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Jovens – Lição 9 – Quem segue a Cristo aprende novos valores

Prezado(a) professor(a), iniciamos mais um trimestre! Você já assistiu a apresentação deste trimestre em nosso canal no Youtube? Acesse o link (https://youtu.be/dKyw9mBeKms) e veja o que preparamos para vocês neste trimestre.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio da semana. O conteúdo é de autoria da professora Telma Bueno.

INTRODUÇÃO

Chegamos a nona lição e nela estudaremos a respeito dos novos valores aprendidos por aqueles que, pela misericórdia divina, foram redimidos e justificados perante o Eterno.

Nossa fé no sacrifício de Jesus Cristo concedeu-nos uma nova vida espiritual, uma nova ma­neira de pensar e viver e uma nova cosmovisão (2 Co 5.17).

Nosso velho homem foi crucificado com Cristo, e não somos mais escravos do pecado. Com a salvação em Jesus Cristo, ganhamos uma percepção de mundo diferente; não mais pautada no conceito pós-moderno, nem tampouco na filosofia e ideais deste mundo, que jaz no maligno.

A sociedade atual parte do princípio de que todo o ponto de vista é válido. Quem concorda com essa maneira de pensar acaba por relativizar os valores morais e éticos da Palavra de Deus, pois não aceitam que haja limites para o certo ou o errado. Tal filosofia sem­pre abre caminho para a desordem e o caos na vida das pessoas e na sociedade em geral.

Como discípulos do Mestre, não podemos fazer o que bem enten­demos de nossas vidas e opormo-nos aos ensinos eternos e imutáveis de Jesus Cristo. Quando começamos a pensar segundo este mundo, distanciamo-nos do Reino de Deus.

Que venhamos refletir a respeito dos valores que Jesus Cristo viveu e ensinou. Que nossa reflexão nos leve a viver esses valores em nosso dia a dia de maneira que o nome de Cristo seja glorificado.

I – CUIDADO COM A FALSA PIEDADE

Valores! Você conhece esse termo? Precisamos iniciar nossa reflexão com a sua definição. Podemos afirmar que os valores são um conjunto de princípios ou normas que têm como objetivo ajudar o ser humano a encontrar a plenitude moral, ou seja, ser uma pessoa melhor, mais ética.

Esses princípios e normas são benéficos para a vida em socieda­de e devem ser almejados pelos seres humanos.

Esse é, contudo, um dentre os muitos conceitos, e para cada um existe uma ideologia. Por exemplo, para alguém que defende o pensamento moderno relativista, valores são “cada um dos preceitos passíveis de guiar a ação humana na suposição da existência de uma pluralidade de padrões éticos e da ausência de um bem absoluto ou universalmente válido.1

Vivemos em uma sociedade onde nada é definitivamente certo e nem absoluto. Essa ideia de que todo ponto de vista é válido não condiz com os ensinos de Jesus Cristo. O Reino de Deus foi estabelecido por Jesus com valores absolutos, imutáveis e inegociáveis.

A relativização dos valores divinos não é algo novo e exclusivo da modernidade. Po­rém, é e será sempre contrário às verdades das Escrituras Sagradas. Um discípulo de Cristo não pode concordar com tal pensamento.

Segundo uma visão relativista, valores e padrões são determina­dos principalmente pela cultura. Sabemos que cada sociedade tem a sua cosmovisão, e as suas normas e padrões mudam com o passar dos anos.

A cultura, a ciência, a filosofia e as ideologias estão sempre mudando; logo, nossos valores, como seguidores de Jesus, devem estar pautados nas Escrituras Sagradas, cujos padrões são eternos e imutáveis: “Mas a palavra do Senhor permanece para sempre […]” (1 Pe 1.25).

Os preceitos eternos ensinados por Jesus Cristo devem ser co­nhecidos por todos os que um dia aceitaram o seu chamado: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19).

Se não conhecermos os ensinos de Cristo, como refutaremos as vãs filosofias, as sutilezas do mal e a falsa piedade?

O povo de Deus por diversas vezes caiu na apostasia e no engano por não conhecerem ao Senhor e à sua Palavra (Os 6.3).

O cristão que despreza ou negligência o estudo dos Evangelhos acaba assimilando os costumes do mundo e não aprende a discernir e a ouvir a voz do Bom Pastor (Jo 10.27).

Tudo o que Jesus fez e ensinou foi marcado pela veracidade e autenticidade. Os seus ensinos não contêm contradição alguma e não dão margem para interpretações distintas. Jesus não usava de meias palavras, embora amasse o pecador.

