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Jovens – Lição 5 – Quem segue a Cristo anda na prática do perdão e do amor

Prezado(a) professor(a), iniciamos mais um trimestre! Você já assistiu a apresentação deste trimestre em nosso canal no Youtube? Acesse o link (https://youtu.be/dKyw9mBeKms) e veja o que preparamos para vocês neste trimestre.

Para ajudá-lo(a) na sua reflexão, e na preparação do seu plano de aula, leia o subsídio da semana. O conteúdo é de autoria da professora Telma Bueno.

INTRODUÇÃO

Os cinco versículos do texto bíblico da lição apresentam grandes ensinamentos a respeito do perdão e do amor de Jesus Cristo.

O Mestre oferece, em forma de parábola, instruções acerca do perdão que devemos oferecer àqueles que de alguma forma pecaram con­tra nós e a respeito do perdão que recebemos do Pai e do Filho (Mt 18.31-35).

A parábola do credor incompassivo, tão rica em ensinamentos, só é encontrada no Evangelho de Mateus, pois o propósito dele era apresentar Jesus como Rei.

Analisando o contexto da parábola, veremos que Cristo primei­ramente instrui em detalhes a Pedro acerca do perdão (Mt 18.21,22). Jesus trata com o apóstolo de forma implícita a respeito da “frequên­cia” com que devemos perdoar.

Vivemos em um século onde podemos ver e experimentar o avanço da ciência e das novas tecnologias. Contamos também com a cha­mada inteligência artificial, só que todos esses avanços científicos e tecnológicos não foram capazes de tornar o ser humano melhor, mais generoso, compassivo, amoroso e disposto a perdoar. Sabe por quê?

Porque só Jesus Cristo tem poder para transformar nossa velha natureza pecaminosa e fazer-nos amar e perdoar o próximo.

Vivemos mais de 2 mil anos de cristianismo, mas a bondade humana infelizmente continua limitadíssima.

E o que é pior: temos visto o aumento da violência, do ódio, do desejo de vingança, da amargura e do rancor — tudo aquilo que fere, machuca e macula a imagem e semelhança de Deus nos homens. Certa vez, Jesus declarou:

“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12). Mais uma vez temos visto as Escrituras Sagradas sendo cumpridas: o ódio tem tomado lugar nos corações de muitos, inclusive cristãos.

Para amar e perdoar, é preciso experimentar a graça salvadora que somente Jesus Cristo, o Filho de Deus, pode oferecer.

Somente aqueles que um dia já passaram pela experiência do novo nascimento conseguem liberar perdão e amor. Lembrando que somente o Espírito Santo tem poder para transformar o homem, e a sua obra começa de dentro para fora; nunca ao contrário.

Ao narrar a parábola do credor incompassivo (Mt 18.23-27), Jesus Cristo revela nossa miserável condição: éramos todos devedores de um débito impossível de ser saldado. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “um talento valia cerca de mil dólares americanos”. Então, já fez as contas? O homem devia em torno de 10 milhões de dólares. Uma quantia muito elevada para um servo.

Éramos escravos do pecado, e as Escrituras Sagradas revelam que jamais conseguiríamos romper a escravidão e saldar nossa dívida com o Eterno por nossos méritos. Entretanto, pela bondade de nosso Salvador, demonstrada na cruz do Calvário, conseguimos vencer a cegueira espiritual, que nos faz desejar o mal.

O propósito deste capítulo é mostrar que o amor e o perdão precisam ser uma prática diária em nossas vidas, pois somos novas criaturas e tomamos a decisão de seguir a Jesus Cristo.

Vivemos tem­pos difíceis, mas que venhamos permanecer firmes nos ensinamentos de Jesus Cristo, fazendo e falando tudo o que é bom e revelando ao mundo o amor do Pai.

I – UMA PARÁBOLA SOBRE GRAÇA IMERECIDA

Pela misericórdia do Pai, fomos justificados perante o Eterno. Nossa fé no sacrifício de Jesus Cristo concedeu-nos uma nova maneira de pensar e viver (2 Co 5.17). Nosso velho homem já foi crucificado com Cristo, e não somos mais escravos do pecado.

Pela fé, morremos para ele e, como novas criaturas que somos, precisamos viver para Deus em obediência e santidade. Experimentamos o novo nascimento, mas tal verdade não significa que alcançamos a perfeição.

Todos os dias somos tentados; vivemos em um mundo que jaz no maligno, mas desde que tomamos a decisão de viver pela fé, para Cristo, somos livres do poder do pecado, pois agora o próprio Cristo habita em nós (Gl 2.20).

As Escrituras Sagradas ensinam-nos que o pecado e o seu domí­nio têm como características a morte física e espiritual: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).

Não importa em que país deste mundo vivemos; com certeza veremos e sentiremos em algum momento as consequências do pecado original.

