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LIÇÃO Nº 9 – O PRENÚNCIO DO TEMPO DO FIM

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Deus tinha interesse em que Daniel jamais se esquecesse de que o Senhor estava no controle de todas as coisas. 

Confira também leitura Diária, com o Profº Humberto Bezerra

 

INTRODUÇÃO

– Na sequência do estudo do livro do profeta Daniel, estudaremos o capítulo 8, onde o profeta tem nova visão a respeito do tempo do fim.

– Deus tinha interesse em que Daniel jamais se esquecesse de que o Senhor estava no controle de todas as coisas.

I – A VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE

– Na sequência do estudo do livro do profeta Daniel, estudaremos o capítulo 8, onde o profeta tem uma nova visão a respeito do tempo do fim.

– Dois anos haviam se passado desde que o profeta Daniel tivera aquela visão dos quatro animais simbólicos, visão que, como vimos na lição anterior, foi-lhe dada num momento particularmente difícil para o profeta, que vira ascender como segundo dominador do reino Belsazar, alguém que era completamente alheio às coisas de Deus, num período em que se procurava intensificar o culto da religião babilônica por força de Nabonido, pai de Belsazar e genro de Nabucodonosor, que ocupava o trono.

– Diante desta sombria perspectiva de que o povo judeu continuaria esquecido e desprezado no Império Babilônico, o Senhor dá uma visão a Daniel, visão esta que o fazia rememorar o sonho da estátua que o próprio Deus, no início do cativeiro, revela e interpretara ao profeta.

– Dois anos haviam se passado e, no terceiro ano do reinado de Belsazar, parece que Daniel é retirado do ostracismo a que estava relegado desde a morte de Evil-Merodaque e lhe é dada uma tarefa que as Escrituras não especificam. O fato é que foi dada ordem a Daniel para que cuidasse de um certo “negócio do rei” (Dn.8:27), o que, certamente, fez com que ressurgisse no profeta alguma esperança de recuperação não só de seu prestígio mas de todo o seu povo que vivia cativo em Babilônia.

– No entanto, para se evitar esta legítima euforia que veio ao velho profeta, o Senhor, então, quis reforçar o que havia revelado anteriormente a Daniel, ou seja, que não haveria qualquer futuro para o Império Babilônico, que ele se aproximava do seu término e que o intuito de Deus era substituí-lo por outro império mundial, que também seria, por sua vez, substituído por outro. Deus, então, a fim de não deixar o profeta iludido com esta sua “lembrança” na corte, traz-lhe uma nova visão, a fim de confirmar o que já havia revelado ao profeta em duas outras oportunidades.

– Isto nos mostra que o Senhor sempre está disposto a não permitir que os Seus servos sejam enganados pelas circunstâncias da vida. Bem ao contrário, Deus quer que jamais percamos o foco da Sua vontade, que jamais deixemos de ter em conta em nossas vidas o propósito que Ele mesmo estabeleceu para nós.

Nas mínimas coisas, nos mínimos sentimentos, emoções e pensamentos, o Senhor quer sempre nos manter absolutamente certos de Sua soberania e, com isto, fortificar a nossa fé de modo a que perseveremos até o fim, que é a condição indispensável para chegarmos aos céus (Dn.12:13; Mt.24:13).

– Deus quer ter intimidade conosco, quer sempre nos revelar os Seus segredos (Am.3:7), evitando, assim, que sejamos enganados, seja pelo nosso coração (Jr.17:9), seja pelo inimigo de nossas almas (Ap.12:9), seja pelo mundo (II Jo.7). Deus sempre age para evitar que sejamos enganados, pois, se Deus não agisse, até mesmo os escolhidos seriam enganados (Mt.24:24).

– Assim, em meio a um suposto processo de “restabelecimento” de Daniel na corte babilônica, o Senhor resolve dar uma nova visão ao profeta, a fim de que ele não se iludisse e mantivesse a convicção de que o Senhor estava no absoluto controle da história e de que nada mais se poderia esperar do Império Babilônico em termos de redenção do povo de Israel.

– É interessante notar que, desta feita, o profeta Daniel registra a visão que teve em hebraico, a língua sagrada dos judeus, a sua língua própria, ao contrário das outras duas visões, em que o registro é feito em aramaico, como um indicativo que se tratava de um “segredo”, de uma revelação destinada precipuamente ao povo de Israel.

– A visão apareceu a Daniel, que logo teve consciência de que se tratava de uma visão que continuava a que recebera dois anos antes, o que lhe deu, de início, a convicção de que o Senhor persistia no controle de todas as coisas e que tinha todo o interesse de continuar a revelar o tempo do fim ao Seu servo.

