LIÇÃO Nº 12 – EXORTAÇÕES GERAIS
A igreja local tem vários segmentos, unidos pela santidade e comunhão com Cristo.
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INTRODUÇÃO
– Na sequência do estudo da Epístola de Paulo a Tito, analisaremos hoje a primeira parte do seu segundo capítulo.
– A igreja local tem vários segmentos, com suas peculiaridades, mas todas unidas pela santidade e comunhão com Cristo.
I – EXORTAÇÕES À MEMBRESIA
-Continuando o estudo da Epístola de Paulo a Tito, estudaremos hoje a primeira parte do seu segundo capítulo, ocasião em que o apóstolo dá orientações a Tito a respeito do comportamento que deveriam ter diversos segmentos da igreja local, bem como a conduta que deveria ser seguida pelos pastores, responsáveis por este rebanho do Senhor.
– A primeira exortação feita pelo apóstolo Paulo diz respeito ao próprio Tito. Depois de ter orientado seu cooperador a não dar espaço algum aos falsos mestres, aqueles que confessam que conhecem a Deus mas O negam com as obras, o apóstolo diz a seu filho na fé que deveria falar o que convêm à sã doutrina (Tt.2:1).
– Não basta apenas silenciar os falsos mestres, impedi-los de ensinar falsas doutrinas à igreja local, é mister que o pastor fale o que convém à sã doutrina, ensine a Palavra de Deus.
– O comportamento do ministro de Cristo Jesus não deve ser apenas o de evitar a proliferação de heresias e modismos no meio da igreja local, mas deve, também, ser alguém que ensine a sã doutrina, que pregue e ensine a Palavra de Deus.
O organismo humano, para ter saúde, não precisa apenas de abster de ingerir veneno ou substâncias nocivas, mas precisa também se alimentar, sem o que também ficará doente. De igual modo, a igreja local não pode viver apenas do evitar ouvir o que não convém, mas precisa se alimentar da Palavra de Deus, pois não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Mt.4:4; Lc.4:4).
OBS: “…O que contradiz a sã doutrina deve ser coibido, o que lhe corresponde deve ser favorecido. Pessoas convalescerão e amadurecerão quando aprenderem a reconhecer e praticar a vontade de Deus.
Adoecerão na fé quando agirem ignorando as orientações de Deus, e igualmente quando mesmo conhecendo a vontade de Deus não a cumprirem.…’ (BÜRKI, Hans. Tito Comentário Esperança. Trad. de Werner Fuchs, p.15).
– Mais uma vez o apóstolo Paulo insiste, nas cartas pastorais, a respeito de extrema necessidade que se tem de se exercer o ministério da Palavra.
Não há como termos uma igreja local sadia sem que se dê prioridade à Palavra de Deus, pois é ela que transmite a fé para os incrédulos poderem alcançar a salvação, como também faz com que os crentes se santifiquem e, por conseguinte, cresçam espiritualmente, indo em direção à glorificação, quando alcançarão a estatura completa de Cristo, a estatura de varão perfeito (Jo.17:17; Hb.12:14; Ef.4:11-13).
– Tito deveria falar o que convém à sã doutrina, ou seja, seu assunto, seus ensinos, sua dedicação tinham que ter como conteúdo a Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras.
Este é o papel do ministro de Cristo Jesus. Lamentavelmente, o que temos visto, em nossos dias, é o preenchimento do tempo do ministro com outras atividades, o que tem causado enorme prejuízo às igrejas locais. Devem os obreiros lembrar-se das palavras do profeta Isaías:
“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva” (Is.8:20).
OBS: “…Para Tito a responsabilidade primária era pregar e ensinar a verdade, aquela que estivesse de acordo com a sã doutrina (sadios; veja 1:9, 13; 2:1; e o adjetivo em 2:8). O uso desta palavra nas Pastorais, sempre em conexão com a doutrina, mostra a ênfase que Paulo dá ao ensino correto.…” (HARRISON, Everett F. Tito Comentário Moody, p.5).
– Neste ponto, aliás, é interessante verificar a observação feita por Tomás de Aquino, o grande teólogo da Idade Média, a respeito desta exortação dada a Tito.
Apesar de Tito ter sido instruído para estabelecer presbíteros nas igrejas locais de Creta, tal incumbência não poderia fazê-lo descuidar da atividade pastoral. Sua missão não era apenas administrativa, mas, ao mesmo tempo em que organizava as igrejas locais cretenses, deveria ensinar a Palavra de Deus aos crentes. A administração não pode sufocar o ministério da Palavra!
