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Jovens – Lição 11 – Crenças Religiosas

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

Um “cristão” (em hebraico: ‘messianista’) é uma pessoa que tem fé em Jesus como o prometido “Cristo” ou “Messias” (literalmente, “ungido”) e é, por definição, “um seguidor de Cristo”.

O Dicionário Vine diz: “christianos — uma palavra formada após o estilo romano, significando um aderente de Jesus”. Segundo outra fonte, os cristãos são definidos como “os que pertencem ou são devotados a Cristo”. [1]

A nota de rodapé na Bíblia de Estudo MacArthur diz que o nome cristão era originalmente um “termo de escárnio, significando ‘do partido de Cristo’.

Porém, nem todos os comentaristas (ou tradutores) da Bíblia concordam que o nome foi dado originalmente como uma palavra de escárnio ou desprezo. Sobre este ponto, o erudito bíblico do século 19, Albert Barnes escreveu:

“se os discípulos assumiram o nome por si mesmos, ou se foi dado por indicação divina, tem sido uma questão de debate.

Não é provável que tenha sido dado como forma de escárnio, pois no nome “cristão” nada havia de desonroso.” [2]

Segundo outra fonte: “A palavra é formada com o sufixo latino que designa “seguidor ou partidário” (compare-se com os “herodianos”, em Marcos 3:6) Não existe razão válida para se pensar que o termo era usado como escárnio. Ele simplesmente significa as pessoas que seguem a Cristo”. [3]

O primeiro nome, dado pela primeira vez em Antioquia aos seguidores de Cristo. No Novo Testamento, ele só ocorre em 1 Pedro 4:16, Atos 11:26; 26:27,28.

O nome entre eles próprios era ‘irmãos’, ‘discípulos’, ‘os do caminho’ (Atos 6:1,3; 9:2), “santos” (Rom. 1:7). Como os judeus negavam que Jesus é o Cristo, nunca deram origem ao nome ‘cristãos’, mas os chamavam de ‘Nazarenos’ (Atos 24:5). Os gentios os confundiam com os judeus, e pensavam que eles eram uma seita judaica.

Porém, começou uma nova época no desenvolvimento da igreja quando, em Antioquia, os gentios idólatras (não meramente prosélitos judeus dentre os gentios, como o eunuco, um prosélito circuncidado, e Cornélio, um prosélito incircunciso do portão) foram convertidos.

Então os gentios precisaram de um novo nome para designar pessoas que não eram judeus, nem pelo nascimento, nem pela religião. E o povo de Antioquia era famoso por sua prontidão em dar nomes: Partidários de Cristo, Christiani, assim como Caesariani significava os partidários de César; e um nome latino, uma vez que Antioquia havia se tornado uma cidade latina.

Mas o nome [cristão] foi designado divinamente (como chrematizo sempre exprime, At 11.26).” [5]. De fato, o que se depreende de tudo que já foi escrito é que os discípulos foram chamados de cristãos, porque eles adotaram Cristo como seu Mestre, creditando a ele suas doutrinas e seguindo o modo de vida estabelecido por ele.

A igreja primitiva é o modelo mais excelente para todas as outras, em todos os tempos, em todos os lugares. Esta igreja tornou-se uma referência de igreja fiel, digna de ser imitada.

Ao vermos em nossos dias as mais variadas igrejas, com as mais diversas liturgias, diferenças doutrinárias e denominações, nos perguntamos: “Qual é a igreja que queremos ser”?

Ao olharmos para a igreja no livro de Atos 2, encontraremos as marcas de uma igreja verdadeira. Alguém já disse: “Só conseguiremos enxergar o futuro com os olhos do passado” [6].] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?

[1]   Anchor Bible Dictionary, Volume I (Nova York: Doubleday, 1992) pág. 925. (O grifo é nosso).

[2] Notas sobre o Novo Testamento, Explicativas e Práticas, Albert Barnes, editado por Robert Frew DD, Atos (Grand Rapids: Baker Book House, 1967) pág. 185 em inglês.

[3] Wycliffe Bible Commentary (Chicago: Moody Press, 1962) pág. 1144 em inglês.

[4] Atos 11:26

[5] Dicionário Bíblico Fausset, A. R. Fausset (Grand Rapids: Zondervan, 1963) pág. 126 em inglês. Seria mais correto dizer “como chrematizo quase sempre exprime”, ou “normalmente exprime” no Novo Testamento.