– O início da visão já indica que o futuro do povo judeu não estava, de modo algum, vinculado ao Império Babilônico, tanto que Daniel se vê na cidade de Susã, na província de Elão, já então, na época da visão, fora do domínio babilônico, Susã que viria a ser a capital administrativa do Império Persa (Et.1:2), o império mundial que substituiria Babilônia.

– Daniel viu-se às margens do rio Ulai, que ficava na cidade de Susã, cidade que ele deveria conhecer muito bem, pois havia estado sob domínio babilônico e Daniel, em suas antigas missões dadas por Nabucodonosor, deve ter estado algumas vezes naquele local, local, porém, que agora revelava o futuro, pois seria a capital administrativa do futuro Império Persa, onde, aliás, os judeus teriam proeminência, como se verifica no livro de Ester.

OBS: O rio Ulai era “…um rio, ou , então, mais provavelmente um canal artificial de irrigação, perto de Susa, a capital da porção sudoeste da Pérsia(…). Atualmente, é muito difícil identificar esse lugar, devido às modificações topográficas, que podem ser muito rápidas e drásticas em terrenos de aluvião.

Há estudiosos que sugerem que o atual alto curso do Kherlhah e do baixo curso do Karun, nos tempos antigos, formavam uma única correnteza, que desaguava em um delta, no alto do Golfo Pérsico. O Ulai aparece em gravuras em alto relevo representando o ataque desfechado pelas tropas de Assurbanipal contra Susa, em 640 a.C.…” (CHAMPLIN, R.N. Ulai. In: Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, v.6, p.520).

– Daniel, portanto, não se encontrava em Susã, mas, na sua visão, viu-se naquele lugar, que já era mais um sinal divino a respeito da substituição do Império Babilônico, substituição esta que foi devidamente explicitada pelo Senhor, como veremos na análise da interpretação da visão e que, com certeza, veio à memória do profeta quando, anos mais tarde, traduziu as inscrições que a mão de Deus fez na parede estucada do palácio de Belsazar, quando do dia final do Império Babilônico.

– Daniel, naquela visão, às margens do rio Ulai, levantou seus olhos e viu um carneiro que estava diante do rio, o qual tinha duas pontas, duas pontas que eram altas, mas uma ponta era mais alta do que a outra, e a mais alta subiu por último (Dn.8:3).

– Este carneiro dava marradas para o ocidente e para o norte para o meio-dia e nenhum animal podia estar diante dele, nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão e e ele fazia conforme a sua vontade e se engrandecia (Dn.8:4).

– Daniel ainda observava aquele carneiro quando, então, veio do ocidente um bode sobre toda a terra, mas uma espécie de “bode voador”, pois ele não tocava o chão. O bode tinha uma ponta notável entre os olhos (Dn.8:5).

– O bode que vinha do ocidente, então, dirigiu-se ao carneiro e correu contra ele com todo o ímpeto de sua força, aproximar-se dele,, irritar-se contra ele e feri-lo, quebrando-lhe as duas pontas, pois não havia força no carneiro para parar diante dele, lançando-o por terra e o pisando, pois não havia quem pudesse livrar o carneiro do bode (Dn.8:6,7).

– Na sequência da visão, o bode se engrandeceu em grande maneira mas, estando na sua maior força, aquele grande ponta foi quebrada e subiram, no seu lugar, quatro pontas também notáveis para os quatro ventos do céu (Dn.8:8).

– De uma das pontas, saiu, então, uma ponta muito pequena, a qual cresceu muito para o meio-dia, para o oriente e para a terra formosa. Esta ponta se engrandeceu até ao exército do céu e a alguns do exército e das estrelas, deitou por terra e as pisou e se engrandeceu até ao príncipe do exército e por ele foi tirado o contínuo sacrifício e o lugar do santuário foi lançado por terra (Dn.8:9).

– Daniel, ainda, viu que o exército lhe foi entregue, com o sacrifício contínuo, por causa das transgressões e lançou a verdade por terra e, tendo feito isso, prosperou (Dn.8:10-12).

– Em seguida, Daniel, então, ouviu um santo que falava com outro, o qual perguntou durante quanto tempo duraria a visão do contínuo sacrifício e da transgressão assoladora para que fossem entregues o santuário e o exército, a fim de que fossem pisados e ouviu o profeta a resposta de que isto ocorreria durante duas mil e trezentas tardes e manhãs, quando, então, o santuário seria purificado (Dn.8:13,14).

– Daniel, então, buscava entender a visão, tendo, então, se apresentou a ele como uma semelhança de um homem, que, então, mandou que Gabriel desse a entender ao profeta o significado daquela visão (Dn.8:15,16).