OBS: “…Disse que era necessário estabelecer os bispos; mas nem por isso deveria crer que estava alheio ao cuidado pastoral; pelo contrário, com mais diligência teria de se aplicar na instrução: “Mas tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”, ou seja, por ela é que se constrói o edifício de uma fé sem mácula…” (AQUINO, Tomás de. Comentário da Epístola de Paulo a Tito. Cit. Tt.2:1-8. n.6. Disponível em: http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 29 jun. 2015) (tradução nossa de texto em espanhol)
– Matthew Henry bem salienta esta questão: “…O fato de ordenar os outros a pregar não o isentava de pregar. Sua função não era apenas cuidar dos ministros e presbíteros, mas também também precisava instruir alguns cristãos específicos a cumprirem o seu dever.…” (Comentário Novo Testamento Atos a Apocalipse obra completa. Trad. de Degmar Ribas Júnior, p.730).
– Vivemos hoje este sufocar do ensino da Palavra por parte de muitos ministros, notadamente aqueles que têm grandes responsabilidades, cuidando de muitas igrejas. Isto não é bom e acaba criando a figura de “gerentes”, de “administradores eclesiásticos” e não de “pastores”, fazendo com que as igrejas locais mais se pareçam com empresas do que com porções do corpo de Cristo.
A prioridade das coisas espirituais, do reino de Deus e da sua justiça precisa ser uma realidade na vida dos ministros, pois, se isto se der na vida deles, que dirá com a membresia?
– Por isso, a exemplo do que já havia feito com Timóteo, o apóstolo Paulo começa a dar orientações a Tito de como deveria se dirigir a cada segmento da igreja local.
A igreja local, já o vimos quando estudamos as cartas a Timóteo, é uma diversidade, é um grupo social heterogêneo e, portanto, não pode, de forma alguma, ser tratada de maneira uniforme, como se todos os crentes fossem apenas números. Não pode haver tratamento “em massa”, pois cada um é um indivíduo, ou seja, alguém que não pode ser reduzido a outro, uma singularidade criada por Deus.
OBS: “…Específica e particularmente, ele instrui Tito a aplicar essa sã doutrina às diversas classes de pessoas (w. 2-10). Os ministros não devem ficar nas generalidades, mas devem dar a cada um a sua porção, o que pertence à sua idade, ou lugar, ou condição de vida. Eles devem ser específicos e práticos em sua pregação.
Eles devem ensinar os deveres às pessoas de modo geral, mas também especificamente a cada um…” (HENRY, Matthew. op.cit., p.730).
– Por isso, inicia o apóstolo a descrição de como deveriam se comportar cada tipo de membro na igreja local, a nos mostrar, assim, que as chamadas “cartas pastorais” não se dirigem apenas aos pastores, aos obreiros, mas a todos os membros.
– Paulo diz a Tito que deveria orientar as pessoas idosas de tal maneira que elas fossem sóbrias, graves, prudentes, sãs na fé, na caridade e na paciência (Tt.2:2).
Os idosos, por terem maior experiência de vida, devem ser referenciais para toda a membresia da igreja local e, por isso, sua conduta há de ser exemplar, para que possam ser seguidos pelas novas gerações da igreja local.
– Como ensina William Hendriksen: “…Os obreiros devem ter as mesmas características morais dos presbíteros e diáconos. Tito deve insistir (…) com eles para que sejam temperados ou sóbrios, ou seja, moderados com respeito ao uso do vinho (ver v.3) e em todos os gostos e hábitos (cf. I Tm.3:2,11).
Também devem ser dignos de confiança, ou seja, sérios, veneráveis, graves, respeitáveis (cf. I Tm.3:5,8,11); sensatos, que tenham autodomínio, ou seja, homens de juízo maduro e que saibam refrear-se (cf. Tt.1:8; então I Tm.3:2) e sadios (…) não mórbidos (cf. I Tm.6:4; Rm.14:1) e que comuniquem saúde: que em toda a direção difundam saúde moral e espiritual (cf. Tt.1:9, 13; então I Tm.1:10/ 6:3; II Tm.1:13; 4:3). Essa saúde deve ser demonstrada em relação à fé, ao amor e à paciência…” (Comentário I Timóteo, II Timóteo Tito. Trad. de Válter Graciano Martins, pp.443-4) (destaques originais).
– “…É sabido que a velhice tem algumas coisas boas, como o desprezo dos prazeres; porque a juventude, com o calor natural que ferve nos corpos jovens, se sente instigada a buscar o prazer sensual, que, em suma, é reduzido a refeições, bebidas, carnalidade. Mas a velhice é uma boa disposição para evitá-los, porque os idosos já tem corpos quase mortos (…).
Por isso, diz, “que sejam sóbrios” a comer e beber, e “honestos”, quanto aos prazeres venéreos.” (…) Se a velhice está disponível para conter esses desejos, por que esse aviso? Porque, algumas vezes, em virtude da grande perversidade humana, os velhos se dão a deslizes e voltam novamente às necessidades e tolices da juventude (…)Por que isso acontece? Por duas razões. O velho e o jovem não se movem pela mesma razão.
