Jovens – Lição 1- O Livro de Salmos
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.
UM LIVRO QUE FALA AO CORAÇÃO
Nesse trimestre estaremos recebendo orientações divinas através do conteúdo escrito nos 150 Salmos das Sagradas Escrituras.
Muitos desprezam o seu estudo e conhecimento, pelo fato de acreditarem que nesse compêndio de cânticos não contenha ensinamentos necessário a vida do povo de Deus.
Mas pelo contrário, o texto dos Salmos trazem princípios através de seu louvores. Nesse primeiro ponto, vamos conhecer o livro e sua composição.
O nome desta coletânea de cânticos indica uma devoção ao Senhor Deus, o único que deve ser adorado, e ao seu nome que não poderia ser pronunciado em vão de acordo com o sétimo Mandamento (Êx 20.7).
Os hebreus denominavam o livro de Salmos como Tehilim, “louvores”. O título deriva da palavra latina psalmus e da grega psalmós, que significa o toque de um instrumento musical.[…]
Seus escritos evoca três verdades que são fundamentais para a humanidade:
1) Deus criou os céus, a terra e o homem (Sl 104);
2) o pecado de Adão afetou toda a humanidade (Sl 51.5);
3) entretanto, Deus providenciou-nos um Salvador: Jesus Cristo (Sl 2.7; 16.8-10; 22.1-21)1.
A música desempenhava papel de importância no culto do antigo Israel (Sl 149; 150; 1 Cr 15.16-22); os Salmos eram os hinos do povo de Israel.
Bem diferente de boa parte da poesia e do cântico do mundo ocidental, compostos com rima ou metrificação, a poesia e o cântico do Antigo Testamento tem por base o paralelismo de pensamento, em que a segunda linha (ou linha sucessivas) da estrofe praticamente faz uma reiteração (paralelismo sinônimo), ou apresenta um contraste (paralelismo antitético), ou, de modo progressivo, completa (paralelismo sintético) a primeira linha3.
O livro dos Salmos são cânticos espirituais, escritos por pessoas com o coração voltado em agradar ao Senhor e que entoaram seus cânticos em momentos destacáveis da história bíblica.
COMPOSIÇÃO E PROPÓSITO DE SALMOS
É muito difícil elaborar uma declaração adequada sobre a teologia dos Salmos porque eles não representam tratados teológicos sistematizados.
São apenas a resposta expressa do povo aos atos salvadores de Deus ou à falta deles. […] os Salmos não foram todos escritos por uma só pessoa, ou ao mesmo tempo, mas foram produzidos por sofredores, suplicantes, religiosos ou homens cheios de sabedoria durante um período de muitos séculos. Entretanto, todos os salmistas eram membros da comunidade da aliança, e depositavam sua confiança no Senhor2.
Sua composição tem como conteúdo mensagens que denotam gratidão a Deus, adoração a Deus, arrependimento, entendimento da vida e profecias que apontam para o Messias que veio e resgatou a Igreja da sua iminente condenação.
Sem falar que muitos de seus escritos foram expressões de orações em forma de louvores, que foram direcionadas ao Senhor, e descrevem grandiosas palavras de pessoas devotadas e com um grande sentimento de adorador.
Os Salmos, como orações e louvores inspirados pelo Espírito, foram escritos para, de modo geral, expressarem as mais profundas emoções íntimas da alma em relação a Deus.
Muitos foram escritos como orações a Deus, como expressão de confiança, amor, adoração, ação de graças, louvor e anelo por maior comunhão com Deus; desânimo, intensa aflição, medo, ansiedade, humilhação e clamor por livramento, cura ou vindicação.
Outros foram escritos como cânticos de louvor, ação de graças e adoração, exaltando a Deus por seus atributos e pelas grandes coisas que Ele tem feito. Certos Salmos contém importantes trechos messiânicos3.
PRINCIPAIS TEMAS DE SALMOS
Já vimos que os salmos são subjetivos e tratam das emoções da alma. Encontramos várias temáticas, que não estão agrupadas numa ordem única.
Para tratar a respeito dos principais temas de uma forma mais didática, agrupamos os assuntos em três grupos: O Deus criador, o advento do Messias e a vida de adoração a Deus1.
Ao Deus criador os seus autores transmitiram Sua grandeza e a total dependência, adorando-O por Sua Soberania, Onisciência, Onipresença e Onipotência (Sl 139).
Sobre o Messias encontramos profecias sobre o Seu governo, Sua vitória e Sua obra maravilhosa que redimiu a humanidade. E todos os versos de seus 150 cânticos adoram ao Deus único e eterno.
Stamps afirma que “o saltério, uma analogia de 150 Salmos, abarca ampla gama de temas, inclusive revelações a respeito de Deus, da criação, da raça humana, do pecado e do mal, da justiça e da santidade, da adoração e do louvor, da oração e do juízo.
Alude a Deus de modo ricamente variado: como fortaleza, rocha, escudo, pastor, guerreiro, criador, rei, juiz, redentor, sustentador, aquele que cura e vingador; Deus expressa amor, ira e compaixão; Ele é onipresente, onisciente e onipotente.
O povo de Deus é também descrito de várias maneiras: como a menina dos olhos de Deus, ovelhas, santos, retos e justos que Ele livrou do lamaçal escorregadio do pecado e pôs seus pés na rocha, dando-lhes um
cântico novo. Deus dirige os seus passos, satisfaz seus anseios espirituais, perdoa todos os seus pecados, cura todas as suas enfermidades e lhes provê uma habitação eterna”3.
Esperando Jesus voltar hoje!
Pb. Antonio Vitor de Lima Borba
Referências:
1 – BUENO, Telma; SANTOS, Thiago. Encorajamento, Instruções e Conselho. Rio de Janeiro:
CPAD, 2023.
2 – PFEIFFER, Charles F. Et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
3 – STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/jovens/9004-licao-1-o-livro-dos-salmos-ii