– Esta afirmação permite-nos verificar que os dois santos que falavam entre si eram de ordem diversa. O primeiro santo, que falava, tudo sabia, era onisciente, enquanto que o outro santo era inferior ao primeiro, pois não sabia todas as coisas, tanto que perguntou o tempo que duraria a cessação do contínuo sacrifício. O primeiro ser, ademais, mandou que o segundo fizesse o profeta entender a visão.

– Assim, tudo nos leva a crer que este primeiro santo, na semelhança do homem, era o próprio Deus, na pessoa do Filho, visto que foi assim que o Senhor Jesus compareceu na visão dos quatro animais simbólicos (Dn.7:13), mais uma aparição do Messias para confortar e manter viva a esperança messiânica não só de Daniel mas de todo o povo judeu.

– Com referência à segunda personagem, que foi claramente identificada na visão, tratava-se do anjo Gabriel, que, pela vez primeira, é nomeado nas Escrituras, o anjo mensageiro por excelência, o ser celestial designado por Deus para trazer as boas novas da salvação do povo de Israel, do seu futuro e que, muito provavelmente, era o mesmo ser que havia interpretado a visão dos quatro animais simbólicos, embora, naquela oportunidade, não tivesse sido identificado.

– Quando Gabriel se aproximou do profeta, ele se assombrou e caiu sobre o seu rosto, mas o ser celestial mandou que ele entendesse a visão, pois ela se realizaria no final do tempo (Dn.8:17).

– Esta reação do profeta Daniel comprovava que aquele ser chamado Gabriel era um ser celestial, tratava-se de um anjo, que, como sabemos, é maior do que o ser humano na criação (Sl.8:5). A simples aproximação de Gabriel fez com que Daniel notasse a sua limitação humana, pois se estava numa circunstância espiritual singular, o poder de Deus ali se manifestava.

– Muitos incautos ou mal-intencionados procuram ver neste episódio uma demonstração da fanerose, o popularmente conhecido “cair no Espírito” ou “cai-cai”, querendo, com isto, validar este estranho comportamento que muitos têm defendido em nossos dias como sendo uma manifestação do poder de Deus. Nada mais falso, porém.

– Por primeiro, tem-se aqui que o fato de Daniel ter caído em seu rosto, nesta visão, que entendemos não ter sido um transporte para a cidade de Susã, é resultado da limitação humana, do poder de Deus, mas não tinha qualquer significado espiritual, era algo que decorre da natureza das coisas.

Assim, não havia qualquer sentido espiritual, qualquer operação espiritual ali na vida de Daniel, o que contraria, portanto, o falso ensino da fanerose que vê neste “cair do Espírito” um sinal de progresso espiritual.

– Por segundo, ao contrário do que ocorre nas faneroses, Daniel, embora tenha caído sobre o seu rosto, embora tenha perdido a consciência, logo a recobrou, pois Gabriel o fez estar novamente em pé, tanto que pôde bem compreender o sentido da visão, a interpretação que seria dada pelo anjo Gabriel, algo totalmente diferente do que ocorre nestes “cai-cai” que se propalam por aí.

– Jamais podemos admitir, amados irmãos, que haja qualquer progresso ou crescimento espiritual com a redução do ser humano à inconsciência. Deus fez-nos racionais, dotados de consciência e vontade e, portanto, qualquer operação espiritual certamente nos fará ainda mais conscientes e plenos de conhecimento, pois a salvação é acompanhada de coisas melhores do que as que já temos por força de nossa natureza humana (Hb.6:9).

– O que se percebe, também, neste episódio dos dois santos que falavam entre si é que Jesus é superior aos anjos (Hb.1:4-14), tendo Gabriel apenas interpretado a visão depois que, para tanto, foi mandado pelo próprio Cristo Jesus, Este que é a semelhança do homem (Fp.2:7; Hb.2:17), e, mesmo assim, depois de ter cientificado de aspecto da visão que ele mesmo não entendera.

– Portanto, totalmente sem respaldo bíblico e mentirosa a afirmação de que Jesus seja o arcanjo Miguel, como fazem alguns segmentos religiosos que procuram, aliás, interpretar ao seu modo o livro de Daniel, como também sem qualquer sentido a afirmação de que Gabriel pudesse trazer uma mensagem de Deus diretamente aos homens, como afirmam os muçulmanos, cujo livro sagrado, o Alcorão, seria precisamente esta mensagem de Deus supostamente trazida a Maomé, sem qualquer intermediação.

II – A INTERPRETAÇÃO DA VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE: O SIGNIFICADO DO CARNEIRO

– É preciso verificar que a interpretação da visão do carneiro e do bode é, conforme disse Gabriel, o que haveria de acontecer no último tempo da ira, porque ela se exerceria no determinado tempo do fim (Dn.8:19). Isto nos mostra, portanto, que a visão deveria ser entendida num duplo sentido, ou seja, num sentido histórico e num sentido profético.