Ao jovem estimula o instinto da paixão, o velho age por escolha e por duas razões; porque ninguém quer passá-la sem qualquer prazer, e é tanto maior o seu apetite, quanto maior a carência, pelas doenças que sente; e o velho é um receptáculo de desconfortos e de falhas da natureza; por isso, quando não tem as delícias do espírito, busca as da carne.
A segunda razão, porque ao jovem, às vezes, se retiram as rédeas do pudor; os velhos, no entanto, segundo o Filósofo [Aristóteles], são sem vergonha, porque eles são antigos e já provaram muitos pratos; jovem, vaidosos e vergonhosos por natureza, não se precipitam, ao contrário dos velhos. Assim mesmo, pela sua longa experiência, os idosos são mais dispostos à prudência…” (AQUINO, Tomás. op cit.) (tradução nossa de texto em espanhol).
– “…Entre os gentios, os homens velhos, muitas vezes, entregam-se à embriaguez e gula. Assim, este é o ensinamento que se deve dar aos cristãos idosos.
Eles precisam de fé, amor e paciência, bem como as virtudes da sobriedade, da gravidade e da temperança! As enfermidades da idade muitas vezes criam petulância, de modo que a graça de Deus deve fazer com que o cristão idoso seja cheio de fé, amor e paciência.…” (SPURGEON, Charles Haddon. Exposição de Tt.1,2. Disponível em: http://www.spurgeongems.org/vols40-42/chs2439.pdf , p.7) (tradução nossa de texto em inglês).
– “…Velhos discípulos de Cristo devem conduzir-se em cada aspecto de acordo com a doutrina cristã. “Os velhos que sejam sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, na caridade e na paciência”.
Eles não podem achar que com a decadência da natureza, ao sentirem a idade avançando, eles são desculpáveis se cometerem alguma irregularidade ou intemperança. Na verdade, eles devem comportar-se de acordo com a sua idade, tanto em relação à saúde quanto a outros aspectos, servindo de conselho e exemplo para os mais jovens.
Graves: a leviandade é imprópria em qualquer pessoa, mas especialmente nos idosos. Eles devem ser serenos e firmes, respeitosos no hábito, na conversa e no comportamento. Berrantes no vestir, levianos e vaidosos no comportamento, como são inconvenientes em sua idade! Prudentes, moderados e controlados, alguém que controla bem suas paixões e sentimentos, para não ser arrastado por eles para algo mau ou indecente.
Sãos na fé, sinceros e firmes, constantemente seguindo a verdade do evangelho, não afeiçoados por novidades, nem dispostos a se envolverem em opiniões corruptas ou facções, nem dando ouvidos a fábulas ou tradições, ou às caduquices dos rabinos.
Aqueles que estão em boa velhice devem estar cheios da graça e bondade, onde o homem interior se renova mais e mais à medida que o exterior se corrompe. Na caridade, ou amor. O amor se une harmoniosamente com a fé, que opera por amor e deve ser vista em amor, amor por Deus e pelos homens.
Esse amor deve ser sincero, sem dissimulação: amor de Deus por si mesmo e pelos homens por causa de Deus. Os deveres da segunda. …” (HENRY, Matthew. op.cit., p.730).
– Mas, além de dar orientações a respeito de como deveriam ser os idosos, o apóstolo também dá orientações a respeito das mulheres idosas. Paulo, a exemplo do que fizera a Timóteo, trata do segmento feminino, a mostrar como a doutrina cristã dá igual valor a homens a mulheres, sendo, pois, rotunda mentira a afirmação de alguns de que o Cristianismo e a Bíblia são machistas.
– Num mundo em que predominava o patriarcalismo, a ideia da supremacia do homem em relação à mulher, a ponto de se discutir a própria humanidade das mulheres, o apóstolo Paulo dá orientações específicas às mulheres, que, assim, são consideradas como de igual dignidade que os homens.
– A orientação às mulheres começa com as mulheres idosas, que, assim como os homens, deveriam ser sérias no seu viver. A mesma sobriedade e equilíbrio que se exigiam aos idosos eram também requerido às idosas, em mais uma demonstração de que Deus não faz acepção de pessoas, não fazendo qualquer discriminação injusta por causa do sexo.
Homens e mulheres são diferentes e, por isso, foram segmentos próprios da igreja local, mas, diante de Deus, devem ter um mesmo comportamento, uma mesma conduta.
– As mulheres idosas devem ser santas e esta santidade exige sobriedade, seriedade no viver. “…Em toda a sua paciência (daí, não só em seu vestuário, I Tm.2:9), tanto quanto em seu comportamento, as mulheres mais idosas devem ser reverentes, conduzindo-se como se fossem servas no templo de Deus, porque na verdade é isso que são! Cf. Ap.1:6. …” (HENDRIKSEN. William. op.cit., p.444).
