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JOVENS – LIÇÃO 6 – CORAGEM PARA ENFRENTAR A FORNALHA ARDENTE

TEXTO PRINCIPAL

Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e da tua mão, ó rei.” (Dn 3.17)

Entenda o Texto Principal:

– O equilíbrio e a calma dos três servos do Deus Altíssimo estavam em claro contraste com a fúria incontida do rei. A ousadia da fé deles era equiparada à sua serenidade.

Os três responderam ao rei Nabucodonosor:

Não necessitamos de te responder (“defen­der-nos”, NVI) sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adorare­mos a estátua de ouro que levantaste (16-18).

A verdadeira fé não está ligada às circunstâncias nem às consequências. Ela está fundada na imutável fidelidade de Deus.

E a fé é decisiva no que tange à questão da fidelidade no crente. Poderia ter parecido algo de menor valor racionalizar apenas um pouco.

Afinal, eles não deviam uma certa consideração ao rei? Porventura, eles não poderiam dobrar seus joelhos, mas ficar em pé em seus corações? Uma pequena con­cessão à limitada compreensão das coisas divinas por parte do rei seria uma questão insignificante.

Mas não! A reputação do caráter do Deus vivo e verdadeiro dependia desse momen­to. Multidões de pagãos de muitos países estavam observando. Quer Deus os libertasse das chamas, quer não, eles deveriam ser fiéis em honrar o seu nome.

RESUMO DA LIÇÃO

Se demonstrarmos a coragem de recusar a idolatria, podemos confiar que Deus nos protegerá.

Entenda o Resumo da Lição:

– Os três amigos admitiram que não tinham defesa alguma; eles se confiaram totalmente ao seu Deus. Os v. 17,18 são mais bem traduzidos assim:

“Se o nosso Deus, a quem servimos, é capaz de nos salvar, ele vai nos salvar […] mas se não, que seja conhecido a ti, ó rei…”, respondendo à pergunta do rei do v. 15.

A fé e as convicções dos três não permitiriam que prestassem culto aos deuses da Babilônia nem que adorassem a imagem de ouro, mesmo que o seu Deus não se dispusesse a intervir.

Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos… Elohim, o Poder (relativo a Elah, a palavra caldaica que aparece neste versículo), era capaz.

Eles estavam dispostos a submeter o Senhor a teste. Esperavam livramento – ser tirados da fornalha, e não postos dentro dela. Esse seria um livramento da mão perversa do rei idólatra.

A tarefa era impossível para a instrumentalidade humana. Nesse caso, somente o Ser divino poderia fazê-lo. Ocasionalmente, todos os homens enfrentam situações em que “somente Deus é capaz” e então são obrigados a entregar a vida nas mãos Dele.

TEXTO BÍBLICO

Daniel 3.1-6

1. O Rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, cuja altura era de sessenta côvados, e a sua largura, de seis côvados; levantou-a no campo de Dura, na província de Babilônia.

– imagem de ouro. A estátua que, arrogantemente, o rei mandou fazer, era uma representação dele mesmo como uma expressão de sua grandeza e glória e reflete o sonho no qual ele era a cabeça de ouro (2.38).

Talvez ela não fosse feita de ouro maciço, mas mais provavelmente apenas folheada a ouro, como muitos outros objetos encontrados nas ruínas da Babilônia.

A palavra para “imagem” geralmente significa uma forma humana. A altura dessa imagem era de c. 27 m, e sua largura 2,7 m, que seria comparável em altura às tamareiras encontradas naquela região.

A estátua que divinizava o rei não era necessariamente grotescamente fina em proporção à sua altura, uma vez que uma base imponente poderia contribuir para essa altura. Ela estabeleceu o culto a Nabucodonosor ou à nação sob seu poder, em acréscimo ao culto de outros deuses.

2. E o rei Nabucodonosor mandou ajuntar os sátrapas, os prefeitos, os presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais e todos os governadores das províncias, para que viessem à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado.

– Os líderes que estavam presentes na “reunião de cúpula” para a exibição de Nabucodonosor eram: os sátrapas, ou líderes de províncias; os administradores, ou chefes militares; os governadores, ou administradores civis; os conselheiros, ou advogados; os tesoureiros os juízes, ou árbitros oficialmente instituídos; os magistrados, ou os juízes na concepção de nossos dias; os oficiais, ou outros líderes civis.

