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Jovens – Lição 04 – O JUÍZO DE JUDÁ E DE JERUSALÉM

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A paciência de Deus com o povo chegou ao fim nestas profecias, apesar de inúmeras advertências e avisos o coração se endureceu sempre mais, assim não restou outra coisa a não ser deixar o povo cair no próprio poço que cavaram, haveria ingovernabilidade, gemidos e desolação.

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A paciência de Deus com o povo chegou ao fim nestas profecias, apesar de inúmeras advertências e avisos o coração se endureceu sempre mais, assim não restou outra coisa a não ser deixar o povo cair no próprio poço que cavaram, haveria ingovernabilidade, gemidos e desolação.

Além disso, o profeta descreve em detalhes toda a injustiça, opressão, vaidade e ostentação praticadas.

I – A INJUSTIÇA E A OPRESSÃO DE UM POVO

O colapso da nação era iminente para Isaías, por haverem pervertido o juízo ou trocado o que seria justo pelo injusto. Situações como esta sempre acabam prejudicando aqueles que não têm como se defender como o fraco, o pobre, o órfão e a viúva (Is 1.17; 23).

Os líderes privaram os pobres e oprimidos da justiça e ainda roubaram o órfão e a viúva (Is 3.14; 10.2). Os tempos de prosperidade de Judá trazem junto sua apostasia, embora a prosperidade não seja necessariamente má.

Em decorrência deste enfoque, pode-se considerar, diante das injustiças em todos os níveis da sociedade de Judá denunciadas pelo profeta, que essa prosperidade não vinha do Senhor, mas a partir da exploração do pobre.

As autoridades de Judá viviam uma anarquia no governo (Is 3.4),

os governantes agiam de forma imprudente, corrupta e leviana (Is 3.12),

quem tinha chances de oprimir alguém, o fazia deliberadamente (Is 3.5) e se

instalou o desrespeito contra o idoso (Is 3.5).

As autoridades de Judá promoviam a injustiça e, consequentemente, a desigualdade social.

As autoridades e líderes de Judá tiravam proveito de sua posição privilegiada, para se enriquecer. Estabeleceram-se, então, práticas contrárias a justiça de Deus.

Contudo, usavam o nome do Senhor para enfatizar a prosperidade de Judá. A respeito disto, tomavam o nome do Senhor em vão (Ex. 20.7).

Assim, o profeta acusava as autoridades e os líderes de Judá, por intermédio da profecia, que eles estavam roubando, esmagando e explorando os pobres (Is 3.14-15).

A este respeito Deus ordena a seu povo de fazer valer a justiça em benefício daqueles que não têm voz (Pv 31.9), visto que o Senhor se levanta de seu trono devido a opressão do necessitado e do gemido do pobre, para trazer segurança aos que o anseiam (Sl 12.5).

Os pobres também pertencem ao povo de Deus, por este motivo Ele defende a causa dos necessitados e castiga aqueles que defraudam o povo, por meio da extorsão.

A igreja tem a capacidade e responsabilidade dadas pelo Espírito Santo, sendo ela a representante do Reino de Deus e uma das repostas de Deus ao mundo que sofre, de profetizar contra as injustiças nas esferas sociais, políticas, religiosas e econômicas.

Os mecanismos de denuncias podem ser efetivados em decorrência da política e da denúncia profética, como fez Isaías, como também por meio de ações sociais que combatam as injustiças, os problemas e os sofrimentos do povo em sua origem. Todo este mal deve ser combatido pela prática do bem.

II – A ARROGÂNCIA QUE CEGA

O profeta descreve de forma clara que os atos de Jerusalém e Judá eram praticados em rebelião contra Deus, mesmo os líderes sabendo que o Senhor estava contemplando seus atos, o desafiavam em público.

As lideranças políticas de Judá e Jerusalém chegaram à certeza de que poderiam viver tranquilamente sem o Senhorio de Deus.

A elite da religião e os anciãos, que eram tidos como pessoas de respeito, achavam-se em conluio com o poder político. E estando ensoberbecidos, agiam como se Deus não existisse e se pelo menos Ele existisse, era uma pessoa desprezível e passível de ser zombada, estando presente a contemplar os atos e palavras de escárnio.

O resultado dessa arrogância é o desprezo pelas pessoas mais fracas, explorando-as como se não fossem a imagem e semelhança de Deus. O roubo aos pobres é denunciado pelo profeta de maneira veemente, delatando a prática de tirar o alimento da mesa dos necessitados (Is. 3.14-15).