– É importante considerarmos isto, porque, a partir deste capítulo 8, temos visões que devem ser compreendidas neste duplo sentido, ou seja, acontecimentos que se dariam no decorrer da história sagrada, mas, também, acontecimentos que sinalizavam para o “último tempo”.

– Não se pode, portanto, circunscrever esta visão apenas até o advento de Cristo, até a Sua encarnação, como fazem os adeptos da chamada “visão preterista”, como João Calvino, que procuram ver na visão do carneiro e do bode apenas acontecimentos anteriores à primeira vinda de Cristo. Se assim fosse, Gabriel não teria dito que se tratava de uma visão para “o último tempo da ira”, para o “determinado tempo do fim”.

– Tanto assim é que o Senhor Jesus, precisamente o santo que manda Gabriel trazer a interpretação a Daniel, no Seu sermão escatológico, vai Se referir à abominação da desolação, precisamente esta “transgressão assoladora”, a interrupção do sacrifício contínuo que é, pela vez primeira, indicada nesta visão do carneiro e do bode (Dn.8:11-13), como algo que ainda haveria de se cumprir (Mt.24:15), algo que desmente cabalmente a “visão preterista”, segundo a qual tudo já teria se cumprido antes da encarnação do Verbo.

– De igual maneira, este duplo sentido que se deve conferir à visão elimina a chamada “visão historicista”, que é adotada pelos adventistas, que procura dar uma sequência histórica única, irrepetível, para a visão.

Não podemos deixar de ver, na visão, um sentido histórico, mas também há um sentido profético, para o “último tempo da ira”, que indica não haver uma continuidade histórica tão somente, continuidade esta, aliás, que faz introduzir nesta profecia a Igreja, algo que já sabemos, desde o início do trimestre, que não é de forma alguma inserida nas profecias de Daniel, que têm relação única e exclusivamente com o povo judeu.

OBS: Os adventistas repudiam o entendimento das profecias de Daniel em duplo sentido, como se verifica deste artigo, que transcrevemos na parte que interessa: “…Adventistas do Sétimo Dia sempre reconheceram através dos registros bíblicos que algumas profecias clássicas (nos profetas maiores e menores) dão clara evidência em seu contexto que pode ser esperado um mais completo cumprimento, após uma aplicação parcial, por exemplo, a profecia sobre o derramamento de Espírito Santo (Joel 2:28-32) e a profecia de Malaquias sobre a mensagem de Elias (Mal 4:5, 6).

Contudo, nunca assumimos tal posição referente às profecias de Daniel e Apocalipse. Atribuir duplos e múltiplos cumprimentos a essas grandiosas revelações da presciência divina é dar à face da profecia um nariz de cera, que pode ser voltado para esse ou aquele lado.

Duplos e múltiplos cumprimentos privam de real significado essas grandes profecias e anulam sua contribuição para nossa convicção religiosa.…”(INSTITUTO de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Ellen G. White e a interpretação de Daniel e Apocalipse. Disponível em: http://centrowhite.org.br/pesquisa/artigos/ellen-g-white-e-a-interpretacao-de-daniel-e-apocalipse-2/ Acesso em 02 out. 2014).

– Como bem afirma o pastor Severino Pedro da Silva, de saudosa memória, “…esta profecia aponta também para um tempo futuro, ainda distante, onde praticamente se repetirá tudo aquilo que teve início…” até a primeira vinda de Cristo Jesus (Daniel versículo por versículo, p.162).

– Gabriel, então, começa a interpretação da visão, referindo-se ao carneiro que foi o início da visão. O anjo diz que aquele carneiro com duas pontas eram os reis da Média e da Pérsia que, lembremos nós, ainda não dominavam Babilônia quando da visão, visto que a visão foi dada ao profeta no terceiro ano do reinado de Belsazar, ou seja, em 548 a.C. e Babilônia somente cairia em 539 a.C., ou seja, nove anos depois.

– “…O presente texto descreve a continuidade do Império Medo-Persa, representado por Dario e Ciro, respectivamente. Não mais aquele ‘urso’ faminto, mas, já enfraquecido, é agora, representado ao profeta Daniel como sendo um animal doméstico (carneiro), em vez de uma fera selvagem (o urso).

Daniel contempla, na sua visão da noite, que o audacioso carneiro se encontrava ‘diante do rio’. Isso descreve o momento em que o general Ciro, comandando seus exércitos medo-perdas, já se encontrava às margens do rio Ulai, preparando-se para o ‘assalto’ à Babilônia…” (Daniel versículo por versículo, pp.150-1).

– As duas pontas do carneiro representam os medos e os persas, sendo que a segunda ponta era a maior, como a indicar que, primeiramente, os medos teriam o domínio e, em seguida, este domínio seria exercido pelos persas, em maior extensão e com maior fulgor.

