JUVENIS – LIÇÃO Nº 1 – CONHECENDO OS PROFETAS MAIORES
Querido (a) professor (a), seja bem-vindo (a) a mais um trimestre no qual estaremos “Conhecendo os livros dos profetas”.
Faremos uma espécie de tour pelos livros dos profetas e falaremos sobre o estilo literário, os propósitos do livro, o ambiente geográfico, o período histórico e as motivações da escrita da obra.
Isto nos faz compreender a obra e o seu contexto, bem como a aplicação das profecias na atualidade. Falaremos sobre tais proposições no decorrer dos comentários.
Nosso Deus escolheu Israel para ser a Sua propriedade exclusiva entre as nações da Terra. Por meio daquele povo santo, o Senhor falou com todos os povos.
Assim, para que o povo israelita não se corrompesse, devendo guardar a Lei e estar atento para ouvir a voz do Senhor: “Não havendo profecia, o povo perece; porém o que guarda a lei, esse é bem-aventurado.” (Pv.29:18).
O Senhor sempre levantou, profetas, no meio de Israel, que eram Seus porta-vozes, como havia sido prometido ainda no deserto através de Moisés, deixando claro qual era a responsabilidade de um profeta e como ele deveria agir em nome do Senhor:
Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá. E, se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou?
Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele. (Dt 18.20-22)
Moisés foi um profeta que teve o reconhecimento do povo por causa de sua conduta, comunhão com Deus e autoridade espiritual: “E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face;” (Dt 34.10)
A palavra “profeta” é grega e significa “aquele que fala por alguém”. Profeta é, portanto, a pessoa que fala por Deus, podendo, ou não, predizer o futuro. Daí a necessidade da comunhão com o Pai Celestial e autoridade espiritual.
No hebraico, as palavras utilizadas para profeta, são três: “nabi”, “roeh” e “hozeh”, palavras que aparecem reunidas em I Cr.29:29:
“Os atos, pois, do rei Davi, assim os primeiros como os últimos, eis que estão escritos nas crônicas de Samuel, o vidente, e nas crônicas do profeta Natã, e nas crônicas de Gade, o vidente.” (1 Cr 29:29)
A palavra mais comum nas Escrituras hebraicas é NABI e tem o mesmo significado do grego “profeta”, ou seja, “anunciador”, “declarador”.
Já “ROEH” e “HOZEH” significam “aquele que vê”, ou seja, “vidente”, como está traduzido na versão em língua portuguesa, que era, segundo I Sm.9:9 a antiga denominação dos profetas, querendo, com isto, dizer aquele que tem uma visão sobrenatural, aquele que Deus dá a enxergar algo que os homens não veem: “(Antigamente em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos ao vidente; porque ao profeta de hoje, antigamente se chamava vidente)”. (1 Sm 9:9).
O primeiro profeta, assim nomeado pelo próprio Deus, nas Escrituras foi Abraão, como vemos em Gn 20.7 a: “Agora, pois, restitui a mulher ao seu marido, porque profeta é, e rogará por ti, para que vivas.”
No entanto, o livro de Judas apresenta Enoque exercendo o ofício de profeta antes que Abraão:
“E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos;” (Jd 1:14)
Foi a partir de Moisés que o Senhor sempre levantou profetas no meio do Seu povo, colocando a Sua Palavra em suas bocas para que todos ouvissem a Palavra oriunda do próprio Deus e, assim, conhecessem o verdadeiro caminho s seguir:
“E tu lhe falarás, e porás as palavras na sua boca; e eu serei com a tua boca, e com a dele, ensinando-vos o que haveis de fazer. E ele falará por ti ao povo; e acontecerá que ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus. (Ex 4:15,16).
O ministério profético que se inicia com Enoque e Abraão vai até João Batista:
“Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.” (Mt 11:13)
Os profetas cujos ministérios estão registrados nos livros históricos (Samuel, Natã, Gade, Elias e Eliseu, entre outros, são chamados de profetas anteriores e suas mensagens não foram escritas. Temos conhecimento de seus feitos por meio dos
livros de Samuel, Reis e Crônicas. Os profetas posteriores foram aqueles que surgiram no final da história dos reinos divididos de Israel e de Judá, seus feitos e mensagens estão registrados em livros com seus nomes.
Formam a segunda parte do cânon hebraico, os “neviim”, iniciando pelo livro de Isaías e finalizando com os profetas menores.
Os Livros Proféticos apresentam um tipo especial de literatura bíblica escrita para objetivos específicos na história posterior de Israel.
Os dezessete livros de profecia complementam os dezessete livros históricos de muitas maneiras. A ênfase não é tanto histórica, e sim exortativa.