Toda deturpação e confusão vêm do Diabo. No deserto, Satanás sugeriu que Jesus se lançasse do alto do Templo. Ele queria que o Mestre interpretasse e aplicasse mal um texto das Escrituras: “Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo” (Mt 4.6).

Segundo o Comentário Bíblico Pentecostal, “se Jesus tivesse exercido tal poder no Templo, sua ação o teria identificado como o líder sobrenaturalmente ungido a quem os insurgentes ou extremistas esperavam que os comandasse numa rebelião contra os romanos”. Jesus, porém, conhecia a voz do Pai e os valores do Reino que veio implantar.

Como discípulos de Jesus, não somente devemos pensar diferen­temente da filosofia deste mundo, como também precisamos ser um referencial, um farol que ilumina em meio às trevas. Infelizmente, vivemos um tempo de escassez não somente econômica, como tam­bém de princípios e de valores éticos e morais, que são fundamentais para uma igreja saudável e para uma sociedade que preza pela boa convivência.

A falta de amor, o respeito pelo ser humano e a falsa piedade têm levado pessoas para o lado oposto de onde Cristo está.

O texto bíblico da lição e que dá título a este tópico encontra-se em Mateus 20.20-24 e nos Evangelhos de Marcos e Lucas.

Aproximava-se a hora em que Jesus daria cumprimento ao plano de redenção divino preparado antes da criação do mundo (1 Pe 1.20; Ap 13.8).

O Mestre reuniu os seus discípulos e convidou-os a ir até Jerusalém, onde os príncipes dos sacerdotes e os escribas iriam condená-lo e entregá-lo à morte (Mt 20.18). Jesus estava tratando a respeito da sua morte na cruz e da sua ressurreição.

Era um momento ímpar, solene e aguardado pela humanidade desde a Queda. É justamente nesse momento que a mãe dos filhos de Zebedeu aproxima-se e faz o seu pedido: “Dize que estes meus dois filhos se assentem um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu Reino” (Mt 20.21).

Sabemos que toda mãe quer sempre o melhor para o seu filho(a), então até aí tudo bem. Tal pedido, contudo, estava impregnado de um pensamento egoísta e envolto numa falsa pieda­de.

O pedido dessa mãe mostra que, até aquele momento — quase o derradeiro no ministério terreno de Jesus —, as pessoas ainda não tinham compreendido com exatidão o real propósito e significado do Reino de Deus.

Jesus sempre ensinou com muita eficiência e clareza, só que o aprendizado não depende apenas do professor.

A mãe de Tiago e João ainda não havia compreendido que o Reino de Jesus não era deste mundo; logo, não havia espaço para tal solici­tação.

O tal pedido carregava a “marca” de uma sociedade egoísta e materialista, em que as pessoas queriam sempre o melhor somente para si.

É interessante que a mulher adorou a Jesus em primeiro lugar (Mt 20.20) e, em seguida, faz um pedido a Ele.

Tal atitude parece ser bem interesseira, pois o pedido estava distante de tudo o que Jesus pregou e ensinou. A resposta do Mestre foi bem enfática: “Não sabeis o que pedis” (v. 22).

Jesus ainda afirmou:

“Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser, entre vós, fazer-se grande, que seja o vosso serviçal” (Mt 20.26).

O Mestre estava mais uma vez enfatizando que os valores do Reino eram antagônicos aos deste mundo. Observe o que nos diz a Bíblia de Estudo Pentecostal a esse respeito:

NÃO SERÁ ASSIM ENTRE VÓS. Neste mundo, os que “exercem autoridade” e “domínio” são considerados gran­des. Jesus diz que, no Reino de Deus, a grandeza não será medida pelo domínio sobre os doutros, mas pela dedicação das pessoas ao serviço do próximo, de conformidade com a revelação bíblica de Cristo.

O crente não deve procurar alcançar as posições mais altas a fim de exercer autoridade ou domínio. Pelo contrário, deve dedicar sua vida a ajudar os outros, especialmente na labuta pelo bem espiritual de todos.2

Jesus jamais responderia um pedido que fosse contrário aos ideais do Reino e Ele jamais nos concederá algum tipo de benefício que seja supérfluo para ser desfrutado de modo egoísta.

Quando o Pai chamou Abraão, disse que faria dele uma grande nação, que o abençoaria e que todas as famílias da Terra seriam benditas por intermédio da vida do seu servo (Gn 12).

O propósito divino não era apenas beneficiar Abraão e a sua família com favores e privilégios. O Senhor desejava algo maior: abençoar todas as famílias da Terra.

A leitura do texto de Mateus 20.20-24 deixa bem claro que não há nenhum tipo de favorecimento no Reino de Deus. Cristo amou a todos. O seu sacrifício foi em favor de toda a humanidade, e Ele fez-nos herdeiros de todas as coisas (Rm 8.17).