[6] https://bereianos.blogspot.com.br/2009/08/igreja-que-queremos-ser-atos-2.html

I. CRESCIMENTO EVANGÉLICO E CRENÇAS RELIGIOSAS

1. Século I – 

O objetivo de um concílio eclesiástico, convocado sob orientação divina, é preservar a unidade da Igreja no ESPÍRITO SANTO e conservar a sã doutrina. [7].

Ao retomar da primeira viagem, Paulo deparou com um problema sério no meio. dos judeus cristãos. Ele havia descoberto a fórmula da transculturação, ou seja, evangelizar os gentios sem os judaizar.

Os radicais que permeavam a Igreja, os judaizantes, queriam que esses novos crentes seguissem o modus vivendi deles. Essa discussão deu origem ao Concílio de Jerusalém. DEUS abriu a porta da fé aos gentios.. Isso era ponto pacífico (At 11.18; 14.27).

Outro problema surgiu sobre a situação deles: deviam ser judaizados? Essa questão era séria e podia ameaçar as bases do Cristianismo.

Alguns dentre os de Jerusalém foram a Antioquia, dizendo que os gentios deviam se tomar judeus para serem salvos. Diziam que os gentios deviam viver o modus vivendi judaico, prescrito na lei (At 15.1,5).

Isso era proveniente dos fariseus que se haviam convertido. Eles se apresentaram como vindos da parte de Tiago (GI 2.12), que jamais os autorizou, como ele mesmo declara (At 15.24).

Saíram da igreja em Jerusalém, realmente, mas não foram autorizados a falar em nome dos apóstolos. Em Antioquia da Síria, eles fizeram um estrago muito grande.

Até Pedro e Barnabé se deixaram levar por essa “dissimulação”, fazendo “vista grossa” (GI 2.11- 13). Paulo entendeu com clareza meridiana o que isso representava e com justiça ficou revoltado.

Repreendeu publicamente um dos principais líderes da Igreja (GI2.14). O texto de Atos 15.1-5 tem ligação com o testemunho de Paulo registrado em Gálatas 1.7 e 5.10.

Esta carta foi escrita antes do Concílio de Jerusalém, se “às igrejas da Galácia” (GI 1.1), for uma referência às igrejas da Galácia do Sul, que Paulo e Barnabé fundaram na primeira viagem missionária: Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe. A DECISÃO DO CONCÍLIO:

1 – “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos”. Esse preceito diz respeito às restrições que se referem aos alimentos sacrificados aos ídolos. Essa matéria foi aprofundada posteriormente por Paulo (Rm 14.13-16; I Co 8. 7-15; 10.23-33).

2 – Proibição do sangue. A proibição de se alimentar de sangue está prevista na lei de Moisés (Lv 3.17). No entanto, ele era usado como alimento ou bebida pelos gentios.

Interpretar tal passagem, como proibição para a transfusão de sangue, sustentada pelas testemunhas-de-jeová, é uma “camisa-de-força” e não resiste à exegese bíblica.

Primeiro, porque o sangue dessa passagem é o dos animais, e não o humano. Pois elas seriam obrigadas a admitir que a “carne sufocada” seja uma referência à carne humana.

Em segundo lugar, porque nenhum preceito bíblico é nocivo à vida. Essa crença das testemunhas-de-jeová é condenada por JESUS (Mt 12.3-7).

1 – Abstenção da carne sufocada. Esse preceito está na lei de Moisés (Gn 9.5; 17.10-16; Dt 12.16, 23-25). Era muito comum entre os gentios, e ainda hoje, abater animais sem o derramamento de seu sangue.

2- Abstenção da prostituição. O padrão moral deles estava muito aquém do judaico-cristão..Era grande o risco de os gentios convertidos naufragarem nessas práticas licenciosas. Havia nos templos a chamada “prostituição sagrada”.

3 – Caráter dessas regras. A expressão “destas coisas fazeis bem se vos guardardes” (v. 29) parece mais uma recomendação. Tiago acrescenta ainda: “Porque Moisés, desde os tempos antigos, tem em cada cidade quem o pregue e, cada sábado, é lido nas sinagogas” (v. 21).

