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Jovens – Lição 13- A Realidade Bíblica de uma Fé Que faz a Diferença

Introdução

Abordamos alguns dos pontos tidos por essenciais para a fé cristã nos capítulos anteriores, e sabemos que há outros pontos importantes acerca da fé cristã que podem ser pesquisados e aplicados à nossa vida e à de quem está estudando essa temática.

O que aprendemos mostra a importância do evangelho e da Palavra de Deus na vida de quem já recebeu a Jesus.

Feito isso, cabem as perguntas: Que diferença o evangelho pode fazer pela humanidade? Qual a relevância da fé cristã para os nossos dias?

O homem moderno ainda precisa de salvação? Essas questões podem ser respondidas pela Bíblia e pelo testemunho das milhões de pessoas transformadas pelo poder de Deus.

I – O Evangelho nos Direciona para Deus

Iniciamos nossas considerações com o ponto mais importante: O que o evangelho faz em relação a nós e ao Deus que nos criou.

1. Direciona a nossa fé

A humanidade possui uma forte tendência a depositar sua crença em algum objeto, um sistema científico ou alguém. Essa crença, inerente ao ser humano, chamamos de fé.

Há pessoas que colocam sua fé em objetos tidos por mágicos, ou no movimento que os planetas fazem no Céu. Outros acreditam em conjuntos de pensamentos e ideologias.

Os cristãos acreditam no Deus vivo e verdadeiro. E o Senhor pede que direcionemos nossa fé para Ele e para o seu poder. Afinal, por qual motivo isso é importante?

A Bíblia nos diz que a fé é o elemento de que precisamos para nos aproximar de Deus: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6).

Deus valoriza tanto a confiança que depositamos nEle e em seu nome que se propõe a recompensar aqueles que se aproximam dEle com fé. Não há quem se aproxime de Deus da forma que Ele deseja e que saia de mãos vazias.

Em dias em que as pessoas rejeitam a Deus para viverem de acordo com seus propósitos, a mensagem do evangelho continua sendo consistente com o que Ele determinou sobre a nossa forma de confiar e em quem depositar a nossa confiança. Ter uma fé na pessoa ou na direção errada pode ser um fator determinante para que um indivíduo se perca por completo.

2. Temos paz com Deus

Deus é real. Por ser nosso Criador, manteve um relacionamento estreito com o Adão e Eva. Mas quando o primeiro casal pecou e se afastou do Eterno, Ele mesmo estabeleceu os parâmetros pelos quais poderíamos nos aproximar de sua presença. Entre os elementos perdidos por causa do pecado estava a paz.

O homem se escondeu de Deus, e desde desse dia, sempre que peca, sua tendência é afastar-se ainda mais de Deus, visto que, por causa do pecado, não há mais a proximidade que existia antes. Com a perda da paz, vem a insegurança, a incerteza de dias melhores e o contínuo afastamento dos propósitos divinos.

Por que ter paz com Deus é importante? Primeiro, porque a amizade para com o mundo é inimizade contra Deus (Tg 4.4).

Por mais que o mundo traga um discurso de equilíbrio entre pensamentos opostos no tocante à espiritualidade, imaginando ser possível haver uma vida dupla, que agrade a Deus e ao mundo ao mesmo tempo, Deus se declara inimigo desse estilo de vida e da pessoa que assim procede. E ter Deus como inimigo é uma péssima ideia.

O povo de Deus experimentou diversos momentos em que foram atacados, angustiados, perseguidos, mas Deus usou de bondade para com eles e os preservou.

Esse é o retrato da fidelidade de Deus. Por ter escolhido os filhos de Abraão, Ele preservou a sua promessa para com eles. Mas com o passar do tempo, e não foi muito tempo, os escolhidos de Deus se mostraram intolerantes para com o Deus que os salvou, e se rebela­ram contra Ele, esquecendo-se de tudo o que haviam recebido sem merecimento.

“Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo; pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles” (Is 63.10).

Rebelar-se contra Deus é certeza de prejuízos incalculáveis em todos os aspectos. Se Deus se torna nosso inimigo, pelas ações que rea­lizamos em desprezo à sua bondade e misericórdia, o que será de nós?

Os hebreus experimentaram isso, e podem nos ensinar por meio do seu exemplo. Inimigos não tem paz, mas, em Jesus, temos paz com Deus.

A boa notícia é que o evangelho traz paz para as nossas vidas. Esse sentimento é mais do que ausência de conflitos, e pode representar a convivência tranquila entre duas ou mais pessoas, neste caso, entre nós e Deus. “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).

