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EBD JOVENS | Lição 05: Davi: provado pelo ciúme | 2° Trim 2025

TEXTO PRINCIPAL

“Guardem-me a sinceridade e a retidão, porquanto espero em ti.” (Sl 25.21).

Entenda o Texto Principal:

– Integridade e justiça me guardem – A palavra aqui traduzida por “integridade” significa propriamente “perfeição”. Veja isso explicado nas notas em Jó 1:1 . O idioma aqui pode se referir a:

(a) a Deus – denotando Sua perfeição e retidão, e então a oração do salmista seria que Ele, um Deus justo, o guardasse; ou

(b) à sua própria integridade e retidão de caráter, e então a oração seria para que isso pudesse ser o meio de mantê-lo, como base de sua segurança, sob o governo de um Deus justo; ou,

(c) que penso ser o significado mais provável, pode ser a expressão de uma oração para que Deus se mostre reto e perfeito na proteção de quem deposita sua confiança nEle; alguém que foi injustiçado e ferido por seus semelhantes; alguém que fugiu para Deus em busca de refúgio em tempo de perseguição e angústia.

Não eram exatamente as perfeições divinas, como tais, nas quais ele confiava; nem foi a integridade e pureza de sua própria vida; mas era o governo de Deus, considerado justo e igual, com respeito a si mesmo e àqueles que o injustiçaram. porque eu espero em ti – Ou seja, eu dependo de ti, ou confio em ti. Esta é a razão pela qual ele implorou que Deus o preservasse. Veja as notas no Salmo 25:20 . [Barnes, aguardando revisão]

A vida de Saul foi marcada pelo ciúme, levando-o a uma implacável perseguição contra Davi que, por sua vez, foi um homem com princípios e íntegro.

Entenda o Resumo da Lição:

– O ciúme de Saul por Davi foi um fator crucial na sua queda, impulsionado pela sua insegurança e orgulho. A integridade de Davi, no contexto bíblico, refere-se à sua honestidade, sinceridade e retidão em todos os aspectos da vida, buscando agradar a Deus em tudo o que faz.

TEXTO BÍBLICO

1 Samuel 18.7-16.

7. E as mulheres, tangendo, respondiam umas às outras e diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares.

– Comentário de Keil e Delitzsch: (6-7) “Quando eles vieram”, ou seja, quando os guerreiros voltaram com Saul da guerra, “quando (como é acrescentado para explicar o que se segue) Davi voltou da matança”, ou seja, da guerra em que ele havia matado Golias, as mulheres saiu de todas as cidades de Israel, “para cantar e dançar”, ou seja, para celebrar a vitória com canto e dança coral (veja as observações em Êxodo 15:20), “para encontrar o rei Saul com pandeiros, com alegria, e com triângulos”. שׂמהה é usado aqui para significar expressões de alegria, um fte, como em Juízes 16:23, etc.

A posição marcante em que a palavra fica, em outras palavras, entre dois instrumentos musicais, mostra que a palavra deve ser entendida aqui como se referindo especialmente a canções de regozijo, uma vez que, de acordo com 1Samuel 18:7, sua execução era acompanhada de canto.

As mulheres que “ostentavam” (משׂחקות), ou seja, realizavam danças mímicas, cantavam em coros alternados (“respondeu”, como em Êxodo 15:21), “Saul matou seus milhares, e Davi seus dez milhares”. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

8. Então, Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos; e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares: na verdade, que lhe falta, senão só o reino?

– Saul ficou furioso com isso. As palavras o desagradaram, de modo que ele disse: “Eles deram a Davi dez milhares, e a mim milhares, e resta apenas o reino mais para ele” (ou seja, deixou para ele obter).

“Nesta declaração de mau presságio de Saul estava envolvida não apenas uma conjectura que o resultado confirmou, mas uma profunda verdade interior:

se o rei de Israel estava impotente diante dos subjugadores de seu reino em um período tão decisivo como este, e um menino pastor veio e decidiu a vitória, esta foi uma marca adicional de sua rejeição” (O. v. Gerlach). [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

9. E, desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em suspeita.

– Daquele dia em diante, Saul estava olhando de soslaio para Davi. עון, um denom. verbo, de עין, um olho, olhando de soslaio, é usado para עוין (Keri). [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

10. E aconteceu, ao outro dia, que o mau espírito, da parte de Deus, se apoderou de Saul, e profetizava no meio da casa; e Davi tangia a harpa com a sua mão, como de dia em dia; Saul, porém, tinha na mão uma lança.

