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LIÇÃO Nº 9 – VIVENDO O FERVOR ESPIRITUAL

A renovação espiritual do crente é uma operação do Espírito Santo que se realiza diária e continuamente.

INTRODUÇÃO

– A renovação espiritual do crente é uma das operações do Espírito Santo que mais destaque tem encontrado, nos últimos anos, no meio do povo de Deus.

– O crescimento da iniquidade e o cumprimento dos demais sinais da vinda do Senhor têm demonstrado a necessidade de vivermos conforme as Escrituras,

aguardando o Senhor, o que implica a pregação do chamado “avivamento” ou “renovação espiritual” por parte daqueles que têm a incumbência de promover o aperfeiçoamento dos crentes nestes dias tão trabalhosos.

– Entretanto, ao mesmo tempo em que se põe o assunto na ordem do dia, a má compreensão do que seja esta “renovação espiritual” ou “avivamento” têm servido, precisamente,

para que surjam falsos ensinamentos e doutrinas que, ao em vez de trazer maior espiritualidade e santidade ao povo de Deus, tem, tão somente, sido uma forma de introdução de repentina perdição aos incautos e ignorantes,

daí porque a necessidade de entendermos que a “renovação espiritual” ou “avivamento” não é o resultado de “momentos”, mas, como ensina sabiamente R.N. Champlin,

“…as experiências emocionais podem ser o estopim de renovações imediatas, mas provisórias.

O crescimento espiritual, porém, garante a continuidade da renovação mental, moral e espiritual do crente.” (Renovação. In: Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, v.5, p.660). “Renovação espiritual” ou “avivamento” não é um “momento”, mas é uma “vida com Deus”.

I – A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL NA VIDA DO CRENTE

– O título da nossa lição é “vivendo o fervor espiritual”. Só se pode falar em “viver fervor espiritual”, se admitirmos que a operação do Espírito Santo é contínua, ou seja, não tem qualquer alteração desde o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes do ano 29.

– Quando admitimos que o Espirito Santo, como diz o item 4 do Cremos da Declaração de Fé das Assembleias de Deus,

“…falou por meio dos profetas e continua guiando o Seu povo…”, e, como afirma o item 10, que cremos “…na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo (Hb.9:14; I Pe. 1:15)”,

é evidente que não podemos imaginar numa vida de comunhão com Deus sem que se mantenha ativa a operação do Espírito Santo em nós, sem que haja o “fervor espiritual”.

– Por isso, precisamos estar em “novidade de vida”, ou seja, necessitamos ter contínua renovação espiritual.

Ao falarmos em renovação espiritual, devemos, em primeiro lugar, que, quando falamos em “renovação”, estamos nos referindo ao “ato de renovar“, ou seja, o “ato de fazer algo novo outra vez”.

– Ora, algo somente se tornará novo outra vez, se chegou a ficar velho, antigo ou ultrapassado.

Assim, por exemplo, se falamos que vamos “renovar” a mobília de nossa casa, estamos dizendo, com isso, que os móveis que hoje temos estão velhos, antiquados, usados, que não mais servem para satisfazer nossas necessidades ou nos trazer satisfação.

Aliás, como bem esclarece o escritor da epístola aos Hebreus, quando dizemos que algo está velho, é porque este algo está perto de acabar (Hb.8:13).

– Surge, então, um problema sério: se falamos que o crente precisa sofrer uma “renovação espiritual”, dizemos que o crente está envelhecendo, que o crente está antiquado, já não mais serve para os propósitos divinos, não se satisfaz nem traz satisfação para o Senhor.

– Entretanto, sabemos que, quando alguém aceita Cristo como seu Senhor e Salvador, torna-se uma nova criatura, tudo se faz novo (II Co.5:17; Gl.6:15) e passa a ser filho de Deus (Jo.1:12), tendo, pois, a mesma natureza de seu Pai (II Pe.1:4).

 Se tem a mesma natureza de Deus, o crente, a exemplo de seu Pai, não envelhece, não fica velho, pois Deus não tem princípio nem fim de dias (Hb.7:3; Ap.1:8), tanto que Paulo diz que o homem interior do crente não se corrompe com o passar do tempo (II Co.4:16).

Como, então, falar em “renovação espiritual do crente”, se o crente, interiormente, recebe a própria atemporalidade que é própria da divindade?

– Reside, aqui, em o nosso entendimento, o mais relevante ponto que devemos tratar neste tema da “renovação espiritual” ou “avivamento”, palavras que trataremos aqui como sinônimas.

Se o crente é filho de Deus, se passa a desfrutar da natureza divina, o tempo não pode, de forma alguma, atingir a sua estrutura espiritual, pois, a partir do instante em que “nasce de novo”, em que “nasce da água e do Espírito”, o cristão não mais sofre os influxos do tempo e, a exemplo de Deus, a sua vida espiritual passa a ser um “eterno presente”.

– A realidade do instante da regeneração permanece e prossegue para todo o sempre. Não é por outro motivo que o texto áureo da Bíblia nos diz que quem crê em Jesus, “tem a vida eterna” (Jo.3:16), ou seja, a partir do momento que alguém alcança a salvação, já passa a desfrutar da eternidade.

A vida eterna não se inicia, como pensam alguns, quando morremos fisicamente ou, para os que estiverem vivos no dia do arrebatamento, no momento em que forem transformados e levados ao encontro com o Senhor, mas a vida eterna já é uma realidade para o cristão desde o momento em que “se conhece ao Pai por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, como o enviado do Pai” (Jo.17:3).

Se, pois, o cristão desfruta da vida eterna, desde o momento de sua conversão, temos que a vida espiritual é um eterno presente, não havendo, portanto, envelhecimento nem necessidade de “renovação”, por conseguinte.

– O crente mantém uma contínua e perseverante vida de comunhão com o Senhor, o processo pelo qual o Espírito Santo veio habitar em seu interior, quando ocorreu a salvação, estabelece uma situação que não se altera com o decorrer do tempo:

a pessoa entrou no reino de Deus, vive em novidade de vida, novidade esta que nunca deixa de existir, daí porque ter Paulo dito que o homem interior se renova de dia em dia, ou seja, que, apesar do decurso cronológico do tempo na vida material, em termos espirituais nada é afetado por causa da passagem dos segundos, minutos, horas, dias, meses ou anos.

– Esta realidade espiritual da vida com Deus, da vida eterna encontrava-se, primeiramente, no próprio projeto da criação do homem.

Quando vemos o primeiro casal, logo verificamos que, no plano divino para o homem, encontrava-se o domínio sobre todos os seres existentes na terra, bem como a procriação (Gn.1:27,28), mas não havia qualquer determinação referente a envelhecimento ou corrupção, inclusive do homem exterior.

– Este processo foi estabelecido somente após o pecado (Gn.3:19), pecado cujo incremento fez com que houvesse, da parte do Senhor, uma determinação para diminuição dos anos de vida do homem (Gn.6:3).

A busca do homem, durante toda a sua história, por um “elixir da juventude”, por uma “fonte da eterna juventude”, que, hoje, é traduzida pelos milhões de dólares que, anualmente, são gastos na medicina e na estética, nada mais é que a prova de que a mente humana não foi feita para aceitar a ideia do envelhecimento e da morte.

