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JOVENS | Lição 09- Davi: forjado pelo tempo

TEXTO PRINCIPAL

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” (Ec 3.1)

Entenda o Texto Principal:

– O homem tem seu ciclo designado de estações e mudanças, como o sol, o vento e a água (Eclesiastes 1:5-7). propósito – como há uma “estação” fixa nos “propósitos” de Deus (por exemplo, Ele fixou o “tempo” quando o homem deve “nascer”, e “morrer”, Eclesiastes 3:2), então existe um “tempo” legítimo para o homem realizar seus “propósitos” e inclinações.

Deus não condena, mas sim aprova o uso de bênçãos terrenas (Eclesiastes 3:12); é o abuso destas que Ele condena, tornando-as o principal fim (1Coríntios 7:31).

A terra, sem desejos humanos, amor, sabor, alegria, tristeza, seria um desperdício sombrio de total aridez; mas, por outro lado, o extravio e o excesso das bençãos terrenas, como de uma enchente, que precisa de controle. A razão e a revelação foram dadas para controlá-las. [Jamieson; Fausset; Brown]

RESUMO DA LIÇÃO

Entre o chamado de Davi e o início de seu reinado houve um grande espaço de tempo no qual ele pôde ser preparado por Deus para tal missão.

Entenda o Resumo da Lição:

– Há um intervalo significativo entre o momento em que Davi é ungido rei e quando ele efetivamente começa a reinar. Este período, que a Bíblia descreve como “um grande espaço de tempo”, foi crucial para a preparação e o crescimento espiritual de Davi.

Durante este tempo, ele pôde desenvolver suas habilidades, fortalecer sua fé e aprender as lições necessárias para exercer o reinado de forma justa e eficaz.

TEXTO BÍBLICO

1 Samuel 24.4-8

  1. Então, os homens de Davi lhe disseram: Eis aqui o dia do qual o Senhor te diz Eis que te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e far-lhe-ás como te parecer bem a teus olhos E declarou-se Davi e. mansamente, cortou a orla do manto de Saul.

– Eles disseram: “Este é o dia sobre o qual o Senhor lhe falou: ‘Entregarei nas suas mãos seu inimigo para que você faça com ele o que quiser’ “ – Deus nunca fez nenhuma promessa de entregar Saul às mãos de Davi; mas, das promessas gerais e repetidas do reino a ele, concluíram que a morte do rei seria efetuada aproveitando-se de alguma oportunidade como a presente.

Davi opôs-se firmemente às instigações urgentes de seus seguidores para pôr fim a seus problemas e à morte deles (um coração vingativo teria seguido seu conselho, mas Davi desejava superar o mal com o bem e amontoar brasas de fogo sobre ele). a sua cabeça); ele, no entanto, cortou um fragmento da saia do manto real.

É fácil imaginar como esse diálogo poderia ser realizado e a abordagem de Davi à pessoa do rei poderia ter sido efetuada sem despertar suspeitas.

A agitação e barulho dos militares de Saul e seus animais, o número de celas ou divisões nessas imensas cavernas (e algumas delas distantes no interior) sendo envolvidas na escuridão, enquanto todo movimento podia ser visto na boca da caverna – a probabilidade de que a peça que Davi cortou pudesse ter sido um manto solto ou alto no chão, e que Saul pudesse estar dormindo – esses fatos e presunções serão suficientes para explicar os incidentes detalhados. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]

5. Sucedeu, porém, que. depois, o coração doeu a Davi, por ler cortado a orla do manto de Saul:

– Mas seu coração o feriu depois que ele fez isso; isto é, sua consciência o censurou, porque ele considerava isso uma injúria feita ao próprio rei. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

6. e disse aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor, estendendo eu a minha mão contra ele, pois é o ungido do Senhor.

– Com toda a maior firmeza, portanto, ele repeliu as sugestões de seus homens: “Longe de mim de Jeová (por causa de Jeová: veja em Josué 22:29), que (אם, uma partícula que denota um juramento) eu deveria fazer tal coisa ao meu senhor, o ungido de Jeová, para estender a mão contra ele”.