– No dia seguinte, um espírito maligno mandado por Deus apoderou-se de Saul – Esse pensamento irritante provocou um súbito paroxismo de sua doença mental. ele entrou em transe profético – O termo denota um sob a influência de um espírito bom ou mau.

No presente, é usado para expressar que Saul estava em um frenesi. Davi, percebendo os sintomas, apressou-se com as tensões suaves de sua harpa, para acalmar a agitação tempestuosa da mente real. Mas antes que sua influência pudesse ser sentida, Saul arremessou um dardo na cabeça do jovem músico.

Saul estava com uma lança na mão – se tivesse sido seguido por um resultado fatal, a ação teria sido considerada o ato de um maníaco irresponsável. Foi repetido mais de uma vez ineficazmente, e Saul ficou impressionado com um pavor de Davi como sob a proteção especial da Providência. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]

11. E Saul atirou com a lança, dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas vezes.

– (10-11) No dia seguinte, o espírito maligno caiu sobre Saul (“o espírito maligno de Deus”; veja em 1Samuel 16:14), de modo que ele delirou em sua casa e lançou seu dardo em Davi, que tocava diante dele “como dia após dia”. “, mas não o acertou, porque Davi se virou duas vezes diante dele. התנבּא não significa profetizar neste caso, mas “delirar”.

Este uso da palavra é fundamentado nas declarações extáticas, nas quais a influência sobrenatural do Espírito de Deus se manifestou nos profetas (veja em 1Samuel 10:5). ויּטל, de טוּל, ele arremessou o dardo, e disse (para si mesmo): “Eu traspassarei Davi e a parede”.

Com tanta força ele arremessou sua lança; mas Davi se afastou dele, ou seja, escapou duas vezes. Fazer isso uma segunda vez pressupõe que Saul arremessou o dardo duas vezes; isto é, ele provavelmente o balançou duas vezes sem deixá-lo sair de sua mão – uma suposição que é levantada com certeza pelo fato de não ser declarado aqui que o dardo entrou na parede, como em 1Samuel 19:10.

Mas mesmo com essa visão יטל não deve ser mudado para יטּל, como Thénio propõe, uma vez que o verbo נטל não pode ser provado como tendo o significado de balançar. Saul parece ter segurado o dardo na mão como um cetro, de acordo com o costume antigo. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

2. E temia Saul a Davi, porque o Senhor era com ele e se tinha retirado de Saul.

– (12-13) “E Saul teve medo de Davi, porque o Espírito de Jeová estava com ele, e se retirou de Saul”; ele “removeu-o, portanto, dele”, ou seja, de sua presença imediata, nomeando-o capitão-chefe sobre mil. Nesse medo de Davi por parte de Saul, a verdadeira razão de seu comportamento hostil é apontada com profunda verdade psicológica.

O medo surgiu da consciência de que o Senhor havia se afastado dele – uma consciência que se forçou involuntariamente sobre ele e o levou a tentar, em um ataque de loucura, matar Davi.

O fato de Davi não ter deixado Saul imediatamente após esse atentado contra sua vida pode ser explicado não apenas pela suposição de que ele considerava esse ataque simplesmente uma explosão de loucura momentânea, que passaria, mas ainda mais de sua firme confiança crente, que o impediu de abandonar o cargo em que o Senhor o colocou sem nenhum ato próprio, até que viu que Saul estava planejando tirar sua vida, não apenas nesses acessos de insanidade, mas também em outros momentos, em calma deliberação (vid., 1Samuel 19:1.). [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

13. Pelo que Saul o desviou de si e o pôs por chefe de mil; e saia e entrava diante do povo.

– Então afastou Davi de sua presença – mandou-o embora da corte, onde as pessoas principais, incluindo seu próprio filho, ficaram fascinados com a admiração do jovem e piedoso guerreiro. deu-lhe o comando de uma tropa de mil soldados – deu-lhe uma comissão militar, que se destinava a ser um exilado honrado.