3. Então, se ajuntaram os sátrapas, os prefeitos, os presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais e todos os governadores das províncias, para a consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado, e estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado.

– Este capítulo afirma repetidamente que esta era a imagem que o rei Nabucodonosor tinha levantado. Não está claro se a imagem representada Nabucodonosor ou um de seus deuses.

Todos os principais funcionários de todo o seu império foram reunidos diante da estátua por sua dedicação , como uma declaração pública de que a unidade do império de Nabucodonosor estava enraizada no culto comum a imagem de ouro.

4. E o arauto apregoava em voz alta’. Ordena-se a vós, ó povos, nações e gente de todas as línguas:

– Um arauto foi comissionado para exprimir a convicção da liderança babilônica. Visto que fora o rei quem ordenara aquele culto, todos eram cem por cento favoráveis. Todos os povos dentro dos limites do império babilônico foram obrigados a adorar a imagem.

Isso significa que praticamente todo o mundo então conhecido foi forçado a adorar o monstro da planície. Quanto a “povos, nações e línguas”, cf. os vss. Dn 3.7,29; 4.1; 5.19; 6.25; 7.14.

Isso fala em universalidade. Judite 3.8 pinta Nabucodonosor decidido a eliminar todas as religiões não-babilónicas. Isso se tornou um ato de patriotismo. Talvez exista um paralelo aqui a Antioco (ver Dan. 11.36). A ordem era “ou obedece, ou é queimado”. aloud. Chal. with might.

5. Quando ouvirdes o som da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tem levantado.

– citara. Parecida com uma harpa, possivelmente quadrada ou retangular, com cordas para serem tocadas com uma palheta, que atingia sons muito agudos, saltério. Um instrumento tocado com os dedos e não com palheta, que emitia tons graves.

6. E qualquer que se não prostrar e não a adorar será na mesma hora lançado dentro do forno de fogo ardente.

– fornalha. Foram encontrados alguns fornos amigos que eram construídos na forma de um túnel vertical, com apenas uma abertura no topo, tendo uma cúpula apoiada sobre colunas. O carvão era normalmente utilizado como combustível.

– OBS.: Todos os comentários, exceto os com citações, são da Bíblia de Estudo MacArthur, SBB, Edição de Janeiro de 2017)

– Caso deseje, poderá baixar o MyBible: https://play.google.com/store/apps/details?id=ua.mybible.

INTRODUÇÃO

Nesta Lição trataremos do episódio em que Ananias, Misael e Azarias resistem bravamente a ordem de Nabucodonosor para que todos adorassem a estátua de ouro por ele erigida.

Esse é um relato de como três jovens tementes a Deus ousam enfrentar um monarca tirano e totalitário que procurou impor sua religião a todas as pessoas. Mesmo ameaçados de morte, eles não negaram ao Deus Altíssimo, preferindo enfrentar a fornalha ardente.

Neste estudo, além de inspirados pela resistência dos jovens hebreus, seremos advertidos sobre os cuidados com as formas sutis de idolatria que procuram retirar a centralidade de Deus de nossas vidas.

– J. A. Seiss faz uma defesa vigorosa de Nabucodonosor e de seu intento. Ele argumenta que o conceito audacioso da grande imagem era resultado direto do sonho do rei.

Ele próprio não tinha caído em adoração diante do homem que transmitiu a mensagem do Deus dos céus? Agora todo o seu reino se curvaria diante dessa maravilhosa ideia revelada a ele.

Em sua mente pagã confusa esse era um tributo maravilhoso ao Deus de Daniel e seus amigos hebreus. Isso tornaria a recusa deles (em se curvar diante da estátua) ainda mais irracional e irascível. Diante da luz da revelação clara e completa e dos princípios divinos que Nabucodonosor não tinha, fica evidente que ele cometeu um grande equívoco que não pode ser justificado ou desculpado de acordo com os padrões bíblicos. Mas o erro estava no método e não nos motivos.

Era o erro da educação defeituosa, não da intenção. Ele honestamente queria reconhecer e glorificar o Deus dos céus que tinha se comunicado com ele de forma tão marcante.

Ele desejava que o seu império, por meio de todos os seus representantes reunidos, reconhecesse que Deus era a cópia tangível da imagem dada a ele em sonho.