– Não obstante, é na lei de Moisés que encontraremos as mais eloquentes figuras a respeito da realidade da atemporalidade, ou seja, da impossibilidade de o tempo atingir ou afetar a vida espiritual do cristão, do filho de Deus.

Algumas disposições da lei de Moisés mostram, claramente, que uma vida de comunhão com Deus, uma vida sob as asas do Altíssimo é uma vida eterna, uma vida que não se deixa afetar pelo tempo, uma vida contínua e diária, que é sempre nova, que jamais envelhece, que jamais fica perto de se acabar.

– A primeira figura da eternidade da vida espiritual (ou seja, da sua impossibilidade de envelhecimento, da sua renovação diária, o que dá no mesmo) é o maná.

Como sabemos, o maná era um alimento enviado por Deus para o sustento do povo de Israel durante a sua peregrinação no deserto (Ex.16:1-10).

O maná tinha uma porção para cada dia e tinha como objetivo ver se o povo andava na lei do Senhor, ou não (Ex.16:4).

– Todo dia, salvo o sábado, todo israelita tinha de sair, antes do alvorecer, recolher a sua porção de maná. Cada israelita só conseguia pegar maná suficiente para si e para um só dia (salvo na véspera do sábado, quando conseguia colher o dobro).

Quem não saísse para colher o maná ou quem recolhesse mais do que a porção diária, passava fome no dia seguinte, pois o maná não envelhecia, estragava de um dia para outro, nem alguém conseguia dividir o maná com algum preguiçoso que deixara de levantar cedo para colhê-lo.

– O maná simboliza, entre outras coisas, esta necessidade de termos uma vida diante de Deus sempre nova, que vive do hoje e do agora, que não se prende a experiências passadas, nem tampouco pode estabelecer provisões para o futuro.

– Através do maná, Deus provava Seu povo, para saber se ele estava, ou não, andando na Sua lei e, por conseguinte, andar na lei do Senhor exige uma atualidade sempre existente, um eterno presente.

Ser crente, ser cristão, ser salvo é ser crente, ser cristão, ser salvo agora e neste momento, em todos os momentos, em todos os instantes.

– Simplesmente, na vida espiritual, não existem “momentos de comunhão”, “momentos de poder”, “momentos de santidade”.

A vida espiritual é uma continuidade, mas uma continuidade que é construída por uma comunhão e obediência exercidas dia-a-dia, momento-a-momento, sem qualquer intervalo.

– O maná teve de ser colhido a cada dia no deserto, embora nunca o maná colhido num dia, exceto o da véspera do sábado, jamais pudesse alimentar alguém no dia seguinte, como também não se poderia armazenar maná para o dia de amanhã, se ele não fosse o sábado.

– De igual modo, a vida espiritual do crente nunca pode viver de experiências do dia de ontem, nem pode querer projetar uma bênção ou algo para o dia de amanhã.

Não é por outro motivo que a Bíblia nos ensina que, quem tenha vivido uma vida toda de justiça, se pecou e morrer, neste instante de pecado, não alcançará a salvação, mas, sim, a perdição, pois a vida espiritual tem de ser um eterno presente de obediência e não uma “folha de serviços prestados” (cfr. Ez.18:24).

– Outra figura da lei de Moisés que nos mostra a realidade da independência da vida espiritual em relação ao tempo é a disposição a respeito do holocausto diário, ou seja, do sacrifício contínuo que se deveria fazer, seja no tabernáculo, seja nos templos que o substituíram na história de Israel (Lv.6:8-13; Nm.28:1-8).

– Segundo a lei, deveria haver dois sacrifícios diários no altar do holocausto (Ex.29:38,39).

Estes sacrifícios eram holocaustos, ou seja, sacrifícios de um animal que deveria ser todo queimado (como explicam os tradutores da NVI, holocausto nada mais é que “sacrifício totalmente queimado”, cfr. Bíblia Sagrada NVI, nota “a”, Lv.1.3, p.77), animal que deveria ser colocado no início do dia e outro, no final do dia e que deveria estar totalmente queimado antes do horário do sacrifício seguinte, com o fogo do altar ardendo continuamente no altar para que esta queima fosse possível.

Logo após o sacrifício, o sacerdote deveria retirar as cinzas do animal e, após vestir outras vestes, levá-las para fora do arraial, para um lugar limpo.

– O sacrifício simboliza a comunhão entre Deus e os homens, pois os sacrifícios tinham, por finalidade, encobrir o pecado do homem (Lv.6:25; 16:13; Sl.32:1), o grande obstáculo que existe no relacionamento entre Deus e o ser humano (Is.59:2).

– Este sacrifício diário mostra-nos, portanto, que a vida de comunhão entre o homem e Deus deve ser diariamente estabelecida, tem de ser algo contínuo.

O sacrifício feito num período do dia não servia para o outro, nem mesmo as cinzas, o resíduo do animal sacrificado no momento anterior poderia continuar no altar, mas deveria ser removido e levado para fora do arraial, para fora da vida da comunidade, do povo de Israel, pois nada mais representava para a vida de comunhão com Deus, sendo, apenas, uma página virada da história.

– De nada adianta o perdão antigo, de nada adianta o concerto firmado no passado com Deus, o crente deve ter uma vida de comunhão e de ausência de pecado hoje, neste momento, neste instante, a cada dia, pois não se pode viver das cinzas, das lembranças e da memória de uma vida passada de santidade e de ausência de pecado.

– Nesta mesma disposição da lei, encontramos um outro elemento que nos mostra que a vida espiritual é um eterno presente, é algo que não envelhece e que se renova a cada manhã.

Além de ter de sacrificar diariamente um animal, o sacerdote deveria, a cada manhã, trazer lenha para o altar do holocausto (Lv.6:12).

– A cada manhã, o sacerdote tinha de trazer lenha nova para colocar no altar, pois o fogo nunca poderia se apagar, tinha de estar, sem cessar, ardendo no altar.

Esta lenha era trazida pela congregação (Ne.10:34) e tinha de ser colocada continuamente, para se manter a chama acesa.

Os que estão acostumados a assar carne em churrasqueiras sabem da necessidade de uma contínua e vigilante observação do fogo para que não houvesse a extinção da chama.

– A lenha fala-nos do combustível do fogo, daquilo que faz com que se mantenha a temperatura e o fervor espiritual.

O crente não pode viver de porções passadas que serviram para a estruturação da sua fé, da sua comunhão com Deus.

Tudo aquilo que serve de alimento espiritual deve ser cultivado e mantido em porções diárias, sempre renovadas a cada instante, para que o fogo continue ardendo continuadamente em nossas vidas.

Aqui, a existência de uma contínua fonte de abastecimento é indispensável e necessária para que a vida espiritual se renove a cada instante.

– Outra figura da lei de Moisés que nos serve para demonstrar que a vida espiritual é uma novidade a cada instante é a que diz respeito ao incenso.

Segundo a lei (Ex.30:7,8), o sacerdote deveria, duas vezes ao dia, pela manhã e à tarde, queimar incenso no altar de incenso (não confundir este altar com o altar do holocausto.

