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Jovens – Lição 03- José: Resistir a tentação é possível

O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

AS DIFICULDADES DE UM JOVEM DE DEUS

A história de José apresenta uma grande perturbação familiar causada por causa de um favoritismo dispensado a um só filho em detrimento dos outros. Jacó tratava José com um carinho especial, por motivo dele ser o filho de sua velhice (Gn 37.3).

A ação de Jacó em amar diferenciadamente um filho, fez com que José fosse desprezado pelos seus irmãos. Esse desprezo foi potencializado com o episódio da túnica e dos sonhos que imaturamente José contou a todos.

A túnica ricamente ornamentada que José recebeu de seu pai, contrasta fortemente com as túnicas comuns usadas por seus irmãos.

Ela revelava uma posição especial de favoritismo e honra diante de seu pai […] José, também, revelou precipitação e imaturidade ao contar aos irmãos o seu sonho.

O propósito do sonho era propiciar-lhe revelação e fé para seu espinhoso futuro, e não para ser-lhe motivo de exaltação sobre seus irmãos1.

Esses episódios ocorridos no seio familiar de Jacó elevou ainda mais o sentimento de oposição contra José. A cada dia que se passava, a atitude de Jacó, diferenciando o tratamento entre os seus filhos, imprimia no coração dos preteridos um sentimento ciumento, algo ruim dentro do convívio familiar.

Poderia o ciúme fazer você sentir vontade de matar alguém? Antes de responder: “Claro que não”, veja o que aconteceu nesta história. Dez homens estavam dispostos a matar o irmão mais jovem por causa de uma túnica e alguns sonhos divulgados.

Seu profundo ciúme havia se transformado em ira, cegando-os completamente para o que era certo. Pode ser difícil reconhecer o ciúme quando nossas razões parecem ter sentido, mas quando não o fazemos, o ciúme cresce rapidamente e leva a sérios pecados2.

O contexto se agravou a ponto de o coração de seus irmãos estarem dispostos a realizarem o mal contra o seu próprio sangue, sua própria casa. José, então, “é vendido por seus irmãos, como uma mercadoria disponível para negócios.

Pago o preço pela vida do rapaz de 17 anos, seus irmãos dão um acabamento sinistro à narrativa que precisarão contar ao velho Jacó: matam um animal, usam o sangue dele para manchar a capa que o pai lhe dera e levam como prova final infeliz que o moço teve na história.

Numa época em que não havia exames de DNA para confirmar o que foi dito, Jacó passa a chorar a morte do filho que estava vivo, e seus irmãos fingem um luto, com corações exultantes por terem dado um fim ao sonhador”3.

EGITO, O LUGAR DA TENTAÇÃO

José não teve opção de escolher outro caminho. Ser afastado de seu pai não foi uma opção, mas lhe foi imposto. Não estava em seu poder se desviar da raiva de seus irmãos ou imaginar o que Deus lhe havia reservado nos anos seguintes.

E, apesar dos dias sombrios pelos quais passaria, Deus estava forjando o caráter daquele que seria usado para trazer para o Egito os descendentes de Abraão, e fazer deles, naquelas terras, uma grande nação.

José precisou lidar com a solidão, os maus tratos, a ingratidão e a constante ameaça de perder a vida, pois, ao se tornar um escravo, na perspectiva dos povos orientais, ele deixava de ser uma pessoa para ser uma “mercadoria”.

Para um adolescente de 17 anos, abandonado, longe de casa e escravo, somente a presença de Deus traria a certeza de que havia um plano melhor mais a frente3.

José agora estava longe de todo o bom tratamento dispensado pelo seu pai Jacó, e, quem sabe, em sua mente se agravara o sentimento de incerteza quanto ao seu futuro, pois agora estava em uma terra estranha na posição de um escravo.

Porém, a Palavra de Deus é enfática sobre o cuidado divino que estava sobre José: “E o Senhor estava com José, e foi varão próspero” (Gn 39.2). O Egito seria o lugar de formação espiritual daquele jovem.