– As mulheres idosas deveriam ser dignas em suas atitudes. “…A atitude abarca todo o ser, a unidade da constituição interior e da aparência exterior. Dignamente (hieroprepes), a rigor: apropriado ao que é santo. Wohlenberg traduz: ‘As mulheres idosas, semelhantemente, como convém aos que estão no serviço sagrado, disciplinadas, dignas, refletindo a santidade de Deus.’ Talvez resida aqui uma alusão a Ana, cujo ser inteiro estava voltado para Deus.
Então poderíamos traduzir ‘sacerdotalmente’, e então ficaria claro que tanto aqui como em todas as passagens continua pressuposto o sacerdócio real de todos os crentes, porque na verdade não se fala especificamente de um serviço das viúvas, mas de mulheres idosas em geral.…” (BÜRKI, Hans. op.cit., p.16).
– As mulheres idosas não deveriam ser caluniadoras.”… “não caluniadoras”; Dois defeitos têm os velhos, um — comum a todos eles — serem desconfiados, porque, como foram testemunhas de muitas queixas e erros, pensam, como o ladrão, que os demais vão estar nessa condição. O mesmo em relação às mulheres, especialmente as zelosas; e ambos os defeitos existem nas idosas que, em razão da idade, são desconfiadas e ciumentas, em razão do sexo…” (AQUINO, Tomás de. op.cit.).
– As mulheres idosas também não podiam ser dadas a muito vinho. “…Note como não caluniadoras (…) e ‘não escravizadas a muito vinho’ são combinados. Amiúde beber vinho e gracejo malicioso vão juntos. (…). As anciãs, pois, devem ser temperadas, justamente como os anciãos. Não devem deixar-se escravizar a (…) muito vinho. Ao contrário, mediante seu exemplo piedoso, devem ser ‘mestras daquilo que é excelente’ (cfe. I Pe.3:1,2)…” (HENDRIKSEN, William. op.cit., p.445).
– Observamos aqui, uma vez mais, que a expressão “não dadas a muito vinho” signifique uma autorização bíblica para o consumo de bebidas alcoólicas. O vinho aqui é o suco de uva não fermentado.
As Escrituras são claras a proibir o uso da “bebida forte” (Lv.10:9; Nm.6:3; Dt.29:6; Pv.20:1; 31:4; Is.5:22; 28:7) , que é o vinho fermentado, a bebida alcoólica, bebida, aliás, que, na Antiguidade, tinha um teor alcoólico bem inferior ao dos vinhos atualmente existentes no mercado, que estão completamente fora da possibilidade de consumo para um servo do Senhor.
– Nos dias em que vivemos, de profunda decadência espiritual, mais e mais mulheres estão se viciando em bebidas alcoólicas. Tal comportamento não pode ser adotado pelas idosas que servem a Deus.
Como afirma Hans Bürki: “…Chama atenção que aqui se fale do vício de bebida entre mulheres. Em contextos moralmente decaídos até mesmo as mulheres perdem a sobriedade, tornando-se escravas de toda sorte de prazer.…” (op.cit., p.16).
OBS: “…Mulheres adultas também entre os pagãos eram muitas vezes viciadas em muito vinho, então aqui elas são advertidas contra isto pelo Espírito de Deus.…” SPURGEON, Charles Haddon. op.cit., pp.7-8).
– As mulheres idosas deviam ser, também, “mestras no bem”. Elas deveriam ser mulheres exemplares, cuja vida pudesse ser um referencial para as mulheres mais jovens: “…elas podiam e deviam ensinar, ou seja, pelo exemplo e vida regrada.
Observe aqui: As mulheres que apresentam comportamento e atitudes santos são mestras do bem; e, além disso, elas também podem e devem ensinar a instrução doutrinária em casa, de uma maneira particular.…” (HENRY, Matthew. op.cit., p.731). A propósito, devem se comportar como a avó de Timóteo, Loide (II Tm.1:5).
– Através do exemplo, as mulheres idosas ensinam as mais jovens a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos (Tt.2:4). O exemplo sempre é um grande professor e, nas igrejas locais, as mulheres idosas têm de se tornar referências para que as mais jovens tenham estas importantes qualidades.
– Nos dias em que vivemos, há toda uma mentalidade que procura retirar das mulheres as características femininas. O discurso do igualitarismo entre homem e mulher tem predominado, buscando fazer com que as mulheres percam as suas peculiaridades em nome de uma “igualdade absoluta” entre homens e mulheres, o que, entretanto, não corresponde à natureza das coisas.
– No entanto, em que pesem homem e mulher serem iguais diante de Deus, eles são diferentes entre si, têm funções diversas na família e o apóstolo orienta Tito a que leve em conta tais diferenças, inclusive fazendo com que as mulheres idosas estejam sempre prontas a ensinar as mais jovens, pois um obreiro, sendo homem, não teria condições de, em virtude mesmo das diferenças entre homens e mulheres, ser um exímio ensinador quanto ao comportamento feminino.