Isso significa que os judeus têm o alto padrão de conduta e um modus vivendi exemplar, porque estudam sobre isso nas sinagogas todos os sábados. Os gentios não aprenderam os bons costumes, porque nunca tiveram quem os ensinasse. Por essa razão, o modus vivendi deles era precário.

Aplicar essa conduta judaica aos gentios era o mesmo que afirmar que a graça do Senhor não era suficiente. A lei de Moisés seria o complemento para a salvação. Isso reduziria o Cristianismo a uma mera seita do judaísmo e, além disso, confundiria com a identidade judaica.

Nesse caso, era como se os cristãos de hoje usassem o talit (manto usado pelos judeus religiosos) e o kippar (solidéo que eles usam sobre a cabeça), alimentando-se apenas de khasher, como os judeus; além de outros ritos, como condição para a salvação.

4 – Uma questão de consciência. Essas regras eram o mínimo que se pedia dos gentios, para não escandalizarem os judeus cristãos. Porém, mais por amor a eles do que um meio de salvação.

Uns acham que se trata de injunções e não ordenanças obrigatórias, usando como base Romanos 14.13-16; 1 Coríntios 8.7-13 e 10.27-29. Os contrários dizem que o assunto tratado por Paulo nas citações acima, é outro. [8].

[7] Lição 11- O Primeiro Concílio da Igreja de Cristo, Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2011 – CPAD – Jovens e Adultos, Atos dos Apóstolos – Até aos confins da terra, Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor de Andrade

[8] Revista CPAD – 3º Trimestre de 1996 – Atos – O padrão para a Igreja da Última Hora – Pr. Ezequias Soares – Lição 13 – O PRIMEIRO CONCÍLIO APOSTÓLICO – CPAD.

2. Séculos XX e XXI

Seria correto afirmarmos que a igreja está em crise, fragilizada? Certamente que os muitos escândalos de alguns líderes a desautorizaram diante de uma sociedade perplexa.

Mas diante de tudo isso, sabemos que a Igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável, descrita pelo apóstolo Paulo, esta as portas do inferno não poderão prevalecer. Outra vez pergunto: Seria correto afirmarmos que a igreja está em crise, fragilizada?

A verdade é que a igreja jamais irá perder sua beleza e relevância, até porque, como corpo de Cristo, não precisa de paredes para aprisioná-la. É livre, dinâmica e transformadora. Como escreve o Ver Hernandes Dias Lopes:

“A igreja é chamada do mundo, está no mundo, mas não é mundo, antes chama do mundo aqueles que devem pertencer à família de Deus; A igreja só é relevante quando é totalmente diferente do mundo. A amizade da igreja com o mundo é uma desastre (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17; Rm 12.2).

Quando a igreja tenta imitar o mundo para atrair o mundo, ela perde sua capacidade transformadora.”[9].

[9] http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/a-igreja-como-agente-transformador-na-historia/-

3. Sincretismo evangélico. 

O texto que se segue é uma reprodução do artigo Sincretismo Evangélico: Absorção ou Retenção?, de autoria de Humberto Ramos, disponível no site Púlpito Cristão:

“O seguimento evangélico que hoje mais cresce no Brasil é chamado de neopentecostalismo, seguimento que, procurando adequar-se ao mundo globalizado e plural, até onde se pode perceber, tem decidido investir em uma gama de ingredientes encontrados nas esferas mais populares da espiritualidade latino-americana.

Amuletos, objetos sagrados, flores, água benzida (orada ou ungida, na terminologia neopentecostal), a concepção dualista do bem e do mal, e a elaboração de uma teologia superficial sem muitas implicações no âmbito social, mas que na dimensão individual funda-se na relação de troca com o divino.

De forma que, contribuindo financeiramente com a Igreja, a benção será concedida. Comparecendo sete sextas-feiras em determinada campanha, o sonho será realizado.

Tal direcionamento é tão notório que nem mesmo carece de exemplos. Uma olhada nos programas neopentecostais na mídia televisiva basta para se ter uma noção de como tem-se desenvolvido essa nova manifestação religiosa. É curioso que os estudiosos ainda o considerem como sendo parte do protestantismo.

Embora possam, de fato, ainda ser chamados de evangélicos, tem-se tornado incabível creditar a eles qualquer ligação essencial com o protestantismo, uma vez que as suas ênfases teológicas colidem em tudo aquilo defendido pelos reformadores.