Mas esse posto de dever serviu apenas para atrair ao público as extraordinárias e variadas qualidades de seu caráter, e para dar-lhe um domínio mais forte das afeições do povo. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]

  1. E Davi se conduzia com prudência em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele.

– (14-16) Como comandante-chefe sobre mil, ele saiu e entrou diante do povo, ou seja, ele realizou empreendimentos militares, e isso com tanta sabedoria e prosperidade, que a bênção do Senhor repousava sobre tudo o que ele fazia.

Mas esses sucessos da parte de Davi aumentaram o medo de Saul por ele, enquanto todo o Israel e Judá passaram a amá-lo como seu líder.

O sucesso de Davi em tudo o que ele tinha em mãos obrigou Saul a promovê-lo; e sua posição com o povo aumentou com sua promoção.

Mas como o Espírito de Deus se afastou de Saul, isso só o encheu cada vez mais de pavor de Davi como seu rival. Assim como a mão do Senhor foi visivelmente exibida no sucesso de Davi, por outro lado, a rejeição de Saul por Deus se manifestou em seu crescente temor a Davi. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

  1. Vendo, então, Saul que tão prudentemente se conduzia, tinha receio dele.

– (14-16) Como comandante-chefe sobre mil, ele saiu e entrou diante do povo, ou seja, ele realizou empreendimentos militares, e isso com tanta sabedoria e prosperidade, que a bênção do Senhor repousava sobre tudo o que ele fazia.

Mas esses sucessos da parte de Davi aumentaram o medo de Saul por ele, enquanto todo o Israel e Judá passaram a amá-lo como seu líder.

O sucesso de Davi em tudo o que ele tinha em mãos obrigou Saul a promovê-lo; e sua posição com o povo aumentou com sua promoção. Mas como o Espírito de Deus se afastou de Saul, isso só o encheu cada vez mais de pavor de Davi como seu rival.

Assim como a mão do Senhor foi visivelmente exibida no sucesso de Davi, por outro lado, a rejeição de Saul por Deus se manifestou em seu crescente temor a Davi. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

16. Porém todo o Israel e Judá amavam Davi, porquanto saia e entrava diante deles.

– (14-16) Como comandante-chefe sobre mil, ele saiu e entrou diante do povo, ou seja, ele realizou empreendimentos militares, e isso com tanta sabedoria e prosperidade, que a bênção do Senhor repousava sobre tudo o que ele fazia.

Mas esses sucessos da parte de Davi aumentaram o medo de Saul por ele, enquanto todo o Israel e Judá passaram a amá-lo como seu líder. O sucesso de Davi em tudo o que ele tinha em mãos obrigou Saul a promovê-lo; e sua posição com o povo aumentou com sua promoção.

Mas como o Espírito de Deus se afastou de Saul, isso só o encheu cada vez mais de pavor de Davi como seu rival.

Assim como a mão do Senhor foi visivelmente exibida no sucesso de Davi, por outro lado, a rejeição de Saul por Deus se manifestou em seu crescente temor a Davi. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

A partir da derrota de Golias, a vida de Davi passou a ser ameaçada constantemente por Saul. Em crises crescentes de ciúmes e revolta, o rei constantemente conspirava para matar o ungido do Senhor. Nessa lição falaremos sobre os ciúmes e suas características, desenvolvendo uma análise sobre o que houve nos dias de Davi.

– O ciúme de Saul por Davi foi um fator crucial na sua queda, impulsionado pela sua insegurança e orgulho. Saul, inicialmente um rei popular, tornou-se invejoso da crescente fama e admiração que Davi ganhava após derrotar Golias, especialmente quando as mulheres cantavam: “Saul feriu os seus milhares, e Davi, os seus dez milhares”.

Esta frase, que enfatizava a importância de Davi, despertou a inveja e o ciúme de Saul, levando-o a perseguir Davi e tentar matá-lo. Saul, um homem orgulhoso, não suportava a ideia de que Davi estivesse a ser mais popular e amado do que ele.

A frase das mulheres israelitas sobre Davi foi o ponto de partida para a sua perseguição a Davi, pois simbolizava a sua própria perda de prestígio.

Com a história de Saul aprendemos que o ciúme, quando excessivo ou patológico, gera um ciclo de sofrimento que afeta tanto a pessoa que o sente quanto os que estão a sua volta. Pode manifestar-se como desconfiança, necessidade de controle, ansiedade, e até agressividade, causando um ambiente tóxico e prejudicial. Vamos investigar mais?