Essas palavras de Davi mostram com bastante clareza que nenhuma palavra de Jeová lhe veio para fazer o que queria com Saul. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

7. E. com estas palavras. Davi conteve os seus homens e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul e Saul se clamasse da caverna e intrometeu-se no seu caminho.

– Assim, ele reteve seu povo com palavras (שׁסּע, verbis dilacere), e não permitiu que eles se levantassem contra Saul, isto é, para matá-lo. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]

8. Depois, também Davi se declarou, e saiu da caverna, e se reuniu por detrás de Saul. dizendo: Rei. meu senhor! E, olhando Saul para trás. Davi se inclinou com o rosto em terra e se prostrou.

– A proximidade dos penhascos íngremes, embora divididos por pragas profundas, e a pureza transparente do ar permitem que uma pessoa parada em uma rocha ouça distintamente as palavras proferidas por um orador de pé em outro (Juízes 9:7).

A expostulação de Davi, seguida pelos sinais visíveis que ele fornecia de seu desprezo pelo desígnio maligno contra a pessoa ou o governo do rei, mesmo quando ele tinha o monarca em seu poder, feriu o coração de Saul em um momento e o desarmou. de seu propósito caiu de vingança.

Ele possuía a justiça do que Davi disse, reconheceu sua própria culpa e implorou bondade à sua casa. Ele parece ter sido naturalmente suscetível de fortes e, como neste caso, de boas e gratas impressões.

A melhora de seu temperamento, na verdade, era apenas transitória – sua linguagem era a de um homem dominado pela força de emoções impetuosas e constrangido a admirar a conduta e estimar o caráter de alguém a quem odiava e temia.

Mas Deus prevaleceu por garantir a atual fuga de Davi. Considere sua linguagem e comportamento. Esta linguagem – “um cachorro morto”, “uma pulga”, termos pelos quais, como os orientais, ele expressou fortemente um senso de sua humildade e toda a dedicação de sua causa àquele que sozinho é o juiz das ações humanas, e a quem pertence a vingança, sua firme repulsa dos conselhos vingativos de seus seguidores; os sentimentos de coração que ele sentia mesmo pela aparente indignidade que ele tinha feito à pessoa do ungido do Senhor;

e a homenagem respeitosa que prestou ao invejoso tirano que lhe dera um preço – evidencia a magnanimidade de um grande e bom homem e ilustrou de forma notável o espírito e a energia de sua oração “quando estava na caverna” (Salmo 142:1). [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]

INTRODUÇÃO

Estamos diante de um fator muito importante para que tudo aconteça da melhor forma possível o tempo.

O tempo é um dos melhores professores, porém precisamos entender as palavras por ele escolhidas para nos ensinar.

O Senhor escolheu e ungiu Davi para uma grande missão. Para tal, era necessário muito aprendizado nas mais diversas áreas da vida. Não foram momentos simples, mas o homem segundo o coração de Deus soube esperar e deixar ser moldado para cumprir os propósitos divinos.

– A frase “O tempo é um dos melhores professores” é uma afirmação popular que ressalta a importância do tempo como um agente de aprendizado e crescimento.

O tempo, através da experiência e das mudanças que traz, pode nos ensinar lições valiosas que, de outra forma, seriam difíceis de aprender.

A espera de Davi para assumir o trono não foi imediata após a unção pelo profeta Samuel. Ele passou por um período de cerca de 15 a 20 anos, durante o qual foi perseguido pelo rei Saul e teve que lidar com diversas dificuldades.

Este período foi crucial para o desenvolvimento do caráter de Davi, preparando-o para a responsabilidade de governar. Não é fácil esperar o cumprimento de uma promessa; mas é necessário e, acredito, a ansiedade para que tudo aconteça também faz parte do “pacote”.

1. Na espera, aprendizado.

Davi foi ungido pelo profeta Samuel ainda na adolescência e era perfeitamente natural que muito ainda precisava ser aprendido e amadurecido por ele, As tarefas por ele desempenhadas no campo eram, em complexidade, muito distantes das que um dia assumiria ao sentar-se no trono de Israel.

