JUVENIS – LIÇÃO 11- O amor não se alegra com a injustiça
Sugestão de leitura:
Fazer a coisa errada produz alguma alegria? Se não, por que é que constantemente os errados, quando juntos no erro, estão sorrindo?
E por que se busca tanto fazer a coisa errada? Já sentiu alguma pontada de inveja dos áureos momentos do juiz Lalau? Ou da vida nababesca do “sheik” Lula? Ou quem sabe daquele fiscal de SP, que ao que tudo indica, estudou comigo (e com outros é claro!) no Colégio Batista Shepard?
Parece que o mal está tão entranhado em nós que mesmo depois de convertidos, continuamos de algum modo nos alegrando com a injustiça.
Isso porque o amor precisa penetrar a camada mais profunda da estrutura do nosso ser para desalojar o mal, ou pelo menos para clarificá-lo. Mas quem ama a injustiça?
1) O que ama o mal não tem o Amor.
Numa sociedade corrompida é normal se alegrar com o mal. As pessoas não querem o efeito do mal, mas são aguçadas pelas benesses que ele produz.
Muitos ao ouvirem o corrupto fiscal de São Paulo, a matéria sobre a vida que levava, acharam-na atraente. Só não gostaram da “ressaca” que a injustiça provoca.
O amor agape não convive com o mal, não tolera a injustiça, não pela análise dos seus efeitos. Agape não tolera o mal/injustiça pela própria essência.
O corte, a inadequação não é no “comprimento”, mas na raiz. Nesse sentido a ética cristã baseada nesse amor continuará sendo contrária a postura pragmática do modelo ético sugerido, por exemplo, por Peter Singer (em sua obra Ética Prática).
Jesus já dizia que alguns não quereriam a Ele porque amariam mais o mal (João 3)… se alegrariam com a injustiça.
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2) Aquele que faz da injustiça um instrumento do amor próprio
São os membros da torcida organizada do escândalo. Não bastasse o sofrimento que o tropeço causa na pessoa (Jesus já falara isso – os tropeços são inevitáveis mas ai daqueles por meio dos quais eles vêm!), ainda tem uma torcida que vibra com o caso do ocaso de alguns.
O escândalo é motivo para o outro, de orgulho pessoal. Para esses o pecado dos outros é o único meio de autovalorização. Não sendo bons, se tornam virtuosos pela comparação, pelo erro do outro.
E essa é uma das mais injustas formas de machucar o outro: feri-lo quando ele se encontra debilitado. A ciência da fraqueza de alguém não é para realçar nossa força. Isso é injustiça. Isso não é amor.
A Palavra de Deus em Provérbios é clara quanto a isso (ver 17:5 e principalmente 24:17-18).
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3) Aquele que se alegra com a injustiça sobre o injusto
Imagina a cena… você é assaltado, seu carro é roubado. Na delegacia fazendo a ocorrência chega a notícia de que acharam seu carro, com os 3 bandidos que estavam no assalto dentro.
Todos mortos por outra quadrilha numa outra tentativa de assalto. Surge em seu coração um sonoro “bem-feito”.
Praticamente vemos nisso uma espécie de “justiça”. Só que assalto em qualquer circunstância é um ato de injustiça. Não tem jeito. Não dá para renomear o erro chamando-o de acerto.
O que é errado continuará sendo errado mesmo que todo mundo esteja fazendo. O certo continuará a ser certo mesmo que ninguém o pratique, que caia em desuso, que fique “démodé”.
Esse rebatismo é uma das sutis maneiras de nos alegrarmos com a injustiça… No mundo a fórmula injustiça sobre injusto=Justiça. No Reino de Deus, no Reino do Amor, não. As coisas são nomeadas pela sua natureza, pela sua essência.
- O QUE VOCÊ ANDA RENOMEANDO, TENTANDO DAR OUTRO NOME, MAS QUE NO FUNDO SABE QUE ESTÁ ERRADO?
4) Aquele que vê no mal o esteio da manifestação do bem.
Diz o ditado do evangeliques… quem não vem pelo amor, vem pela dor… nesse sentido o mal construiria uma sinalização para Deus e talvez nos tornássemos alegres na injustiça, pela sua existência.
Nesse sentido a injustiça, o mal, seriam um delineamento do bem e do amor. Uma espécie de marcador, de realçador que teriam a função até de embelezar o belo…
Pode ser que pessoas cheguem a Deus por atingirem níveis insuportáveis de maldade na vida. Mesmo assim o mal não engradece o amor.
O amor agape é grande, excelso, maravilhoso, majestoso, por si só. Seria um contrassenso pensar que só pode se ver bondade em Deus via maldade reinante… é como dar um óculos com lentes literalmente de fundo de garrafa suja para olhar uma bela tela Rembrandt…
O mal não é necessário para chegar a Deus. Na verdade é ele quem impede a humanidade de vê-Lo. Se não houvesse o mal, se a injustiça não existisse, nós veríamos Jesus Cristo como Ele é, pelo AMOR. Por isso que hoje voamos com ajuda de instrumentos (Bíblia).
E ainda bem que o temos! Mas lembre-se que no início, no Paraíso, quando não existia o mal, também não havia a necessidade dos instrumentos para discernir Deus… Ele sempre era notado, todo dia, especialmente ao entardecer.
Nem tampouco o mal se torna mecanismo para a Glória de Deus, como se Ele precisasse de algo ruim para se assumir como sumo-bono.
Alguns se alegram com a injustiça pois tentam ver nela um decreto divino… E como se percebem mais como súditos do Rei do que como amigos de Deus, eles passam a “facebookiar”, a curtir os decretos, ou melhor, aquilo que eles denominam como decretos. Ora, Deus sendo amor estabelece suas relações por convite e não por decretos.
Guarde bem isso: O Amor não precisa de nada para ser. Ele simplesmente o é.
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Sem dúvida alguma se há um meio onde o alegrar-se com a injustiça cresce, é o meio religioso. Isso porque além de promover constantes renomeações, a religião costuma desenvolver um certo cinismo naqueles que não precisam de reparação.
Seja uma injustiça moral (intencional) ou acidental (natural), ela jamais justificará ou delineará o amor.
O amor agape não se alegra com a injustiça. Nem quando ela parece ser justa.
Fonte: https://sergiodusilek.wordpress.com/2013/12/02/o-amor-nao-se-alegra-com-a-injustica-i-cor-13-6a/ ( Acesso em 10/12/2022 – às 11:41).
Vídeo: https://youtu.be/UWNv1vwM6e0