Mensagem de Fé

Israel - sinal de Deus para o mundo

Prof. Anísio Renato de Andrade


Deus escolheu a nação de Israel para que, através dela, todo o mundo conhecesse o Senhor. Por meio da descendência de Abraão, Isaque e Jacó, todos os povos tomariam conhecimento a respeito do verdadeiro Deus e seriam admoestados a abandonarem a idolatria e os falsos deuses. "As nações saberão que eu sou o Senhor." (Ez.37.28). De fato, foi através dos judeus que recebemos a bíblia e foi entre eles que nasceu Jesus, o Messias. Entretanto, o propósito de Deus não terminou. Ainda hoje, Israel é um sinal de Deus para toda a humanidade.

Um dos maiores acontecimentos da história recente daquele povo foi o seu retorno para a sua terra. Nós, os que nascemos na segunda metade do século XX, estamos acostumados a ver o território de Israel no mapa mundi. Vemos isso com naturalidade. Entretanto, esse fato é um milagre de Deus. Israel não estava no mapa em 1947. De fato, desde o ano 70 d.C, os judeus estiveram espalhados pelo mundo. Porém, havia diversas profecias divinas sobre aquele povo. Eles haveriam de retornar à terra prometida, conforme lemos na bíblia (Jr.31.10; Ez.36.24; Ez.37.21-22). Afinal, a promessa que Deus fez a Abraão determinava que a sua descendência teria a posse da terra chamada Canaã, também conhecida como Palestina, e de grande parte dos arredores, ou seja, seus limites iriam desde o mar Mediterrâneo, no lado ocidental, até o rio Eufrates, ao oriente, e desde a fronteira do Egito, ao sul, até os limites da Síria, ao norte (Gn.15.18; Js.15.12,47). É um território bem maior do que o que é ocupado por Israel hoje.

Como é possível que um povo fique disperso pelo mundo durante quase 2000 anos e não se misture e não perca a sua identidade étnica e cultural? É um milagre de Deus. Maior milagre é esse povo recuperar a sua terra, e isso aconteceu em 1948. Entretanto, os palestinos, que estiveram morando lá durante a ausência dos judeus, não se conformam em terem que devolver o território aos seus antigos donos. Este é o motivo dos conflitos constantes naquela região. Muitas são as tentativas de se realizarem acordos de paz. Entretanto, tudo isso é em vão. Ao mesmo tempo em que Israel é uma mensagem viva da existência de Deus, é também um incômodo para os seus vizinhos, que se julgam proprietários da Palestina e, principalmente, de Jerusalém.

No Apocalipse, João escreveu sobre Israel, relacionando-o aos fatos dos últimos dias (Apc.7.4-8; 11.2; 14.1; 16.16; 20.9). Era então necessário e certo que os judeus voltassem à sua terra, para estarem a postos para os acontecimentos apocalípticos. Antes que tais eventos ocorram, não haverá paz no oriente médio. Muitas nações estarão enfurecidas contra Israel, até que aconteça a batalha do Armagedom e outros combates escatológicos (Ez.38; Dn.11.40-45).

Israel voltou à sua terra e é hoje um país do primeiro mundo. Os judeus se destacam em diversas áreas do conhecimento humano. Um desses destaques é a sua avançada técnica de irrigação, pela qual, as regiões áridas estão produzindo flores em abundância. Mas isto não é surpresa para quem conhece a bíblia. Já estava profetizado há muitos séculos, que o deserto iria florescer (Is.41.18-20; Is.35.1-2; Ez.36.35).

A própria nação floresceu (Is.27.6; Os.14.5,7). Como disse Jesus, quando brota a figueira está próximo o verão. Israel é essa figueira que nas últimas décadas brotou, floresceu e frutificou. É um sinal de Deus para o mundo. Da mesma forma, os conflitos que ali acontecem são sinais dos últimos dias. Israel está no centro das guerras profetizadas para o fim (Mt.24.16). Alguém pode argumentar que foram os próprios judeus que escreveram todas essas profecias. De fato, foram, mas inspirados por Deus. É impossível que alguém possa escrever um livro com previsões fantásticas sobre seus descendentes que viverão dezenas de séculos mais tarde. Se alguém escreveu e acertou, só pode tê-lo feito mediante a inspiração divina.

O que o mundo pode esperar para o futuro? Progresso? Paz? Apenas por períodos transitórios (I Tss.5.3). A marcha dos fatos se dirige para o confronto. As guerras aumentarão e o mundo mergulhará em grande tribulação. Não podemos determinar os tempos e as épocas, mas conhecemos, pela bíblia, os sinais do fim. Os que crêem em Cristo como salvador não têm o que temer, pois ele disse: "Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima." (Lc.21.28).


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Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.

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