OBS: “…É possível entender imediatamente que ninguém — nem mesmo Tito —é mais apto a orientar uma jovem casada do que uma anciã experiente.…” (HENDRIKSEN, William. op.cit., p.446).
– Notamos, portanto, o real espaço da mulher na igreja local. Ela deve auxiliar os ministros no ensino ao segmento feminino, que é, tradicionalmente, na história da Igreja, o mais numeroso. Este auxílio também é mais uma demonstração de que o ministério é exclusivamente masculino nas igrejas locais.
– “…Note a ênfase sobre o amor. A jovem cristã deve ser orientada a amar seu esposo e a amar seus filhos (…). Este amor, vindo do céu, sendo derramado no coração, deve “fluir” para os demais; e certamente entre aqueles ‘outros’, seu esposo e seus próprios filhos devem ocupar o lugar proeminente…” (HENDRIKSEN. William. op.cit., p.446).
– A mentalidade vigente quer transformar a mulher, que é naturalmente sensível, em uma pessoa que não exponha seus sentimentos, que tenha o mesmo comportamento despido de emoções que é próprio dos homens, mas não é isso que deve ser estimulado e incentivado na igreja local.
– As mulheres novas têm de aprender a ser “moderadas”, palavra que, no original, significa “sensatas”. “…As mulheres mais jovens devem evitar escrupulosamente toda imoralidade de pensamento, palavra e ação…” (HENDRIKSEN, William. op.cit., p.446).
Atualmente, a perversão tem alcançados níveis tão assustadores que pesquisa recente já dá conta que as mulheres estão mais interessadas em pornografia que os próprios homens.
– As mulheres devem concentrar a sua atenção nas famílias. Seu papel de mãe e de esposa exigem delas um cuidado todo especial na administração da casa, é esta a sua principal função na família.
Por isso, o apóstolo diz que elas devem ser “boas donas de casa” e isto nos faz lembrar a “mulher virtuosa” cantada em Provérbios 31, que enfatiza este papel da mulher que, assim fazendo, edificará a casa (Pv.14:1).
OBS: “…Para as mulheres idosas e as jovens recém-casadas enfatizou-se consideravelmente o estabelecimento do lar. Os detalhes são reminiscências de Pv. 31:10-31. Honrar a Palavra de Deus é a sanção suprema para a conduta correta.…” (HARRISON, Everett F. op.cit., pp.5-6).
– Um dos grandes problemas que temos na sociedade atual é o total desvirtuamento deste papel da mulher. Com o “movimento feminista”, as mulheres estão cada vez mais abandonando este papel doméstico, inserindo-se no mercado de trabalho, onde, aliás, são mais exploradas que os homens, quase sempre ganhando salários mais baixos que eles, o que, para os capitalistas, é um grande negócio.
– O resultado deste lançamento das mulheres no mercado de trabalho é desastroso para as famílias, pois o lar perde este elemento de sensibilidade que é indispensável para a boa construção das personalidades dos filhos e para que haja a perfeita unidade entre os cônjuges.
O resultado disto é a formação de filhos com grave deficiência de afeto e de carinho, gerando a crueldade que vemos claramente em nossa sociedade em nossos dias. Ademais, esta postura de negação dos papéis domésticos traz às mulheres enorme frustração, porquanto a sublimidade da feminilidade está na maternidade, sem falar que a união conjugal tem a ver com o fim da solidão e esta inserção da mulher no mercado de trabalho gera cônjuges solitários.
– Não se está a dizer aqui que a mulher não deva participar do mercado de trabalho. O que se está a dizer, isto sim, é que a mulher deve evitar ao máximo deixar para segundo plano o seu papel doméstico, máxime quando tem filhos pequenos.
A grande verdade é que o consumismo desenfreado obriga ambos os cônjuges a trabalharem fora e as consequências disso são desastrosas para a família e, como a família é a “célula máter” da sociedade, para toda o ambiente social.
– “…Ora, enquanto desenvolvem suas tarefas nas famílias, essas jovens devem tomar cuidado para que o constante empenho das lides domésticas não as faça irritáveis ou cruéis. Devem orar pedindo graça para continuar sendo amáveis, e isto não só em relação ao seu esposo e seus filhos, mas também em relação aos escravos.…” (HENDRIKSEN, William. op.cit., p.446).
– O apóstolo diz a Tito que as mulheres devem ser sujeitas a seus maridos e tal afirmação gera hoje certa ojeriza, diante das influências que o “movimento feminista” tem imposto na sociedade. No entanto, a sujeição nada tem que ver com a caricatura machista que se costuma imputar a este princípio bíblico.
