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Juvenis – Lição 04- Amor-Próprio: “Amar como a ti mesmo”

1 – AMAR A SI MESMO

1.1 – AMOR PRÓPRIO

O amor-próprio é um estado de apreço por si mesmo que provém de ações que nos ajudam a crescer psicológica, física e espiritualmente.

O amor-próprio vem do amadurecimento e do autoconhecimento, que nos permitem identificar nossas forças e fraquezas, e aprender a lidar com elas. 

O trecho de Efésios 5:28 mostra-nos que o autoamor é legítimo, porquanto serve de base ou padrão do amor que um homem tem por sua esposa. Ninguém odeia a si mesmo (ver Efésios. 5:20). Bem pelo contrário, cada pessoa cuida de si mesma com extremados cuidados.

O amor-próprio é algo necessário para a preservação do corpo como veículo de serviço, porquanto é o templo do Espírito Santo (ver I Cor. 6), pelo que merece ser tratado com cuidado.

Além disso, há o amor pelo ser inteiro, e não apenas pelo corpo físico. Esse afeto também encontra bases teológicas, porque agrada ao Pai que seus filhos andem corretamente, e é bom para o Pai Celeste.

Isso posto, o crente deve perceber certa importância em sua pessoa, por haver sido exaltado pelo Pai, tendo sido feito um filho de Deus, um co-herdeiro do Filho de Deus.

Cada indivíduo é ímpar, e ocupa-se, aqui e na vida vindoura, de uma missão sem-par (Apo. 2:17). Ora, sendo ímpar, o indivíduo deve respeitar a si mesmo, tanto quanto aos seus semelhantes. 

1.2 – SOBRE A AUTOESTIMA

Autoestima é a capacidade que temos de valorizar ou não a nossa identidade, se estamos satisfeitos com o que somos, se confiamos em nós mesmos e se reconhecemos o nosso valor.

Para a psicologia, a autoestima é a avaliação subjetiva que cada um faz de si, das suas características emocionais e comportamentais.

Respondendo à pergunta do título deste texto, os psicólogos acreditam que não nascemos com um grau de autoestima pré-determinado.

Nós a desenvolvemos desde a infância, conforme recebemos elogios e somos reconhecidos por nossos pais a cada conquista que alcançamos. O fato de sermos aceitos e queridos contribui para a elevação da nossa autoestima.

Autoestima é uma daquelas palavrinhas que muito ouvimos quando o assunto é o cuidado que devemos ter conosco, com os nossos sentimentos e emoções. 

2 – O PERIGO DOS EXTREMOS

2.1 – AUTOESTIMA EM EXCESSO

Provavelmente você já leu e se informou bastante a respeito da baixa autoestima, não é mesmo? Porém, não é somente a falta de estima por si mesmo que pode influenciar negativamente a vida das pessoas.

Ter autoestima excessiva pode levar um indivíduo a cometer uma série de erros sem reconhecer que está enveredando por um caminho que dificilmente terá volta. Narcisismo e enxergar apenas a si mesmo no mundo pode ter consequências bastante graves.

Apesar de ser uma questão bastante importante de se discutir, a autoestima excessiva não entra tanto em pauta quanto o seu inverso, a baixa autoestima.

Considerada como um viés mais sombrio da questão, essa visão negativa de si mesmo também é bastante séria. Porém, a resposta para algo que falta jamais é o seu excesso, afinal, assim também não será possível conquistar a felicidade e a realização completa.

Construir uma autoestima saudável é crucial para conseguir se desenvolver nos campos pessoal e profissional, mas não dá para tentar melhorar pecando pelo excesso. Há uma busca incessante do ser humano por potencializar suas ações, chegando ao seu máximo. No entanto, para ter uma autoestima equilibrada é fundamental compreender que em muitos casos realmente o menos é mais.

Sinais da autoestima excessiva:

– Desdém a tudo que lhes é oferecido

– Comportamento arrogante

– Terceirização da culpa por seus erros

– Superioridade dos seus desejos

– Falta de empatia

– Incapacidade de julgar seu próprio trabalho

– Os riscos de acreditar ter direito a tudo

2.2 – Baixa Autoestima

Ter baixa autoestima reflete em uma série de comportamentos que podem, a longo prazo, ser prejudiciais para o desenvolvimento pessoal e profissional.

Uma pessoa com baixa autoestima pode, por exemplo, ter dificuldade em dizer não, desenvolver compulsão alimentar e até mesmo se sentir inferiores e incapazes.

Para a psicóloga e especialista do Zenklub, Milena Lhano:

Importantes psicólogos sistêmicos, como Hilde Bruch, Selvini Palazzoli e Minuchin, a partir de seus estudos, correlacionaram alguns transtornos à falta de autoestima, sentimento de inadequação e de incompetência e perfeccionismo.

Os estudos feitos sobre a anorexia, bulimia e obesidade apontaram questões referentes a autoestima como causa desses transtornos.

É importante prestar atenção aos mínimos sinais que a baixa autoestima pode apontar na sua vida, para que você possa o quanto antes tentar trabalhar isso em um psicólogo ou psiquiatra.