As novas liturgias, em tons de encenações profundamente simbólicas e a mistificação de palavras, gestos e objetos, destoam por completo do caráter iconoclasta das igrejas protestantes.

Em outras palavras, o protestantismo inicial posicionou-se radicalmente em relação a qualquer prática supostamente oferecesse ao crente qualquer vantagem diante de Deus ou servisse de moeda de troca para fins de recebimento de bênçãos” [10]

II. OS MALES DO SINCRETISMO CULTURAL E RELIGIOSO

1. Pregação da cultura do mundo. 

Sola Scriptura, segundo a Reforma Protestante, é o princípio segundo o qual a Bíblia tem absoluta primazia ante a Tradição legada pelo magistério da Igreja Cristã, quando, os princípios doutrinários entre esta e aquela forem conflitantes. As Escrituras são a única regra de fé e prática.

A Bíblia é completa, dotada de autoridade e verdadeira. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2Tm 3.16).

Sobre a igreja utilitarista, a revista Ultimato Online traz o seguinte artigo: “’Utilitarismo do sagrado’ – Vivemos em uma sociedade cheia de apelos e seduções, uma sociedade em que as pessoas são induzidas por meio de um sistema agressivo de marketing a um intenso desejo de consumir produtos e serviços, consumo esse que gera mais insatisfação do que qualquer outro resultado.

Estes apelos são perceptíveis, também, nos ambientes eclesiásticos, onde o sagrado é negociável e manipulável, entretanto esquecem que o sagrado em si mesmo já seduz o ser humano, pois ele é mistério e se relaciona na esfera do desconhecido.

E se não bastasse a atração própria do sagrado, existem pessoas que legitimam suas ações em nome de Deus para atraírem outras a terem contato com o sagrado.

Não incluo aqui apenas líderes, pastores, ministros, mas, descrevo também cristãos comuns, sem nomes, sem cargos, membros de igrejas que consciente ou inconscientemente, pregam o utilitarismo do sagrado. Quantas vezes não falamos para amigos, colegas ou conhecidos que estão passando por dificuldades:

“Vai lá na igreja que Deus pode te ajudar”, ou então, “entre na campanha da vitória na minha igreja e seu problema será resolvido”, enfim, a verdade é que criamos no imaginário do outro uma forma de comercialização com Deus, uma verdadeira relação de barganhas com Deus.

Assim, o que parece é que temos um grupo de pessoas nas igrejas, motivado não pela busca por Deus, mas pela satisfação de necessidades pessoais. Não podemos esquecer que a experiência com o sagrado requer de nós seriedade, temor a Deus, que podemos traduzir como “levar Deus a sério”.

Mas, infelizmente, o que percebemos é a inversão desses valores no momento em que as pessoas não estão servindo a Deus, mas estão servindo-se de Deus. O sagrado na pós-modernidade tem se tornado mais um objeto de consumo entre tantos outros, e a responsabilidade para mudar essa realidade está em nós.” [11].

[11]  http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/utilitarismo-do-sagrado

2. Humanismo secular.

O humanismo secular é uma postura filosófica (alternativamente conhecido por alguns adeptos como “Humanismo”, especificamente com H maiúsculo para distingui-la de outras formas de humanismo) que abraça a razão humana, a ética, a justiça social e o naturalismo filosófico, rejeita especificamente dogmas religiosos, o sobrenatural, pseudociência ou superstições como a base da moralidade e de tomada de decisão.

Ele postula que os seres humanos são capazes de ser éticos e morais sem religião ou sem um deus [12]. Vivemos uma época de muitas nomenclaturas ministeriais no meio evangélico brasileiro.

Alguns líderes de diferentes denominações cristãs, mesmo atuando nas mesmas funções, usam termos e nomes diferentes como apóstolos, pastores, bispos, presbíteros e muitos outros.

Infelizmente conseguimos identificar que alguns ministros usam algumas nomenclaturas bíblicas por uma busca de autoridade eclesiástica e um suposto poder espiritual, criando assim uma visível contradição quanto ao real significado do título e dos nomes na Bíblia [13].

É curioso observar como algumas igrejas evangélicas tem facilidade em aceitar novidades. E é triste verificar a falta de empenho dos cristãos em observar as Escrituras e analisá-las com sensatez e cuidado.