– A sujeição de que fala a Bíblia é bem explicada em Ef.5:22-24, quando o apóstolo Paulo faz um paralelo entre a sujeição que temos em relação ao Senhor e a sujeição que as mulheres devem ter em relação a seus maridos. A sujeição nada mais é que a reação à iniciativa amorosa. Assim como nos sujeitamos a Cristo porque Ele nos amou primeiro (I Jo.4:19), as mulheres devem se sujeitar a seus maridos se eles demonstrarem amor por elas.
– Paulo é bem claro ao dizer que os maridos devem amar suas mulheres assim como Cristo amou a Igreja e a Si mesmo Se entregou por ela. Cristo provou Seu amor para com a Igreja morrendo por ela quando os salvos ainda eram pecadores (Rm.5:8), de modo que os maridos, se quiserem ter suas mulheres sujeitas, precisam ter o mesmo comportamento sacrificial demonstrado pelo Senhor Jesus.
– A sujeição não é uma demonstração de inferioridade nem tampouco uma ditadura exercida pelo marido. O apóstolo Pedro diz que Sara chamava seu marido Abraão de “senhor” e lhe era obediente (I Pe.3:6), mas isto não significa que, por mais de uma vez, houvesse diálogo entre os cônjuges e Abraão desse ouvidos à sua mulher.
OBS: “…Não se trata de uma dócil rendição a tudo que o marido exige! Ela administrará o lar com bondade e em concordância com a vontade do marido, não sem ele nem contra ele. A liberdade e igualdade da mulher não contradizem a subordinação ao marido, desde que essa subordinação possa acontecer de forma espontânea e não segundo as concepções das fantasias masculinas de superioridade, nem de sua cobiça por dominação…” (BÜRKI, Hans. op.cit., p.17).
– Na família, é papel do marido o planejamento, a elaboração das metas e projetos da família e a mulher deve aderir a estes planos. Sujeição ou “submissão” é estar debaixo de uma missão, de uma tarefa que foi previamente determinada, determinação esta que incumbe ao marido, mas que não é fruto de sua vontade unilateral, mas de um consenso obtido após debates e discussões com a participação de todos os membros da família.
– Nos dias difíceis em que vivemos, assim como se procura retirar as características femininas das mulheres, também há uma tentativa de feminilização dos homens e, por causa disso, não são poucos os homens, na atualidade, que não são capazes de planejar, de traçar planos e projetos para suas famílias e, nestes casos, é evidente que as mulheres não poderão ser sujeitas, pois não há sequer tarefas que elas possam exercer, já que nada foi determinado.
– O apóstolo traz uma informação que é muito importante. A falta de cumprimento dos papéis bíblicos faz com que “a Palavra de Deus seja blasfemada”. “…A má conduta por parte da jovem casada facilmente conduziria a observações caluniosas com relação ao evangelho…” (HENDRIKSEN, William. op.cit., p.447).
“…Falhar nessas obrigações domésticas seria uma grande vergonha para o cristianismo. ‘De que maneira eles são melhores nessa nova religião?, os infiéis estariam prontos a perguntar. A Palavra de Deus e o evangelho de Cristo são puros, excelentes e gloriosos; e a excelência deveria ser expressa e mostrada na vida e conduta dos seus adeptos, especialmente em relação às obrigações familiares.
O fracasso aqui seria uma desgraça. Romanos 2.24: ‘O nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós’. “Julgue esse Deus”, eles estariam prontos a dizer, ‘por esses servos seus; e a sua palavra, doutrina e religião, por esses seguidores’. Assim, Cristo seria ferido na casa dos seus amigos.…” (HENRY. Matthew. op.cit., p. 732).
– Por fim, o apóstolo Paulo dá orientações a Tito de como ele deveria tratar o segmento jovem da igreja local. “…Para os moços a virtude fundamental destaca-se pela ênfase dada à sobriedade e à discrição, como no caso das mulheres jovens (v. 5). A mesma ênfase se encontra nas exortações aos jovens em Provérbios (1:4; 2:11; 3:21; 5:2).…” (HARRISON, Everett F. op.cit., p.6).
– Os jovens precisam ter domínio próprio, conter os “desejos da mocidade” (II Tm.2:22), algo que, também, tem sido contrariado pela mentalidade vigente em nossos dias, em que se tem um hedonismo, ou seja, um comportamento que privilegia o prazer, a incontinência.
“…Eles têm uma inclinação para serem ansiosos e fogosos, irrefletidos e precipitados. Portanto, eles devem ser seriamente exortados a serem ponderados e não tempestuosos; aconselháveis e submissos, não teimosos e obstinados; humildes e moderados, não arrogantes e orgulhosos; porque há mais jovens sendo destruídos pelo orgulho do que por qualquer outro pecado.