O pedido daquela mãe acabou por reduzir a grandeza do Filho de Deus e o seu maravilhoso amor. Jesus sempre vai amar e abençoar com imparcialidade e generosidade. Afinal, estes são os valores do Reino: amor, imparcialidade e generosidade.

Então, fica aqui a indagação: Quais são seus valores? Eles estão conforme os valores expressos por Jesus no Sermão do Monte?

Que nossos valores estejam pautados segundo o Reino de Deus para que vivamos de tal modo que os homens possam ver nossas atitudes e palavras e glorifiquem ao Pai por causa delas.

Fomos chamados para sermos o “sal” e a “luz” deste mundo e, para tal, precisamos abandonar toda falsa piedade, todo egoísmo e cosmovisão que neste mundo há.

Que não venhamos seguir o exemplo da mãe dos filhos de Zebedeu, pois ela ainda não compreendia a realidade do Reino de Deus. Observe o que realmente significa ser “sal” e “luz” do mundo segundo a ótica do Salvador.

Quem conhece e pratica os ideais do Reino vive de maneira a “salgar” e “iluminar”, preocupa-se com o próximo, e não em ter os seus desejos pessoais atendidos, por mais justos que sejam. Tomemos cuidado com a falsa piedade!

3 Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 43,44.

II – BUSCANDO UMA ESPIRITUALIDADE SADIA

Quando estamos com alguma doença, como, por exemplo, uma gripe, apresentamos alguns sintomas: febre, tosse, dor no corpo etc.

São esses sintomas que nos fazem reconhecer que há algo errado com nosso corpo, nossa saúde e que nos leva a procurar atendimen­to médico.

E com nossa espiritualidade, quais são os “sintomas” de que algo não vai bem? Veremos alguns sintomas, ou melhor, alguns sinais.

Precisamos, contudo, primeiramente definir o que seria uma espiritualidade sadia, pois acredito que é viver segundo os ideais do Reino de Deus, em obediência total e completa aos princípios es­tabelecidos pelo Pai e o Filho.

Esses princípios estão instituídos nas Sagradas Escrituras. Por isso, precisamos conhecer o Pai e o Filho mediante o estudo sistemático da sua Palavra. Observe também a definição de espiritualidade apresentada pelo Dicionário Bíblico Wycliffe:

Deus, que é Espírito, regenera o homem pecador e lhe dá a possibilidade de alcançar a verdadeira espiritualidade.

“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita” (Jo 6.63). Deus dá ao crente o entendimento espiritual (Cl 1.9) e um vocabulário espiritual para que ele possa expressar as verdades divinas em uma forma espiritual (1 Co 2.12,13).

O homem espiritual é o cristão que atingiu a maturidade, no qual abunda o fruto do Espírito. O cristão carnal, ao contrário, é aquele que permanece imaturo e ainda é uma criança em termos espirituais. Ele só pode ser alimentado com leite.

A sua vida é marcada por invejas, contendas, distinções, orgulho, impureza. No entanto, é possível andar no Espírito, possuir seu poder, obter seus dons — todos os sinais da verdadeira espiritualidade.4

4 Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 686.

Um dos sinais de que não há uma espiritualidade sadia é a falta de desejo em aprender e viver os princípios do Reino. Jesus declarou: “Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam. E não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo 5.39,40).

Precisamos examinar a fundo as Escrituras, mas que jamais venhamos permitir que essa busca se torne somente erudição sem o conhecimento pessoal com o Cristo.

É preciso cuidado! Os escribas e fariseus, que foram chamados diversas vezes de hipócritas por Jesus, estudavam com afinco o Pentateuco, mas eles apenas se detinham em preceitos e tradições humanas.

Uma prova dessa verdade é o fato de que não reconheceram que Jesus era o Messias que fora anunciado pelos profetas nos escritos do Antigo Testamento.

Eles conheciam a letra, mas não reconheceram o Verbo de Deus (Jo 1.1,2). No fundo, os escribas e fariseus idolatravam a palavra escrita e desprezavam o Deus da Palavra.

Eles apresentavam uma espiritualidade doentia e acabavam afastando as pessoas do Reino de Deus. Não era o fato de estudar a Palavra que os fazia adoecer, mas, sim, o modo arrogante como faziam e a forma como se utilizavam da Palavra para ferir e menosprezar as pessoas, como, por exemplo, no caso da mulher pega em adultério (Jo 8). Eles e os líderes judeus simplesmente ignoraram a Lei e prenderam somente a mulher.