Podemos ver a maldade nas guerras e nos conflitos deste tempo, na violência contra a mulher, no preconceito e em meio à miséria etc.

O pecado sempre vai revelar a face mais medonha do ser humano e desvendará a morte física e a morte espiritual (o afastamento de Deus).

Podemos ver tal verdade no capítulo 3 do livro de Gênesis, que trata do pecado de Adão e Eva. Como a iniquidade da humanidade po­deria ser aniquilada e vencida? Somente pela graça divina revelada em Jesus Cristo.

Somente a graça foi capaz de vencer o domínio do pecado e destruir o seu principal trunfo: o poder sobre a morte.

Apenas a graça pode reconciliar-nos com o Deus Santo. O poder da morte espiritual só poderá ser vencido pelo poder do amor divino, e Jesus é a expressão máxima do amor do Pai. Ninguém nos ama tanto quanto o Senhor Jesus Cristo. Você já experimentou esse amor?

Ele ama a cada um de nós com nossas imperfeições e virtudes; o seu amor é real e abnegado, mas muitos infelizmente rejeitam tamanho amor. Outros, depois de redimidos por tão grande afeto, voltam à prática do pecado e perdem a capacidade de amar o próximo.

Jesus trata com Pedro a respeito do perdão, pois o Mestre na sua onisciência sabia que o apóstolo acreditava no ensino dos rabinos da sua época que ensinavam que era necessário perdoar os ofensores apenas três vezes.

Pedro, tentando impressionar a Jesus com a sua “piedade”, perguntou ao Mestre quantas vezes era necessário perdoar o próximo. Então, o Mestre responde de forma enfática: “Setenta vezes sete” (Mt 18.22).

Jesus ensina que, para ser o seu discípulo, é preciso perdoar sempre, todos os dias. Então, Jesus narra a parábola do credor incompassivo (Mt 18.23-35). Nessa parábola, o servo nunca teria o suficiente para pagar a sua dívida.

Era uma situação desesperadora, pois o homem poderia, juntamente com a sua família, ser vendido como escravo para saldar o que devia. O devedor também poderia ser preso. Então, o rei compassivo perdoa e cancela a quantia devida.

Aquele servo, depois de passar por uma situação tão difícil e ter expe­rimentado da misericórdia e bondade do seu rei, deveria ter aprendido uma importante lição. Contudo, a leitura do texto bíblico revela-nos que ele não aprendeu nada a respeito do perdão e da misericórdia.

O propósito de Jesus ao narrar a história do servo mau era mostrar a Pedro e a todos os seus discípulos que o perdão de Deus é somente pela graça. Não temos mérito algum. O Mestre também deixa claro que nossa resposta à graça é um fator determinante a respeito de onde vamos passar a eternidade.

Em geral, quando o assunto é a graça divina, vemos alguns ex­tremismos e posicionamentos errôneos, e isso acontece desde os tempos do apóstolo Paulo. Por um lado, alguns que não conhecem verdadeiramente Cristo tentam fazer da graça um pretexto para uma vida sem santificação.

A estes podemos citar a argumentação do próprio apóstolo Paulo: “Pois quê? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum!” (Rm 6.15).

Quem está em Cristo deve produzir bons frutos; aliás, são os frutos que identificam um cristão. Qual o tipo de fruto, ações, você tem produzido? Seus frutos são saudáveis, ou eles já foram contaminados pelo legalismo e pela hipocrisia?

A Epístola aos Romanos exorta-nos que, mesmo não vivendo mais debaixo da Lei, o discípulo de Jesus tem parâmetros espirituais que devem ser seguidos. Agora que já somos imitadores de Jesus Cristo, temos o Espírito Santo, que nos ajuda a viver de maneira a agradar a Deus, mesmo que não tenhamos mais que nos submeter à Lei de Moisés.

Os dois temas dominantes nos versículos 15 a 23 do capítulo 6 de Romanos são a escravidão e a liberdade.

Paulo argumentará re­petidamente que a liberdade da escravidão ao pecado não significa liberdade para a pessoa viver como ela bem quiser. Ao invés disso, a liberdade da escravidão ao pecado implica em escravidão a Deus. Embora “o pecado não [venha a ter] domínio sobre vós” (v. 14), Deus terá.

II- AS CONSEQUÊNCIAS DO PERDÃO

Você já foi alcançado pela maravilhosa graça de Jesus? Já recebeu o perdão dos seus pecados? Foi lavado e redimido pelo sangue do Cordeiro? Então, saiba que você foi salvo para a prática do perdão.

Sem graça e sem salvação não existe perdão. A absolvição de Cristo leva-nos a perdoar, por mais difícil que pareça ser.

Não se esqueça de que a dívida do servo na parábola do credor incompassível era muito grande. Qual o tamanho da clemência que você recebeu? É possível mensurá-la em números? Impossível! Então, por que é tão difícil perdoar o outro? É importante lembrar que clemência não é sentimento. É algo maior.

