JUVENIS – LIÇÃO Nº 13 – BUSCANDO O ESPÍRITO SANTO
O poder do Espírito Santo concede legitimidade às realizações do crente, ou seja, às suas pregações, bem como orações por cura e libertação de oprimidos.
A atuação do servo do Senhor tem o devido reconhecimento quando vemos o poder de Deus, em sua vida, que lhe dá condições para este trabalho.
A concessão deste glorioso poder é a prova material de que Deus está no meio de Seu povo operando maravilhas, demonstrando Seu amor, manifestando os sinais que atraem os perdidos para Ele.
Foi o que vimos no derramamento do Espírito Santo no Pentecostes, em Atos 2, quando muitos foram atraídos ao ouvirem os crentes falarem em outras línguas e exaltarem ao Senhor.
É imprescindível que a presença do Espírito Santo se manifeste na Igreja. Quando aquelas dezesseis nações viram que o poder de Deus estava ali, no Cenáculo, entre os discípulos, não puderam resistir à voz divina e três mil almas renderam-se aos pés do Senhor.
O crescimento saudável ocorre quando este mesmo Espírito tem toda a liberdade para agir, ou seja, quando atua segundo o Seu querer.
O Império Romano foi impactado pelo derramamento do Espírito Santo, porque aonde os crentes passavam, almas se entregavam a Cristo e uma igreja era formada por meio da oração, da comunhão, da adoração fervorosa e do testemunho.
Aqueles que estão inseridos na igreja e os que dela não participam também são conquistados pelo bom testemunho, porque o poder do Espírito Santo é tão atuante que transforma o modo de ser e de viver humanos, mediante a produção do fruto do Espírito, o que torna o crente cada vez mais parecido com Cristo, tal como os crentes de Antioquia que, bem ensinados e conquistados por este maravilhoso poder, foram chamados de cristãos:
“E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” (At 11.26)
Receber poder do Espírito Santo é ser dotado de capacitação para o exercício do ministério que o Senhor nos confiou, dando-nos condições para vivermos de acordo com a Sua vontade.
Nesta vivência, procuramos nos santificar mais e mais, buscar poder para resistir às tentações e cultivar a busca pelos dons, dádivas divinas, concessões da graça para servirmos aos irmãos.
Viver em comunhão com o Espírito é conectar-se com a Terceira Pessoa da Trindade por meio da oração, da leitura e meditação na Palavra de Deus, o que dá abertura aos canais que nos capacitam a ouvir Sua voz, seguir Sua orientação em diversas áreas de nossa vida.
Já aprendemos que o Espírito Santo nos guia; aquele que guia, orienta, capacita e transforma. É o que podemos ver na igreja em Antioquia e com Ananias:
E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. (At 13.2)
E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando; (At 9.11)
O crente que vive de acordo com o propósito que o Senhor estabeleceu para os Seus filhos, sabe que é dependente do Espírito para obter direcionamento.
O crente é salvo pela fé em Cristo Jesus, convencido do pecado pelo Espírito Santo, regenerado e transformado por Ele, mas ainda há muito mais para acontecer:
“Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos.” (Hb 6;9)
A vontade de Deus é que o crente busque este poder que restaura completamente o pecador e ainda lhe dá condições de conquistar almas para Cristo.
É a vontade divina que se busque este poder: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.” (I Jo 5.14,15)
QUATRO COISAS QUE O ESPÍRITO SANTO FAZ EM SUA VIDA
1. Convence do pecado
2. Garante a salvação
3. Ensina
4. Produz fruto espiritual
Tudo isto é resultado da intimidade que se mantém com o Espírito Santo que nos conduz à maturidade espiritual.
Além disto, os salvos enfrentam duríssimas batalhas contra Satanás que não tem baixado a guarda contra os servos de Deus, por isto é preciso armar-se espiritualmente, tendo o olhar centrado em Cristo.
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, (Ef 6.11-18)
O batismo no Espírito Santo nos traz mais segurança para a divulgação da mensagem das boas novas e para o enfrentamento dos obstáculos que surgem à nossa frente. Foi assim com a Igreja Primitiva e com muitos salvos que buscaram esta dádiva.
Pois a ordem do Senhor para os Seus filhos é: “Enchei-vos do Espírito!” (Ef 5.18). Os cristãos precisam compreender a necessidade de buscar esta dádiva, submeter-se à Palavra e trilhar os caminhos da fé, na certeza de que será agraciado pelo Pai Celestial.
A recepção do dom do Espírito Santo subsequente à conversão está ligada às orações dos obreiros cristãos.
O escritor do livro dos Atos descreve da seguinte maneira as experiências dos convertidos samaritanos, que já haviam crido e haviam sido batizados:
“Os quais (Pedro e João), tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo… Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo” (Atos 8: 15,17).
Weinel, teólogo alemão, fez um estudo minucioso das manifestações espirituais da época apostólica. Ele diz que “o que podem ser chamadas ‘reuniões inspiradoras’ realizavam-se constantemente até ao segundo século, por muito estranho que isso pareça às pessoas desconhecedoras do assunto”.
O Espírito Santo, declara ele, veio aos novos conversos pela imposição das mãos e oração e o próprio Espírito operava sinais e maravilhas.