Foi isto que o próprio Daniel pôde presenciar, anos depois desta visão, pois o governo de Babilônia, primeiramente, ficou nas mãos de Dario, o medo e, depois, foi transferido para Ciro, o persa, Ciro este que dá início a um império mundial que somente findaria quase duzentos anos depois, quando o último rei persa Dario III Codomano seria derrotado por Alexandre, o Grande.

OBS: “…Trazendo mais luzes sobre as visões anteriores – da segunda parte da estátua e do urso – o carneiro apresenta-se com dois chifres, símbolos da Média e da Pérsia. O fato de a mais alta subir por último significa que Dário, embora tenha primeiramente ocupado o trono, perdeu-o para Ciro na batalha de Passargade, o que elevou os persas sobre os medos: “uma era mais alta do que a outra; e a mais alta subiu por último”.…” (ALMEIDA, Abraão de. Visões proféticas de Daniel, p.17).

– As três direções para as quais o carneiro dava marradas (ocidente, norte e meio-dia) correspondem às três costelas que havia na boca do urso da visão dos quatro animais simbólicos, ou seja, indicam as três grandes conquistas que seriam feitas por Ciro e que consolidariam o Império Medo-Persa, ou seja, as conquistas de Babilônia, Lídia e Egito, mas, assim como o carneiro não teria quem pudesse resisti-lo, o Império Persa também se estenderia a outros povos e nações, de modo que o Império Persa se tornaria grande.

– Com efeito, quando vemos a história, notamos que o Império Persa teve grande expansão durante os quase duzentos anos de sua duração, grandeza esta que podemos ver registrada nas páginas bíblicas na descrição da corte de Assuero, no livro de Ester (Et.1:1-9), rei este que é identificado como sendo Xerxes I, o quarto rei deste império mundial, que reinou entre 486 e 465 a.C. Segundo a história, este esplendor só fez aumentar e estava no seu auge quando da destruição do Império no reinado de Dario III Codomano em 331 a.C.

III – A INTERPRETAÇÃO DA VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE: O SIGNIFICADO DO BODE

– Gabriel também identifica o bode, que ele diz ser o “bode peludo”, que, vindo do ocidente, tira todo o poder do carneiro. Diz o anjo que este bode seria o “rei da Grécia”, sendo que a ponta grande, que tinha entre os olhos é o rei primeiro (Dn.8:21).

– Temos aqui, amados irmãos, mais uma das impressionantes demonstrações da veracidade das Escrituras Sagradas. A identificação desse bode peludo como sendo o “rei da Grécia” é extraordinária, pois, como a história registra, a Grécia era constituída de cidades-Estado como Atenas, Esparta, Tebas e tantas outras, sendo que jamais se poderia identificar um “rei da Grécia” ao tempo da profecia de Daniel.

– No entanto, Alexandre, o Grande, que era rei da Macedônia, conseguiu unificar a Grécia sob o seu domínio e, deste modo, foi, mesmo, o “primeiro rei da Grécia”, o primeiro a dominar, como rei, todo o mundo grego, que abrangia não só a atual Grécia, mas regiões que hoje pertencem à Turquia e Chipre.

– O bode vinha do “ocidente”, tendo sido o império instaurado por Alexandre, o Grande o primeiro império mundial a ter território no Ocidente, fato que fez com que o núcleo do poder se transferisse do Oriente para o Ocidente.

– O bode veio, ainda, “sem tocar no chão”, o que tem sido identificado como sendo a extrema velocidade das conquistas de Alexandre, o Grande que, em poucos anos, pôde construir o seu vasto império, o que nos faz lembrar a figura do “leopardo”, que simbolizava este império mundial na visão dos quatro animais simbólicos.

– Alexandre, o Grande, com seus exércitos, realmente aniquilou o domínio persa, que foi completamente batido, apesar de toda a sua pujança, tendo sido, efetivamente, “pisado” por aquele homem, consoante se observou na visão.

– No entanto, o bode, quando estava na sua maior força, teve a sua ponta quebrada, o que revela a súbita morte de Alexandre, o Grande, quando tinha apenas 33 anos de idade, quando estava no auge de suas conquistas.

– Diante da morte de Alexandre, conforme vimos na lição anterior, seu império foi dividido entre seus quatro generais (Ptolomeu, Seleuco, Cassandro e Lisímaco), que são as quatro pontas que surgiram no bode.

– Gabriel bem identifica que estas quatro pontas surgiriam da ponta que fora quebrada, ou seja, seriam “…quatro reinos que se levantariam da mesma nação, mas não com a força dela…” (Dn.8:22). Temos aqui mais uma extraordinária precisão da interpretação angelical.