O altar de incenso, ou altar de ouro, está descrito em Ex.30:1 e o altar de holocausto, ou altar de cobre, ou, ainda, altar de bronze, encontra-se descrito em Ex.38:1), quando ordenasse ou acendesse as lâmpadas. Era o “incenso contínuo”.

– O incenso fala-nos da oração (Ap.5:8; 8:4). A oração, que é a forma de comunicação do homem com Deus, deve ser algo que sempre deve existir na vida espiritual do cristão.

 A oração é algo que deve ser feito incessantemente, sem parar, sem interrupção (I Ts.5:17; Ef.6:18).

– Assim como o incenso não parava de ser queimado no altar de ouro, o crente não pode parar de orar. Jesus, quando nos ensinou a orar, ao afirmar, na oração dominical, que pedia o “pão nosso de cada dia”, implicitamente afirmou que a oração deveria ser feita dia-a-dia, momento-a-momento, pois se pedia o pão daquele dia, era porque nos dizia que, a cada dia, deveríamos orar.

Aliás, Jesus sempre foi um exemplo de vida de oração, pois nasceu orando (Hb.10:5-7), viveu orando (Mt.14:23; 26:36; Jo.17) e morreu orando (Lc.23:46).

Ninguém pode ter uma vida espiritual com base em orações passadas, muito menos em orações de outros (os popularmente chamados “crentes de carona”).

– No altar do incenso, também, havia fogo, pois, caso assim não fosse, não se poderia queimar o incenso.

Este fogo, a exemplo do que ocorria, também, no altar de holocausto, não poderia deixar de arder, de modo que, aqui, também, temos, a exemplo do que já falamos do fogo do outro altar, mais uma figura do que é a vida espiritual, algo que existe num eterno presente.

– Uma outra figura da lei de Moisés que nos revela a atemporalidade, a eternidade da vida espiritual é a que diz respeito à luz das lâmpadas.

Segundo a lei, as lâmpadas do candeeiro deveriam arder continuamente, ou seja, nunca poderia faltar azeite para que as lâmpadas se mantivessem acesas e iluminassem o lugar santo (Ex.27:20,21),

vez que esta realidade foi a que serviu de pano de fundo para o Senhor, ao lado do costume então existente nas festas matrimoniais, para nos ensinar a respeito da vigilância na parábola das dez virgens (Mt.25:1-13).

– Ao mesmo tempo em que o sacerdote cuidava de queimar o incenso, deveria, também, ordenar as lâmpadas, de forma a que jamais elas se apagassem no tabernáculo (Lv.24:1-4).

– As lâmpadas falam-nos da iluminação, da luz, que nada mais é do que a presença de Deus em nossas vidas, do que a nossa comunhão com Deus, como nos diz o próprio Jesus no Seu diálogo com Nicodemos (Jo.3:19-21).

– Quem está em Cristo, está na luz, anda na luz, pois Deus é luz e n’Ele não há trevas nenhumas (I Jo.1:5-7). Viver espiritualmente é estar na luz e estar na luz é estar em comunhão com Deus.

Se não temos luz, se nossas lâmpadas não estão acesas, se não somos a luz do mundo (Mt.5:14), não temos vida espiritual.

Esta luz deve ser contínua, pois a luz está sempre presente e, se há luz, não pode haver, concomitantemente, trevas.

A claridade da luz, a iluminação deve ser algo sempre presente, sempre existente, sendo, portanto, mais uma eloquente demonstração do que é a vida espiritual de um crente.

– O episódio que envolveu o profeta velho de Betel (II Rs.13:11-32) é um exemplo advindo do tempo da lei que nos mostra que a vida espiritual deve ser sempre uma “novidade de vida”.

– Este profeta é chamado de “profeta velho” e, ao observarmos suas características, veremos que, na verdade, embora ainda ostentasse o título de “profeta”,

seu proceder era totalmente incompatível com a sua antiga qualificação, pois era um mentiroso e foi um incitador da desobediência e do fracasso espiritual do outro profeta.

– Ao nos apresentar este profeta como sendo um “profeta velho”, as Escrituras estão a nos ensinar que não há como alguém servir a Deus e envelhecer espiritualmente. A vida espiritual é uma novidade de vida permanente.

– Mas não é somente na antiga aliança que verificamos que a vida espiritual é uma continuidade, é uma vida eterna, é algo que se realiza a cada instante e na qual o tempo não exerce qualquer influência.

– O próprio Jesus falou-nos a respeito da impossibilidade de haver envelhecimento espiritual, em mais de uma oportunidade.

No sermão do monte, ao apresentar a Sua doutrina, mais de uma vez fez um paralelo entre a vontade de Deus e o ensinamento dos “antigos”, mostrando, sempre, que o cumprimento da lei, ou seja,

a vontade de Deus, que é o que viera fazer (Mt.5:17; Hb.10:7), não se coaduna com coisas e ensinos que envelhecem, que se tornam antiquadas ou em desuso, algo que é próprio das doutrinas de homens (Mt.15:9; Cl.2:22) e, até mesmo, de demônios (I Tm.4:1),

já que o diabo é, também, antigo (Ap.12:9) e sempre apresenta as mesmas coisas, ainda que com roupagens diferentes, já que, no mundo, só há três coisas:

concupiscência dos olhos, concupiscência da carne e soberba da vida (I Jo.2:16), pois não há nada de novo debaixo do sol (Ec.1:9-11).

– Diante deste quadro, vemos, portanto, que a vida espiritual não admite o envelhecimento. Enquanto estivermos em comunhão com Deus, enquanto desfrutarmos da vida eterna que nos foi dada no instante em que aceitamos a Jesus como Senhor e Salvador,

não há que se falar em envelhecimento espiritual, em necessidade de, de instantes em instantes, passarmos por um “rejuvenescimento” ou por um “avivamento”.

– Quem ensina que o crente que está em comunhão com Deus, que está na luz, que é filho de Deus e o Espírito Santo com ele testifica esta realidade (Rm.8:14-17) precisa de um “avivamento” ou de uma “renovação espiritual”, porque não tem a “visão” recebida por este ou aquele pregador ou líder eclesiástico,

porque não está tendo “revelações“, “visões” ou “poderes extraordinários”, recebidos por este ou aquele grupo, por esta ou aquela pessoa, é um enganador, é um mentiroso, é um falso mestre que está tendo introduzir encobertamente heresias de perdição no meio do povo de Deus (II Pe.2:1).

– Trata-se de pessoas que se desviaram da fé não fingida, entregando-se a vãs contendas e que, querendo ser doutores da lei, não entendem nem o que dizem nem o que afirmam (I Tm.1:6,7).

Estes, após uma ou outra admoestação, o crente fiel e sincero deve evitar (Tt.3:10).

Ninguém se torna “avivado” ou “renovado” por causa de uma experiência esporádica, por causa de momentos de êxtase circunscritos a reuniões e a encontros secretos.

A vida espiritual é um eterno presente, que, iniciado com a conversão, perdurará para todo o sempre.

– A propósito, quando falamos que a vida espiritual é um “eterno presente”, entendemos porque a vida espiritual deve ser um companheirismo entre o salvo e o Espírito Santo, bem como uma vida de resistência ao maligno e tudo o que ele representa.