Os jovens devem ser sérios e sólidos na sua conduta e nos seus modos, unindo a seriedade da velhice com a vivacidade e o vigor da mocidade. Isso fará com que esses anos da juventude sejam significativos e sirvam para uma reflexão tranquila quando chegarem os maus dias.
Esse tipo de atitude impedirá que ocorra muito pecado e tristeza na vida deles e servirá de fundamento para se fazer muitas coisas boas e se desfrutar delas. Esses jovens não gemerão no fim, mas terão paz e conforto na morte e depois disso uma coroa gloriosa de vida.…” (HENRY. Matthew. op.cit., p. 732).
– Paulo também diz a Tito como deveriam se comportar os servos, lembrando aqui o que já havia ensinado aos efésios, ou seja, que os servos deveriam ser sujeitos a seus senhores, devendo agradá-los em tudo e não contradizê-los (Tt.2:9).
– Verdade é que o apóstolo está a falar para uma sociedade em que ainda havia a escravidão e, neste particular, repete o que já havia ensinado a Timóteo, ou seja, que a condição do servo não deveria ser confundida com a de irmão em Cristo que havia, na igreja local, entre servo e senhor.
– Todos aqueles que estão sob autoridade na sociedade devem assumir a sua condição de subalternos, de pessoas sob autoridade e honrar a autoridade, pouco importando se ela é também serva de Cristo ou não. Em nossos dias, infelizmente, as pessoas andam “misturando estação” e não respeitam as diferenças hierárquicas existentes pelo fato de o superior ser seu irmão em Cristo Jesus.
– Tito deveria orientar os servos a serem submissos e a agradar em tudo a seus senhores, não os contradizendo. Esta mesma lição devemos observar em nossos dias, porquanto não podemos ser desobedientes com relação a nossos superiores, nem tampouco podemos deixar de cumprir as obrigações que nos foram cometidas, lembrando, como diz o apóstolo Paulo aos efésios, que o dever que assumimos diante de nossos superiores não deve ser cumprido propriamente para o superior, mas, sim, para Deus (Ef.6:5,6).
– Hoje há muitos ministros que estão ensinando errado, incentivando a desobediência aos superiores hierárquicos da membresia na vida social, o que não deve ser, em hipótese alguma, tolerado. As autoridades são constituídas por Deus (Rm.13:1,2) e, por isso mesmo, devemos-lhes obediência e quem não o faz está, na verdade, desobedecendo a Deus.
– Por isso, temos de cumprir todas as obrigações que assumimos diante de nossos superiores, não defraudando, mas mostrando toda a boa lealdade, para que sejamos ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador (Tt.1:10).
“…Aos servos duas faltas comuns são destacadas: não sejam respondões, responder ou discutir; e não furtem, roubar (usado apenas em relação a Ananias e Safira em Atos 2,3). Fidelidade é a palavra frequentemente usada para a fé no N.T.…” (HARRISON, Everett F. op.cit., p.6).
II – EXORTAÇÃO AOS OBREIROS
– Depois de ter dado características que devem ser encontradas entre os diversos segmentos da igreja local, Paulo fala a respeito da própria conduta que Tito deveria ter em Creta, conduta esta que não deveria ser exclusiva de Tito, mas de todos aqueles que forem chamados para o ministério na igreja local.
– Tito deveria se dar por exemplo de boas obras. O ministro deve ser sempre exemplo para os fiéis (Fp.3:17; II Ts.3:9; I Tm.4:12; I Pe.5:3). Muitos ministros, na atualidade, escondem-se no texto de Hb.12:2 e mandam que os membros da igreja local olhem para Jesus e não para eles.
No entanto, a aplicação deste texto está equivocada. Não resta dúvida de que devemos olhar para o Senhor Jesus, mas este olhar tem em vista , como se verifica no contexto, o suportar de todas as aflições e afrontas nesta vida terrena, porquanto tal atitude foi a que tomou o Senhor Jesus para chegar até à direita do Pai.
– Os ministros devem ter um porte, uma conduta que seja imitada pelos membros, pois eles presidem sobre estes, e presidir é “estar à frente”, “abrir caminho” e, por isso mesmo, é indispensável que os ministros sejam referências para a membresia. Paulo podia exigir isto de Tito pois ele era um exemplo para todos os que o acompanhavam (I Co.11:1).
– Tito deveria mostrar incorrupção na doutrina, ou seja, deveria ser um fervoroso observador da Palavra de Deus. Seu ensino não só deveria se adstringir ao que dizem as Sagradas Escrituras como também deveria viver de acordo com a doutrina, a fim de que pudesse ser imitado pela membresia, “…porque não só as palavras senão também os exemplos são proveitosos…” (AQUINO, Tomás de. Comentário da Epístola de Paulo a Tito. Cit. Tt.2:1-7. n.7. Disponível em: http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 29 jun. 2015) (tradução nossa de texto em espanhol). “…Ora, falar ‘o que é consistente com (…) a sã doutrina’ certamente significa que, como o autor a concebe, a doutrina e a vida devem harmonizar-se…” (HENDRIKSEN, William. op.cit., p.442) (destaques originais).. “…Pregadores de boas obras também devem servir de modelo para elas. Boa doutrina e
vida exemplar devem andar juntas.…” (HENRY. Matthew. op.cit., p. 732).