Perdão é decisão. Foi isso que o rei da metáfora usada por Jesus fez. Ele simplesmente tomou a decisão de perdoar a dívida do seu servo.

Perdão também envolve empatia e humildade. Podemos ver essa verdade no episódio em que Jesus cura a mulher do fluxo de sangue.

No Evangelho de Mateus 9.18-26, encontramos o relato da cura de uma mulher que sofria com uma hemorragia havia 12 anos. Jesus estava cercado por uma multidão e dirigia-se à casa de Jairo, pois a sua filha estava gravemente enferma e precisava de uma cura.

No caminho, Jesus é tocado por uma mu­lher cuja fé era extraordinária. A confiança da mulher encheu o seu coração de ousadia e fez com que ela desconsiderasse a Lei, pois tudo o que uma mulher em período menstrual ou com qualquer tipo de fluxo de sangue tocasse seria considerado cerimonialmente imundo.

A condição da mulher era socialmente terrível, pois ela vivia de forma oprimida e era considerada como propriedade do homem; uma mulher jamais ousaria tocar em um mestre publicamente e ainda mais naquelas condições.

Alguns historiadores afirmam que talvez essa devesse ter sido a razão de tamanho constrangimento ao ter que dizer publicamente que havia tocado em Jesus e sido imediatamente curada.

A mulher teria que admitir de forma pública a sua imundícia e a sua vergonha. Pensa no quão difícil era a sua situação?

Contudo, tal relato bíblico mostra não somente a cura da enfermidade física da mulher que tinha um fluxo de sangue, mas também o perdão de Jesus Cristo, a salvação da sua alma, pois, segundo o Comentário Bíblico Pentecostal, o fato de Jesus dizer à “mulher que ela tivesse ânimo, porque a fé dela a curou, o verbo aqui é sozo, e em outras passagens significa ‘salvar.’” Jesus usou de amor e empatia para com aquela mulher. Atualmente precisamos de mais empatia, menos julgamentos e mais perdão.

Por que Jesus não permitiu que a cura da mulher passasse em segredo? Ela deveria anunciar publicamente que havia recebido a libertação do cativeiro da enfermidade e o perdão de Jesus.

A mu­lher viveu durante 12 anos em grande sofrimento, porém bastou um único encontro com Jesus Cristo para ser perdoada, curada e liberta de tudo aquilo que a escravizava.

Muitas pessoas, mesmo depois de experimentarem o amor e o perdão do Cristo, insistem em viver de maneira egoísta, sem amor ou empatia pelo próximo.

São pessoas que querem e exigem um tratamento de primeira, mas que não tratam o próximo à altura, com paciência, dignidade e respeito. Não podemos viver segundo nossa velha natureza, pois tal atividade é o que nos conduzirá à derrocada.

Tal verdade pode ser confirmada na parábola do credor. Observe que o perdoado pelo rei diante da vida nova que ganhou insistiu em viver conforme os antigos padrões. Essa foi a sua ruína! E tem sido a ruína de muitos.

Não podemos esquecer que fomos resgatados pelo Salvador e que agora precisamos oferecer às outras pessoas aquilo que temos recebido de Deus: amor, misericórdia e perdão (1 Jo 5.1; 1 Pe 2.17). Nosso olhar, nosso falar e nossa atitude, depois da experiência do perdão, devem ser completamente guiadas pelo amor, empatia e humildade.

CONCLUSÃO

Deus nos ama e nos concede a sua graça e perdão. Foi para nos res­gatar do pecado e dos seus efeitos maléficos que Jesus Cristo veio ao mundo, morreu na cruz em nosso lugar e, ao terceiro dia, ressuscitou, ascendeu aos céus e de lá voltará novamente para buscar os seus discípulos. Podemos afirmar que o perdão é parte de nossa salvação e da obra redentora de Jesus Cristo.

A parábola do credor incompassivo que tomamos como base nesta lição é uma advertência a todos os seguidores do Cristo.

Pela miseri­córdia do Pai, recebemos o perdão de uma dívida impagável: nossos pecados. Temos o dever de perdoar da mesma forma como fomos perdoados um dia, deixando de lado todo rancor e ressentimento, pois esses sentimentos fazem nossa alma adoecer e impedem-nos de sermos imitadores de Jesus Cristo e de vivermos para a glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Que Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Para conhecer mais a respeito dos temas das lições, adquira o livro do trimestre: Imitadores de Cristo: Ensinos Extraídos das Palavras de Jesus e dos Apóstolos. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

Fonte: https://www.escoladominical.com.br/2022/07/27/licao-5-quem-segue-a-cristo-anda-na-pratica-do-perdao-e-do-amor/

Vídeo: https://youtu.be/wwMgDBzuGc0

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