José enfrentou três grandes provas no Egito: a prova da pureza pessoal, prova essa que os jovens frequentemente enfrentam quando estão longe de casa;

a prova da oportunidade de vingança, uma prova por que frequentemente passam as pessoas que sofreram injustiças e a prova de encarar a morte (quando José esteve injustamente na prisão). Em cada caso, José triunfou na prova mediante sua confiança em Deus e suas promessas1.

A fidelidade do cristão não é medida por meio de uma aparência de piedade ou adoração demonstrada na frente de todos, mas sim quando seu caráter espiritual e pessoal é colocado à prova.

José foi tentando em terra estranha pela esposa daquele que o adquiriu para o serviço: Potifar. Ela procurava se deitar com ele a todo custo. Porém, José resistia fielmente em sua fidelidade para com o Senhor.

A esposa de Potifar não conseguiu seduzir José, que resistiu à tentação afirmando que isto seria um pecado contra Deus. José não disse: “Eu estaria magoando você”, ou “Eu estaria pecando contra Potifar”, ou “Eu estaria pecando contra mim mesmo”.

Sob pressão, tais desculpas são facilmente racionalizadas. O pecado sexual não é somente entre dois adultos que consentem; é um ato de desobediência contra Deus. José evitou ao máximo a mulher de Potifar.

Ele recusou suas investidas e finalmente dela fugiu. Algumas vezes, apenas tentar evitar a tentação não é suficiente. Precisamos fugir, especialmente quando as tentações parecem muito fortes, que é frequentemente o caso da tentação sexual2.

EGITO, O LUGAR DA RESTAURAÇÃO

A vitória sobre a tentação e a fidelidade a Deus nem sempre resultam em recompensa imediata. José sofreu por causa da sua retidão. Cristo declara que seus seguidores são também perseguidos por causa da justiça (Mt 5.10) e nos afirma que tais pessoas são bem-aventuradas e que receberão um grande galardão no céu (Mt 5.11,12)1.

A mentira da esposa de Potifar foi aceita, de modo que a fidelidade de José para com Deus trouxe, de imediato, uma consequência terrena ruim, contudo, diante do Senhor ele permanecia em sua integridade.

É fato que muitas vezes ser integro, nesse mundo, é escolher uma vida difícil diante dos homens, porém, precisamos ter a certeza que mesmo que nessa carne o nosso corpo padeça em dores por causa da nossa fidelidade com Deus, no céu ajuntaremos tesouros incorruptíveis.

José mantinha a sua fé em Deus, mesmo quando estava confinado no cárcere, sem motivo, durante pelo menos dois anos1. […] As prisões eram lugares horrendos em condições desprezíveis. E

ram utilizadas para abrigar os que faziam trabalho forçado ou, como José, os acusados que aguardavam julgamento […] Como prisioneiro e escravo, José poderia ter perdido as esperanças na situação em que se encontrava.

Porém, ele deu o melhor de si em cada tarefa referida. Sua disposição e atitude positiva logo foram percebidas pelo carcereiro-mor, que o promoveu a administrador da prisão2.

Deus cuidou de José em todos os detalhes. Deus estava com ele em todos os momentos. José também teve o seu caráter moldado pelo Senhor durante a passagem da prisão, e no momento certo foi exaltado de sua condição para estar diante de Faraó.

Deus não permitiu que José terminasse seus dias na prisão. Da mesma forma que ele havia honrado a Deus por meio de seu testemunho, Deus, na prisão, começou a agir para exaltar José e lhe fazer justiça.

A tentação pode ser uma fonte de prazeres momentâneos, mas são prazeres que vão cobrar o seu preço. É melhor ser fiel a Deus e ser exaltado por Ele do que pecar contra Deus e colher os frutos da desobediência3.

Esperando Jesus voltar hoje!

Dc. Antonio Vitor de Lima Borba

 


Referências:

1 – STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
2 – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
3 – COELHO, Alexandre. O Perigo das Tentações. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/jovens/7464-licao-3-jose-resistir-a-tentacao-e-possivel-ii

Vídeo: https://youtu.be/tcEwkK25bwo

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