Autor: Paulo
Texto chave – 3.15.
Local: Macedônia.
Data: 64 d.C. (datas prováveis variam entre 64 e 67) (entre as duas prisões em Roma).
Timóteo estava em Éfeso.
Essa foi uma das epístolas pastorais de Paulo (I Tm, Tt, II Tm.), escrita com o objetivo de animar, estimular e instruir o jovem Timóteo a respeito de questões bastante práticas. Com Paulo surgiu o que poderíamos chamar de uma "escola ministerial". Paulo ensinou a Timóteo que, por sua vez, deveria ensinar a outros e estes continuariam a transmissão do ensinamento.
Timóteo
Seu nome significa: "que adora (ou honra) a Deus". Seu pai era grego. Sua mãe (Eunice) e avó (Lóide) eram judias cristãs. Elas foram o exemplo e a origem dos primeiros conhecimentos que Timóteo recebeu a respeito de Deus. Quando Paulo esteve em Listra, encontrou Timóteo, o qual passou a acompanhá-lo em suas viagens (At.16.1; II Tm.1.5; 3.14-15).
Timóteo foi circuncidado por Paulo. Sua condição de filho de grego não favorecia seu livre curso na comunidade judaica. Paulo então o circuncidou. Tal ato faria com que ele fosse tratado como se fosse um prosélito judaico (At.16.3).
Paulo o chama de filho amado. Diz que ele é fiel. Além de ter sido companheiro de viagens de Paulo (2a e 3a viagens missionárias), Timóteo foi enviado pelo apóstolo a vários lugares. (At.16.1-4; 17.13-15; 18.1,5; 19.22; 20.4; Rm.16.21; I Cor.16.10-11; II Cor.1.1,19; Col.1.1; Fp.1.1; 2.19; Fm.1; I Tss.1.1; 3.2; II Tss.1.1; II Tm.4.9,21). Por fim, foi encarregado de cuidar da igreja em Éfeso – I Tm.3.2. Em alguma ocasião esteve preso e depois foi solto – Hb.13.23. A tradição informa que Timóteo foi o 1o bispo de Éfeso. Se for verdadeira a informação, então podemos vislumbrar a progressão daquele ministro, que começando como evangelista, tornou-se pastor da igreja de Éfeso e acabou chegando ao bispado (I Tm.4.14; I Tm.1.3; II Tm.1.6; 4.5). Ainda, segundo a tradição, Timóteo foi martirizado em Éfeso.
ESBOÇO
1 – Saudação – 1.1-2.
2 – A incumbência de opor-se aos falsos mestres – 1.3-11.
3 – O testemunho de Paulo – 1.12-17.
4 – Exortação a que se milite a boa milícia – 1.18-20.
5 – A oração – 2.1-8.
6 – Os deveres das mulheres cristãs – 2.9-15
7 – Oficiais da igreja – bispos e diáconos – 3.1-13.
8 – Admoestações contra a apostasia e as doutrinas de demônios – 3.14 a 4.5.
9 – Instruções sobre a conduta do ministro – 4.6 a 6.19.
10 – O tratamento com os transgressores, as viúvas, os anciãos, os escravos e os ricos. 5.1 a 6.19.
11 – Conclusão – 6.20-21.
Esboço comentado
1 – Saudação – 1.1-2.
2 – A incumbência de opor-se aos falsos mestres – 1.3-11.
Os gnósticos e os judaizantes estavam em plena atividade. Isso se constituía em problema para a igreja. Paulo estava preocupado com as falsas doutrinas e a futura apostasia.
3 – O testemunho de Paulo – 1.12-17.
Destacado como exemplo para Timóteo.
4 – Exortação a que se milite a boa milícia – 1.18-20.
A vida cristã e o ministério não são apresentados como meio de enriquecimento nem como um descanso confortável. É uma milícia, um combate constante.
5 – A oração – 2.1-8.
6 – Os deveres das mulheres cristãs – 2.9-15
(veja 3.11 e Rm.16.1 – mulheres no serviço da igreja).
(Confira com I Cor.11.3-16 e 14.34-40 e I Pd.3.1-6.
7 – Oficiais da igreja – bispos e diáconos – 3.1-13.
Paulo especifica qualificações, requisitos, o caráter, as capacidades e os deveres dos líderes eclesiásticos. Isso era extremamente necessário para que se evitasse a infiltração dos falsos mestres na igreja.
8 – Admoestações contra a apostasia e as doutrinas de demônios – 3.14 a 4.5.
Apesar de todo o cuidado de Paulo, o Espírito Santo já o tinha avisado que a apostasia seria inevitável. As doutrinas de demônios seriam adotadas por muitos. Observe as estratégias do maligno. Em algumas circunstâncias ele quer nos fazer acreditar que tudo é permitido. Em outros momentos, ele nos diz que não podemos fazer nada. É o tipo de estratégia apresentada em I Tm.4.3: "Proibindo o casamento e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para os fiéis."
É preciso preservar a liberdade cristã. Sem manipulações (4.1-10). As necessidades básicas são legítimas, mas não podem nos dominar através do excesso ou da licenciosidade.
9 – Instruções sobre a conduta do ministro – 4.6 a 6.19.
O valor do estudo e do ensino para combater o erro. (4.13).
Santidade pessoal. 4.11-16.
10 – O tratamento com os transgressores, as viúvas, os anciãos, os escravos, os ricos. 5.1 a 6.19. Confira com Tito 1.10 a 3.11.
11 – Conclusão – 6.20-21.
Em caso de utilização impressa do presente material, favor mencionar o nome do autor:
Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.
Para esclarecimento de dúvidas em relação ao conteúdo, encaminhe mensagem para anisiora@mg.trt.gov.br
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BIBLIOGRAFIA
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