A arrogância ou orgulho é um pecado tão antigo e ao mesmo tempo tão atual que infecta a alma de cada geração de seres humanos. É um atrativo castelo de pedras que resiste à idade do homem.

Se trata de uma fortaleza invencível para qualquer indivíduo que tem a petulância de escalá-la. A principal arma do orgulho é o poder. O desejo de poder foi o cerne da tentação no Éden.

A violação do poder consiste em pensar que se sabe ou pode mais do que Deus. O poder que Deus confere ao homem na criação é a capacidade de cuidar e gerir a natureza.

Mas o homem em pecado viola esse princípio quando quer estender seu domínio aos outros homens ao ponto de controlar e explorar seus semelhantes.

Em nome de Deus adquire-se com facilidade o domínio dos corpos e consciências dos outros indivíduos. Depois de ter o coração embriagado pelo poder, o indivíduo não o devolve mais, é preciso ser tirado dele.

A idolatria é um pecado resultado do orgulho não só a partir da veneração aos outros deuses, mas reside também no fato de criar um deus que atenda as paixões e desejos humanos.

Assim, criar um deus que atenda todas as expectativas humanas é o desejo do indivíduo em pecado, pois em rebeldia ao senhorio de Deus, a fantasia pelo desejo de independência o impele aos ídolos, que figuram a fonte dos caprichos pecaminosos do homem.

Tem-se um deus passível de ser controlado e que atende todos os desejos egoístas da humanidade, esse deus se torna como nós. Essa é a procura humana pelos ídolos que nada são (1 Co. 8.4), com objetivo de se tornar igual a Deus. 

O orgulho tende ao acúmulo de poder e tira proveito, explora e usa pessoas como objetos. Pode-se chamar isto de cultura narcisista. O narcisista fantasia um conceito elevado dele mesmo, imagina-se com ilimitado poder, inteligência, beleza, amor e sucesso.

III – A MISERICÓRDIA E A JUSTIÇA DE DEUS

A prosperidade da elite dominante de Judá custou um alto preço, a espoliação e a opressão do pobre. A consequência desta atitude das autoridades e líderes de Judá se estabelecia no juízo iminente de Deus. 

Paulo destaca a atitude de Jesus como exemplo de proceder de todos os seus seguidores. Ele comenta que, embora Jesus sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.

E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! (Fp 2.6-8). Deste modo, Jesus conseguiu expressar toda sua humanidade, baseada na humildade, pois ele é manso e humilde de coração (Mt 11.28). A humildade é símbolo da dependência de Deus.

A partir deste conceito pode-se entender o discurso de Jesus sobre quem é o maior no Reino dos céus. Ele disse: “portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus.” (Mt 18:4).

Assim, quem não se tornar humilde e dependente do pai como criança não poderá entrar no Reino de Deus (Mt 18.3).

Deus reage contra a injustiça, visto que a justiça faz parte da natureza de Deus (Sl 145.17). A respeito disto, no contexto das escrituras vetero e neotestamentárias, o que é creditado como justiça não são as obras, mas sim a fé (Gn 15.6).

Essa justiça pela fé produz obras na vida do justo em decorrência da graça de Deus. Este conceito é evidenciado pelo profeta Habacuque (Hb 2.4) e na teologia paulina (Rm 1.17). O justo viverá da fé.

O profeta de Deus é também porta-voz de uma mensagem que anuncia, denuncia e alerta diante de situações presentes e conhecidas e neste capítulo o profeta denunciou a injustiça e a arrogância.

Que nossos corações sejam humildes diante de Deus para reconhecer quando precisamos de arrependimento, que nossa dependência de Deus seja evidente em atitudes, palavras e pensamentos, e que ao mesmo tempo sejamos jovens profetas que sabem fazer frente com sabedoria às injustiças do mundo.

Site texto: Subsídio escrito pelo próprio comentarista da Revista, Pastor Claiton Ivan Pommerening. http://licoesbiblicas.com.br/index.php/2014-11-13-19-35-17/subsidios/jovens/410-licao-04 – acesso em 19 de julho de 2016.

Slide: http://pt.slideshare.net/natalinoneves1/2016-3-tri-lio-4-o-juzo-de-jud-e-de-jerusalm – acesso em 19 de julho de 2016.

Video:  EBD NA NET  – https://www.youtube.com/watch?v=vEN2o45S4xs – acesso em 19 de julho de 2016.

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