É preciso estudar e aprender as Escrituras, mas que jamais venha­mos permitir que nosso conhecimento seja só simples erudição como os líderes judeus, escribas e fariseus.

É preciso conhecer, aprender e praticar os ensinos de Jesus Cristo de forma correta, saudável, pois a falta de conhecimento bíblico adoece o corpo, a alma e o espírito, além de produzir através dos tempos: legalismo, rebeldia, materia­lismo, misticismo e religiosidade.

Atualmente, as pessoas têm muitas informações a respeito do evangelho, mas é um conhecimento que não leva a um encontro pessoal com Cristo; logo, não produz vida.

Na atualidade, temos o desafio de fazer as pessoas pensarem a res­peito da fé cristã, e não apenas as manter informadas dizendo a elas tudo o que gostariam de ouvir, massageando os egos e inflamando os corações com tudo o que é deste mundo.

Deus sempre desejou que o seu povo tivesse um conhecimento capaz de produzir uma espiritualidade saudável (Os 6.3,6).

Vivemos na era da informação, uma sociedade que fala o nome de Deus, onde há várias igrejas, uma em cada esquina, contudo não nos tornamos pessoas melhores, pois permanecemos distantes do Cria­dor.

Há muita informação, mas pouca aprendizagem, pois aprender é mais do que tomar conhecimento. Somente a aprendizagem das Sagradas Escrituras pode produzir um relacionamento mais íntimo e pessoal com Deus, gerando, assim, uma espiritualidade saudável.

A falta de comunhão com Deus também é um sinal de que algo não vai bem. Não existe espiritualidade sadia sem comunhão com Deus.

O Senhor precisa estar em primeiro lugar em nossos corações.

Sabemos que vivemos tempos difíceis em que temos que trabalhar mais horas para conseguir o pão nosso de cada dia, só que não po­demos renunciar a nosso momento de oração, leitura da Palavra e adoração desinteressada.

Não permita que a influência maléfica deste mundo endureça seu coração tornando-o seco e inflexível. Busque a Deus e permita que Ele venha arejar sua alma com o doce vento do Espírito Santo. É mediante a ação do Espírito Santo que frutificamos e temos uma maior conexão com Deus.

Resista à tentação de somente correr atrás das coisas deste mun­do em detrimento das espirituais. Busque ao Pai e à sua face e seja renovado. Seja saudável em todas as áreas.

Depois da leitura do texto bíblico da lição, podemos afirmar que uma espiritualidade doentia leva a pedidos egoístas, como o feito pela mãe de Tiago e João.

Temos a impressão de que a glória e a majestade salvadora do Reino de Deus não eram suficientes para essa mãe e os seus filhos. O religioso está sempre insatisfeito.

Muitos, como os filhos de Zebedeu, não se contentam com o amor de Deus revelado pela graça; antes, ambicionam um lugar de destaque na Terra e no Céu.

Quem estuda as Escrituras Sagradas e busca ter comunhão com Deus compreende que o Céu, assim como o Reino de Deus, não pode ser mensurado por bens materiais ou status.

O Reino de Deus é justiça, paz e misericórdia. Não podemos pensar no Céu segundo certos critérios humanos.

Como se comportaram os demais discípulos depois de ouvirem o pedido da mãe dos filhos de Zebedeu? O texto bíblico diz que os dez ficaram indignados com os dois irmãos (Mt 20.24).

Os discípulos já esta­vam caminhado com o Mestre há quase três anos, mas ainda não tinham desenvolvido uma espiritualidade saudável, tanto que um deles traiu Jesus, o outro o negou, e todos os abandonaram na sua crucificação. É tempo de aprender o que significa uma espiritualidade saudável.

CONCLUSÃO

Quem deseja seguir a Cristo precisa renunciar aos seus valores e dos valores deste mundo. Ser discípulo significa renunciar a maneira de viver e pensar deste mundo. Você tem vivido de modo que o nome do Senhor seja glorificado e exaltado?

Ao olharem para você, as pessoas conseguem ver a Cristo ou o velho Adão com o seu modo de pensar egoísta, mesquinho e rebelde?

Como discípulos do Mestre, precisamos seguir os seus passos. Ele deve ser nosso referencial no pensar, no falar e no agir.

O mundo não pode influenciar-nos, mas nós é que temos que influenciar o próximo mediante os ensinos de Cristo.

Para conhecer mais a respeito dos temas das lições, adquira o livro do trimestre: Imitadores de Cristo: Ensinos Extraídos das Palavras de Jesus e dos Apóstolos. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

Fonte: https://www.escoladominical.com.br/2022/08/26/licao-9-quem-segue-a-cristo-aprende-novos-valores/

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