– Quando Jesus foi batizado por João, o Espírito Santo veio sobre Ele como uma pomba, animal que é elucidativo de várias ações da Terceira Pessoa da Trindade em prol do homem nesta dispensação.

– Duas destas características são a alta capacidade de convivência com os seres humanos (a pomba foi um dos primeiros animais a ser domesticado pelo homem) e a sua incomum resistência (os pombos-correio chegam a viajar mais de 900 km).

– A Bíblia mostra-nos que o salvo está sempre na companhia do Espírito Santo (Rm.8:14,16) e que é o Espírito Santo, na Igreja, que resiste ao pleno domínio satânico neste mundo (II Ts.2:7).

– Segundo os psicólogos, a perspectiva da vida como o momento presente é uma das principais qualidades das pessoas resilientes, ou seja, a “…capacidade de lidar com problemas, superá-los e até se deixar transformar por adversidades.

Detalhando melhor, o resiliente não se abate facilmente, não culpa os outros pelos seus fracassos e tem um humor invejável.

Para completar o leque de requintes, ele age com ética e dispõe de uma energia espantosa para trabalhar.

(…)O fatalismo e a vitimação passam longe dos resilientes.

Nunca pensam: ‘ Tudo é difícil’, ‘ Não consigo mudar de rumo’, ou ‘ Ninguém faz nada por mim’.

Pelo contrário, arregaçam as mangas(…) para reverter a situação indesejável.

E têm metas bem definidas – nada de grandes devaneios, como enriquecer, ficar famoso…

Plano, para eles, é algo concreto, acessível e realizável a curto prazo.(…) O tempo que rege o resiliente é o presente.…” (ZAIDAN, Patrícia. Resiliência: você também vai querer ter. Cláudia, mar.2004, p.120-3).

– Quem tem o Espírito de Deus, recebe d’Ele a capacidade de resistir ao mal e passa a ter uma vida com a perspectiva do presente, o que, como mostram os psicólogos, dá condição ao crente para superar todos os obstáculos e caminhar rumo ao nosso fim, a salvação das nossas almas (I Pe.1:9).

O crente, portanto, é uma pessoa vitorioso por ter a sua vida renovada a cada dia.

– Se, então, a vida espiritual é um eterno presente de comunhão com Deus, existe “renovação espiritual” ou “avivamento”?

Como explicar, então, que as Escrituras nos falam de avivamentos ocorridos na história do povo de Israel e que este assunto seja, também, enfrentado em o Novo Testamento e tenha havido registro de movimentos de renovação espiritual na história da Igreja, como, aliás, o próprio movimento pentecostal iniciado no final do século XIX e que perdura há mais de 100 anos?

– Não resta dúvida de que existe a “renovação espiritual”, de que existe o “avivamento”, mas esta realidade está relacionada com o fato de que a salvação do homem é um processo que, embora iniciado com a regeneração, somente se consumará com a glorificação, algo que ocorrerá, nesta dispensação, com o arrebatamento da Igreja.

– A salvação é um processo de continuidade, de perseverança. Jesus deixou isto bem claro, em Seu sermão escatológico, ao dizer que “aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt.24:13).

O apóstolo Paulo, também, no ocaso de sua vida, também mostrou que a vida do crente é um combate incessante contra o mal, uma carreira que deve ser corrida até o final (II Tm.4:7).

– Toda vez que a Bíblia Sagrada nos fala de avivamentos e de renovação espiritual, está-nos falando de ocasiões em que as pessoas deixaram de servir a Deus, ou seja,

pararam de correr a carreira que lhes estava proposta por Deus, envolvendo-se com o pecado, depois de terem sido, antes, devidamente embaraçados (Hb.12:1).

– Quando falamos de avivamento e de renovação espiritual, falamos de um movimento do Espírito Santo para fazer o homem voltar ao rumo determinado pelo Senhor no instante de sua conversão, de sua regeneração, falamos em retorno à rota primitiva traçada por Deus.

O avivamento nada mais é que “o ato de avivar”, isto é, o ato de trazer vida, de pôr vida em alguém ou em algo. Jesus é vida (Jo.14:6), n’Ele está a vida (Jo.1:4) e, se alguém tem a vida eterna, passou da morte para a vida (Jo.5:24).

Quem precisa ser avivado é, portanto, aquele que está sem Jesus, aquele que não tem mais Jesus como seu norte, sua referência, sua direção (Hb.12:2).

– Necessita, portanto, de avivamento ou renovação espiritual aquele que peca, pois, como vimos, o pecado cria um obstáculo entre o homem e Deus, impedindo que venhamos a ter um eterno presente de comunhão com o Senhor.

– Enquanto estivermos no mundo, o pecado é um risco sempre presente, pois ainda não fomos libertos do corpo do pecado, algo que somente ocorrerá quando passarmos para a eternidade ou, então, se estivermos vivos no dia do arrebatamento da Igreja, formos transformados.

– Até então, devemos manter sempre a natureza pecaminosa, o velho homem, crucificado com Cristo (Gl.2:20), mas numa luta incessante contra o novo homem (Rm.7:22-24).

Nesta luta, acidentalmente, pecaremos, mas, como isto não decorreu de algo deliberado e fruto de rebeldia contra Deus, imediatamente pedimos perdão e alcançamos a misericórdia do Senhor (I Jo.1:8-2:2).

É nestes instantes, pois, que precisamos da renovação, do avivamento, para retornarmos à comunhão com o Senhor. Foi este o sentido de todos os avivamentos registrados na história de Israel.

OBS:‘GRANDES AVIVAMENTOS NA BÍBLIA. Na Bíblia, foram registrados grandes avivamentos em que um grande número de pessoas voltou-se para Deus e desistiu de seu modo pecaminoso de viver.

Os avivamentos foram liderados por alguém que reconheceu a crise espiritual da nação, superou o medo e tornou a vontade de Deus conhecida às pessoas.

 

 

LÍDER

 

REFERÊNCIA

COMO AS PESSOAS RESPONDERAM
 

 

Moisés

 

 

Êxodo 32,33

Aceitaram as leis de Deus e construíram o Tabernáculo

 

 

 

 

Samuel 1

 

 

 

Samuel 7.2-13

Prometeram colocar Deus em primeiro lugar em sua vida e destruíram os ídolos

 

 

 

 

Davi 2

 

 

Samuel 6

Levaram a Arca da Aliança para Jerusalém e louvaram a

Deus com cânticos e instrumentos musicais

 

 

Josafá

 

 

 

2 Crônicas 20

 

Decidiram confiar somente na ajuda de Deus, e o

Desânimo deu lugar à alegria

 

 

Ezequias

 

 

2 Crônicas 29-31

Purificaram o Templo, livraram-se dos ídolos e levaram

os dízimos à Casa de Deus

 

 

 

Josias 2

 

 

Crônicas 34,35

Fizeram um compromisso de obedecer às ordens de

Deus e remover as influências pecaminosas de sua vida.

 

 

 

 

 

Esdras

 

 

 

 

Esdras 9,10; Ageu 1

Pararam de associar-se com aqueles que os faziam

Transigir em sua fé, renovaram seu compromisso com

Os mandamentos de Deus e começaram a reconstruir o

Templo.