O tom é também mais intenso, como arautos notáveis trazendo conselho e admoestação em épocas de grande crise e angústia nacional.
Todavia, além de censurar por falhas passadas e advertir diante dos perigos do momento, os profetas apontavam para o futuro. Falavam do julgamento e dos tempos messiânicos que viriam para promover arrependimento e volta à justiça. (Ellisen, 1993, p.211)
Os profetas interpretavam a palavra específica do Senhor. Ellisen (1993, p.211), por sua vez, destaca algumas características / funções dos profetas:
a)Porta-voz especial de Deus: o “profetes” falar por alguém, representa este alguém, ou seja, nosso Senhor.
Agindo como embaixador ou mensageiro divino, traz a palavra de Deus para o povo como o pregoeiro da justiça. Nesta época de decadência moral e espiritual, a posição do profeta é bem delicada, haja vista que atrai muitos opositores.
b)Vidente: aquele que revela o futuro, atua numa função específica, porque somente o nosso Deus é onisciente. Mas, em situações ímpares, demonstra para o povo o que Deus está planejando para os Seus filhos.
c)Professor da Lei e da justiça: os profetas receberam a função de professores de Israel quando os sacerdotes e levitas se corromperam e deixaram de fazer a vontade divina, não cumprindo o seu ministério de acordo com a Lei, Por isto, a maior parte de seus ensinos contextualizavam o julgamento.
Os seus sacerdotes violentam a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; não fazem diferença entre o santo e o profano, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles. (Ez 22:26)
É importante mencionar também que os livros históricos descrevem o cenário, os momentos e os motivos que conduziram à escrita dos livros proféticos, cuja função não é mencionar a história, mas a predição do que está para acontecer.
Nestes livros, conhecemos diversos profetas conhecidos como profetas orais, suas mensagens não foram registradas no formato escrito porque suas atividades visavam apenas a elocução, a transmissão da mensagem divina.
Gade: “Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques naquele lugar forte; vai, e entra na terra de Judá. Então Davi saiu, e foi para o bosque de Herete.”(1 Sm 22:5)
Natã: “E o SENHOR enviou Natã a Davi; e, apresentando-se ele a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre.” (2 Sm 12:1)
Ido: “Os demais atos de Salomão, tanto os primeiros como os últimos, porventura não estão escritos no livro das crônicas de Natã, o profeta, e na profecia de Aías, o silonita, e nas visões de Ido, o vidente, acerca de Jeroboão, filho de Nebate?” (2 Cr 9:29)
Aías – E Aías pegou na roupa nova que tinha sobre si, e a rasgou em doze pedaços. E disse a Jeroboão: Toma para ti os dez pedaços, porque assim diz o Senhor Deus de Israel: Eis que rasgarei o reino da mão de Salomão, e a ti darei as dez tribos. (1 Reis 11:30,31)
E, também, havia outros profetas como Semaías (I Rs 12.22); Elias (I Rs 17.1); Eliseu (II Rs 4.8,9); Azarias (II Cr 15.1).
Tais homens, levantados por Deus, eram os atalaias do Senhor no meio do povo, chamados para exortar Israel e conclamar a nação para se comprometer com o verdadeiro Deus e a Sua Palavra.
Nos cultos do tabernáculo, o Senhor também levantou profetas entre os levitas, homens que obedeciam a Lei e a ensinavam, que tinham autoridade espiritual e, conectados com o trabalho no santuário, estavam incumbidos de auxiliar o sacerdote e o povo na promoção da verdadeira adoração, aquela que consiste na entrega de uma vida dedicada ao Senhor e de uma vivência imaculada, sem pecados.
Dentre eles, podemos mencionar Jaaziel, um levita, oficial do culto e usado pelo Senhor, em profecia:
Então veio o Espírito do Senhor, no meio da congregação, sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Benaia, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita, dos filhos de Asafe.
E disse: Dai ouvidos todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Jeosafá; assim o Senhor vos diz: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus.
Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz, e os achareis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel. Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém.
Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco. Então Jeosafá se prostrou com o rosto em terra, e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando-o.
E levantaram-se os levitas, dos filhos dos coatitas, e dos filhos dos coratitas, para louvarem ao Senhor Deus de Israel, com voz muito alta. (2 Cr 20:14-19)
No livro de Salmos também podemos identificar profecias de caráter cúltico, pois o profeta fala na primeira pessoa do singular, o que caracteriza o oráculo – a profecia relacionada ao culto, contendo a declaração divina para o povo. A instituição dos levitas-cantores no templo também contribuiu para isto:
“E pôs os levitas na casa do Senhor com címbalos, com saltérios, e com harpas, conforme ao mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este mandado veio do Senhor, por mão de seus profetas.” (II Cr 29.25)
Ou seja, a instituição dos levitas no templo tinha uma finalidade profética, conforma as Escrituras nos atestam.