I. O CIÚME DE SAUL

1. Um rei ciumento.

O ciúme é um sentimento danoso que traz tristeza, frustração e prejudica a capacidade de refletir com clareza (Tg 3.16; Pv 14.30; Pv 27.4).

O dia da vitória de Davi sobre Golias foi celebrado por todos, porém despertou no rei uma diferente percepção e uma crescente indisposição para com o jovem. A derrota dos filisteus evidenciou o fato de Deus estar com Davi, e não mais com o rei (1Sm 18.10-12).

Em reconhecimento a tal feito, o jovem foi elevado à posição de liderança no exército de Israel e passou a ser admirado e respeitado por muitos.

Os cânticos que ecoavam o feito de Davi (1Sm 18.6-8) traziam inveja e provocava um crescente ciúme em Saul: gradativamente o rei ficou descontrolado e movido por um desejo de destruir o suposto “adversário”.

Como é triste quando um líder, como Saul, é tomado por ciúmes e inveja de seus liderados. Todas as suas percepções serão turvadas pela amargura e o medo de ser ofuscado.

Não haverá satisfação nas conquistas, pois sempre será assombrado pelos temores de sua própria mente doentia. E o seu principal objetivo será desqualificar os demais, esquecendo-se assim do que deveria ser prioridade.

– O versículo 6 parece referir-se a uma vitória posterior à derrota de Golias por Davi, pois o intervalo indicado no versículo 5 seria uma referência a outras disputas.

O rei e os seus soldados receberam as boas-vindas, no seu retorno, das mulheres das cidades que cantavam e dançavam, tocando adufes (6), um tipo de pandeiro associado, no Antigo Testamento, à alegria e à felicidade; e instrumentos de música — em hebraico, shalosh, provavelmente um instrumento de três cordas.

As mulheres… respondiam umas às outras (7), que cantavam em duas vozes, com um grupo que citava a primeira frase:

Saul feriu os seus milhares e o outro declarava: porém Davi, os seus dez milhares. O rei irou-se ao perceber a diminuição da sua popularidade e a fama crescente de seu jovem capitão. Para alguém que prezava a opinião do povo como Saul, parecia que Davi já tinha tudo, exceto a própria coroa, e, desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em suspeita (9), isto é, “vigiava-o com ciúme”.

A seguir, há o relato de uma série de atentados de Saul contra a vida de Davi. O primeiro aconteceu um dia depois do despertar do ciúme do rei.

O mau espírito, da parte de Deus (10), cf. o comentário sobre 1Sm 16:14. Saul profetizava no meio da casa ‑ verbo hebraico, naba, deriva de uma raiz que significa “borbulhar como uma fonte” e refere-se a um discurso extasiado.

É importante recordar que, no Antigo Testamento, havia tanto profetas falsos como verdadeiros (cf. I Reis 22:22). A versão RSV em inglês traz a frase “teve um acesso de cólera” (na expressão “teve uma crise de raiva”).

Enquanto Davi tocava para tranquilizá-lo, Saul apanhou uma lança e tentou encravá-lo na parede. Isto aconteceu duas vezes. Pela expressão se desviou dele entenda-se “escapou da presença dele” (Berk.).

Mesmo em seu estado alterado, Saul temia Davi, porque o Senhor era com ele e se tinha retirado de Saul (12).

O rei então colocou Davi no comando de uma companhia de soldados (mil homens, 13 — em hebraico, eleph significa “mil, família, parelha ou companhia”), sem dúvida na esperança que ele morresse em alguma batalha.

O resultado foi apenas o de tornar o filho de Jessé mais conhecido entre o povo. Se conduzia com prudência (14), como em 5, “era bem-sucedido”.

A má vontade de Saul para com Davi é também mostrada em um plano que envolveu a promessa de dar Merabe, sua filha mais velha, por esposa ao filho de Jessé, com a condição de que ele prosseguisse na guerra contra os filisteus (17).

2. Prossigo para o alvo.

O ciúme pode ser superado mediante o direcionamento divino em nossas vidas. No entanto, devemos buscar em Deus sempre uma postura baseada no amor (1Co 13.4-8) e no desejo que o nosso próximo seja abençoado.