A profundidade da sua natureza religiosa, das suas experiências e convicções se intensificaram no sentido de fazer obedecer ao que ele havia arranjado e ordenado de maneira tão devota e honesta”. Mas é provável que esse esforço em defender o rei pagão da Babilônia não cubra todos os pontos.

I. O REI TOTALITÁRIO MANDA CONSTRUIR UMA ESTÁTUA DE OURO

1. O endeusamento do rei.

Ao longo da história muitos homens tentaram assumir a posição de deuses, em busca de glória e reverência. Envenenado pelo poder, Nabucodonosor também fez isso.

O monarca mandou construir no campo de Dura uma estátua de ouro com mais de vinte e sete metros de altura. O fato de ter ouvido anteriormente que ele era a cabeça de ouro da estátua de seu próprio sonho seria a causa dessa soberba construção? A Bíblia não dá detalhes sobre isso.

Também não menciona de quem era a representação da imagem, se dele mesmo ou se de alguma de suas divindades.

Seja como for, vemos aqui um ato extremo de auto exaltação e demonstração de poder. Muitas vezes a religião é somente um pretexto para alguém esconder o desejo de ser notado pelo mundo, usando-a para fins egoístas.

Não era incomum também entre os monarcas babilônios o Levantamento de imagens em sua própria honra.

– Não parece provável que Nabucodonosor tenha erigido uma imagem a um dos antigos deuses da Babilônia, visto que a terra estava cheia de deidades e templos compe­tindo entre si.

É possível, no entanto, que esse sonho tivesse marcado profundamente o rei, em relação ao seu lugar no mundo e na história.

Afinal, não era ele a cabeça de ouro? Não era ele o primeiro e maior de todos os reis da terra? Não é difícil imaginar a crescente vaidade desse déspota oriental, cuja mente pagã falhou em sondar o verdadeiro significado das percepções espirituais que Deus havia tentado compartilhar com ele.

Essa estátua de dois metros e sessenta de largura e vinte e sete metros de altura, que se elevava acima do campo de Dura, sendo visível a quilômetros de distância, proclamava a todos o esplendor do homem que a havia projetado e a glória do rei que ela simbolizava.

O campo de Dura certamente ficava próximo de Babilônia, mas sua localização exata é desconhecida. Qualquer que tenha sido o motivo de Nabucodonosor, o decreto que convocava todos os líderes políticos do reino, grandes e pequenos, não deixava dúvida quanto à exigência do rei.

Instantaneamente, após o sinal combinado de antemão ao som da orquestra imperial, cada homem deveria prostrar-se em adoração diante da imagem.

2. Em busca de adoração.

O rei extravagante mandou convocar todas as autoridades do seu reino para comparecerem à cerimônia de consagração da imagem levantada. Mais que um simples convite, era uma ordem! Dessa forma ele queria impor sua religião a todos, além da presença, todos deveriam se prostrar em adoração diante da suntuosa imagem assim que os instrumentos fossem tocados.

A estátua sobrepujava um objeto arquitetônico; era um ídolo que deveria ser reverenciado por todos os súditos, tanto que a palavra “adorar” (hb. sãghadh) é mencionada diversas vezes (vv. 5, 6, 7, 10, 11, 12, 14, 15, 18, 28).

A punição para o descumprimento seria a morte dentro da fornalha, A solenidade é extravagante e pomposa. Assim que os instrumentos musicais fossem tocados, todos, incluindo as autoridades, deveriam se prostrar e adorar a imagem levantada pelo rei.

– Para mostrar as realizações do rei e garantir a lealdade dos seus oficiais, todos foram convocados para esse momento. Alistar títulos fazia parte do estilo de narrativa (cf. 2.2), característica preservada também na Babilônia. Sobreviveu uma lista da corte de Nabucodonosor, encontrada na cidade da Babilônia (ANET p. 307-8).

Metade dos oito títulos são termos do persa antigo (sátrapas, conselheiros, tesoureiros, juízes); dois, assírios assimilados pelo aramaico (prefeitos, governadores)-, dois, ara-maicos (magistrados, autoridades provinciais). Essa lista imponente é repetida no v. 3 e parcialmente no v. 27, assim como os instrumentos musicais são repetidos nos v. 5,7,15. v. 4. o arauto, um membro indispensável da corte antes da época da comunicação de massa.