No entanto, ali no campo com as ovelhas ele já era aquele que é mencionado como “o homem segundo o coração de Deus” (1Sm 13.14; At 13.22).

Não basta a promessa (Js 1.1-9), o sonho (Gn 37.5-10) e o chamado (1Sm 16.1-13), é preciso que posturas após as promessas, sonhos e chamados sejam colocados sob nossas perspectivas: faça-se necessário nos permitirmos ser obras pelo Senhor (Sl 18.30-35).

Ao olharmos as histórias de Josué, José e Davi podemos perceber o quanto é necessário ser desenvolvido a partir da visão inicial de suas caminhadas, nenhum lançado-se em sua missão sem cuidadosamente compreender quais serão suas ações no processo.

O Senhor nos chama, mas também nos convoca ao preparo, ao amadurecimento e ao tempo de relacionamento com o divino em uma caminhada crescente de intimidade e comunhão.

2. Quando a “vitória” não vem do Senhor.

Como são grandes as nossas lutas, não é mesmo? Há momentos em que, já cansados da caminhada, nos deparamos com imagens revigorantes e oportunidades imperdíveis que parecem ser a resposta de nossas orações.

Porém, precisamos cuidar para que não confundamos oásis com miragens, nem vitórias do Senhor com armadilhas do Inimigo.

Para tanto, precisamos estar sempre focados na direção divina. Davi passou exatamente por essa situação, porém o seu coração pertence a Deus e não se deixou levar pelas aparências (1Sm 24). Saul, em sua caçada a Davi, entrou em uma caverna.

Lá achei que estava em segurança e reservado dos olhares alheios. Porém, Davi também estava lá com os seus homens que lhe disseram palavras tentadoras: “Hoje é o dia do qual o Senhor lhe falou – ‘Eis que eu entrego o seu inimigo nas suas mãos, e você fará com ele o que bem quiser”.

Palavras aparentemente boas, mas mascaravam uma grande armadilha. Após cortar um pedaço das vestes de Saul, já fora da caverna.

Davi jurou lealdade ao rei, reafirmou sua fidelidade e prometeu segurança para com a casa do velho monarca. Como é fácil achar que diante de oportunidades “imperdíveis”, estamos presenciando uma “vitória” enviada por Deus. Mas assim como foi com Davi, precisamos ser sensíveis à vontade do Senhor.

– Para saber se uma bênção vem do Senhor, é importante considerar se ela está alinhada com os princípios e valores cristãos, e se ela traz paz, alegria e crescimento espiritual.

Uma bênção de Deus geralmente traz um sentido de esperança e renovação, enquanto as que não são de Deus podem trazer insatisfação ou desilusão. Se a bênção parece estar em sintonia com a Bíblia e os ensinamentos de Jesus, é um bom sinal.

Uma bênção genuína do Senhor geralmente traz uma sensação de paz, conforto e esperança, de acordo com a Igreja Católica e uma mensagem da Caminhando para Cristo.

Uma bênção do Senhor deve fortalecer a fé e a esperança, ajudando a enfrentar os desafios da vida com mais confiança, de acordo com uma mensagem da Caminhando para Cristo e um artigo da Igreja Católica.

A bênção deve incentivar a buscar o bem, a justiça e o amor, e não coisas que possam levar ao pecado. Uma bênção do Senhor geralmente leva à gratidão e ao reconhecimento da bondade de Deus. As bênçãos do Senhor devem contribuir para o crescimento espiritual, tornando a pessoa mais próxima de Deus.

Se a bênção está relacionada a coisas mundanas, egoístas ou que possam levar ao pecado, é um sinal de que ela pode não ser de Deus. Se a bênção traz uma sensação de insatisfação, desilusão ou inquietação, pode ser um sinal de que ela não é de Deus.

Se a bênção leva ao orgulho, ao egoísmo ou a um sentimento de superioridade, pode ser um sinal de que ela não é de Deus.

É importante lembrar que nem sempre podemos identificar claramente se uma bênção vem de Deus. O discernimento espiritual é fundamental, e é importante buscar a orientação de Deus através da oração e da Palavra.