Se negligenciarmos o problema do ciúme, permitiremos uma série de dificuldades como: a abertura a outros pecados, a ira violenta, o rancor e a falta de sensibilidade para as questões espirituais (Tg 3.14-17). Como consequência, famílias sofrerão, amizades serão destruídas, vínculos serão quebrados e projetos serão desfeitos. O ciúme ofusca nossa visão e nos impede de alcançar nosso alvo maior.

– Embora Davi pareça ter cumprido a sua parte no acordo, Saul não realizou o prometido. Ao invés de Merabe, Mical, a filha mais jovem, que amava a Davi, lhe foi oferecida pelo incomum dote da prova de morte de cem filisteus (20-25). Com a outra (21) pode significar:

“Com esta segunda serás, hoje, meu genro” ou “Você agora pode ser meu genro com a segunda” (Berk.). Saul ainda esperava fazer cair a Davi pela mão dos filisteus (25).

Dote — em hebraico, mohar — era o presente de casamento que o homem dava ao seu sogro pela mão de sua esposa, como, por exemplo, os anos de trabalho de Jacó para Labão (Gn 19) ; não se trata do zebed (Gn 30:20) que a mulher recebia de seu pai.

Os dias se não haviam cumprido (26) — antes do vencimento do prazo, Davi e os seus homens trouxeram a Saul o dobro do dote que ele havia pedido — os prepúcios de duzentos filisteus. Todos (27) — o hebraico diz simplesmente “todos”.

Com o passar do tempo, Davi continuou a prosperar e Saul tinha cada vez mais medo dele (28,29). A cada combate contra as forças dos filisteus, Davi era mais bem-sucedido do que todos os servos de Saul (30). O seu nome era mui estimado (30), “altamente respeitado”.

Perceba que, o ciúme excessivo pode gerar:

Sofrimento emocional: A pessoa que sente ciúme pode experimentar ansiedade, medo, raiva e insegurança, além de pensamentos obsessivos e paranoicos sobre a infidelidade do objeto gerador do ciúme.

Problemas no relacionamento: A desconfiança e a necessidade de controle podem levar a intrigas, discussões, afastamento e até mesmo ao rompimento do relacionamento.

Comportamentos agressivos ou de vigilância: Em casos mais extremos, o ciúme pode se manifestar como agressividade, invasão de privacidade, e vigilância excessiva, criando um ambiente de medo e desconfiança.

Impacto na autoestima: A pessoa que sente ciúme pode ter baixa autoestima e sentir-se insegura, o que contribui para o ciclo do ciúme.

Impacto na saúde mental: O ciúme excessivo pode estar relacionado a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, e até mesmo, ser a causa de doenças mentais – vide o caso de Saul.

SUBSÍDIO I

Professor(a), neste tópico procure enfatizar que o ciúme é um sentimento danoso, que traz tristeza, frustração e prejudica a capacidade de refletir com clareza (Tg 3.16; Pv 14.30; Pv 27.4).

Explique que o dia da vitória de Davi sobre Golias foi celebrado por todos, porém despertou no rei uma diferente percepção e uma crescente indisposição para com o jovem.

Diga que “a estima de Saul por Davi transformou-se em ciúme quando o povo começou a aplaudir as façanhas do filho de Jessé. Em ciumenta ira, o rei tentou matar Davi, ao atirar nele sua lança.

O ciúme pode não parecer um grande pecado, mas na realidade, está a um passo do assassinato. Ele começa quando a pessoa se ressente de um rival; isto leva ao desejo de que ele ou ela seja removido; então o ciúme se manifesta propriamente através de alguém que busca meios para prejudicar aquela pessoa com palavras e atitudes.

Não permita que este mal tenha lugar em sua vida.” (Adaptado de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p.395).

II. UM HOMEM COM PRINCÍPIOS

1. Saul, o escolhido de Deus.

Muitos, equivocadamente, acreditam que Saul não foi escolhido por Deus e nem buscava obedecer ao Senhor. A verdade é bem diferente.

O texto sagrado nos informa que Saul foi escolhido por Deus (1Sm 9.16), ungido por Samuel (1Sm 10.1) e foi cheio do Espírito de Deus chegando a profetizar (1Sm 10.11). Tanto Davi quanto Saul foram ungidos pelo mesmo profeta e escolhidos por Deus.