Triste também é saber que poucas são as igrejas que motivam seus membros ao estudo sistemático da Bíblia, ao aprofundamento teológico, a formação de grupos de estudo e discussão sobre as doutrinas cristãs e que verifiquem na Bíblia se as coisas realmente são como é pregado.

Aliás, não é pecado analisar se os ensinos e a pregação estão em conformidade com as Sagradas Escrituras (Atos 17.10-11). Nestes tempos de tantas novidades, algo chama atenção de maneira muito preocupante na história recente da igreja: trata-se do Apostolado Contemporâneo, ou Restauração Apostólica.

Muitos têm se levantado como apóstolos nestes dias. Apóstolos ungindo apóstolos e criando uma hierarquia apostólica.

Alguns pastores que, talvez por se sentirem menores que seus colegas de ministério que foram ungidos como apóstolos, ungem-se a si mesmos e se auto-proclamam apóstolos. Não há fundamento para o chamado ministério apostólico contemporâneo pelo simples fato do mesmo não possuir respaldo bíblico. [14]

[12]  https://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo_secular

[13]  http://bereianos.blogspot.com.br/2012/09/bispo-apostolo-presbitero-reverendo-e.html

[14]  http://pulpitocristao.com/2010/05/existem-apostolos-nos-dias-de-hoje-2.html

3. Uma longa história. 

Sincretismo é a fusão ou mistura de religiões ou filosofias estranhas, ou seja, é o processo pelo qual aspectos de uma religião são assimilados ou misturados com outra, levando a mudanças fundamentais em ambas [15]. Dentro desta miscelânea de revelações e novidades que temos observado, é importante expressar-se sobre o caráter das revelações: 1) as revelações nunca deverão ser colocadas acima da Bíblia.

A Bíblia é a palavra final e autoridade máxima, já que se trata da inerrante Palavra de Deus; 2) Se a revelação está em desconformidade com a Bíblia, descarte imediatamente tal revelação.

Deus não é Deus de confusão (1 Coríntios 14.33) As experiências pessoais não podem ser colocadas acima das Escrituras Sagradas, pois estas já contêm a revelação do propósito de Deus ao homem.

O Pr Renato Vargens escreve em seu Blog:A Igreja brasileira tem sido influenciada tanto pelo secularismo como pelo misticismo. Na verdade, o adversário das nossas almas é astuto e de forma incisiva tem atacado a igreja do Senhor.

Pois bem, para nossa tristeza o comportamento de algumas das igrejas chamadas “evangélicas”, cada vez mais tem se aproximado dos rituais espíritas. Lamentavelmente, em alguns dos denominados templos evangélicos é comum encontrar inúmeras aberrações teológicas.  

Tais igrejas, de forma sincrética tem usado em seus cultos sal grosso para espantar mal olhado, fazem a terapia do amor que trás a pessoa amada em sete dias, acreditam em videntes espirituais, distribuem balas consagradas para “abençoar” crianças, frequentam reuniões do descarrego, elaboram despachos gospel, bebem a garrafada do tempo dos apóstolos, ungem com óleo  objetos inanimados, quebram  maldições hereditárias, expulsam encostos, fazem atos proféticos, e muito mais.

Diante disso acredito que mais do que nunca precisamos tomar algumas posturas imediatas tais como:

1- Fazer das Escrituras nossa única e exclusiva regra de fé.

2- Treinar e capacitar melhor os nossos pastores.

3- Resgatar a importância do estudo bíblico e do ensino nas Igrejas Locais.

4- Fortalecer a Escola Bíblica. Que Deus tenha misericórdia do seu povo e nos leve a um genuíno arrependimento [15].]

[15]  http://mestresteologiaedebates.blogspot.com.br/2012/02/o-sincretismo-religioso-dos-evangelicos.html

[16]  http://renatovargens.blogspot.com.br/2013/07/o-sincretismo-e-macumba-evangelica.html

III. O PERIGO DO ADULTÉRIO ESPIRITUAL

1 – Tempos trabalhosos.

O Dr. R. C. Sproul nos revela que este é um problema antigo: No Antigo Testamento, Deus esta profundamente preocupado com a pressão e a tentação do sincretismo. Enquanto o povo de Israel se movia em direção à Terra Prometida, foi confrontados com religiões pagãs.

Os deuses cananeus, Baal e Aserá, tornaram-se objetos da devoção dos israelitas. Posteriormente, o povo de Deus adorou os deuses nacionais da Assíria e Babilônia.