3. Duas mortes, dois filhos. 

O Monte Gilboa foi o palco de muito sangue derramado: no mesmo dia lá tombaram o rei Saul e seus três filhos Jônatas, Abinadabe e Malquisua, seu escudo e suas tropas Diante desse fim trágico, a postura de Davi foi mais uma demonstração de sua integridade e distinção.

O senso comum levaria muitos a comemorar a morte do perseguidor e a possibilidade de alcançar o trono tão almejado, mas não foi assim com o homem segundo o coração de Deus.

O lamento de Davi pelas mortes de Saul e Jônatas é para nós um grande exemplo de fidelidade aos planos do Senhor e reconhecimento da relevância da honra. Jônatas era seu amigo e o pranto foi genuíno.

Saul era o seu rei e o ungido do Senhor. Davi não dançou, não revelou, não serviu um banquete, pelo contrário, chorou muito, compôs um cântico de honra (2Sm 1.17-27) e não permitiu que faltassem com o respeito devido à monarca morta (2Sm 1.1-16).

– Ao saber da morte de Saul e Jônatas, Davi expressou um profundo lamento e tristeza. Ele lamentou a perda dos dois, que eram figuras importantes na história de Israel, e escreveu uma lamentação para expressar seu pesar. A Bíblia descreve Davi como sendo profundamente afetado pela morte de Jônatas, seu amigo e aliado.

SUBSÍDIO I

Professor(a). neste primeiro tópico, reforce a ideia de que é bom ser chamado por Deus, no entanto precisamos nos capacitar para o serviço. Nossa dedicação ao preparo é um bom reflexo do nosso compromisso com o Senhor. Às vezes nos deparamos com boas oportunidades, mas que podem ser armadilhas. Por isso, é importante que sejamos sempre guiados pela direção divina.

II. O TEMPO DE DEUS

1. Uma trajetória admirável.

Davi soube esperar o tempo de Deus e foi o protagonista de uma trajetória admirável e inspiradora. Desde o dia em que foi ungido pelo profeta Samuel até o dia em que começou o seu reinado, viveu uma caminhada de muita paciência, aprendizado e serviço.

Esses três fatores foram essenciais e, caso não se fizessem presentes, com certeza não teríamos o mesmo resultado:

a paciência o fez se desenvolver no tempo certo (Gl 6.9);

o aprendizado adquirido adquirir habilidades permitidas à missão que assumiria (Sl 119.73):

o serviço lhe deu a prática necessária para desenvolver a excelência. Diante da fidelidade ao Senhor.

Davi foi abençoado e teve uma trajetória belíssima:

filho dedicado e servo fiel;

pastor de ovelhas zeloso corajoso ao defensor de seus rebanhos;

matador de gigante;

músico virtuoso e cheio do Espírito;

embora fugitivo em terra estranha, fiel ao seu rei e ao seu povo;

zeloso pelo ungido do Senhor;

bondoso com as casas de Saul e Jônatas;

restaurador das leis transgredidas iniciando um tempo de maior devoção;

rei por quarenta anos unificando as tribos de Israel;

conquistador de sete nações inimigas, traz com muito zelo a arca para Jerusalém;

fortalece e expande o exército de Israel;

viabiliza a prosperidade no reino e prepara o caminho para o seu filho. Salomão.

– A espera nunca é fácil. Certamente não o foi para Davi também. Não pensemos que o futuro rei de Israel seguia pacientemente o seu caminho enquanto aguardava o cumprimento da promessa. Certamente houveram dúvidas, questionamentos, desilusão… e isso também faz parte do “pacote” de preparação para o importante papel que ele iria desempenhar, e nossa experiência, o mesmo também é verdadeiro.

Não devemos romantizar o longo período de espera de Davi e achar que nós devemos, romanticamente, seguir o exemplo.

Perceba que Davi tinha, antes de tudo, uma forte convicção: Davi reconhece a santidade do ungido do Senhor e a salvaguarda (26.9; conforme 2.10, nota), deixando ao Senhor o julgamento e a vingança (v. 12).

No versículo 13 do capítulo 24, Davi parece estar ressaltando uma verdade tal como o ensino de Jesus: “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7:16, 20).