Além dos profetas orais e cúlticos, havia aqueles cujas mensagens foram registradas no formato escrito, o que nos permite ter acesso às suas obras e compreender o seu ministério quando associamos ao período histórico (vide logo a seguir a cronologia dos profetas) Ellisen ( 1993, p.213 ) fala sobre a importância dos profetas da escrita e os temas dos registros:
Quase todos os profetas da “escrita” escreveram depois de terem sido profetas da “palavra” […] Principiando mais ou menos na época do expurgo do culto a Baal por Jeú, os períodos de maior concentração desses profetas foram justamente antes da destruição do reino do Norte e antes da destruição do reino do Sul.
Manifestavam-se geralmente em época de decadência nacional e julgamento iminente. Eram, num certo sentido, a incômoda consciência da nação. Nesse contexto podemos observar os seguintes temas importantes:
1.Temas Éticos:
a.A condenação da idolatria, imoralidade e injustiça seguida do convite para arrependimento e vida íntegra.
b.O caráter de Deus ao exigir justiça e misericórdia, e ao pro meter julgamento para os impenitentes.
c.A religião verdadeira está ligada ao coração e não apenas às mãos.
2.Temas Escatológicos:
a.A vinda do Senhor e o seu impacto sobre Israel e as nações.
b.O caráter e a vinda do Messias no julgamento, salvação e glória.
c.A vinda da era messiânica e suas bênçãos sobre Israel e o mundo.
d.A preservação dos restantes fiéis de Israel. (Ellisen, 1993, p.213)
Os profetas anunciavam mensagens propícias para a sua época e é por isto que o leitor deve estar atento para o momento histórico em destaque logo no início do livro.
A seguir, fazemos menção ao período histórico do livro profético e o seu período no livro histórico correspondente.
Sendo assim, aconselhamos, principalmente aos professores, que façam a leitura dos livros históricos e proféticos para ministrarem as aulas. Desta forma, terão melhores condições de contextualizarem os fatos e dissertarem/argumentarem sobre o tema em si.
Visão de Isaías, filho de Amós, que ele teve a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias, reis de Judá. (Isaías 1:1)
No ano segundo de Peca, filho de Remalias, rei de Israel, começou a reinar Jotão, filho de Uzias, rei de Judá.
Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Jerusa, filha de Zadoque. E fez o que era reto aos olhos do Senhor; fez conforme tudo quanto fizera seu pai Uzias.
Tão-somente os altos não foram tirados; porque o povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos. Este edificou a porta alta da casa do Senhor. Ora, o mais dos atos de Jotão, e tudo quanto fez, porventura não está escrito no livro das crônicas dos reis de Judá?
Naqueles dias começou o Senhor a enviar contra Judá a Rezim, rei da Síria, e a Peca, filho de Remalias. E Jotão dormiu com seus pais, e foi sepultado
junto a seus pais, na cidade de Davi, seu pai; e Acaz, seu filho, reinou em seu lugar. (2 Reis 15:32-38)
CRONOLOGIA DOS PROFETAS ANTES DA QUEDA DE SAMARIA (722 a.C.)
Extraído de: BENTHO, Esdras Costa & PLÁCIDO, Reginaldo Leandro.
Introdução ao Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p. 406-407.
O cativeiro babilônico (586 a.C.) é uma referência para os profetas maiores que se subdividem em pré-exílicos (anteriores à destruição de Jerusalém) e ao exílio babilônico, os quais são Isaías e Jeremias. Os profetas exílicos exerceram o seu ministério durante o período do cativeiro: Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel.
Os profetas se distinguiram por suas palavras e por suas ações. Em muitas ocasiões, o Senhor lhes ordenava para agirem de forma inusitada para que o nome de nosso Deus seja exaltado e Ele fale de forma singular com Seu povo e todos compreendam a ação divina.
Isaías 20.3: “Então disse o Senhor: Assim como o meu servo Isaías andou três anos nu e descalço, por sinal e prodígio sobre o Egito e sobre a Etiópia.” (Isaías 20:3)
Jeremias 18. 2 – 6 : “Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas.
Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.
Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel. (Jr 18:2-6)
Ezequiel 4.1-3: Tu, pois, ó filho do homem, toma um tijolo, e pô-lo-ás diante de ti, e grava nele a cidade de Jerusalém.
E põe contra ela um cerco, e edifica contra ela uma fortificação, e levanta contra ela uma trincheira, e põe contra ela arraiais, e põe- lhe aríetes em redor.
