos que significa mensageiros ou enviados. (Lc 6:12-13)
3.2. OS SETENTA
O reino de Deus, a salvação em Cristo, precisava ser anunciada as multidões e frente a este desafio Jesus chama setenta discípulos para em formação de dois em dois fossem a todas as cidades precedendo a visita que o mestre faria a cada cidade de modo a anunciarem o evangelho de Cristo, realizassem curas, expulsassem os demônios, etc (Lc 10:1-20)
Jesus escolhia seus colaboradores na forma mais singela e basicamente deu as mesmas instruções tanto aos apóstolos como para os setenta como parte de um treinamento preliminar para o exercício missionário deles nas aldeias e cidades. (Lc 9:1-6; Lc 10:1-12)
IV – ….PARA PRODUZIR FRUTOS DE AMOR!
O ministério tríplice de Jesus se compõe do ensino, da pregação da Palavra de Deus e da cura de enfermidades, porém, a missão nobre da igreja é a grande comissão exarada em Mt 28:18-20 que consiste em fazer discípulos de todas as nações, batizá-los em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensiná-los, por meio do ensino propriamente dito e da pregação da Palavra de modo que todos venham a praticar a vontade de Deus.
V – CONCLUSÃO
Como servos de Deus devemos sempre nos colocar nas mãos do Senhor para que Ele nos molde segundo a sua vontade, sejamos sempre fiéis a Deus pedindo a sua misericórdia tendo em vista a nossa condição de pecadores.
Que o Senhor seja o nosso oleiro quebrando o vaso quando deve ser quebrado para reedifica-lo segundo o seu projeto original, pois, afinal de contas somos cacos de barro entre outros cacos de barro (Jr 18:1-10; Rm 9:19-24).
Fonte: https://proflucasneto.wordpress.com/contato/
Video 01:https://youtu.be/DDBmcbtOqqQ
Video 02:https://youtu.be/OH7SMzj-v-U