Como em Et 3.12 etc., tomou-se o cuidado de transmitir o decreto a todos. v. 5. A música era essencial nos templos e palácios antigos. Cantores e instrumentistas eram recrutados de perto e de longe, de forma voluntária ou como tributos ou cativos.

Dos seis instrumentos na orquestra de Nabucodonosor, três têm nomes gregos, cítara, harpa e flauta dupla (qitros, psantêrtn, sümponyã). Visto que certamente havia gregos na Babilônia de Nabucodonosor (v. comentário de 1.5 e Introdução, “As línguas de Daniel”), essas palavras não são “evidência filológica sólida do reflexo da civilização helenista em Daniel” (Montgomery).

Embora não ocorra nenhum exemplo de sümponyã como instrumento musical em fontes gregas antes do século II a.C., a palavra é comum em outros sentidos musicais (harmonia, alguns acordes), e poderia ter sido usada assim aqui (v. T. C. Mitchell e R. Joyce em Notes…, e J. Rimmer e T. C. Mitchell, AncientMusical Instruments of Western Asia in the British Museum, London, 1969).

3. A ausência de Daniel.

Daniel não é mencionado neste episódio. Onde estava e o que fazia na ocasião não é revelado. Mesmo aqui extraímos algumas lições.

O fato dele não estar diretamente envolvido nesse relato, apesar de ser o personagem humano principal no livro, indica que a coragem e a fé não eram exclusivas dele.

Mostra que a fé e a fidelidade ao Senhor eram qualidades compartilhadas igualmente pelos outros jovens judeus.

Além disso, o fato de Daniel, autor do livro, ter registrado o episódio sem a sua presença, demonstra sua humildade ao não se colocar como a única testemunha fiel na Babilônia, mas sim como alguém que deseja transmitir as lições e os exemplos de fé de seus companheiros. A fidelidade não é exclusiva de alguém.

Da mesma forma, não existem heróis solitários na vida cristã e sempre há alguém com quem podemos contar. A igreja é um corpo, formado por muitos membros (Rm 12.4,5).

– Uma possibilidade é que Daniel estivesse ausente da cerimônia de adoração à imagem, por estar cumprindo alguma missão diplomática ou administrativa em outra província do império babilônico. Afinal, ele era governador de toda a Babilônia e chefe supremo de todos os sábios (Daniel 2:48).

Talvez ele tivesse sido enviado pelo próprio rei para resolver algum assunto importante, ou talvez ele tivesse aproveitado a oportunidade para se ausentar e evitar o conflito. A verdade é que não sabemos onde estava Daniel, por ocasião da adoração da estátua.

Conhecendo bem o caráter desse profeta, como é mostrado no livro que leva seu nome, podemos estar certos de uma coisa: se ele estivesse presente àquela cerimônia, também não teria se prostrado.

SUBSÍDIO 1
“[…] uma estátua de ouro […]”

Alguns comentadores de renome têm pensado que a estátua do presente texto fosse uma imagem do deus Merodaque, o padroeiro da cidade de Babilônia: ou do deus Nebo, do qual derivava o nome do rei. Outros porém são de opinião que a estátua ali erigida era do próprio monarca Nabucodonosor. (Ver Jz 8.27; 2 Sm 18.18).

Entre os antigos conquistadores era natural que, após uma grande conquista, o conquistador fizesse uma estátua de sua própria pessoa, gravando nela o seu nome e o nome de seu deus. Segundo Heródoto, a estátua de Sesostris, do Egito, tinha na largura do peito, de ombro a ombro, uma inscrição com os caracteres sagrados do Egito, onde se lia: ‘Com meus próprios ombros conquistei esta terra’ .

E, segundo Cícero, havia ‘uma bela estátua de Apoio, em cuja coxa estava o nome de Miro, em minúsculas letras de prata’. Pode, de fato, ser imaginado que a estátua erigida ali, fosse a do próprio rei, contendo, na altura do peito, o nome de seu deus (Comp. com Ap 13.15).

Quanto ao testemunho da Arqueologia. Operte, que fez escavações nas ruínas de Babilônia, em 1854, achou o pedestal de uma colossal estátua que pode ter sido um resto da gigante imagem de ouro de Nabucodonosor.” (SILVA” Severino Pedro da. Daniel. Versículo por Veículos. As Visões para Estes Últimos Dias. Rio de Janeiro: CPAD, 1985, pp. 53,54).