Davi é conhecido por seu domínio próprio, mas Saul é conhecido pelos seus esforços em tentar destruir Davi. Pelo domínio próprio e alicerçado em sua fé – que dizia: “Se Deus o colocou no trono, Deus o retirará”, foi que Davi soube aguardar o tempo determinado.

2. O reino que não terá fim. 

Ungido pelo Senhor. Davi foi um rei que se destacou na história por sua integridade, por praticar uma gestão assertiva, pela dependência divina e viabilizar uma relevância de Israel sobre os demais reinos da época.

Além disso, confiou na promessa divina de um reino que não teria fim (Lc 13.2-33): o Reino de Deus. Deus distribuiu uma aliança com Davi (2Sm 7.16) onde prometeu que o seu reino seria firmado para sempre. Essa aliança tornou-se um marco na história daquele povo e manteve vívida a esperança na vinda do Messias (Is 9.6-7).

Participante da descendência de Davi (Rm 1.3), o Messias estabeleceria o reino que não teria fim (Mt 21.9) e, na plenitude dos tempos, tal promessa se concretizou (Gl 4.4-5).

A Palavra de Deus nos traz diversas verdades sobre o Reino de Deus: que já está presente e que não veio de forma alarmante (Lc 17.20-25); o descreve como justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17); também o descreve como um império eterno que jamais passará (Dn 7.14); e o apresenta como eterno com domínio sobre todas as gerações (Sl 145.13).

– A aliança de Deus com Davi, também conhecida como Aliança Davídica, é um pacto fundamental na história bíblica, prometendo a Davi e à sua descendência um trono eterno e um reinado que perduraria por gerações.

Essa aliança é vista como um cumprimento da promessa inicial feita a Abraão e como um precursor da nova aliança em Jesus Cristo.

É um pacto que Deus fez com o rei Davi, prometendo que a sua linhagem seria eterna e que, a partir dela, viria o Messias, Jesus Cristo. É um acordo incondicional onde Deus se compromete com a descendência de Davi, estabelecendo-a como a Casa de Davi no Reino de Israel e Judá.

A aliança davídica refere-se às promessas de Deus a Davi através do profeta Natã e é encontrada em 2 Samuel 7 e depois resumida em 1 Crônicas 17:11-14 e 2 Crônicas 6:16.

Esta é uma aliança incondicional feita entre Deus e Davi, através da qual Deus promete a Davi e a Israel que o Messias (Jesus Cristo) viria da linhagem de Davi e da tribo de Judá e estabeleceria um reino que duraria para sempre.

A aliança davídica é incondicional porque Deus não coloca condições de obediência em sua realização. A garantia das promessas feitas depende exclusivamente da fidelidade de Deus e não da obediência de Davi ou de Israel.

A aliança davídica centra-se em várias promessas-chave feitas a Davi. Primeiro, Deus reafirma a promessa da terra que Ele fez nas duas primeiras alianças com Israel (a aliança abraâmica e aliança palestina).

Esta promessa é vista em 2 Samuel 7:10: “Prepararei lugar para o meu povo, para Israel, e o plantarei, para que habite no seu lugar e não mais seja perturbado, e jamais os filhos da perversidade o aflijam, como dantes.” Deus então promete que o filho de Davi o sucederá como rei de Israel e que este filho (Salomão) construiria o templo.

Esta promessa é vista em 2 Samuel 7:12-13: “Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino.”

3. Um nome a ser lembrado. 

Algo que precisa ser destacado em nossa cosmovisão é o fato de que toda a honra e glória pertence ao nosso Deus (Sl 115.1).

Como é bom saber que o principal propósito de nossas vidas é glorificar ao nosso Senhor. Todas as coisas foram por Ele criadas e sem que sua ação nada existisse.

Diante de nossos esforços pessoais e projetos, quer sejam de âmbito privado ou coletivo, somos por vezes mencionados e celebrados Mas jamais esqueçamos de que o que há de mais precioso em nós é fruto dos propósitos do Senhor se cumprindo em nossas vidas.

Tudo o que fazemos deve glorificar a Deus (1Co 10.31). Estabelecida a condição acima, veja algo admirável na vida de Davi: Alguns nomes foram tão normativos em reuniões quanto o do belemita.