No entanto um manteve-se fiel (e ao cair, buscou levantar-se), já o outro, não. Ser escolhido por Deus é uma grande honra. Mas esse fato não garante o êxito ao longo da caminhada. Precisamos caminhar de acordo com a vontade do Senhor.

Jovem: não basta ser filho de crentes piedosos, ou membros de uma igreja avivada, é preciso transbordar no amor que vem de Deus e buscar a real presença do Espírito Santo em sua vida.

No início do reinado, Saul fez o que era correto aos olhos do Senhor. Sempre buscava caminhar na direção de Deus e agia conforme a vontade divina, porém, próximo ao final de um reinado chegou até a consultar uma feiticeira e negligenciar as orientações divinas: literalmente “o fundo do poço”.

– Saul é apresentado como o escolhido por Deus para ser o primeiro rei de Israel. O profeta Samuel, guiado por Deus, unge Saul e o apresenta como o novo líder do povo.

Este evento é crucial na história de Israel, marcando a transição de um governo judiciário para uma monarquia. Essa unção representava a separação para o serviço do Senhor, que acontece em 10.1.

Saul é denominado literalmente como “aquele a quem é dada preeminência, aquele que é colocado à frente”. O título príncipe refere-se “àquele que é destinado a governar” (cf. 1 Rs 1.35; 2Cr 11.22).

O povo havia clamado para serem libertos dos filisteus, seus rivais de longa data, do mesmo modo que clamaram para serem libertos da escravidão no Egito (cf. Êx 2.25; 3.9)

Deus identificou Saul para Samuel assegurando que não havia qualquer engano quanto ao escolhido de Deus para ser o rei. Saul havia de se tornar o foco da esperança de Israel em vitórias militares sobre os inimigos (cf. 8.19-20); um benjamita… a menor de todas as famílias.

A humildade e timidez de Saul foram demonstradas pela sua correta avaliação da tribo à qual pertencia e humilde apreço de sua família. Embora seja o primeiro rei, Saul não é um líder perfeito, e sua história é marcada por erros e desobediências, o que leva a sua substituição por Davi.

2. Um reinado de grandes feitos.

Saul foi conduzido por Deus e, nos primeiros anos de seu reinado, foi responsável por trazer muitas vitórias para Israel (1Sm 11) e um forte combate a idolatria e feitiçaria (1Sm 28.9).

Nesse primeiro período as campanhas militares proporcionaram a integração de uma grande área, os vínculos entre as tribos foram fortalecidos e o povo alegrou-se com a presença de um rei. Porém, não basta ser escolhido, é preciso ser conduzido pelo Senhor.

E nesse quesito, o rei foi reprovado. Saul, que começou bem seu reinado, foi afastando-se de Deus usurpando posições que não eram suas: desobedeceu ordens claras divinas (1Sm 15.1-35), ofereceu sacrifícios de forma ilegítima (1Sm 13.8-15), fez votos insensatos trazendo sofrimento aos seus (1Sm 14.24-30) e quase matou o seu próprio filho (1Sm 14.43-45), construiu uma coluna para sua própria glória (1Sm 15.12), se envolveu com feitiçaria (1Sm 28.7,8), perseguiu pessoas escolhidas por Deus e, finalmente, desviou-se por completo do bom caminho.

– Como líder do povo, Saul teve um bom início, mas a sua trajetória bastante complicada conduziu-o a perder a coroa.

Ele desobedeceu a Deus, tendo uma conduta reprovável. Saul tinha inveja de Davi e tentou matá-lo inúmeras vezes. Por fim, Saul cometeu suicídio. Saul era um homem valente, corajoso, decidido e modesto.

Tinha uma figura imponente, de alta estatura – sobressaía a todos acima dos ombros. Era também popularmente conhecido pela importância da sua família na tribo benjamita. No encontro para apresentação do rei, o povo foi separado por tribos e famílias, sendo indicado Saul, filho de Quis, da família de Matri.

Saul, porém, escondeu-se no meio da bagagem, apesar de já ter sido ungido rei. Ele não queria aparecer. Dado que fisicamente já se destacava, Saul demonstrou timidez. Era um papel difícil de assumir, honroso, mas cheio de riscos.

Talvez Saul temesse, esquecendo-se de que Deus estaria à frente, dirigindo tudo. Saul reinou 40 anos sobre Israel (Atos 13:21).