“Reuniões inspiradoras” parece tratar-se de cultos especiais para aqueles que desejavam receber o poder do Espírito Santo. (Pearlman, 2006, p.260)
O Espírito Santo é um excelente companheiro para aqueles que buscam o Senhor, para aqueles que estão passando por dificuldades, que gemem enquanto oram…Ele intercede, interpreta os gemidos diante de Deus. E, assim, as orações são respondidas (Rm 8.26,27).
Em Éfeso, havia um grupo de doze cristãos que foram evangelizados por Apolo, conheciam o poder transformador do Evangelho, mas ainda não ouviram falar do poder maravilhoso do Espírito Santo. Do poder que concede ousadia e poder para curar enfermos, pregar com autoridade, expulsar demônios etc.
Eram como um grupo de peregrinos no deserto próximos a um oásis sem poder visualizá-lo. Tinham sede, mas não a saciavam, porque não visualizavam a água, nem a sombra para descansar. Muitos cristãos vivem assim em nossos dias.
Conhecem a Cristo, as Escrituras, falam a Palavra de Deus, mas falta o poder, a vida, estão caminhando no deserto, sentindo sede.
A maioria deles não visualiza uma forma de saciar-se, de eliminar a sede, haja vista que o Espírito Santo é simbolizado pela água. Muitos vivem na sequidão e suas palavras, pregações, escritos não tem vida. São áridos como um deserto.
O encontro com o apóstolo Paulo foi crucial na vida daqueles homens, pois a pergunta do apóstolo trazia, consigo, a resposta que Cristo deu àquele jovem rico
“Ainda te falta uma coisa” (Lc 18.22). O batismo de João era a demonstração pública de arrependimento em nome do Senhor Jesus, porque o Mestre deu esta autoridade aos seus filhos para batizar.
No entanto, eles precisavam crer, descobrir e ter uma experiência autêntica com o Espírito Santo, o que realmente aconteceu quando Paulo lhes impôs as mãos. Diz a Bíblia que eles falavam em outras línguas e profetizavam. (Atos 19.1-7).
Esta dádiva está disponível para todos os servos do Senhor: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.” (At 2.39)
Sim, nenhum de nós é digno das bênçãos celestiais, dos dons divinos. Mas o próprio nome diz: trata-se de um dom, uma dádiva, uma concessão graciosa do Senhor, que atua segundo o Seu amor, misericórdia e compaixão.
Visto que o batismo de poder é descrito como um dom (Atos 10:45), o crente pode requerer diante do trono da graça o cumprimento da promessa de Jesus:
“Se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lhe pedirem?” (Luc. 11:13).
Certa escola de pensamento teológico ensina que não se deve pedir o Espírito, pela seguinte razão: No dia de Pentecoste o Espírito Santo veio habitar permanentemente na igreja; desde então, todo aquele que é agregado à igreja pelo Senhor, é batizado em Cristo. Por esse mesmo fato participa do Espírito (1Cor.12:13.). É
verdade que o Espírito habita na igreja, mas isso não deve impedir que o crente o peça e o busque. Como ressaltou o Dr.A. J. Gordon, que embora o Espírito fosse dado duma vez para sempre no dia de Pentecoste, isso não significa que todo crente haja recebido o batismo. O dom de Deus requer apropriação. Deus deu (João 3:16), nós devemos receber. (João 1:12.)
Como pecadores aceitamos a Cristo; como crentes aceitamos o Espírito Santo. Como há uma fé para com Cristo para a salvação, assim há uma fé para com o Espírito para alcançar poder e consagração.
O Pentecoste é uma vez para sempre; o batismo dos crentes é sempre para todos. A limitação de certas e grandes bênçãos do Espírito Santo ao reino ideal chamado “Era Apostólica”, não bastante ser conveniente como meio de escapar às supostas dificuldades, pode tomar-se o meio de roubar aos crentes alguns dos seus direitos mais preciosos. (Pearlman, 2006, p.260-261)
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
– Peça para seus alunos testemunharem se viram situações nas quais o Espírito Santo atuando na vida das pessoas.
– ugerimos alguns vídeos para você, professor, assistir e se inspirar. Até mesmo pode indicar para teus alunos. O primeiro deles é do Pr. Billy Graham:
1.“Como ser cheio do Espírito Santo? ” Três dicas importantes. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=W1vqhXRaIrM. Acesso em 15 dez 2023.
2.“A origem da Assembleia de Deus no Brasil – 110 anos de avivamento” Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lAZUiWAlBqM. Acesso em 15 dez 2023.
3.“Assembleia de Deus no Brasil chegou. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=GbOZKc_Lb3U. Acesso em 15 dez 2023
REFERÊNCIAS:
BIBLIAON. O poder do Espírito Santo em nossas vidas. Disponível em: https://www.bibliaon.com/acao_do_espirito_santo_na_vida/. Acesso em 15 dez 2023.
EXPLICANDO a Bíblia. O Espírito Santo na Bíblia: Poder e Guiamento. Disponível em: https://explicandoabiblia.com.br/poder-do-espirito-santo/. Acesso em 15 dez 2023.
PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. São Paulo: Vida, 2006.
E.book.
PODER do Espirito Santo: A Maior Necessidade da Igreja. Disponível em: https://www.esbocosdesermoes.com/2015/12/poder-do-espirito-santo-maior.html Acesso em 15 dez 2023..
Profª. Amélia Lemos Oliveira
Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/10084-licao-13-buscando-o-espirito-santo-i
Vídeo: https://youtu.be/YkzGYV-2VjQ