MEDITAÇÃO |
Autor: desconhecido |
Quando,
nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a
alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me: Eu sou
aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar as lágrimas!
Quando te julgares incompreendido dos que te circundam, e vires que em torno há indiferença, acerca-te de mim: Eu sou a luz sob cujos raios se aclaram a pureza de tuas ntenções e a nobreza de teus sentimentos. Quando se extinguir o ânimo para arrastares as vicissitudes da vida e te achares na iminência de desfalecer, chama-me: Eu sou a força, capaz de remover-te as pedras dos caminhos e sobrepor-te às adversidades do mundo! Quando inclemente te açoitarem os vendavais da sorte e já souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim: Eu sou o refúgio, em cujo seio encontrarás guarida para teu corpo e tranquilidade para teu espírito. Quando te faltar a calma, nos momentos de maior aflicção, e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me: Eu sou a paciência que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis!
Quando a
tristeza e a melancolia te provarem o coração e
tudo te causar aborrecimento, chama por mim: Eu sou a alegria, que faz
conhecer os encantos do teu mundo interior! Quando um a um
te fenecerem os ideais mais belos, e te sentires no auge do
desespero, apela para mim: Eu sou a esperança , que te
robustece a fé, que acalenta os teus sonhos! Quando a
impiedade recusar-se a revelar-te as faltas e experimentares a
dureza do coração humano, procura-me: Eu sou o perdão
que te levanta o ânimo e promove a reabilitação do
teu espírito! Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções e o ceticismo te avassalar a tua alma, recorre a mim: Eu sou a crença, que te inunda de luz e te habilita para a conquista da felicidade! Quando já
não provares a sublimidade de uma afeição
terna e sincera e te desiludires do sentimento do teu semelhante,
aproxima-te de mim: Eu sou a renúncia, que te ensina a olvidar
a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do
mundo! Otexto acima poderia muito bem ser um salmo, se escrito na terceira pessoa, referindo-se a Deus ou ao Senhor Jesus Cristo. Na realidade , Ele, nosso Sumo Bem, é o que nos dá o que nos falta e nos preenche as lacunas e os vazios de nosso ser.
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