No princípio, teve muitas vitórias, derrotando inimigos de Israel, mas seu comportamento desobediente acabou levando-o a ser rejeitado por Deus.

Como rei, Saul começou bem, mas sua obstinação o levou ao declínio. Dotado de boa aparência física e nascido em uma família de posses, Saul começou a reinar com humildade.

Achava-se indigno de ser rei. Chegou a se esconder quando sua tribo e família foram sorteadas, sendo ele o escolhido por Deus.

Nessa primeira fase, Saul recebeu o Espírito de Deus e, com isso, teve seu coração transformado. Chegou até a profetizar junto aos profetas. Venceu muitas batalhas, mas, com o passar do tempo, sua exaltação subiu à cabeça. Seu caráter se deteriorou e suas práticas se tornaram cada vez mais erradas.

3. Davi, um homem de princípios.

Ungido rei entre os seus irmãos mais velhos e “aparentemente aptos” aos olhos humanos, célebre pela batalha contra Golias, respeitado e admirado por multidões, perseguido por um rei implacável por longos anos e convicto de que um dia seria rei: um quadro que levaria muitos à impaciência e ao desejo de acelerar o tempo.

Mas com Davi era diferente: paciente, temente e fiel ao Senhor, humilde, dedicado em aprender, zeloso em seus compromissos na corte, fiel ao rei e ao reino.

Esse era o perfil de Davi, um homem que jamais tentou usurpar o trono de Saul e sempre se manteve firme em seus princípios agindo com muita inteligência emocional: um fator determinante em um tempo de tamanhas adversidades.

– Samuel foi então à casa de Jessé, porque o Senhor ordenou que ungisse um de seus filhos para ser o futuro rei de Israel.

Samuel avaliou mal, julgando que Eliabe, o irmão mais velho de Davi poderia ser o escolhido, mas Deus lhe ensinou uma preciosa lição nesse dia: o Senhor vê o coração e não a aparência! Davi é frequentemente descrito na Bíblia como um homem de princípios, um homem segundo o coração de Deus. A sua vida, com seus acertos e erros, demonstrava uma busca constante pela vontade divina e uma forte fé. Davi, ao contrário do seu antecessor, foi compromissado, obediente, fiel à vontade e propósito de Deus.

A Bíblia relata que Davi foi considerado “um homem segundo o coração de Deus”. Porém, era apenas um modelo com falhas. Da descendência de Davi, nasceu Jesus, O Filho de Deus, nosso exemplo perfeito.

Cristo veio nos ensinar como ser pessoas segundo o coração de Deus. Ao lermos 1 Samuel 17, percebemos que Davi cria nas promessas do Senhor.

Naquele tempo, havia guerra entre os israelitas e os filisteus. Nessa ocasião Golias, um gigante filisteu, desafiou um homem para lutar com ele. Ainda que sem experiência e pouca idade, Davi aceitou lutar contra Golias. Davi acreditava que o mesmo Deus que já o havia ajudado a vencer um leão e um urso, também seria com ele no embate contra o gigante.

Em nome de Deus e para Sua glória, ele poderia vencer! Novamente, aos olhos humanos, o pequeno Davi não tinha hipótese alguma de vencer, mas venceu! E, não porque era forte, mas por acreditar na força do Senhor!

III. INTEGRIDADE À PROVA DE CIÚMES

1. A lógica humana.

Ao olharmos a história de Davi, percebemos por diversas vezes a lógica humana nitidamente longe dos padrões divinos.

A lógica humana defende autopromoção; a prevalência da força humana e da imagem vigorosa; da maioria numérica; do direito aos prazeres, à vingança, às riquezas, aos privilégios e ao domínio sobre o próximo; e muito mais. Fujamos dessa lógica e nos deixemos ser guiados pelo Senhor (Jo 17.16).

– A humildade bíblica, essencial para a vida espiritual e para relacionamentos saudáveis, não é sinônimo de fracasso, mas sim de um caminho para o verdadeiro sucesso e bem-estar.

A Bíblia ensina que a humildade é fundamental para receber o favor de Deus, para o crescimento espiritual e para a construção de relações saudáveis. Humildade é reconhecer que seus sucessos vêm de Deus e que é Ele que lhe capacita.