 

 

 

 

 

Neemias

 

 

 

 

Neemias 8-10

Jejuaram, confessaram seus pecados, leram a Palavra

(e Esdras) de Deus publicamente e prometeram por escrito (2 Cr.

9,38) servir novamente a Deus, de todo o coração.

 

                (BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, p.628)

– Entretanto, também necessita de avivamento e de renovação espiritual aquele que, ainda não tendo pecado, embaraça-se com as coisas desta vida e se inclina, rapidamente, para um terreno perigoso e que pode levá-lo ao pecado.

– O embaraço ainda não é pecado, mas é uma atitude que altera o norte, a referência da vida espiritual de alguém, atitude que, se não for imediatamente debelada, levará, necessariamente, a pessoa ao pecado.

– Quando alguém se embaraça, deve ouvir a voz do Espírito de Deus e desistir desta senda perigosa e escorregadia.

Ainda não houve pecado, ainda não houve queda, mas se se persistir nesta caminhada, o fracasso é uma fatalidade.

– Deus, na Sua infinita misericórdia, através do Espírito Santo, jamais deixa de guiar os Seus servos e os avisa, os alerta, os admoesta, para que não sejam tomadas decisões que Lhe desagradam.

– Estes crentes que estão embaraçados, também são objeto do “avivamento” ou da “renovação espiritual”.

Entretanto, observe-se bem, trata-se de uma operação em que o Espírito Santo faz o crente embaraçado a lembrar qual era a sua posição, onde deveria estar, qual o propósito de Deus para a sua vida e em que isto ou aquilo está a perturbar, a atrapalhar esta direção.

– Jamais Deus irá determinar que alguém faça isto ou aquilo, ou deixe de fazê-lo, se, antes, não indicara para o Seu servo o seu propósito. Deus não é Deus de confusão (I Co.14:33).

Não devemos entender como embaraço algo que não nos levará a este ou aquele caminho que jamais foi traçado por Deus para nós.

Não devemos considerar como embaraço o fato de não seguirmos esta ou aquela “visão” que se tenha dado a este ou aquele homem ou mulher.

– Embaraço é aquilo que nos atrapalha naquilo que Deus tem destinado para nós, nada tem a ver com a adoção desta ou daquela prática que alguém esteja tendo.

Quem nos guia é o Senhor, não o homem e, portanto, quando verificarmos que pessoas estão trazendo novas orientações, novas doutrinas que não encontramos nas Escrituras, embaraço será crer nestas novidades, jamais ignorá-las.

Jesus está nas Escrituras (Jo.5:39), não nos desertos, nos interiores de casas, nas esquinas, nos encontros, nas revelações e visões que se avolumam a cada dia que passa (Mt.24:26).

II – O ESPÍRITO SANTO OPERA EM NÓS A RENOVAÇÃO DIÁRIA

– Como já vimos no item anterior, a vida espiritual do crente é um eterno presente de comunhão com Deus, pois, no momento em que alguém aceita a Cristo Jesus como Senhor e Salvador da sua vida,

recebe a vida eterna e, a partir deste instante, passa a desfrutar da imunidade do tempo, ou seja, o homem interior, vivificado em Cristo, nunca envelhece, passa a se renovar a cada dia (II Co.4:16).

– Esta operação é mais um trabalho realizado pelo Espírito Santo, não é algo que venha do homem, mas é resultado desta transformação operada pelo Espírito que, por isto mesmo, é denominado de Espírito eterno (Hb.9:14).

– Diante da comunhão estabelecida, após o perdão dos pecados, entre o espírito humano e o Espírito de Deus, comunhão esta que nos faz com que chamemos a Deus de Pai (na verdade, “Paizinho”, que é o significado da palavra aramaica “Abba”, a revelar uma intimidade e uma relação afetuosa que passa a existir entre o cristão e o Senhor – Rm.8:15),

temos o início de uma vida espiritual que, por si só, durante o passar dos dias e dos anos (pois ainda estamos no mundo e, em razão disto, o tempo passa para nós até o dia de nossa morte física ou do arrebatamento da Igreja, se vivos estivermos nesta ocasião), renova-se a cada dia, a cada manhã.

– Isto se faz sem qualquer esforço humano, isto é próprio, peculiar de quem está em Cristo.

O crente que está em comunhão com Deus não precisa realizar qualquer esforço adicional para desfrutar desta renovação, porque, na verdade, o homem interior não envelhece, já tem a vida eterna e goza de um eterno presente diante de seu Senhor.

– É por isso que Paulo dizia aos coríntios que, embora estivesse exteriormente se desgastando cada vez mais, seu amor, por eles, aumentava a cada dia, embora soubesse que estava sendo cada vez menos amado (II Co.12:15).

Isto se dava porque seu homem interior se renovava a cada dia, independentemente das circunstâncias ou do passar do tempo cronológico. O tempo de Deus é sempre o hoje (Hb.3:13).

– Mas, para que ocorra esta renovação diária, ou melhor, para que a vida espiritual mantenha esta novidade que lhe é peculiar, mister se faz que algumas providências sejam tomadas por parte do Espírito Santo em relação a cada um dos crentes.

– A primeira delas é a manutenção de uma provisão diária de alimento espiritual. O homem recebeu a salvação do Senhor, a começar da fé salvadora, que não lhe é peculiar, mas é dom de Deus (Ef.2:8).

Esta fé, diz-nos a Bíblia, vem pelo ouvir pela Palavra de Deus (Rm.10:17). Se é assim, jamais o homem poderá se sustentar nesta sua vida eterna se o Espírito não lhe continuar provendo com esta Palavra.

– Assim como fez com Israel no deserto, provendo-o, diariamente, com o maná, o Espírito Santo tem de trazer, diariamente, alimento para a Igreja, através da Palavra.

Este é um trabalho do Espírito Santo, guiar-nos em toda a verdade, não falando de Si mesmo, mas dizendo tudo o que tiver ouvido, anunciando o que há de vir, glorificando a Jesus, recebendo do que é de Jesus e o anunciando à Igreja (Jo.16:13,14).

– Ora, o que é guiar em toda a verdade? É orientar segundo a Palavra, que é a verdade (Jo.17:17). Ora, o que é o Espírito ouviu, que deverá ser dito? Deverá fazer lembrar as palavras que foram ditas por Jesus, ou seja, reproduzir os Seus ensinos, que são testificados pelas Escrituras (Jo.14:26; 5:39).

– Como glorificar a Jesus? Dando a Palavra como sustento à Igreja, pois, em glória, Jesus Se identificará como o Verbo, como a Palavra de Deus (Jo.1:1,14; Ap.19:13).

Por isso, muito propriamente, cantou o poeta sacro: ” Dá sustento à minha vida a Palavra do Senhor” (2 primeiros versos da 1ª estrofe do hino 383 da Harpa Cristã).

– A Palavra de Deus, portanto, mantém o crente alimentado, mantém a fé operando, mas, além disso, mantém o crente em santidade. É a Palavra de Deus que santifica (Jo.17:17) e, sem a santificação, ninguém verá o Senhor (Hb.12:14).

– Reside aqui a grande peleja do adversário de nossas almas em tentar diminuir ao máximo, se não puder extinguir, o espaço para o ensino da Palavra na Igreja.