A Lei de Deus advertia claramente a Israel não somente contra abandonar o Senhor Deus por outros deuses, mas também contra adorar deuses juntamente com o verdadeiro Deus.

Os profetas advertiam quanto aos juízos que viriam porque o povo modificava sua fé para acomodar doutrinas e práticas estrangeiras. (R. C. Sproul, 3º Caderno).

E que perdurou no tempo do Novo Testamento: O período do Novo Testamento foi marcado por um sincretismo difuso. À medida que o Império Grego se expandia, seus deuses se mesclavam com os deuses nativos das nações conquistadas.

O Império Romano também era receptivo a toda sorte de cultos e religiões místicas. O cristianismo não ficou incólume.

Os pais da Igreja não só difundiram o evangelho, mas também lutaram para proteger sua integridade. O maniqueísmo (filosofia dualística que via o físico como sendo mau) insinuou-se em algumas doutrinas.

O docetismo (ensino que negava que Jesus tinha um corpo físico) foi um problema mesmo enquanto o Novo Testamento estava sendo escrito.

Muitas formas de neoplatonismo fizeram um esforço consciente para combinar os elementos da religião cristã com a filosofia platônica e o dualismo oriental.

A história dos credos cristãos é a história do povo de Deus buscando separar-se das tramas das religiões e filosofias pagãs. Todas as gerações de cristãos enfrentam a tentação do sincretismo. (Idem). Assim como nos dias hodiernos:

A igreja hoje ainda enfrenta o mesmo problema. Filosofias não-cristãs, como o marxismo ou o existencialismo buscam o poder do cristianismo enquanto renunciam àquilo que é unicamente cristão. O sincretismo continua sendo poderosa ferramenta para separar Deus de seu povo. (Idem).]

[17]  http://mestresteologiaedebates.blogspot.com.br/2012/02/o-sincretismo-religioso-dos-evangelicos.html

2. Subcultura. 

No site Púlpito Cristão, o artigo ‘Sincretismo Evangélico: Absorção ou Retenção?’, de autoria de Humberto Ramos, afirma: “São fascinantes as pesquisas que se dedicam com esmero em explorar as nuances do sincretismo religioso, em especial o sincretismo na esfera da Cristandade.

Em se tratando do panorama nacional, pode-se dizer que desde cedo, ao passo em que se construía uma sociedade genuinamente brasileira – um povo resultante de uma série de misturas étnicas, culturais e religiosas –, a fé cristã (especificamente a Católico Romana) teve de duelar com crenças de diversos matizes.

Conquanto a cristianização do Brasil tenha sido inicialmente agressiva, solapando a cultura e as crenças dos índios e, logo depois, dos negros trazidos para trabalharem como escravos, não pode-se falar em vencedor neste duelo.

Basta olhar para o cenário religioso brasileiro para perceber a existência de dois tipos de catolicismo. O catolicismo clerical, teologicamente elaborado e dogmatizado, e o catolicismo popular, eivado de superstições e elementos originários dos cultos afroamerindios (não é conveniente tratar aqui o catolicismo liberal, que tem crescido no seio da Igreja Romana.

Sem dúvida, houve uma absorção dos elementos das crenças indígenas e africanas, fundindo-se com o catolicismo português (que já veio com sua parcela de sincretismo.”[18]. Neste mesmo artigo, o autor afirma que no protestantismo, o ramo que se degenerou com o sincretismo foi o pentecostalismo.

Claramente ele não faz distinção entre as correntes pentecostais, mas o que podemos observar é que as igrejas neo-pentecostais são as que apresentam esta subcultura, esta apreensão dos elementos sincréticos antes combatidos, que agora são incorporados às suas crenças.

O pentecostalismo clássico se pauta pelas Escrituras (ainda que não devamos fazer vistas grossas para os desvios que há entre nós), pela pureza doutrinária, pela boa influencia do Evangelho na sociedade onde estamos inseridos.

[18]  http://pulpitocristao.com/2010/04/sincretismo-evangelico-absorcao-ou.html

3. Cristianismo puro e simples. 

Onde o verdadeiro Evangelho é pregado há transformação devida tanto para os que são agregados à comunidade da fé quanto aqueles que deixam de se converter, estes gozam das benesses do Evangelho mesmo sem dar-lhe o devido valor.

