Jovens – Lição 05-Instruções para os pastores
I – O PERFIL DA LIDERANÇA
Tópico 1: Relativismo moral
O relativismo moral é uma tendência presente na sociedade contemporânea que nega a existência de valores e verdades absolutas. Nesse contexto, cada indivíduo pode criar seus próprios padrões éticos e morais, escolhendo o que é certo ou errado com base em suas preferências pessoais ou nas conveniências do momento.
Esse relativismo moral pode ser especialmente desafiador para os líderes cristãos, que são chamados a viver de acordo com os princípios e ensinamentos da Palavra de Deus.
Os líderes cristãos enfrentam o desafio de permanecerem firmes nas verdades absolutas da Bíblia, mesmo em um mundo cada vez mais secularizado, onde a moralidade é frequentemente subjetiva e fluída.
Eles precisam discernir e ensinar o que é correto à luz da Palavra de Deus, mesmo que isso vá contra a corrente cultural. Isso requer coragem, firmeza e convicção nas Escrituras, para que possam guiar suas igrejas com base em princípios sólidos e eternos.
Tópico 2: Compromisso com as Escrituras
O compromisso com as Escrituras é fundamental para a liderança cristã. Os líderes são chamados a serem estudantes diligentes da Palavra de Deus, buscando entendê-la profundamente e aplicá-la de maneira sábia em suas vidas e ministérios.
A Bíblia é a revelação escrita de Deus para a humanidade, e através dela, Ele se comunica com seu povo e oferece orientação para todas as áreas da vida.
Os líderes cristãos devem permitir que a Palavra de Deus os desafie, corrija e instrua em todas as coisas. Isso implica em colocar a vontade de Deus acima de suas próprias preferências e ideias, submetendo-se humildemente à autoridade divina.
Além disso, eles precisam ser fiéis ao ensinar e pregar a Bíblia, compartilhando seus ensinamentos com fidelidade e clareza, a fim de edificar e fortalecer a fé da congregação.
Tópico 3: Desejo pelo episcopado
O texto aborda o desejo de liderar na igreja, especialmente o desejo de ser um presbítero, que é uma função de liderança pastoral. O desejo de liderar não é condenado em si mesmo, mas deve ser acompanhado de uma motivação pura e correta.
A liderança na igreja é uma obra de grande responsabilidade, e aqueles que desejam assumir esse papel devem fazê-lo por amor a Deus e ao próximo, buscando servir e guiar o rebanho com humildade e sabedoria.
A igreja local tem a responsabilidade de discernir e identificar líderes que possuam as qualificações espirituais e morais exigidas pelas Escrituras. Não basta apenas ter o desejo de liderar; é necessário que a vida e o caráter do indivíduo estejam alinhados com os princípios bíblicos.
Líderes com motivações puras e qualidades comprovadas são essenciais para o bem-estar espiritual da igreja e para o cumprimento fiel da missão de Deus.
Em resumo, os tópicos enfatizam a importância de uma liderança comprometida com a verdade das Escrituras, disposta a enfrentar os desafios do relativismo moral e a exercer o desejo de liderar com motivações puras e responsabilidade diante de Deus e da comunidade de fé.
Essa liderança firme e fiel é essencial para o crescimento saudável e a edificação da igreja, bem como para a glorificação de Deus em todas as coisas.
II – A INSTITUIÇÃO DO MINISTÉRIO
Tópico 1: A estrutura da igreja no primeiro século e a organização ministerial.
O tópico destaca como as cartas pastorais ajudam a compreender a estrutura e a organização da igreja no primeiro século, principalmente por causa do trabalho missionário de Paulo em suas viagens.
O livro de Atos também fornece evidências da existência de presbitérios (corpos de presbíteros) nas igrejas, assim como a presença de diferentes ministérios, como diáconos, mestres, pastores, evangelistas, profetas e apóstolos.
Essa diversidade de funções ministeriais mostra que não havia um modelo rígido ou exaustivo de organização eclesiástica no Novo Testamento.
Tópico 2: O episcopado como figura pastoral e suas qualificações.
O tópico aborda o conceito de episcopado, que se refere ao bispo, ancião ou presbítero, responsável por supervisionar e cuidar da igreja local. A palavra “episkopos” significa “supervisor” ou “vigilante”.
É destacado que apenas aqueles que possuíam maturidade e discernimento espiritual podiam exercer essa função pastoral. O termo “convém” usado por Paulo em relação ao episcopado ressalta que é necessário e recomendável que o líder tenha altas qualificações espirituais e morais para cuidar do rebanho da igreja.
Tópico 3: O rol de qualificações para o episcopado.
Neste tópico, é mencionado que o rol de qualificações para o episcopado não é exaustivo, mas aborda o essencial na vida do líder espiritual. É importante observar que a prioridade não está na popularidade ou carisma, nem mesmo nos dons espirituais.
Embora os dons sejam importantes, o candidato ao presbiterio precisa demonstrar também o fruto do Espírito, como descrito em Gálatas 5.22.
