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Jovens – Lição 2- O Caminho do ímpio e do justo

INTRODUÇÃO

O Salmo 1 é uma introdução a todo o livro de Salmos. A sua posição no livro não é por acaso, pois é como se fosse uma porta de entrada aos preciosos ensinamentos e canções. Ele lembra muito o estilo de escrita do livro de Provérbios.

Os assuntos abordados no livro estão sintetizados maravilhosamente nesse salmo, a saber, a conduta de vida do salmista baseada na Lei de Deus e a felicidade interior ao praticá-la, que se revela em contraste ao caminho dos ímpios que não respeitam a Lei de Deus.

A tratativa desse salmo tem como finalidade apresentar o contraste entre o homem justo que rejeita os conselhos impiedosos das pessoas más, que não adota as suas práticas como estilo de vida e nem se detém a compartilhar da sua amizade.

Para o salmista, o caminho do ímpio é perigoso, escorregadio, escarnecedor. Nesse caminho mau, há um conselho premeditado que engoda os simples e faltosos de juízo, levando-os para longe de Deus.

O salmista também apresenta as bênçãos incomensuráveis que percorrem a vida dos justos em Deus. Tudo parte de um viver santo, de alguém que observa as Escrituras Sagradas e preserva os valo­res atemporais do Reino de Deus, como, por exemplo, a virtude, a justiça, o amor e a fé.

O justo tem a esperança de receber a terra como herança. Em contrapartida, os ímpios, que desprezam a Lei de Deus e trilham por caminhos tortuosos, não comungarão com os justos no mesmo lugar.

Muito pelo contrário, receberão a devida reprimenda como resultado das suas obras. Ao fim deste estudo, teremos a oportunidade de refletir sobre nossa caminhada com Deus, o Senhor.

I. A BEM-AVENTURANÇA DO JUSTO

A palavra bem-aventurado, no hebraico ’eser, significa literalmente feliz. Trata-se de uma expressão quase que exclusivamente poética e usualmente exclamativa.

Nesse salmo, a alegria do justo tem origem no próprio Deus, que a concede como recompensa pela vida piedosa e observância da Lei. Espera-se que a pessoa que guarda a Lei seja espiritual, conduzida pelo Espírito e praticante do bem.

A conduta do justo apresenta características que são opostas ao comportamento do ímpio. O justo não “anda”, não se “detém” e nem se “assenta” com o ímpio para participar do seu estilo de vida.

O seu prazer está na Lei do Senhor, nos seus ensinamentos, preceitos e valores que regem a vida daquele que ama a Deus. Em razão do seu compromisso inabalável com a Lei de Deus, o justo é feliz.

1. Bem-aventurado

A bem-aventurança do salmista ressalta que há uma forma de ser feliz e ela passa pelos valores perenes e atemporais da Lei do Senhor. A expressão “bem-aventurado” neste salmo tem o mesmo sentido da que aparece no Sermão do Monte (Mt 5.1-12):

felicidade. Com o uso dessa expressão, o salmista traz a ideia de que o ser humano só pode ser verdadeiramente feliz por causa do favor precioso de Deus.

As bem-aventuranças apresentadas por Cristo no Sermão do Monte mostraram aos discípulos quais são as características encontradas na conduta dos que verdadeiramente tiveram um encontro com Jesus.

Assim como no Salmo 1, as verdades ensinadas no Sermão do Monte caracterizam os princípios divinos da justiça, segundo os quais o cristão deve viver pela fé no Filho de Deus (Gl 2.20).

A conversão genuína promove a regeneração espiritual no crente, de modo que ele tem o seu caráter moldado e aperfeiçoado à medida da estatura de Cristo (Ef 4.13).

Nesse sentido, o comportamento do Mestre assume o papel de referência após a conversão. Desde então, há uma intensa fome e sede da justiça divina, bem como há a fartura da bondade de Deus, que supre todas as nossas necessidades (Fp 4.19).

A nova vida sob a égide do Espírito Santo é uma vida feliz, visto que não está sujeita ao pecado. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17).

O crente é uma nova criatura renovada segundo a imagem de Deus e que compartilha do seu espírito e santidade (cf. Ef 4.24).

2. O Justo não “Anda”, não se “Detém”, nem se “Assenta”

O primeiro versículo do Salmo 1 enfatiza a atitude do justo em rejeitar as ações pecaminosas do ímpio. O justo nega-se a assumir os comportamentos que contrariam os princípios da Palavra de Deus.