Isso porque o evangelho abrange tudo a respeito da vida, tanto nesta vida presente quanto na vida futura. Como você se posiciona frente aos vários acontecimentos do mundo? Qual a sua opinião a respeito do aborto e da sexualidade? Como você vê o casamento?

Qual deve ser o destino da educação e da política? À estas perguntas temos o barema das Escrituras, são elas que norteiam nosso entendimento e conduta. Colocando em prática esta cosmovisão, a sociedade onde estamos inseridos será influenciada.

CONCLUSÃO

Observando o cenário atual da igreja Brasileira, parece que as igrejas evangélicas tem abandonado a tarefa de serem contracultura; temos esquecido nosso papel de ser a resposta e alternativa à cultura imperante, e pior que isso, temos nos conformado em ser vistos como uma subcultura, uma fragmento a mais, uma opção a mais no supermercado de filosofias, seitas e religiões oferecidas no balcão da mídia.

A proposta não é declararmos uma ‘guerra santa’ contra a cultura humanista ora em voga, nossa guerra não é contra carne e sangue, não devemos estabelecer um embate entre evangélicos conservadores e humanistas seculares sobre temas como o aborto, a educação pública e a religião, a homossexualidade e outra quantidade de temas controvertidos.

Precisamos resgatar os valores do Reino dentro de nossas igrejas, vivê-las, ensiná-las. O que temos visto, na verdade, é o surgimento de uma subcultura evangélica, com os mesmos valores da cultura dominante!

Com seus próprios programas e canais de televisão, sua diversão e entretenimento, sua publicidade paga, seus noticiários, revistas e ofertas especiais.

Claro que ainda tem valores e princípios especiais, mas na realidade representam uma cópia da cultura que atacam. Tornaram-se uma subcultura e tem perdido a possibilidade de ser verdadeiramente uma contra-cultura.] “… corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus …” (Hebreus 12.1-2).

Francisco Barbosa

Dinâmica: Identidade Cristã

Objetivo: Refletir sobre o papel da igreja na formação da identidade cristã, através do ensino da Palavra de Deus, rejeitando as formas diversas do sincretismo religioso.

Material:

01 prato

01 copo transparente

01 vela

Água  

01 caixa de palito de fósforos ou isqueiro

Procedimento:

– Falem: A igreja prega a palavra de Deus, apresentando a mensagem de esperança para o mundo em trevas. Os que aceitam a Cristo estão na luz. Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”(Mateus 5:14).

– Acendam a vela e a coloquem no centro do prato, em posição vertical, observando se a mesma está firme.

– Depois, coloquem a água no prato, tendo cuidado para não transbordar.

– Falem que o crente, representado pela vela acesa, é luz do mundo. O meio em vivemos é o prato e a água é a Palavra de Deus.

– Falem: A Palavra de Deus precisa ser preservada e o seu ensino transmitido de forma fiel, observando suas orientações para que não haja desvios doutrinários. Dessa forma, a igreja cumpre o papel de formar a identidade cristã.

Há de se ter o cuidado com a introdução do sincretismo evangélico, que se apresenta com elementos de várias religiões.

– Falem ainda que o copo representará aquilo que pode apagar a luz do evangelho genuíno, tirando a primazia de Deus e oportunidade para o pecado.

– Emborquem o copo sobre a vela e observem o que acontece.

– Perguntem: O que aconteceu? Mostrem para os alunos as reações ocorridas.

Além da vela ter se apagado, toda a água foi sugada para dentro do copo! Que lições podemos tirar deste procedimento?

Para que a doutrina bíblica seja preservada é necessário cuidado e vigilância quanto ao surgimento de elementos sincréticos que contrariam as Sagradas Escrituras, para que o brilho do evangelho não seja sufocado com a prática de ritos e costumes diferentes daqueles prescritos na Bíblia.

– Para finalizar, leiam:

“Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2:8).

Ideia original desconhecida.

Fonte Lição Comentada:  http://auxilioebd.blogspot.com.br/2017/09/licao-11-crencas-religiosas.html#more

Slides: https://pt.slideshare.net/natalinoneves1/lbj-2017-3-tri-lio-11-crenas-religiosas

Dinâmica: http://atitudedeaprendiz.blogspot.com.br/

Video 01: https://www.youtube.com/watch?v=gMu9LjCqMYw

Video 02: https://www.youtube.com/watch?v=9AcCCDhvqtU

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