O tratamento com a psicoterapia é necessário para que você crie ferramentas de superação e desenvolva melhor as suas capacidades, a autoconfiança, a sua própria aceitação como ser humano e suas habilidades sociais. 

Entre as principais características das pessoas com baixa autoestima, podemos perceber:

Falta de confiança;

Timidez em excesso;

Medo de ser rejeitado;

Problematiza as suas limitações;

Precisa de elogios e reconhecimento dos outros para se sentir satisfeito consigo mesmo;

Não sabe receber críticas;

Competitivo com os outros e está sempre se comparando;

Tem por hábito a procrastinação;

Perfeccionismo;

Não reconhece suas vitórias e sucessos.

Gideão é um exemplo de baixa autoestima. Gideão tinha baixa autoestima (Juízes 6:15), não se sentia forte e valente o suficiente para libertar os israelitas dos midianitas.

Mas Deus manda um anjo para encorajá-lo (Juízes 6: 16). Naquele momento, Ele estava mostrando a Gideão o seu potencial, mesmo com o seu medo aflorado.

Às vezes precisamos tomar decisões e não sabemos se estamos agindo de forma correta. O fato é que o ser humano é por si só inseguro.

Quantas oportunidades perdemos pelo simples fato de não darmos o primeiro passo em direção ao novo, mesmo com uma garantia financeira, com o emprego que sempre esperamos. Gideão era inseguro, mas estava disposto a fazer o que Deus lhe ordenara.

3 – A IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO

3.1 – CUIDADO FÍSICO

A prática da atividade física regular beneficia o corpo e a mente, aumentando a autoestima e o equilíbrio emocional, melhorando a memória, aliviando o estresse e diminuindo a insegurança e a ansiedade.

O sistema nervoso como um todo é estimulado positivamente. É que durante os exercícios físicos, o fluxo de sangue no cérebro aumenta e os níveis de substâncias que promovem a sensação de bem-estar crescem.

Com isso, a pessoa passa a lidar melhor com os problemas, minimizar a insônia e ter uma melhor qualidade de vida.

Com o aumento da serotonina no organismo, que causa a sensação de bem-estar, controla-se, ainda, a insegurança, a ansiedade, a depressão e até o excesso de peso, aspectos bastante negativos para a autoestima. Nas academias, são comuns os exercícios em grupo.

1 Timóteo 4:8 nos informa: “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser”.

Note que este versículo não diz que o exercício não tem valor! Ele diz que o exercício tem algum valor, mas mantém as prioridades corretamente ao dizer que a piedade é de maior valor.

O apóstolo Paulo também menciona o treinamento físico ao ilustrar a verdade espiritual. 1 Coríntios 9:24-27:

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.

Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível.

Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”.

2 Timóteo 2:5: “Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas.” 2 Timóteo 4:7: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.”

Então, claramente não há nada de errado no fato de um cristão se exercitar. Na verdade, a Bíblia é clara ao dizer que nós devemos cuidar bem dos nossos corpos (1 Coríntios 6:19-20).

Efésios 5:29 nos diz: “Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida…”

A Bíblia também nos adverte contra a gula (Deuteronômio 21:20; Provérbios 23:2; 2 Pedro 1:5-7; 2 Timóteo 3:1-9; 2 Coríntios 10:5).

Ao mesmo tempo, a Bíblia nos adverte contra a vaidade (1 Samuel 16:7; Provérbios 31:30; 1 Pedro 3:3-4). O que a Bíblia diz sobre a saúde? Seja saudável! Como alcançamos este objetivo? Ao fazermos exercícios não muito pesados e comendo moderadamente. Este é o padrão Bíblico para a saúde e para o exercício físico.

3.2 – CUIDADO EMOCIONAL

Muitas pessoas não sabem dizer não, inclusive quem tem problemas com a sua autoestima.

Pode parecer estranho, mas algumas pessoas simplesmente não conseguem negar um pedido de favor, um convite para sair ou mesmo ações ou atividades que as prejudique, como emprestar dinheiro sem poder. 

ALGUNS CUIDADOS COM A SAÚDE MENTAL E EMOCIONAL

Ore sem cessar (1Ts. 5:17).

Cuide da saúde física.

Tenha boas relações.

Valorize os momentos de lazer.

Diminua o tempo online.

Estabeleça objetivos.

Priorize seu sono.

Peça ajuda com alguém de confiança (pastor, irmão, psicólogo).

3.2 – CUIDADO ESPIRITUAL

“Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu corpo e refrigério, para os teus ossos” (Pv 3.7-8).

“Ler é para o espírito o que a ginástica é para o corpo”, já dizia Joseph Eddison, escritor inglês do século 18. Isso vale ainda mais para a leitura da Bíblia. Ler e estudar a Palavra de Deus fazem para a alma o que o esporte e a ginástica fazem pelo corpo.

 Já que alma e o corpo estão em uma relação íntima, a saúde espiritual muitas vezes também se reflete no corpo físico. Quando a alma adoece, o corpo adoece também, e vice-versa.

O apóstolo João escreve acerca dessa ligação entre corpo e alma: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma” (3 Jo 2).