– O anjo revela ao profeta que teríamos reinos distintos, quatro reinos, mas que todos eram da “mesma nação”. Ora, aqui se está a falar da uniformidade cultural que foi construída por Alexandre, o chamado “helenismo”, que seria uma síntese entre as culturas orientais e a cultura grega, síntese cultural que, inclusive, seria um dos fatores que muito colaborariam com a divulgação do Evangelho nos primeiros séculos da Era Cristã.

– Os quatro reinos, entretanto, não teriam o mesmo esplendor que tivera o primeiro rei, ou seja, nenhum dos quatro reinos surgidos da divisão do império de Alexandre, o Grande teria a mesma força, o mesmo poder que tivera o rei da Macedônia. Com efeito, dos quatro reinos, apenas dois se destacariam (Egito e Síria), mas, mesmo assim, como potências regionais.

IV – A INTERPRETAÇÃO DA VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE: O SIGNIFICADO DA PONTA PEQUENA QUE SE ENGRANDECEU

– Gabriel, então, passa a falar do terceiro ponto da visão, qual seja, a ponta que sairia de uma das pontas, uma ponta pequena que cresceria muito. Aqui se nota a mudança de tratamento da visão. Se até então, o bode e o carneiro haviam sido explicitamente identificados pelo ser angelical, o mesmo não se dá com relação à ponta.

– Gabriel, ainda falando sobre as quatro pontas, diz que, no fim de seu reinado, ou seja, do reinado do bode, “…quando os prevaricadores acabarem…”, ou, como traduz a Nova Versão Internacional, “…quando a rebelião dos ímpios tiver chegado ao máximo…”, ou, ainda, na Bíblia de Jerusalém, “…quando chegarem ao cúmulo os seus pecados…”, ou seja, quando a medida estiver cheia, levantar-se-ia um rei “feroz de cara”, entendido em adivinhações (Dn.8:23).

– Notamos, portanto, que Gabriel se refere a dois momentos: um referente ao término do reinado do bode, ou seja, na proximidade do fim do domínio destes quatro reinos surgidos da quebra do rei primeiro da Grécia, que nós sabemos tratar-se dos reinos oriundos da divisão do império de Alexandre, o Grande, mas, também, a um período em que se teria a “medida da injustiça cheia”, um momento da máxima cumulação dos pecados.

– Por isso, esta parte da visão tem um duplo cumprimento: o cumprimento histórico, que corresponde ao período final do Império Greco-Macedônio, dos reinos oriundos da divisão do Império de Alexandre, como também do tempo do fim, quando se terá esta medida da injustiça cheia, o que ocorrerá durante o período da Grande Tribulação.

– Esta ponta pequena é identificada como sendo um rei, que teria a sua força fortalecida mas não por ele mesmo, que destruiria maravilhosamente e prosperaria e faria tudo o que lhe aprouvesse, destruindo os fortes e o povo santo.

– Este rei, no cumprimento histórico, é o rei da Síria, Antíoco IV Epifânio, que reinou entre 175 e 164 a.C., que se tornou rei da Síria graças à intervenção de Roma, já que foi refém dos romanos por 14 anos, o que explica ter sido constituído rei “não por seu próprio poder”, como disse Gabriel na sua interpretação.

– Uma vez no poder, Antíoco IV Epifânio derrotou os reis do Egito e tencionava conquistas Alexandria, mas não o fez por causa da oposição de Roma. Diante deste fato, Antíoco IV Epifânio, então, resolveu atacar a Judeia, bem como dominar Jerusalém e erradicar o judaísmo, implantando à força a cultura helenista entre os judeus.

OBS: “…O temor de se meter numa guerra contra os romanos obrigou o rei Antíoco a abandonar a conquista do Egito. Ele veio com seu exército a Jerusalém, cento e quarenta e três anos desde quando Seleuco e sucessores reinavam na Síria. Sem dificuldade, tornou-se senhor dessa praça, porque os de seu partido abriram-lhe as portas; mandou matar vários do partido contraário, apoderou-se de grande quantidade de dinheiro e voltou a Antioquia…” (JOSEFO, Flávio. Antiguidades Judaicas, XII,6. In: História dos hebreus. Trad. de Vicente Pedroso, v.2, p.25).

– Estes acontecimentos explicam porque a “ponta pequena” se voltou para o meio-dia (o Egito) e, depois, para o oriente (Judeia) e para a terra formosa (Jerusalém), bem como porque destruiu os fortes e o povo santo.

– Antíoco IV Epifânio venceu os judeus, invadiu Jerusalém e profanou o templo, mandando não só pôr uma imagem de Zeus no santuário, como também sacrificando um porco no altar dos holocaustos.