Quanto menos se expuser e se ensinar a Palavra de Deus, menos alimentos e menos santificação terá a igreja local e, assim, muitos embaraços poderão ser implantados na vida dos crentes e muitos, inevitavelmente, pecarão.

– A novidade da vida espiritual, uma vida de contínua e diária renovação espiritual nunca pode se desenvolver sem que se tenha o ensino, a exposição e a meditação na Palavra de Deus.

Quem tem o prazer na meditação na lei do Senhor, desvia-se de todos os embaraços, como nos mostra o salmista em Sl.1:1,2.

– Dizer que se está diante de uma igreja avivada sem que haja ensino, exposição e meditação na Palavra do Senhor, onde há uma sequência interminável de cânticos, de instantes de êxtase, de “operações de maravilhas” (divulgações intermináveis de visões, de revelações, de diálogos intermináveis com demônios, de sessões de exorcismo e de operações similares, carregadas de misticismo e histeria etc. etc.), é um engano, é mentira, é ilusão.

– Deus Se revela através da Sua Palavra e as operações e manifestações de poder existem para confirmar a Sua Palavra (Mc.16:20).

Sejamos vigilantes e não deixemos que o adversário, com seus ardis, que não podemos ignorar (II Co.2:10,11), venha a nos enganar e a nos golpear.

– A manutenção da novidade da vida espiritual dá-se, portanto, mediante a Palavra de Deus. Se assim é, como podemos pensar que algum avivamento ou renovação espiritual possa ocorrer sem que se tenha, como base, a Palavra do Senhor?

Quando analisamos os grandes avivamentos do Antigo Testamento, todos eles, sem exceção (observe a nota supra, que reproduz trecho da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal), começaram pela Palavra de Deus.

Avivamentos baseados em “revelações”, “visões”, que desprezam as Escrituras ou que buscam até novas Escrituras devem ser imediatamente rechaçados, pois são enganos, são fraudes espirituais!

– Mas, além da alimentação espiritual pela Palavra de Deus, o Espírito Santo mantém a novidade da vida espiritual do crente através da oração.

Como vimos, o incenso era contínuo, ou seja, sem parar era queimado incenso no altar de ouro, cujo fogo jamais poderia se apagar.

– De igual modo, as orações dos santos devem ser incessantes, nunca devem parar. A novidade de vida espiritual leva o crente a ter uma vida de oração.

Diz a Bíblia que a igreja recém-nascida era uma igreja que perseverava na oração (At.2:42) e que todos viviam orando, desde os apóstolos (At.3:1) até os crentes mais jovens (At.12:12,13).

– Paulo afirmou que devemos orar em todo o tempo, sendo a oração o verdadeiro exercício que mantém o soldado de Cristo em forma para que use com eficácia da armadura de Deus (Ef.6:18).

– A oração é a forma pela qual nos comunicamos com Deus e, se temos comunhão com Ele, quereremos, sempre, orar. Já percebeu, amado(a), que a primeira coisa que desanimamos a fazer, quando começamos a fraquejar na fé, é orar? Por isso, faz-se mister que tenhamos uma vida de oração, que nos comuniquemos com o nosso Senhor, que, diante do nosso clamor, responderá e anunciará a nós coisas grandes e firmes que ainda não sabemos (Jr.33:3).

– Quem tem uma vida de oração, tem um relacionamento com o Senhor e, por isso, não precisa participar de encontros, de reuniões misteriosas, a portas fechadas, para saber qual é a vontade de Deus ou para iniciar uma nova fase em sua vida espiritual.

É na oração contínua, na oração do dia-a-dia, na oração incessante, que o crente vai se tornando mais íntimo de seu Senhor, sem precisar recorrer a quem quer que seja.

– Jesus abriu-nos um novo e vivo caminho, pelo qual, com ousadia, podemos entrar (Hb.10:19-23), sem precisar de intermediários ou visionários, sem precisar pertencer a um grupo de doze integrantes, em que um deles é um iluminado.

– Aliás, as Escrituras são claras que, neste nosso privilégio de entrarmos no Santo dos Santos, não podemos deixar a nossa congregação, mas, bem ao contrário, nela devemos ficar, para ali fazermos aquilo que Deus requer de nós, reunindo-nos no mesmo lugar (At.2:1), pois é ali, no centro da vontade de Deus, que receberemos a bênção de Deus.

“Com Jesus a minh’alma deseja estar no jardim, em constante oração. Quando a noite chegar e o mal me cercar, quero estar em constante oração.” (refrão do hino 296 da Harpa Cristã).

III- QUALQUER RESISTÊNCIA AO ESPÍRITO SANTO IMPEDE A SUA OPERAÇÃO

– A Bíblia fala-nos que os filhos de Deus são guiados pelo Espírito Santo (Rm.8:14).

Já salientamos que a novidade da vida espiritual é mantida pelo Espírito, mediante o sustento proporcionado pela Palavra de Deus, seja através da exposição e do ensino da Palavra, que são dons ministeriais levantados pelo Senhor na igreja (Ef.4:11; At.6:4; Rm.12:7), seja através da meditação na Palavra do Senhor, que é um desejo impulsionado pelo Espírito e que é acolhido e praticado pelo próprio cristão (At.17:11).

– Assim também, a vida de oração é algo que também é incutido no coração do crente pelo Espírito que, uma vez acolhido e atendido, leva o cristão a desfrutar desta indispensável característica.

Vemos, desta forma, que o Espírito cria as condições para que o crente cresça espiritualmente na igreja local, bem como que construa a sua vida devocional diária.

– Entretanto, o Espírito Santo, sendo Deus, respeita a dignidade do homem e permite que ele escolha entre servir a Deus, ou não servi-l’O.

Esta escolha sempre esteve diante do homem, desde o Éden e, como os dons de Deus são sem arrependimento (Rm.11:29), sempre o homem terá a oportunidade de aceitar, ou não, a direção do Espírito Santo.

– Por causa disto, é possível que o ser humano resista ao Espírito Santo, ou seja, não aceite a Sua direção, não aceite a Sua orientação, o que, sem dúvida, resultará em grave prejuízo àquele que assim o fizer.

Esta possibilidade é explícita nas Escrituras, como vemos, por exemplo, no caso dos algozes e assassinos de Estêvão (At.7:51).

– A resistência contra o Espírito Santo é uma atitude de recusa à direção do Espírito na vida de alguém.

Alguém ouve a voz do Espírito, mas não aceita seguir a Sua orientação, os Seus conselhos, a Sua direção.

A Bíblia denomina esta atitude de “endurecimento do coração” ou “endurecimento de cerviz”.

Através desta atitude, o homem diz ao Espírito Santo que não aceita ser governado, que não quer ser dirigido pelo Espírito do Senhor, que não aceita o senhorio de Deus na sua vida.

– O homem que resiste ao Espírito Santo considera-se “dono da sua vida”, “dono do seu nariz”, num gesto que é exatamente o contrário daquele que estudamos no trimestre passado na EBD, que nos ensinou a respeito da “mordomia cristã”.

– A orientação e direção do Espírito Santo têm em vista sempre proporcionar o bem para o destinatário de Sua vontade (Rm.8:28).