Humildade é não se achar superior aos outros. Cada pessoa é importante para Deus. Ser humilde é reconhecer o valor de cada pessoa e não ter vergonha de se associar com pessoas de realidades diferentes. O mundo tem os seus padrões de sucesso e, para atingi-los, em geral é necessário determinado conjunto de características.

No mundo, normalmente (mas não exclusivamente) alcança sucesso quem é autoconfiante e agressivo, saindo sempre por cima nos conflitos, destruindo a reputação do oponente e fazendo o que for preciso para ganhar.

Já ouviu a frase “os fins justificam os meios”? Bem, muita gente pensa assim quando se trata de alcançar sucesso. Isso não quer dizer que você não pode querer ser um sucesso no mundo. Mas este sucesso deve ser conseguido dentro dos padrões de Deus, ou seja:

Sem mentira;

Sem bajulação;

Sem fofoca;

Sem violência verbal;

Sem agressividade;

Sem falsidade;

Sem abrir mão da família, da igreja e de Deus.

2. O homem dirigido por Deus.

Quando estamos sob a direção divina escolhemos a

sobriedade (Mt 23.12);

a mansidão (Mt 5.5);

a confiança no Senhor (Sl 91.7; Jz 7.4-7);

a consolação (Mt 5.4);

a satisfação em Deus (Sl 23.1);

o amor e a intercessão (Mt 5.44), por exemplo.

Vivemos na contramão da triste realidade encontrada em nossos dias (1Co 2.16): se a lógica mundana nos pede uma reação, Cristo nos mostra outro caminho.

A forma como vivemos não faz sentido para os que são do mundo (1Co 1.27), mas reflete uma luz que, a seu tempo, pode promover uma verdadeira transformação para os que ainda não creem (Mt 5.14).

Quando dirigidos por Deus, somos levados a um padrão elevado tendo em Jesus a nossa referência maior. Dessa forma, onde estivermos, ali as pessoas sentirão algo diferente e, por meio da vida dos cristãos, serão alcançadas por uma bênção especial.

– Deus conhece aqueles a quem chamou e sabe o que esperar de cada um. Assumir a fragilidade e ter senso de fracasso permite crescimento, mostrando sinceridade e discernimento. O evangelho estabelece um estilo de vida muito diferente. Grande ênfase é dada à compaixão pelos outros e o cuidado com eles, especialmente com os fracos.

O amor desinteressado e verdadeiro deve ser o que define um cristão. O evangelho desafia os valores do mundo. Quer um exemplo melhor de falta de sucesso aos olhos do mundo do que Jesus? Ele era o Filho de Deus, mas não tinha sua própria casa, propriedade, servos ou dinheiro. Dependia dos outros.

Andava com doentes e rejeitados. E morreu em uma cruz, sendo este o ápice de sua vida terrena. Jesus deixou uma lista de características que os cristãos devem ter. Podemos aplicá-las em nossa vida na busca do sucesso.

As bem-aventuranças descrevem o caráter equilibrado do povo cristão. São nove qualidades que todos os cristãos precisam ter e desenvolver em suas vidas, aplicando-as no dia a dia. Esse é o padrão de Deus para o cristão.

Qualquer sucesso de um cristão no mundo não pode desviar-se desses preceitos ou deturpar o caráter que Jesus estabeleceu como modelo.

CONCLUSÃO

Ao longo dessa lição, pudemos refletir acerca de dois homens com perfis bastante distintos. Saul nos mostrou a lógica do mundo, a inclinação a fazer o mal e a se esquecer do Senhor.

Davi nos mostrou um coração com princípios, integro e desejoso de caminhar na direção divina. Diante dessas duas histórias de vida, somos chamados a uma escolha: sigamos o bom exemplo!

– Não fique ansioso caso se sinta fraco ou despreparado como cristão. O problema real começa se você pensa que é um sucesso ou que não precisa de Deus, ou se quer ser um sucesso nos moldes do mundo, dentro e fora da igreja.

Se formos sinceros, perceberemos que, quanto à vida cristã, somos todos fracassados. Por isso é tão maravilhoso saber que Deus nos ama, nos perdoa e que é capaz de agir por meio de nós, apesar de nossas falhas.

Fonte: https://auxilioebd.blogspot.com/2025/04/ebd-jovens-licao-05-davi-provado-pelo.html

Vídeo:  https://youtu.be/h8jvvZnI69w

 

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