OBS: “…Dois anos depois, no vigésimo quinto dia do mês que os hebreus chamam de Casleu e os macedônios, Apeleu, na centésima quinquagésima terceira Olimpíada, ele voltou a Jerusalém e não perdoou nem mesmo aos que o receberam na esperança de que ele não faria nenhum ato de hostilidade.

Sua insaciável avareza fez com que ele não temesse violar também a sua fé para despojar o templo de tantas riquezas de que sabia estava ele cheio. Tomou os vasos consagrados a Deus, os candelabros de ouro, a mesa sobre a qual se punham os pães da proposição e os turíbulos.

Levou mesmo as tapeçarias de escarlate e de linho fino, pilhou os tesouros, que tinham ficado escondidos por muito tempo; afinal, nada lá deixou. E, para cúmulo da maldade, proibiu aos judeus oferecer a Deus os sacrifícios ordinários, segundo sua lei a isso os obrigava(…). Mandou também construir um altar no templo e lá fez sacrificar porcos, o que era uma das coisas mais contrárias à nossa religião.

Obrigou então os judeus a renunciarem ao culto do verdadeiro Deus, para adorar seus ídolos, ordenou que se lhes construíssem templos em todas as cidades e determinou que não se passasse um dia, que lá não se imolassem porcos…” (JOSEFO, Flávio. Antiguidades Judaicas XII, 7. In: História dos hebreus. Trad. de Vicente Pedroso, v.2, p.25).

– Mas o texto não se refere apenas a Antíoco IV Epifânio, mas, também, ao Anticristo, que ainda não está no poder. Como bem diz o título da lição, temos aqui o “prenúncio do tempo do fim”, ou seja, “pré-anúncio”, uma figura do que ocorrerá no “último tempo da ira”.

– “…Antíoco Epifânio, o “chifre pequeno” de Daniel 8.9 é conhecido como o “Anticristo do Antigo Testamento”, tal a perseguição que infligiu ao povo judeu no século II a.C., durante o chamado Período Interbíblico. (Assim se chama o período que vai de Malaquias a Mateus – cerca de 400 anos.) Antíoco reinou de 175 a 167 a.C. Ele decidiu exterminar o povo judeu e sua religião.

Chegou a proibir o culto a Deus. Recorreu a todo tipo de torturas para forçar os judeus a renunciarem à sua fé em Deus. Isto deu lugar à famosa Revolta dos Macabeus, uma das páginas mais heroicas da história de Israel. Epifânio quer dizer o magnífico. Ele era assim chamado por seus amigos. Seus inimigos o chamavam “Epimânio”, que quer dizer louco.

 Antíoco prefigurava o futuro Anticristo, pois no versículo 19 está escrito: “Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque esta visão se refere ao tempo determinado do fim”.…” (GILBERTO, Antonio. Daniel e Apocalipse: como entender o plano de Deus para os últimos dias. Digitaliz. por Escriba digital, p.41).

– Esta figura da ponta pequena não encontra seu pleno cumprimento em Antíoco IV Epifânio. O texto sagrado diz que haverá uma “destruição maravilhosa” (Dn.8:24), bem como que este rei será “entendido em adivinhações” (Dn.8:23) e “pelo seu entendimento fará prosperar o engano” (Dn.8:25). Tais qualificações não se encontram no rei da Síria, que, na verdade, tentou impor o helenismo entre os judeus, o que levava a uma imposição de práticas divinatórias, mas, ele mesmo, não demonstrou jamais um grande envolvimento com isto.

– A “destruição maravilhosa” e o “entendimento para prosperar o engano” apontam para uma outra personagem, o Anticristo, este, sim, como diz o apóstolo Paulo, “…cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem…” (II Ts.2:9-10a).

– Como diz o apóstolo João no Apocalipse, esta personagem explicada pelo anjo Gabriel a Daniel, trata-se da besta, “…que era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão, e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio…” (Ap.13:2).

 Vemos nesta descrição do apóstolo, algumas características que demonstram que esta personagem da visão se trata, mesmo, do Anticristo, apenas figurado em Antíoco IV Epifânio, já que há, na visão dada ao apóstolo, a menção ao leopardo e ao urso, dois dos animais simbólicos da visão de Daniel, que correspondem ao bode e ao carneiro da visão que está sendo analisada, bem como menção a um poder espiritual que é dado a este rei, precisamente como se diz em Dan.8:24.

– Não devemos, ainda, observar que Gabriel diz a Daniel que este rei, feroz de cara (ou, como diz a Nova Versão Internacional, “…de duro semblante…”), levantar-se-á contra “o príncipe dos príncipes”, expressão que, à evidência, se refere à pessoa de Cristo, algo que Antíoco IV Epifânio jamais poderia fazer, já que viveu antes do advento do Messias.