E tu toma uma sertã de ferro, e põe-na por muro de ferro entre ti e a cidade; e dirige para ela o teu rosto, e assim será cercada, e a cercarás; isto servirá de sinal à casa de Israel. (Ez 4:1-3) – Criou uma cidade em miniatura.
LIVRO DE ISAÍAS – Conhecido como a Bíblia em miniatura, está dividido em 66 capítulos, o mesmo número de livros da Bíblia cristã.
A sua estrutura nos mostra-nos uma divisão temática nos 39 primeiros capítulos e nos outros 27, o que demonstra a própria diferença que existe nas Escrituras no Antigo e no Novo Testamentos.
Observe o último versículo do cap. 39 que prenuncia salvação e paz vindouras, apontando para o futuro:
“Então disse Ezequias a Isaías: Boa é a palavra do Senhor que disseste. Disse mais: Pois haverá paz e verdade em meus dias.” (Is 39.8).
É uma forma de finalizar o Antigo Testamento, prenunciando o que há de vir. Mas no cap. 40.1-3, a mensagem fala da redenção que veio com o fim de salvar o homem dos seus pecados, mensagem expressa no Novo Testamento:
Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai benignamente a Jerusalém, e bradai-lhe que já a sua milícia é acabada, que a sua iniquidade está expiada e que já recebeu em dobro da mão do Senhor, por todos os seus pecados. Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. (Is 40. 1-3)
O livro do profeta Isaías, também, é conhecido como o “Evangelho do Antigo Testamento”, pois a sua mensagem se refere ao Messias. Em Isaías, encontramos mensagens relativas ao Messias desde a Sua concepção (Is.7:14) até o Seu reino milenial (Is.65:25).
LIVRO DE JEREMIAS – O livro de Jeremias é o segundo livro profético, na ordem tanto da Bíblia hebraica (profetas posteriores) quanto da nossa.
Seu nome hebraico é “Yireme-Yahu”, nome do autor do livro e que vem no início do seu texto (Jr.1:1 – “Palavras de Jeremias, filho de Hilquias, dos sacerdotes que estavam em Anatote, na terra de Benjamim”), cujo significado é “Jeová eleva” ou “Jeová lança“.
Portador de uma mensagem dura, conclamou o povo se arrependesse de seus pecados, pois muitos estavam envolvidos numa aberta idolatria. Jeremias, também, aconselhava o povo a se submeter ao rei de Babilônia.
Se assim não fizessem, seriam levados cativos. Embora trouxesse uma mensagem dura e impopular, Jeremias não deixou de apresentar uma mensagem de esperança para o povo.
LIVRO DE LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS – Para Archer (2012,p.461), “o tema do livro é um lamento pelos males que sobrevieram à nação pecaminosa de Judá e à lamentável destruição da Cidade Santa e do templo do Senhor.
Por implicação, o profeta parece apelar aos israelitas castigados para que reconheçam a retidão de Deus ao tratar com eles assim, e que depositem uma vez mais sua confiança total na misericórdia de Deus, com espírito de total arrependimento.”
LIVRO DE EZEQUIEL – Ezequiel foi levantado para trazer a mensagem de Deus em pleno cativeiro, a um povo enfraquecido e desesperançado com a escravidão a que fora submetido.
Ezequiel destaca, em sua profecia, a necessidade do cativeiro babilônico, o qual foi a medida empregada pelo Deus da graça para corrigir o povo desobediente e afastá-lo da completa e permanente apostasia.
Aqueles que compusessem o remanescente e se arrependessem, seriam restaurados porque o Senhor era estabelecer uma futura teocracia, em um novo templo.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
– Conversar com os alunos sobre as profecias que eles mais conhecem.
– Estabeleça um desafio para a turma: a leitura dos livros proféticos. Cada aluno pode ler um livro de profeta menor para apresentar e trios de alunos podem ler os profetas maiores.
– Já pensou em fazer maratona bíblica sobre a lição no final deste trimestre? Faça a proposta para a turma. São muitos conhecimentos adquiridos. Vale a pena cobrá-los de forma lúdica.
REFERÊNCIAS:
ARCHER JR., Gleason L. Panorama do Antigo Testamento. ed. rev. e ampl. 4.ed. São Paulo: Vida Nova, 2012.
BENTHO, Esdras Costa & PLÁCIDO, Reginaldo Leandro. Introdução ao Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
ELLISEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. São Paulo: Vida, 1993.
Profª. Amélia Lemos Oliveira
Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/10375-licao-1-conhecendo-os-profetas-maiores-i
Vídeo: https://youtu.be/l0bUV7-EoVY