Ao detalhar a conduta do justo, o salmista menciona três ações:

andar, deter-se e assentar-se;

e três substantivos: ímpios, pecadores e escar­necedores.

O versículo ainda apresenta claramente uma ideia de pro­gressão: quem “anda” no conselho dos ímpios “detém-se” no caminho dos pecadores e, por fim, “assenta-se” na roda dos escarnecedores.

O andar no conselho dos ímpios significa participar dos seus con­selhos e aceitá-los como verdades norteadoras para a vida.

Não andar conforme esses conselhos, em primeiro lugar, aponta que o justo rejeita veementemente tais conselhos porque são condenados pela Palavra de Deus. Segundo, porque representam uma rebelião contra o próprio Deus.

Em Provérbios 4.14, está escrito: “Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus. Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo”.

O Sábio instrui-nos a mantermos distância do comportamento do mau, nem sequer nos aproximarmos dele. Assim é o conselho do ímpio: uma direção que afasta a pessoa da comunhão com Deus e, por esse motivo, deve ser rejeitado.

Semelhantemente, o salmista menciona o deter-se no caminho dos pecadores. O justo compreende que o deter-se significa compartilhar da amizade dos pecadores, parar para ouvi-los e aprender as suas práticas erradas.

A Bíblia é enfática quando diz: “não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4).

O crente entende perfeitamente que se constituir amigo do mundo é o mesmo que trair a confiança daquEle que o salvou das trevas para a maravilhosa luz (Cl 1.13; cf. 1 Pe 2.9).

E, por último, o justo menciona o “assentar-se” junto à roda dos escarnecedores. Primeiramente, vale ressaltar novamente a pro­gressão de quem adota o estilo de vida do mundo e distancia-se de
Deus.

O “assentar-se” aponta para o ato contínuo de compartilhar das imundícies do pecado. Alguém que verdadeiramente conhece a Palavra de Deus e experimenta o dom do Espírito não pode aceitar a prática do inverso, isto é, assumir um comportamento vexatório que zomba de Deus e despreza a sua maravilhosa graça.

O apóstolo Paulo exorta aos gálatas: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).

O justo, em outras palavras, não acompanha os ímpios em lugares onde estes se reúnem para planejar, promover e praticar atos pecaminosos que demonstram a rebelião total da natureza humana pecaminosa contra a soberania de Deus, o Senhor.

A lição é viva: quem ouve o conselho do ímpio passa a estreitar os laços afetivos com os pecadores e, consequentemente, junto com os escarnecedores, passa a escarnecer do justo e da sua justiça.

O salmo afirma que esse estilo de vida promove dispersão, superficialidade, juízo divino e condenação eterna (Sl 1.4-6). A verdadeira felicidade não pode ser encontrada nessa forma de viver.

3. O Prazer do Justo em Meditar na Lei do Senhor

No versículo 2, o salmista faz referência à prática da “devoção”, um hábito espiritual que deve ser exercitado pelos que almejam al­cançar uma vida espiritual de intimidade com Deus.

Ele diz: “Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite” (v. 2). Há verdadeira felicidade para quem desenvolve um estilo de vida que leve em conta os conselhos da Lei do Senhor e medita cotidianamente na instrução divina (Sl 1.2).

O prazer do salmista na Lei do Senhor enaltece a qualidade da Lei Mosaica como manual de fé e conduta.

Diferentemente dos fariseus hipócritas, endurecidos de coração, a Lei de Deus não é um peso ou mesmo um arranjo de mandamentos difíceis de serem cumpridos. Pelo contrário, o salmista encontra nesses mandamentos a orientação de que tanto precisa para um viver sábio, feliz e próspero.

Nesse sentido, a alegria do salmista é tão intensa que a meditação na Lei do Senhor é praticada de dia e de noite.

A meditação do salmista é praticada não ao som alto para ser notado pelos homens ou porque deseja convencer os que estão ao seu redor de que ele é uma pessoa piedosa, santa e justa; antes, a sua meditação é discreta porque tem como finalidade alcançar o enten­dimento da vontade de Deus para a sua vida. Ele ocupa a sua mente com as coisas que são de cima, e não nas que são da terra (Cl 3.2-5).

A meditação não acontece somente de dia, quando há o compro­misso com a labuta e quando as relações interpessoais a todo momento exigem do salmista colocar em prática os justos mandamentos.

A meditação ocorre também à noite, no apagar das luzes, quando já é hora de descansar, sendo este o momento de expressar a Deus a gratidão por todas as suas bênçãos desfrutadas ao longo do dia.