As qualificações incluem características como a piedade, retidão, temperança, hospitalidade, habilidade para ensinar, não ser dado ao vinho, não ser violento, não ser ganancioso, além de ter uma boa reputação diante dos de fora.
Em resumo, os tópicos destacam a importância da estrutura e organização da igreja primitiva, a figura do episcopado como líder pastoral e as qualificações essenciais para quem deseja assumir a responsabilidade de liderar na igreja local.
Essas qualificações visam garantir que os líderes sejam homens de caráter exemplar, possuam maturidade espiritual e conduzam a igreja com sabedoria, cuidado e integridade.
Tópico 1: “Irrepreensível” como requisito para o episcopado.
O termo grego “anepíleptos” traduzido como “irrepreensível” significa literalmente “que não se pode atingi-lo”, indicando que a exigência não é superficial, mas profundamente significativa.
Esse requisito destaca a importância de examinar cuidadosamente o caráter do aspirante ao episcopado. O bispo deve ser alguém cuja vida está resolvida, ou seja, uma pessoa com integridade e moralidade exemplares. Esse atributo é essencial para o líder espiritual, pois ele deve servir como exemplo e modelo para os demais membros da igreja.
Além disso, a expressão “marido de uma mulher” também é mencionada, ressaltando a importância de que o bispo seja alguém comprometido com a fidelidade conjugal. Essa exigência era particularmente relevante naquela época de poligamia tolerada pelo paganismo.
Hoje, esse requisito ainda é importante, pois reforça a necessidade de um líder espiritual viver de acordo com princípios morais elevados.
Tópico 2: Sobriedade e correção moral.
Neste tópico, são destacadas qualidades importantes para um líder espiritual. O termo “vigilante” indica a necessidade de ser prudente e atento, evitando excessos e exageros. “Sóbrio” refere-se a ser equilibrado, moderado e autodisciplinado em todas as áreas da vida. “Honesto” envolve ser justo e correto em negócios e relacionamentos.
Essas características são essenciais para que o líder espiritual exerça seu ministério com sabedoria e integridade, sendo um exemplo de conduta para a comunidade de fé. O líder deve ser acolhedor, demonstrando amor e cuidado para com os membros da igreja, além de ser sensato em suas decisões e relacionamentos.
Tópico 3: Apto para ensinar.
Neste tópico, destaca-se a importância do pastor dedicar-se ao estudo e ensino das Escrituras à igreja. Isso não se resume apenas ao preparo bíblico e teológico, mas também à sua habilidade para transmitir a Palavra de Deus de forma clara e relevante.
O líder espiritual não deve negligenciar essa tarefa, transferindo-a a terceiros ou substituindo o ensino bíblico por outras atividades, mesmo que espirituais.
Além disso, a aptidão para ensinar também está relacionada ao testemunho pessoal do pastor. Sua conduta moral e comportamento devem ser coerentes com a mensagem que ele proclama. Um líder que vive uma vida sóbria e com uma conduta moral exemplar fortalece a mensagem do evangelho e inspira confiança nos membros da igreja.
Em resumo, esses tópicos enfatizam a importância de líderes espirituais serem pessoas de caráter íntegro, moralmente irrepreensíveis e capacitados para ensinar a Palavra de Deus. Essas qualidades são fundamentais para que os líderes exerçam seu ministério com sabedoria, discernimento e amor pelas pessoas que servem.
CONCLUSÃO:
A conclusão destaca a importância fundamental de uma liderança sólida, comprometida com a verdade das Escrituras, e capaz de enfrentar os desafios do relativismo moral presente na sociedade contemporânea.
Os líderes cristãos devem manter-se firmes nos princípios e ensinamentos da Palavra de Deus, mesmo em meio a um mundo cada vez mais secularizado, e guiar suas igrejas com base em princípios sólidos e eternos.
Além disso, o compromisso com as Escrituras é essencial para a liderança cristã, pois a Bíblia é a revelação escrita de Deus e deve ser o guia sólido para a vida cristã e para o ministério na igreja. Os líderes devem ser estudantes diligentes da Palavra de Deus, permitindo que ela os desafie, corrija e instrua em todas as coisas.
O tópico sobre o desejo pelo episcopado destaca a importância de líderes com motivações puras e qualidades comprovadas.
O desejo de liderar não é condenado em si mesmo, mas é necessário que seja acompanhado por uma motivação correta e uma vida de caráter exemplar.
A igreja local tem a responsabilidade de discernir e escolher líderes que atendam aos requisitos espirituais e morais exigidos pelas Escrituras.
Em resumo, o perfil da liderança cristã deve ser moldado pelos ensinamentos bíblicos, mantendo-se firme nas verdades absolutas, comprometido com as Escrituras e motivado por uma vida de caráter irrepreensível.
Somente assim os líderes cristãos poderão desempenhar com excelência a missão de pastorear e cuidar do rebanho de Deus, edificando a igreja e glorificando o nome de Deus em todas as coisas.
Fonte: https://descomplicandoateologiaebd.com/ebd-licao-5-jovens-instrucoes-para-os-pastores/
Vídeo: https://youtu.be/P2bEsc0_jIM