Após tantos séculos e milênios de história, é praticamente impossível fazermos uma lista com os nomes mais respeitados e deixarmos de fora o nome Davi.

– O nome “Davi”, com sua origem hebraica em “Dawid” (que significa “amado” ou “querido”), é muito conhecido na história, principalmente devido à figura do Rei Davi na tradição judaica.

Rei Davi, o segundo rei de Israel, é famoso por ter derrotado Golias, unificado as tribos hebraicas e estabelecido Jerusalém como a capital do reino. Além disso, ele é conhecido por suas habilidades como músico e poeta.

O nome “Davi” ganhou forte simbolismo religioso e se espalhou por diversas culturas, mantendo sua popularidade até hoje.

Criança de aparência cativante, habilidoso na música e confecção de seus próprios instrumentos, mesmo tendo sido esquecido para o jantar com o profeta Samuel, Davi foi chamado do pasto e ungido como rei de Israel.

A partir daí foi cheio do Espírito Santo (1 Samuel 16:11-13). Quando Deus chama, Ele se responsabiliza, Ele cuida e preserva, Ele prepara e conduz!

III. NA CAMINHADA. TEMPO DE APRENDIZADO

1. Kairós e Chronos.

Essas duas palavras de origem grega nos ajudam a compreender a dimensão de tempo. Em uma tradução simples para o português. ambos significam tempo.

Porém, no sentido bíblico, são bem distintos: Chronos faz referência ao tempo subordinado ao relógio, quantitativo, que é marcado a partir dos movimentos de translação e movimentos da Terra.

É o tempo que nos orienta na organização do nosso cronograma diário, mensal, anual e assim por diante Já Kairós é o “tempo oportuno” e possui uma natureza qualitativa apontando para o momento adequado de determinado evento/experiência dentro dos propósitos divinos.

Duas passagens bíblicas que nos ajudam a entender esse conceito foram vividas por Jesus e seus discípulos: em um momento o Mestre afirma “a minha hora ainda não chegou” (Jo 7.6), logo mais declara ‘a minha hora chegou” (Jo 12.23). Não há contradição, em um momento encontramos o Chronos. no outro, o Kairós.

– A principal diferença entre Kairós e Cronos, reside na sua natureza e função em relação ao tempo. Cronos representa o tempo cronológico, o tempo linear e mensurável, enquanto Kairós representa o momento oportuno, o tempo qualitativo e subjetivo. Cronos é tempo cronológico, tempo linear, tempo físico, tempo mensurável (anos, meses, dias, etc.).

É de natureza Indiferente, impessoal, inexorável, a tudo devora. Sua função é a de tempo como uma força natural que rege os destinos, que tudo pode devorar. Já o Kairós, significa: Tempo oportuno, momento certo, ocasião propícia.

É de natureza subjetiva, qualitativa, a ser agarrado, a ser aproveitado. Sua função: Tempo como uma oportunidade, um presente, algo a ser valorizado.

Em resumo, Cronos é o tempo que se passa, o tempo que todos vivem, o tempo que se mede. Kairós é o tempo que se vive, o tempo que se sente, o tempo que se aproveita.  Leia mais aqui!

2. Por que Deus demora tanto para agir?

Por vezes, nos momentos mais difíceis, fazemos essa pergunta: “até quando?” Em nosso entendimento limitado, podemos até achar que já é o momento de passarmos para as próximas etapas. No entanto, há o tempo certo para tudo. Deus nunca chega na hora certa (2 Pe 3.9).

Davi, ungido ainda na sua adolescência, só foi realizado pela promessa já aos trinta anos de idade. Parece claro para nós que ele foi preparado para tal obra, porém olhamos a partir do ponto de vista de Davi passando pelas provas, perseguições, incompreensões, aberturas e dificuldades.

Com certeza, o Chronos foi bem impiedoso com o nosso futuro rei Que bom que para ele o Kairós falou muito mais alto.

– A demora de Deus em agir pode ter diversas explicações, desde o aprendizado e fortalecimento espiritual, até a necessidade de um momento mais propício para um milagre maior ou para que as coisas se ajustem corretamente.