É nesse momento que a reflexão sobre as decisões faz-se presente e o salmista inclina-se a buscar na Lei do Senhor as orientações para fazer as melhores escolhas.

Por fim, em decorrência de uma vida abundante do conhecimen­to da Lei do Senhor, o salmista experimenta da vida abundante e prosperidade ilustradas pelas figuras da agricultura: árvore e águas (v. 3).

O salmo afirma que o conselho divino promove um estilo de vida que traz segurança e firmeza (árvore plantada), crescimento e vida (corrente de águas), maturidade e frutificação (fruto no tempo devido). Aqui, há verdadeira felicidade na vida de quem pratica a justiça, e o Todo-Poderoso conhece esse caminho (v. 6).

II. O PERIGO DO CAMINHO DO ÍMPIO

A trajetória dos ímpios, em contraste com a vida do justo, é ilus­trada neste salmo pela palha inútil dos campos que é levada pelo vento.

Isso significa que o ímpio, ao contrário do que acontece com o justo, não produz frutos em abundância, visto que são estéreis. E, por serem infrutíferos, há uma promessa de juízo divino sobre os ímpios.

O Evangelho de Mateus registra as palavras de João Batista quando se refere ao Cristo: “Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará” (Mt 3.12).

Para os que desfrutam da presença do Espírito Santo nas suas vidas, há bênçãos sem medida; já para os que comungam com o pecado, vivendo dissolutamente, há uma expectativa de juízo e fogo eterno que nunca se apagará.

Por essa razão, o justo precisa atentar cuidadosamente para que o seu estilo de vida não se assemelhe ao comportamento do ímpio. Caso contrária, experimentará o mesmo destino.

1. Que Conselho Ouvir?

As ações pecaminosas do ímpio, detalhadas no tópico anterior, induzem o justo a refletir sobre as ocasiões em que se depara com a influência mundana que o tenta a pecar contra o Senhor e a com­portar-se de forma descompromissada com os ensinamentos da sua santa Palavra.

Nesse sentido, a oração de Cristo é eficaz quando intercede pelos seus discípulos: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou” (Jo 17.15,16).

O justo sabe que não é do mundo, mas vive neste mundo e pre­cisa relacionar-se com as outras pessoas que não compartilham da mesma fé.

Precisa, porém, manter o firme compromisso com a Lei de Deus. Viver neste mundo sem deixar-se influenciar pelos valores controversos que norteiam a sociedade secularizada é um desafio que todo crente enfrenta.

Nesse contexto, a juventude é um ciclo marcado pelos desafios de entrar na vida adulta. Certamente, nesta fase, há conflitos interiores que levam o jovem a indagar a si mesmo os motivos pelos quais precisa enfrentar tantos problemas.

Em primeiro lugar, vale destacar que as Escrituras Sagradas apontam que a juventude é o momento ideal para o ser humano suportar as aflições (Lm 3.27).

Por mais extenuante que seja enfrentar esses momentos, a Bíblia aponta que estes resultam em benefícios e purificação para a vida espiritual.

Na juventude, é natural que sentimentos e emoções tornem-se vulneráveis aos conselhos de amigos e colegas que podem levar o jovem cristão a viver em oposição à vontade direta de Deus para a sua vida (Pv 1.10).

Nesse caso, estamos diante de um “conselho dos ímpios” (Sl 1.1). O viver segundo os conselhos de amigos ou atender a orientação direta do Espírito Santo passa a ser uma questão de escolha.

O salmo mostra que escolher o conselho dos ímpios trará muita confusão, superficialidade e dispersão espiritual (Sl 1.4). Em contrapartida, permanecer no conselho do Senhor resultará em paz, prosperidade e intimidade com Deus, o Senhor.

2. Deter-se no Caminho dos Pecadores

Deter-se no caminho dos pecadores não é apenas ouvir os seus conselhos, mas também assumir uma posição permanente deles.

A opinião deles passa a ser a sua; o que pensam passa a ser o seu pen­samento; o que defendem passa a ser a sua defesa. Então, as escolhas erradas e o comportamento pecaminoso passam a ser justificados de maneira racional.

É muito comum ouvir dos que não querem admitir a pretensão maliciosa escondida nos seus corações o famoso “não tem nada a ver”, ou mesmo “isso é exagero, você está sendo muito exigente consigo mesmo”.

Para estes, “os meios não justificam o fim”; não importa o que você faça agora, o mais importante será a sua decisão final.