A justificação, ou seja, ser declarado justo, livre de qualquer culpa, vem por meio do perdão dos nossos pecados, que foram quitados por Jesus na cruz.

A seguir, uma vez perdoados e considerados justos, recebemos a paz de Deus. Essa paz, de que tanto a humanidade necessita, não pode ser fruto de um pacto de não agressão entre nações beligerantes, ou ad­vinda de um estilo de vida contemplativo com uma mente esvaziada de preocupações.

II – O Evangelho nos Direciona para o Mundo

1. Sal e luz

O evangelho nos conduz para a interação com o mundo, mas de uma forma diferente. Não mais como participantes de práticas condenadas por Deus, mas como pessoas que fazem a diferença em um ambiente tomado pelas trevas e em vias de decomposição.

Jesus expressou isso quando disse aos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra” (Mt 5.13). O sal nos dias de Jesus era tão valioso que o Império Romano aceitava a sua utilização como moeda de troca ou mesmo de pagamento, dado o seu poder de conservar alimentos como a carne, que se deteriorava com facilidade. O sal também dava sabor a alimentos insípidos, tornando-os mais palatáveis.

Jesus também disse que seus discípulos eram a luz do mundo (Mt 5.14). A luz torna real imagens que, no escuro, antes estavam distorcidas. Ela pode ser percebida em qualquer ambiente escuro, e as trevas, por mais densas que estejam, não conseguem vencer a luz.

Em ambos os exemplos, Deus espera que façamos a diferença onde nos colocou. Ser sal e luz é de grande responsabilidade, pois esses elementos existem com uma função: modificar o ambiente onde foram colocados.

Mas se o sal não salgar, com certeza, ele perderá o valor que tem. Da mesma forma, a luz em uma lamparina deve ser alimentada com azeite, porque, na falta deste, a luz se apagará.

2. As relações familiares

Um dos ambientes onde o evangelho faz a diferença é na família. Há incontáveis testemunhos de casais que, tendo aceitado a Jesus, tiveram seus relacionamentos transformados.

Não são poucas as ora­ções de mães e pais que rogam por seus filhos, e que Deus responde. Isaque, filho de Abraão, casou-se com Rebeca, e no decorrer dessa união descobriram que não poderiam ter filhos.

Mas Isaque insistiu com Deus em oração, pois ele estava debaixo da autoridade do Pacto com Deus, e o Senhor honrou o patriarca com dois filhos.

Ana, uma mulher da tribo de Efraim, era casada e estéril, mas após orar ao Senhor pedindo um filho, teve Samuel, o primeiro profeta que também era sacerdote, além de mais filhos e filhas. Jairo, chefe de uma sinagoga, rogou a Jesus que curasse a sua filha, e ela voltou a viver. Deus valoriza a união familiar entre um homem e uma mulher, e, pela fé, responde suas orações.

O evangelho torna os filhos mais obedientes a seus pais, ainda que a tendência ao pecado se manifeste de forma contínua em todas as pessoas, e torna os pais mais sensíveis e amáveis para com seus filhos. Lembre-se de que a família é um dos ambientes sociais mais atacados em nossos dias por uma séria de ideologias que tentam desconstruir a base da sociedade.

Quando a família é minada, a sociedade perde seus valores essenciais e sai do eixo pretendido por Deus.

3. O meio ambiente

Já sabemos que a criação é obra de Deus, e que Ele ordenou ao homem que sujeitasse a criação e dominasse sobre os animais, peixes e aves.

Diante dos muitos problemas criados pelo homem para com o nosso planeta, é necessário entender que o evangelho muda a forma de pensar e agir do cristão em relação ao ambiente em que se encontra.

A fé cristã, ao chegar à vida de uma pessoa, traz a percepção de que ela deve ter respeito pela criação de Deus. Isso implica dizer que um salvo em Cristo não destrói o ambiente onde ele está, mas que o conserva.

Da mesma forma que os hebreus deveriam cuidar da terra onde haviam sido colocados por Deus, somos desafiados a interagir com o meio ambiente de forma a preservá-lo, e de usufruir dos seus recursos com sabedoria.

Deus nos colocou nesta terra para manifestar a glória dEle também preservando a fauna e a flora, e cuidando do ambiente em que estamos. É impensável que um servo de Deus se sinta bem em um ambiente sujo, deteriorado, e que não queria melhorar a sua casa, o local em que vive, ou ganha o seu pão, ou mesmo as instalações da Casa de Deus.