Para aquele que ainda não é salvo, o Espírito procura convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo, oferecendo a maior bênção que um homem pode ter: a salvação (Jo.16:8).

– Para aquele que já é salvo, então, com quem já tem um compromisso, o Espírito quer sempre o melhor, sendo exímio intercessor (Rm.8:26-28) e o promotor do nosso aperfeiçoamento espiritual até a nossa glorificação, que será Seu último ato antes de nos apresentar ao Filho (Rm.8:29,30).

Portanto, resistir ao Espírito Santo só pode trazer mal a quem resiste.

– A resistência ao Espírito Santo pode assumir alguns estágios, alguns níveis, estágios e níveis que trazem diferentes consequências para o ser humano.

– O primeiro destes estágios é o entristecimento do Espírito Santo.

Quando o Espírito Santo determina que algo seja feito e o homem se recusa a fazê-lo, sendo, como é, uma Pessoa, dotada, portanto, de vontade e de sensibilidade, o Espírito Santo se entristece, fica triste, pois, como ama o ser humano, pois é Deus e Deus é amor (I Jo.4:8), quer sempre o melhor para o homem.

– Não podemos entristecer o Espírito Santo (Ef.4:30), pois isto é perigoso, porquanto, quando o Espírito Santo se entristece, toma a mesma atitude que tomou Jesus quando Se entristeceu, a saber:

lamentou, chorou (Mt.23:37; Mc.3:5; Lc.19:41; Jo.11:35), mas respeita a decisão de desagrado, que poderá conduzi-los à destruição.

Neste estágio, porém, o Espírito ainda tenta convencer o homem a converter-se.

OBS: ” Podemos entristecer o Espírito Santo pela forma como vivemos.

Paulo nos adverte a evitar a linguagem imoral, a amargura, a ira, as palavras ásperas, a calúnia e as más atitudes em relação ao próximo.

Em vez de agir dessa maneira, devemos ser benignos e compassivos, exatamente como Deus, que nos perdoou.

Será que você está causando tristeza ou agradando a Deus com suas atitudes e ações ?

Aja com amor em se tratando e seus irmãos em Cristo assim como Deus agiu com amor ao enviar Seu Filho para morrer pelos nossos pecados.” (BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, nota a Ef.4.28-32, p.1652).

Passada a fase do entristecimento, temos a resistência propriamente dita, ou seja, depois de fazer o que é desagradável ao Espírito Santo, que entristece o Espírito Santo, a pessoa insiste em não atender à insistência do Espírito para que a pessoa se arrependa.

– Há uma deliberada vontade da pessoa em se manter em contrariedade com a vontade divina.

Apesar das exortações, das admoestações do Espírito, a pessoa não aceita mudar sua direção, mantendo-se numa vida de pecado e de separação de Deus.

Diante desta resistência, deste “endurecimento de cerviz”, a Bíblia nos informa que Deus abandona o homem à sua própria sorte, não mais insistindo para que retornem a uma vida de comunhão com Deus (Rm.1:18-32).

– O “endurecimento de cerviz” ou “endurecimento do coração” somente traz males aos homens, que, abandonados pelo Senhor, acabam se destruindo uns aos outros.

Entretanto, ainda é possível o perdão, ainda que seja mais difícil de ser alcançado, já que, diante do abandono do Senhor, não há muita oportunidade de a pessoa ser atingida pela Palavra de Deus.

– A última fase da resistência ao Espírito Santo é a da apostasia pessoal ou blasfêmia contra o Espírito Santo.

Neste estágio, está-se diante de alguém que desafia, deliberadamente, o Espírito de Deus, que se apresenta como desafiador da própria divindade.

São pessoas que chegaram a conhecer a Deus e a seguir a Sua orientação, mas que, a partir de um determinado instante, recusam-se a servir a Deus e O desafiam, rebelam-se contra o Senhor (Hb.6:4-6;10:26-31).

Este é o pecado imperdoável, que ultrapassa os limites da redenção, como nos ensinou Jesus (Mc.3:28-30).

 Não há, portanto, neste estágio, qualquer condição de a pessoa se arrepender ou dar ouvido ao Espírito Santo.

IV – O ESPÍRITO SANTO OPERA COM PODER ONDE HÁ LIBERDADE

– Como podemos observar, por tudo o que falamos até aqui, a existência de uma novidade de vida espiritual ou a restauração espiritual de alguém, que está embaraçado ou em pecado, depende, sempre, do concurso da vontade da pessoa, da disposição de alguém em aceitar o senhorio de Cristo em sua vida.

– Quando escolhemos servir ao Senhor, teremos, inevitavelmente, uma atuação do Espírito de Deus em nossa vida, de forma a nos fortalecer espiritualmente e a nos proporcionar o desenvolvimento espiritual tão desejado pelo Senhor para o ser humano.

– Submeter-se a Deus, sujeitar-se ao Senhor nada mais é do que dar liberdade ao Espírito Santo para que atue em nosso ser.

Jesus bem nos ensinou isto ao dizer que Seu papel é bater à porta do nosso coração e, se houver a disposição nossa de lhe dar a entrada, então ele dominará a casa, ceando conosco e fazendo em nós morada (Ap.3:20).

– Quando damos liberdade ao Espírito Santo, Ele atua em nosso favor e nos proporciona cada vez maior intimidade com o Senhor.

Daí porque, como vimos durante todo este trimestre, contemplarmos uma maior eficácia e eficiência do Evangelho de Cristo Jesus entre aqueles que concedem maior liberdade ao Espírito, o chamado segmento evangélico pentecostal.

– Dar liberdade ao Espírito Santo significa submeter-se à vontade do Espírito de Deus.

Portanto, não podemos pensar, em absoluto, em maior atuação do Espírito Santo sem que se tenha a integral aplicação do modelo bíblico de avivamento.

Teremos de ter, conforme vimos, santidade, obediência à Palavra de Deus e humildade.

– Toda e qualquer operação do Espírito Santo traz, inevitavelmente, santidade ao homem, pois o Espírito é Santo e não há como considerar que possa agir quando não houver santidade. Onde houver pecado, não há operação do Espírito Santo.

Toda e qualquer operação do Espírito Santo traz, inevitavelmente, obediência à Palavra de Deus, faz as pessoas voltarem-se para o estudo e meditação da Palavra de Deus.

Nenhum movimento genuíno do Espírito de Deus menospreza as Escrituras, não se baseia na Bíblia Sagrada ou deixa de estimular o seu estudo.

Nenhuma operação do Espírito Santo será autêntica se estiver baseada em conceitos humanos ou em instruções e “revelações” que não tenham respaldo bíblico.

Nenhuma “visão” ou “revelação” que não esteja fundamentada na Bíblia Sagrada inicia uma verdadeira manifestação do Espírito Santo.

– Toda e qualquer operação do Espírito Santo traz, inevitavelmente, a humildade de espírito como uma das características do movimento.

Quando quem atua é o Espírito Santo, os homens se humilham diante de Deus, passam a glorificar e a exaltar o nome do Senhor, passam a se considerar alvo da graça, ou seja, do favor imerecido de Deus, submetendo-se ao senhorio de Cristo.

