Autor: Paulo
Data: Entre 64 e 66 d.C.
Esboço
I – Saudações – 1.1-5
II – Incumbência para Timóteo: desperte o dom – 1.6-18.
III – 2a incumbência – seja forte – 2.1-19.
IV – 3a incumbência – seja vigilante – 2.20 a 3.17.
V - 4a incumbência – pregue a palavra – 4.1-8.
VI – Saudações finais – 4.9-22.
Comentário
Paulo se encontrava preso novamente em Roma. Dessa vez, seria morto. Essa foi sua última epístola, embora não esteja em último lugar na ordem adotada para o Novo Testamento. O apóstolo demonstra coragem, mesmo estando consciente do seu destino (4.6-8). Ele não se entrega a murmurações. Apenas relata que foi abandonado por todos, exceto por Lucas (1.15; 4.11). Encontra-se velho e teme pelo inverno que se aproxima. Pede que Timóteo vá ter com ele levando sua capa e seus livros (4.13,21).
A segunda epístola tem muita semelhança com a primeira. Paulo se aplica a encorajar Timóteo, orientado-o no que diz respeito à vida cristã e ao ministério. Lembrando os ensinamentos que o jovem pastor recebera na infância, bem como as profecias a respeito de seu ministério e também sua consagração mediante a imposição de mãos, o apóstolo o encoraja a assumir seu papel de obreiro de Deus. A epístola fala dos desafios e da postura determinada do obreiro. Timóteo deveria despertar o dom ministerial (1.6) e defender a sã doutrina contra o erro (1.13).
Paulo compara o obreiro ao soldado (2.3). Na prisão, Paulo estava cercado por soldados. Assim, observava a disciplina militar e aplicava tudo isso à sua própria vida espiritual. Como um soldado, o obreiro de Deus deve ser:
O ministro é ainda comparado ao atleta (2.5), o qual persegue um objetivo e para isso se aplica, se disciplina e de muitas coisas de abstém (I Cor.9.24-27). A cultura grega havia valorizado muito o atleta. Foi desse contexto que surgiram as olimpíadas em homenagem aos deuses mitológicos.
Paulo também compara o obreiro de Deus a um lavrador (2.6), com seu exemplo de trabalho e paciência na expectativa dos frutos (Tg.5.7-8; Lc.9.62).
Utilizando de comparações, Paulo passa a Timóteo a orientação para que ele fosse um ministro fiel, cuidando do rebanho, pregando e sendo, antes de tudo, exemplo. Deveria também ser vigilante e evitar contendas. De nada adiantaria se Timóteo fosse forte mas não vigilante. Seria como um forte que está dormindo. Assim poderia ser destruído.
Em caso de utilização impressa do presente material, favor mencionar o nome do autor:
Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.
Para esclarecimento de dúvidas em relação ao conteúdo, encaminhe mensagem para
anisiora@mg.trt.gov.br Retorno à página principal
BIBLIOGRAFIA
SÁNCHEZ, Tomás Parra, Os Tempos de Jesus - Ed. Paulinas.
GONZÁLEZ, Justo L., Uma História Ilustrada do Cristianismo - Volume 1 - Ed. Vida Nova.
PACKER, J.I., TENNEY, Merril C., WHITE JR., William, O Mundo do Novo Testamento - Ed. Vida.
TURNER, Donald D., Introdução do Novo Testamento - Imprensa Batista Regular.
CULLMANN, Oscar, A Formação do Novo Testamento - Ed. Sinodal.
GIBERT, Pierre, Como a Bíblia Foi Escrita - Ed. Paulinas.
ELWELL, Walter A. , Manual Bíblico do Estudante - CPAD.
HOUSE, H. Wayne, O Novo Testamento em Quadros - Ed. Vida
JOSEFO, Flávio, A História dos Judeus - CPAD
DOUGLAS, J.D., O Novo Dicionário da Bíblia – Ed. Vida Nova
Bíblia de Referência Thompson - Tradução de João Ferreira de Almeida - Versão Contemporânea - Ed. Vida