A Palavra de Deus é, entretanto, enfática quando afirma: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7).

Nesse sentido, a juventude cristã deve atentar para as consequências das suas escolhas, haja vista que a fase em que estão vivendo é marcada por decisões que expressam os fundamentos de projetos futuros.

Na intenção de evitar escolhas erradas que podem trazer efei­tos catastróficos, devemos levar em consideração o conselho do apóstolo Paulo ao jovem Timóteo: “Foge, também, dos desejos da mocidade” (2 Tm 2.22a).

Obviamente, os desejos da mocidade são os relacionados ao amadurecimento físico, psicológico e emocional que estão em formação ao longo da juventude. Nesse ínterim, é muito importante que o jovem não se deixe dominar pelas pressões naturais desse processo.

Quanto aos típicos da juventude — tendência a contendas, tempe­ramento impaciente, instinto sexual —, o apóstolo Paulo sabia bem do perigo e dos obstáculos que eles podem trazer à vida espiritual.

Por isso, o conselho apostólico é imperativo: fuja! Haverá um dia que o juízo de Deus não tardará a cair sobre o ímpio (Sl 1.5).

3. Assentar-se na Roda dos Escarnecedores

Neste último subtópico, trataremos não apenas de um comporta­mento pontual do crente, e sim de uma postura contumaz, perigosa e que pode comprometer de forma significativa a vida espiritual.

Quando o justo decide assentar-se sistematicamente na roda dos escarnecedores, é porque assumiu que não quer mais compartilhar da justiça e santidade desfrutadas na presença de Deus.

Aqui está instalado o estágio de completa separação de Deus. A postura que o verbo “assentar-se” denota é o desprezo às coisas divinas, bem como a disposição em ridicularizar e criticar de manei­ra mórbida quem busca fazer a vontade do Pai e viver de maneira coerente com os seus caminhos.

Há muitas controvérsias no que diz respeito ao desvio do crente em relação aos valores e princípios divinos, detalhados na Palavra de Deus.

Pode um crente lavado, remido e santificado desviar-se da presença de Deus? Para os reformados, a “graça irresistível” não deixa espaço para

Logo, os que desprezam a regeneração, que um dia receberam por obra do Espírito Santo, renunciam à maravilhosa graça que os alcançou. Nesse estágio, é valido dizer que o jovem “assentou-se” na roda dos escarnecedores (Sl 1.1).

O apóstolo Pedro, numa das suas cartas, faz uma descrição bem realista a respeito disso: “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior que o primeiro” (2 Pe 2.20). O salmo encerra dizendo que o caminho dos ímpios perecerá (Sl 1.6). o desvio da fé.

CONCLUSÃO

O Salmo 1 ensina-nos que há apenas dois caminhos: o do ímpio e do justo. A vida do justo, sob a égide do Espírito Santo, resulta em paz, prosperidade e saúde.

Em contraste, o caminho do ímpio resulta em valores que trazem confusão, dispersão e superficialidade. O caminho do justo traz segurança, maturidade e bênçãos de Deus.

A verdadeira felicidade do jovem cristão deve ser encontrada nos valores que brotam da Palavra de Deus. Mediante a preciosa graça divina, podemos desfrutar dos seus valores eternos e, por conseguinte, experimentar a verdadeira felicidade.

Em contrapartida, a vida dissoluta e distante dos valores perenes e atemporais da Palavra de Deus é infrutífera.

O ímpio pensa que a prática contínua da iniquidade irá livrá-lo do castigo divino. O engano do seu coração faz com que ele pense que sempre alcançará a vantagem independentemente das circunstâncias.

O Senhor, contudo, promete que haverá justiça sobre as suas ações. Deus não permitirá que o ímpio ocupe a mesma terra que o justo e nem desfrute das mesmas bênçãos. O caminho do ímpio, definitivamente, perecerá (v. 6).

A juventude deve, portanto, acompanhar o que sucede na vida dos que se afastam da presença de Deus e semeiam uma vida de pe­cados.

O futuro dos que desprezam as verdades divinas serve como ensinamento para que a juventude cristã permaneça firme, sim, nos preceitos da Palavra de Deus e, assim, rejeite qualquer hábito que prejudique a saúde da vida cristã.

Que Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

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Fonte: https://www.escoladominical.com.br/2023/04/06/licao-2-o-caminho-do-impio-e-do-justo/

Vídeo: https://youtu.be/2GEtO0iz6C0

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