A espera pode ser uma oportunidade para crescermos espiritualmente, aprendermos a confiar e a entregar nossas preocupações a Deus. Em alguns casos, a demora pode ser um tempo para que Deus prepare o caminho para um milagre ou para que tudo se ajuste de acordo com o seu plano.

3. Como é bom estar no tempo de Deus. 

Quando nos permitimos estar no tempo de Deus, somos agraciados com as vitórias decorrentes desse processo. Há tempo para todas as coisas (Ec 3.1). Convidamos-nos a alegrar diante dessa verdade, o tempo de Deus é sempre perfeito (2 Sm 22.31).

Existem momentos em que o Senhor trabalha em nossas vidas, e essa ação requer uma dimensão temporal que sai do simples controle do relógio e passa para a dinâmica do amadurecimento na caminhada.

É o Kairós nos envolvemos em uma ação de desenvolvimento pleno, para tanto, convidamos-nos a entregar de coração.

– O tempo de Deus não é o nosso tempo! O tempo de Deus é perfeito, não há atrasos (Gálatas 4:4). O tempo de Deus está relacionado ao tempo oportuno para cumprimento do Seu propósito ou vontade.

Não pode ser medido ou cronometrado, mas atua na nossa história consoante à Sua vontade. Para experimentar o tempo de Deus, é importante aprender a esperar e confiar no Senhor, compreendendo que Seu tempo não é o nosso.

Isso envolve dedicar tempo à oração, estudo da Bíblia, jejum e outros hábitos que aproximam a pessoa de Deus.

A fé e a confiança em Deus, mesmo quando as coisas não acontecem no tempo que esperamos, são essenciais para sentir a paz e a presença de Deus Deus criou tudo que existe, incluindo o chronos (tempo cronológico).

Os seres humanos são dependentes do chronos e tudo que se faz está ligado a ele. Mas o Senhor não pode ser limitado ao chronos, por isso que Ele é eterno, sempre existiu e sempre existirá e, é imutável.

Quando analisamos, por exemplo, a palavra amor, temos que recorrer ao grego e seus significados na Bíblia (ágape, philos e eros) que nos ajudam a entender a ideia de “amor”, portanto, na mesma perspectiva, existe o kairós e chronos.

Em Atos dos Apóstolos 17:30, podemos observar que o Senhor não considerou o tempo chronos de ignorância, no qual os povos não tinham conhecimento da verdade.

E esta é a ideia do tempo chronos; determinados espaços de tempo e prolongados em que, não vemos nada de especial ou importante acontecendo. uando relembramos a história do povo de Israel, que ficou cerca de quatrocentos anos escravizado clamando o agir de Deus para que fossem libertos, demorou.

Aos olhos humanos demorou muito, entretanto o Senhor tinha prometido um libertador, mas passaram-se várias gerações para que isso acontecesse, através de Moisés.

Quando o Senhor fez a promessa ao povo acerca do libertador, o kairós de Deus já havia iniciado, mas foi necessário aguardar o chronos adequado para isso.

O momento que Moisés chegou, apareceu em cena, foi precisamente quando o Egito estava fraco pela ação dos inimigos, o que permitiu Israel condições para sair da cativeiro e ir para a terra prometida. Se você achar ou estiver passando por algo em que sinta que “Deus está atrasado”, foque na fé e na confiança que o Senhor faz as coisas quando é o tempo perfeito para isso, nem antes nem depois.

Podemos lembrar das palavras de Jesus quando dizia: “a minha hora ainda não chegou” (João 7:6), no entanto depois houve outro momento em que Ele disse: “A minha hora chegou” (João 12:23).

SUBSÍDIO III

Professor (a), explique aos alunos que cronos é a duração, trairás é a oportunidade Nós serenamente medimos o cronos com relógios e calendários; perdemos-nos arrebatadamente no Kairós por nos apaixonarmos ou saltarmos na fé Se somos dominados por uma sensação de cronos. o futuro é fonte de ansiedade, sangrando energia do presente ou deixando-nos descontentes com o presente Mas se somos dominados por uma sensação de Kairós.