Se pensarmos a criação divina como sendo um ato de organização de um ambiente de caos, teremos a certeza de que Deus valoriza o ato de trazer ordem e um sentido ao ambiente. Deus mostra a Ezequiel que o rio que saía do altar do Senhor trazia restauração ao meio am­biente, atraindo pescadores e fazendo crescer árvores frutíferas nas suas margens (Ez 47.1-12).

Sabemos, pela Palavra de Deus, que “o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (2 Pe 3.10), mas a Bíblia não diz que é o povo de Deus que vai fazer isso. Portanto, tratemos com zelo e cuidado o ambiente no qual o Senhor nos colocou.

III – O Evangelho nos Direciona para a Eternidade

1. A eternidade em nosso coração

O homem não é um conjunto de elementos químicos que se amontoaram ao longo de um processo que se deu por acaso. O ho­mem foi criado por Deus, de forma planejada.

A humanidade tem, dentro de si, o desejo de não passar pela morte. Esta quebra o ciclo proposto por Deus de uma vida sem fim e assusta qualquer pessoa, pois da morte não há retorno. “Deus fez tudo formoso no seu devido tempo.

Também pôs a eternidade no coração do ser humano, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até o fim” (Ec 3.11, NAA).

Por mais que tentem ensinar que a vida após a morte não existe, o coração do homem anseia pela continuidade da vida, que só pode ocorrer em um plano espiritual. A morte encerra a existência física do ser humano, mas a parte imaterial não desaparece. O ser humano não é só matéria. A sua parte imaterial permanece existindo, com ou sem Deus.

2. Não estaremos sozinhos

É comum que não consigamos imaginar a grandiosidade do evangelho, e isso decorre do fato de não podermos conhecer todas as culturas do mundo onde a Palavra de Jesus já chegou e as pessoas que foram alcançadas pela salvação. Mas é certo que o evangelho tem alcançado milhões de pessoas nos lugares onde não conseguimos imaginar.

Estima-se que a China em 2030 terá a maior população de cristãos do planeta com mais de 200 milhões de chineses, e a Índia já demonstra um expressivo crescimento no número de cristãos. Esses são os dois países mais populosos do mundo.

O apóstolo Pedro mencionou que, em seus dias, havia irmãos em todo o mundo que estavam sendo afligidos pelos ataques de Satanás (1 Pe 5.8,9).

Esse texto nos dá duas indicações. A primeira, o número de cristãos têm crescido em todo o mundo, pois Deus tem feito, por meio do seu poder, com que o evangelho chegue a lugares distantes e a culturas muito diferentes da nossa.

A segunda, Satanás é o responsável por atacar esses homens e mulheres que se achegam a Deus. Ele pode usar os governos, os meios de comunicação, o ambiente acadêmico e ideologias para tentar frear o avanço da obra de Deus.

Por mais que o mundo conhecido de Pedro provavelmente se resumisse ao Império Romano, Deus estava trabalhando, e o Inimigo também.

O evangelho não ficou só em Jerusalém. Ele ultrapassou barreiras geográficas, linguísticas e culturais. João, contemplando os últimos dias, disse:

“Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9).

Somente o poder de Deus pode fazer isso. Homens e mulheres vêm sendo vocacionados a testemunhar, cheios do Espírito, a pessoas que precisam ouvir falar de Jesus. Não estamos sozinhos no mundo. O Espírito de Deus tem levantado nossos irmãos a cumprirem o ide. A igreja do Senhor Jesus Cristo é muito maior do que podemos imaginar.

Conclusão

O evangelho se baseia nas palavras do Senhor Jesus Cristo e dos santos apóstolos e profetas, cujos registros são encontrados na Bíblia.

Tais palavras nos mostram que a fé depositada no Filho de Deus transforma a vida dos seres humanos e os preparam para que passem a eternidade ao lado de Deus. Em razão de sua origem, mensagem e poder, o evangelho permanece o único e real caminho para a salvação dos homens.

Para conhecer mais a respeito dos temas das lições, adquira o livro do trimestre: COELHO, Alexandre. O Padrão Bíblico Para a Vida Cristã: Caminhando Segundo os Ensinos das Sagradas Escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

 


Fonte: https://www.escoladominical.com.br/2024/06/25/licao-13-a-realidade-biblica-de-uma-fe-que-faz-a-diferenca/

Vídeo: https://youtu.be/44r3nLtu2fA

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