– Num autêntico movimento do Espírito Santo, não há estrelas, não há iluminados, mas há, tão somente, o mesmo sentimento que houve em João Batista: “Convém que Jesus cresça e que nós diminuamos”.

– Quão diferente é um movimento do Espírito, cuja tarefa é trazer glória a Jesus (Jo.16:13,14), de movimentos fraudulentos, guiados por homens amantes de si mesmos, cujo resultado é a exaltação de homens e de suas doutrinas.

Eis um importante critério para o discernimento de movimentos supostamente de avivamentos ou de renovações espirituais que estão a surgir nos nossos dias: quem é exaltado? Jesus ou o suposto iluminado?

– Neste sentido, aliás, por oportuno, reproduzimos aqui uma admoestação dada por Francisco de Assis, um dos grandes críticos à Igreja Romana, no seu tempo:

“…Eis o meio de reconhecer se o servo de Deus tem o Espírito do Senhor.

Se Deus por meio dele operar alguma boa obra, e ele não o atribuir a si, pois o seu próprio eu é sempre inimigo de todo bem, mas antes considerar como ele próprio é insignificante e se julgar menor que todos os outros homens.…” (Francisco de ASSIS. As Admoestações, cap.XII. http://san-francesco.org/ammonizione_pt.html Acesso em 24 fev.2004).

OBS: Não queremos polemizar, mas, ao nos depararmos com dois movimentos que se introduziram no meio do povo de Deus, ao utilizarmos este critério, logo percebemos que não temos, neles, genuínos movimentos do Espírito Santo.

Senão vejamos.

a) Visão dos doze (G-12): Ao defender o chamado G-12, uma “nova visão de evangelização”, a pastora Valnice Milhomens, que aderiu ao movimento, apresenta-nos, ela própria, motivos para considerar que não se está diante de um autêntico movimento do Espírito Santo.

Eis as suas próprias palavras:

“…A Missão Carismática Internacional, em Bogotá, fundada pelos pastores César e Cláudia Castellanos, nasceu como uma igreja em células.

Usou inicialmente o modelo da Igreja do Dr. David Y. Cho.

Posteriormente, Pr. César, buscando de Deus uma estratégia mais eficaz, deparou-se com o modelo usado por Jesus: Além de ministrar às multidões, investiu Sua vida em doze homens.

Recebe, em oração, uma visão estratégica de discipulado, na qual cada pessoa buscará gerar 12 líderes através de suas células.

Aplicará 2 Tm. 2:2 nesse discipulado, reproduzindo-se indefinidamente.

A Igreja em Células no Modelo dos Doze (este é o termo usado em Bogotá) tem demonstrado pelos frutos a sua bênção e eficácia no cumprimento da Grande Comissão – fazer discípulos.

A Diferença do modelo de Bogotá e outros de igreja em células, é que normalmente as células são de evangelismo e edificação. Em Bogotá, as células são essencialmente de evangelismo.

Cada pessoa ganha para Cristo deve ser integrada em uma célula.

Esta busca cada semana alcançar novos. Cada novo crente é visto como um líder em potencial.

Passa por um processo de consolidação e depois é encaminhado a uma Escola de Líderes onde será treinado como líder célula.

Ao abrir sua própria célula, ele sai de sua célula mãe, mas continua ligado ao seu líder, que continuará a discipulá-lo. É como um filho.

Seu líder vai reunindo em torno de si, cada um dos líderes nascidos em suas células, até ao número de doze.

A isso chama-se o grupo de 12.

Em outras palavras, um grupo de 12 são doze líderes, tendo como cabeça o líder que os gerou. …” (Declaração da Prª. Valnice Milhomens sobre a visão dos doze. http://www.geocities.com/Athens/Marathon/5256/valnice.html. Acesso em 23 fev.2004).

Conclusão: em cima de uma revelação dada especificamente a um iluminado (César Castellanos), cria-se um movimento que reúne pessoas em torno de homens, os líderes, homens que são cabeças, não mais Jesus, que é a cabeça da igreja (Ef.5:23).

Um iluminado no lugar de Jesus: esta é, em síntese, a visão dos doze!

b) Avivamento Mundial (Avivamento de Boston): Reproduzimos, aqui, palavras de esclarecimento dado a respeito do livro ‘Triunfo Eterno da Igreja’, onde se encontram as revelações que são o cerne deste último movimento que está se propagando no nosso meio:

“…Quando decidi aceitar o desafio, fi-lo com um profundo sentido de submissão.

Fi-lo como quem atende a uma convocação divina. Faz séculos que tem sido este o método de Deus. Ele pode fazer tudo sozinho mas decidiu convocar homens para serem por Ele usados em Suas mãos. (Veja Is 6.9).

O Grande Avivamento do tempo do fim somente tem um Autor: DEUS. Mas Ele está convocando homens para serem instrumentos ao Seu serviço.

O Espírito Santo continua sendo para mim o sublime e insubstituível Intercessor, Consolador, Amigo e Guia.

Sua missão na terra está sendo realizada na mais perfeita harmonia com o Pai e o Filho

.…As revelações contidas neste livro foram lidas e traduzidas do livro selado pelo profeta Daniel, das palavras inefáveis que o apóstolo Paulo ouviu no Paraíso e do livrinho comido pelo apóstolo João.

É importante notar que, em momento algum, o grupo de oração, para receber essas revelações, fez contato pessoal com o profeta Daniel ou com os apóstolos Paulo e João.

Outrossim, o grupo de oração foi levado por Deus em arrebatamentos de sentidos à Sala das Escrituras e Deus lhes conferiu o privilégio de ler e traduzir essas revelações, as quais foram reservadas para o tempo do fim e que ora são compartilhadas na presente obra.

Qualquer pessoa que pedir a Deus com sinceridade e temor poderá alcançar o privilégio de conhecer a Sala das Escrituras.

Várias pessoas da Igreja em Boston e de outros lugares têm visto essa sala através de arrebatamentos.

Cremos que milhares de pessoas a verão antes do Arrebatamento.…” (Ouriel de JESUS. O Triunfo Eterno da Igreja. http://www.avivamentomundial.com/story.php?id=1. Acesso em 23 fev.2004).

Conclusão: temos revelações que foram circunscritas a alguns poucos privilegiados, que, aliás, estão capitaneados por alguém que se considera o convocado para todo o avivamento mundial.

Mais um iluminado que se levanta e que deixa em plano igual ou inferior a cabeça da Igreja, que, aliás, em seu livro, é visto calado, com olhar de preocupação, enquanto a Igreja, supostamente, não estaria cumprindo a sua missão (ainda que de forma abrangente, como esclareceu o iluminado no artigo ora mencionado…).

Um iluminado no lugar de Jesus: esta é, em síntese, o que representa este movimento avivalista!

– Precisamos viver em novidade de vida (Rm.6:4) e ter uma vida de companheirismo com o Espírito Santo, que é o nosso Consolador, o nosso Paráclito, Aquele que está ao nosso lado durante todo o tempo.

Para isso, é indispensável que sigamos o que diz o sábio: “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça” (Ec.9:8). Amém!

Ev. Caramuru Afonso Francisco

Fonte: Portal EBD – Lição 9 – Vivendo o fervor espiritual I

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