O futuro é fonte de expectativa que verte energia no presente Uma obsessão com os cronos — horários rígidos, esquemas de atividades cuidadosamente planejadas — é uma defensiva planejada contra o Kairós de Deus, os inesperados descontrolados ministérios da graça”.

CONCLUSÃO

Davi foi chamado para uma missão muito especial, porém foi preciso um longo preparo até que pudesse, finalmente. iniciar o seu reinado em Israel Foi um tempo de muito aprendizado, sempre conduzido sob a direção divina.

O filho de Jessé conseguiu viver o Kairós e, ao longo desse “treinamento”, esperar convencido de que tudo estava sob o controle do Senhor.

Que possamos seguir o exemplo deixado por Davi e, no tempo certo, viver os planos de Deus para as nossas vidas.

– Davi esperou pacientemente no Senhor, e Ele ouviu a sua voz. Esperar o tempo de Deus é a garantia de não agirmos precipitadamente.

É o segredo de quem quer fazer a vontade do Senhor. A Escritura diz que os nossos pensamentos não são os pensamentos de Deus, nem tampouco os nossos caminhos são os caminhos dEle (Is 55.8).

O tempo do Eterno, evidentemente, não é o nosso tempo (Sl 90.4). Conhecedores desse fato, devemos confiar no Senhor e esperar nEle em todas as situações.

O tempo não é um inimigo, mas um amigo. Foi-nos encucado que devemos lutar contra o tempo, mas isso é loucura – e perda de tempo.

Na busca pelo prazer, vivemos freneticamente buscando aproveitar cada segundo, mas o resultado é dor e sofrimento, consequência do pecado adâmico, mal interpretado pois, muitas vezes nos perguntamos: “porque Deus permite isso?”.

Em sua soberania Ele pode sim intervir mas, respeita o livre-arbítrio e a escolha dos homens em auto-governar-se.

Ele o permite, mesmo quando não consigo evitá-lo. Resta-nos então, encarar as dificuldades e percalços como aliadas na formação e aprimoramento do caráter e no preparo do futuro cidadão do céu. Chronos serve para nos preparar.

Quando compreendo e admito isso, consigo ver o tempo como algo que não é ruim, que serve para amadurecer-me e não pode tirar minha felicidade, porque esta está firmada em Deus – assim como encarava Davi.

No dizer de Paulo, o sofrimento tem uma finalidade bem definida. A demora no cumprimento das promessas também. Logo, o propósito de Deus na minha vida é usar o tempo para me ajustar ao ponto ideal, como afirma Davi, em Salmos 31.15: ‘Os meus tempos estão nas tuas mãos…’

Quando o crente vive em inteira dependência de Deus, como define fé em Hb 11.1, entrega não apenas a condução do seu andar neste mundo, mas também deixa a sua mercê o tempo. O que o crente deve fazer então, já que para tudo está determinado um tempo?

Entregar-se! Deixar que o Espírito Santo leve a efeito o plano de Deus em sua vida e ter cuidado para não se afastar da vontade de Deus perdendo a oportunidade quanto ao propósito divino para a sua vida: ‘tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu’ (Ec 3.1).

Ao entregar-nos totalmente ao Senhor e ficarmos em sua dependência, nos enquadramos na Escritura de Ec 8.5 e 6 que diz: ‘Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o modo.

Porque para todo o propósito há tempo e modo. Porquanto o mal do homem é grande sobre ele.’ Tudo devemos entregar ao Senhor, pois somos incapazes de guiar-nos sozinhos. E como o faríamos? Não sabemos discernir o que há de suceder e como haja de suceder!

Só o Senhor poderá cumprir seus propósitos e no tempo exato, previamente determinado. Há tempo para tudo, e o seu tempo não é o nosso; somos imediatistas, Deus é paciente e sabe agir no tempo certo, quer seja ele Кαιρόζ (kairós); Χρόνοζ (Chronos); ώρα (hõra) ou ןץ (‘et).

Fonte: https://auxilioebd.blogspot.com/2025/05/ebd-jovens-licao-09-davi-forjado-pelo.html

Vídeo: https://youtu.be/8-HvJI9LItI

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