– O ministro não pode corromper a doutrina, seja introduzindo, seja retirando elementos que não se encontram nas Escrituras, devendo, além do mais, viver estritamente consoante o que ensina.
– “…A doutrina vem em primeiro lugar, porque é o próprio do prelado: “apascentar com a ciência e a doutrina” (Jr.3); e a quem mais lhe convém é a Tito, tendo sob sua jurisdição outros bispos (…).
Portanto, com seu ensino, deve ser-lhes modelo de doutrina (1 Timóteo 4). Além disso, no que diz respeito à vida, [Paulo] aconselha-o primeiro a afastar-se do mal; Por isso, ele diz: “Na pureza de moral”, não deixando corrupto; Porque, assim como o corpo perde sua integridade pela corrupção de seus membros, a alma, pela corrupção do pecado.
A múltipla integridade do prelado governa-se a dos sentidos, pela prudência; a dos afetos, pela caridade; a do corpo, pela castidade. “Seu espírito, alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis quando nosso Senhor Jesus Cristo vem” (1Ts 5,23).…” (AQUINO, Tomás de. op.cit. n.7. Disponível em: http://www.clerus.org/bibliaclerusonline/pt/index.htm Acesso em 29 jun. 2015).
– Mas, além de incorrupção, Tito deveria apresentar, na doutrina, gravidade. “…Eles devem deixar claro que o intento da pregação deles visa única e exclusivamente promover a honra de Deus, o interesse de Cristo e o bem-estar e felicidade das almas. Eles não entraram nesse ministério com propósitos seculares, nem por ambição ou cobiça, mas buscaram unicamente cumprir os objetivos da sua instituição.…” (HENRY, Matthew. op.cit., p.733).
Esta “gravidade”, ou seja, esta seriedade da atividade ministerial tem deixado muito a desejar, em nossos dias, pois muitos ministros têm tratado o ministério como algo secundário, como um “bico”, ou, o que é pior, como uma forma de adquirir prestígio, posição social e enriquecimento.
– Tito deveria, também, mostrar sinceridade na doutrina, ou seja, “…O serviço à palavra não tolera brincadeiras frívolas nem subserviência a humanos. Procede em concordância com o que advogas. Não transformes o precioso tesouro em mercadoria barata pela maneira com que o ofereces e ofereces a ti mesmo.…” (BÜRKI, Hans. op.cit., p.18).
– Para poder mostrar a doutrina de modo incorrupto, grave e sincero, Tito deveria usar linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhasse não tendo nenhum mal que dizer da igreja. O ministro deve ter particular cuidado com o seu falar, pois a língua é um membro que resiste, e muito, ao domínio do Espírito Santo, sendo um “fogo inflamado pelo inferno” (Tg.3:6).
– Esta falta de cuidado no falar tem causado o fracasso de muitos ministros, lamentavelmente. É preciso que o ministro procure sempre apresentar uma linguagem sadia, acima de qualquer censura, a fim de que não venham os incrédulos dizer que não há diferença entre o mundo e a igreja local e, pior do que isto, de que, na igreja local, há uma situação de maior desrespeito do que fora dela.
– “…Seu ensino mais formal não deve ser apenas caracterizado pela pureza do conteúdo e seriedade do método, mas que toda sua linguagem (sua palavra sempre e onde quer que for expressa), que expressa na forma de sermão, de lição, de mensagem de consolação ou mesmo na conversação cotidiana comum, deve ser sadia e acima de censura, ou seja, não sujeita a reprimenda justa…” (HENDRIKSEN, William. op.cit., pp.448-9).
– O apóstolo mostra que Tito deveria ter uma conduta exemplar, a fim de poder ensinar a membresia como deveria se conduzir. Que este mesmo propósito esteja na vida de cada ministro nas igrejas locais.
OBS: “…Mas tudo isso para quê? Certamente não para capturar o favor terreno, mas para a glória de Deus, “de modo que suas ações não tragam respeito no mundo inteiro à doutrina do nosso Salvador.” Diz a Glosa: medalha de professor é a vida honesta de seu discípulo, como a saúde do paciente é o louvor para o médico.
O que ensina tem cuidado das almas; se então fazemos nossas boas ações ser vistas, a doutrina de Cristo (Mateus 5) é elogiada, se se fizer o contrário, “o dia todo, sem parar, meu nome é blasfemado” (Is 52,5).…” (AQUINO, Tomás de. ibid.).
Caramuru Afonso Francisco
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