Neste ponto, aliás, temos aqui, uma vez mais, a corroboração do Apocalipse, que informa que os santos que serão vencidos por ele nada mais são que aqueles que foram “degolados pelo testemunho de Jesus e pela Palavra de Deus” (Ap.13:7 c.c. 20:4).

OBS: “…’um rei, feroz de cara’. A expressão (…) significa tanto ‘duro’ quanto ‘insolente’, de ‘olhar arrogante’…” (SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo, p.162).

– Ainda outro ponto importante para que se verifique que o cumprimento completo desta “ponta pequena” não se encontra na figura de Antíoco IV Epifânio é a circunstância de que é dito por Gabriel que este rei serão “quebrado sem mão” (Dn.8:25), o que nos remete ao sonho da estátua do rei Nabucodonosor, onde a pedra também foi cortada sem mão e pôs fim ao sistema gentílico, algo que jamais poderia ocorrer com relação a este rei, que saiu do bode, uma vez que o bode representa o Império Greco-Macedônio, o terceiro império mundial. Assim, esta ponta fala de alguém que surgirá no quarto império.

– O próprio Gabriel mandou que o profeta selasse a visão porque “só daqui a muitos dias se cumprirá” (Dn.8:26), a confirmar que o cumprimento somente se daria no “último tempo da ira”, o que afasta toda e qualquer interpretação que vê nos episódios que cercaram o reinado de Antíoco IV Epifânio o cabal cumprimento da visão do carneiro e do bode.

Não nos esqueçamos de que a Grande Tribulação é desvelada totalmente precisamente quando se abre o “livro dos sete selos”, como se verifica nos capítulos 5 em diante do livro do Apocalipse. Ora, se Gabriel manda selar a visão, temos que seu cabal cumprimento se dá com a retirada dos selos, ou seja, somente após o reinício da contagem do tempo para a redenção de Israel, como haveremos de estudar na próxima lição.

– A visão das tardes e das manhãs, a que o anjo Gabriel se refere quando fala do selo a se pôr nesta profecia, confirma o que o Senhor Jesus fala em Mt.24:15, ou seja, que a “transgressão assoladora”, a interrupção do sacrifício contínuo era algo do “tempo do fim”, tanto que, muitos anos depois da profanação do templo por Antíoco IV Epifânio, o Senhor Jesus se referirá a este episódio como algo ainda futuro.

– É interessante notar, ainda, que, segundo Flávio Josefo, o templo de Jerusalém, profanado por Antíoco IV Epifânio, foi restaurado e purificado três anos depois, graças a Judas Macabeu, período inferior às 2.300 tardes e manhãs ouvidas por Daniel no diálogo entre os dois santos, mais um fator a nos indicar que Antíoco é apenas uma figura do Anticristo.

OBS: “…Judas, depois de ter obtido tão grandes vitórias sobre os generais do exército de Antíoco, persuadiu os judeus a que fossem a Jerusalém, dar graças a Deus, como era devido, purificar o templo e oferecer-Lhe sacrifícios(…).

No dia vinte e cinco do mês de Casleu, que os macedônios chamam de Apeleu, acenderam-se as luzes do candelabro, incensou-se o altar, colocaram-se os pães sobre a mesa e ofereceram-se holocaustos sobre o novo altar. Isso se deu no mesmo dia em que três anos antes o templo tinha sido indignamente profanado por Antíoco e abandonado.…” (JOSEFO, Flávio. Antiguidades Judaicas XII, 11. In: História dos hebreus. Trad. de Vicente Pedroso, v.2, pp.28-9).

– Diante de tamanhas revelações e do contato direto com o poder de Deus, Daniel se enfraqueceu, sua estrutura física não conseguiu suportar tamanho contato com as dimensões celestiais e, por isso, ficou ele enfermo por alguns dias (Dn.8:27), mais uma passagem bíblica a confirmar que nem toda doença tem origem no pecado, como proclamam os falsos pregadores da teologia da confissão positiva.

OBS: “…A visão era tão terrível para Daniel que ficou doente alguns dias, como uma espécie de ‘blitzkrieg’ (guerra-relâmpago).…” (SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo, p.164).

– Daniel, uma vez mais, era confortado quanto ao futuro de seu povo. Babilônia não poderia mais iludido, seria substituída pela Medo-Pérsia e esta pela Grécia. Seu povo sofreria ainda, o culto a Deus seria ainda contestado por este sistema gentílico, mas o Messias haveria de redimir o povo de Israel. Daniel poderia continuar sua missão de servir ao rei de Babilônia, mas tudo estava no absoluto controle do Senhor.

Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco

Site: http://www.portalebd.org.br/files/4T2014_L9_caramuru.pdf

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