Na Medicina sabe-se hoje que pressões emocionais como estresse, pecado, raiva, preocupação ou falta de perdão podem causar doenças físicas, e que em sentido inverso, a cura dos conflitos emocionais pode contribuir para a cura do corpo.

 Isso obviamente não quer dizer que pessoas felizes e espiritualmente saudáveis não fiquem doentes.

Outros fatores também desempenham seu papel, como os genes, o ambiente, acidentes, contágio, etc.

Mas o que está se confirmando cientificamente e é cada vez mais pesquisado em termos de saúde é o que a Bíblia já nos ensina há muito tempo.

Ter paz com Deus e segui-lO de todo o coração é melhor do que “espertos” conselhos humanos acerca de aptidão física com que nos defrontamos diariamente e que movem um mercado milionário. “Não sejas sábio aos teus próprios olhos”.

Tanto dinheiro é gasto com vitaminas, suplementos alimentares, dietas e terapias. Nem sempre isso é necessariamente mal, mas podemos nos perguntar se uma vida no temor de Deus não traria proveito maior para o corpo, a alma e o espírito.

Nesse contexto gostaria de citar a Romanos 12.1-2: “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.

 Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (NVI).

Provérbios 4.22 diz acerca dos ensinamentos de Deus: “Porque são vida para quem os acha e saúde, para o corpo”.

E Paulo escreve: “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser” (1 Tm 4.8).

4 – AUTOESTIMA HUMILDE

4.1 – RECONHECE SEU VALOR COM HUMILDADE

Com a autoestima em equilíbrio, as críticas e os elogios têm o mesmo peso. É através de uma lente da realidade que podemos ver nossas qualidades e nossas ações com um olhar do que pode e não pode e sabendo exatamente o que faz, como faz e o resultado disso. Há uma credibilidade em nós mesmos, independentemente do resultado do nosso dia.

Diante a isso, a pessoa que tem uma autoestima é uma pessoa que também tem humildade no sentido mais amplo da palavra, com um reconhecimento de seus limites e conhecimento exato do que é, nem mais nem menos. (Essa humildade a que me refiro nada tem a ver com o “ser humilde” a que a sociedade ressalta hoje, que na realidade é ligado à fraternidade).

Cada um de nós, é o que é… Você é o que é!

A humildade faz com que você perceba que não é mais do que ninguém e nem mais do que aquilo que você realmente é.

A pessoa humilde jamais se humilha nem se exacerba. Por isso, faço o paralelo entre humildade e estima.

A pessoa que tem uma boa estima é também uma pessoa humilde, porque ela se reconhece; já uma pessoa que tem uma baixa autoestima, não é uma pessoa humilde, ela se mostra altamente vaidosa e com certa pitada de arrogância, com frases do tipo “como as pessoas não me veem como eu sou?” ou “como elas não me enxergam o meu melhor?”. Essas questões fazem com que essa pessoa se infrinja nesta não qualidade.

4.2 – ESTER, UM EXEMPLO DE AUTENTICIDADE

Ester tinha um caráter amável, coração humilde e sensível. Não nasceu princesa, muito pelo contrário, ela nasceu pobre e ainda se tornou órfã de pai e mãe.

Porém, mesmo parecendo ser desprovida de qualquer tesouro material, Ester tinha como sua maior riqueza um coração justo e bondoso.

Ao arriscar a própria vida a favor de seu povo, Ester mostrou que não tinha medo de fazer o que era certo e lutar por aquilo em que acreditava.

CONCLUSÃO

Cada cristão tem que reconhecer o seu valor, seja na sociedade (vida secular), seja nas atividades na igreja, mas nunca deixando de lado a humildade, pois a soberba sempre nos levará a grandes transgressões (Sl.19:13).

O amar a si mesmo é algo necessário para a preservação do corpo como veículo de serviço, porquanto é o templo do Espírito Santo, pelo que merece ser tratado com cuidado.

De seu conservo, Adauto Matos.


– https://www.psicologoeterapia.com.br/blog/amor-proprio/ 

– Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia

– https://www.psicologoeterapia.com.br/blog/o-que-e-autoestima-baixa-e-alta-e-qual-significado/

-https://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/quando-ha-excesso-autoestima-conheca-mais-sobre-autoestima-excessiva/ 

 – https://www.estudosdecelulas.com.br/homens-da-biblia-gideao/

-https://www.psicologoeterapia.com.br/blog/o-que-e-autoestima-baixa-e-alta-e-qual-significado/#exercicios-influenciam.

– https://www.gotquestions.org/Portugues/exercicio-cristao.html

.https://zenklub.com.br/blog/autoconhecimento/autoestima/#:~:text=Autoestima%20%C3%A9%20a%20imagem%20e,os%20outros%20t%C3%AAm%20sobre%20n%C3%B3s

 – https://www.chamada.com.br/mensagens/9_regras.html

 – https://mauradealbanesi.com/autoestima-e-humildade

-https://paodiario.org.br/publicacoes/rainha-ester/?gclid=EAIaIQobChMIuf3oibyB-wIVauhcCh1HHQxKEAAYASAAEgL8VfD_BwE

Vídeo: https://youtu.be/wN-0JarMHT8

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