II. A CORAGEM DOS AMIGOS DE DANIEL

1. A denúncia e o perfil dos acusadores.

Diante do decreto, alguns caldeus (9,8) se dirigem ao rei e denunciam o trio de jovens hebreus, dizendo: “Há uns homens judeus, que tu constituíste sobre os negócios da província de Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti: a teus deuses não servem, nem a estátua de ouro, que Levantaste, adoraram” (3.12).

Em primeiro lugar, as palavras dos acusadores revelam que eram invejosos, ao mencionar a posição privilegiada que os jovens judeus conquistaram em tão pouco tempo.

Em segundo lugar, eram bajuladores, ao apelarem para o ego do rei (“não fizeram caso de ti”).

Em terceiro lugar, eram ingratos, porquanto se esqueceram que eles tiveram a vida poupada pela intervenção de Daniel e destes jovens que agora denunciam (2.24).

– Não deveria nos surpreender que os três hebreus, recentemente promovidos a car­gos de liderança política, despertassem uma certa inveja entre os outros funcionários púbicos.

A ausência de Daniel da convocação pode ser explicada pelo fato de estar cum­prindo alguma tarefa especial para o rei.

Alguns homens caldeus (8), não a casta sacerdotal, mas cidadãos babilônios, tomaram as devidas precauções para que os três hebreus não escapassem. Quando o rei ficou sabendo da atitude dos três hebreus, ficou furioso e convocou os três imediatamente.

Sem dar-lhes chance de se defenderem, deu-lhes mais uma oportunidade de prestar adoração após o som especial da música.

A recusa em fazê-lo significaria a imediata execução do decreto irreversível — eles seriam lançados dentro do forno de fogo ardente; e quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?, vociferou o rei.

O equilíbrio e a calma dos três servos do Deus Altíssimo estavam em claro contraste com a fúria incontida do rei. 

ousadia da fé deles era equiparada à sua serenidade. Os três responderam ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder (“defen­der-nos”, NVI) sobre este negócio.

Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei.

E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adorare­mos a estátua de ouro que levantaste (16-18). A verdadeira fé não está ligada às circunstâncias nem às conseqüências. Ela está fundada na imutável fidelidade de Deus.

E a fé é decisiva no que tange à questão da fidelidade no crente. Poderia ter parecido algo de menor valor racionalizar apenas um pouco. Afinal, eles não deviam uma certa consideração ao rei? Porventura, eles não poderiam dobrar seus joelhos, mas ficar em pé em seus corações?

Uma pequena con­cessão à limitada compreensão das coisas divinas por parte do rei seria uma questão insignificante. Mas não!

A reputação do caráter do Deus vivo e verdadeiro dependia desse momento. Multidões de pagãos de muitos países estavam observando. Quer Deus os libertasse das chamas, quer não, eles deveriam ser fiéis em honrar o seu nome.

2. A bravura dos jovens. Tomado de fúria, o rei manda chamar os três rapazes e lhes dá o ultimato: se adorassem a estátua estariam livres; do contrário seriam lançados imediatamente na fornalha. Em sua prepotência, ainda diz: “[..,] e quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (v.15).

Mostrando profunda convicção e força de caráter, que se manifesta em crentes sinceros que não se acovardam (z Tm t.7), os três rapazes rejeitam até mesmo se defender. Eles não precisam se justificar diante da injustiça; e Deus quem os justifica (Rm 8.33). Com bravura, afirmam que se forem lançados na fornalha Deus os livrará.

E mesmo se isso não ocorresse, em hipótese alguma iriam cultuar a imagem (v.18). Não negociaram a fé, Mesmo que as pessoas mais influentes tivessem cedido e ainda que a multidão tenha se curvado a estátua, estes não o fariam, Tal resposta mostra que estes jovens eram novos em idade, mais maduros na fé.

Sabiam que eventualmente, dependendo da vontade de Deus, estariam preparados para a morte, Preferiam morrer a ceder ao pecado!

– Os três amigos confiantes foram denunciados, por inveja, uma sorte comum aos honestos, sem meios satisfatórios de refutação, pois a acusação não era falsa. Essas acusações tocam no ponto fraco do rei, mas ele não puniria os homens sem ouvi-los.

Se isso fosse verdade, esse desafio era digno de ser visto, e o seu castigo seria um espetáculo público salutar.

A sua pergunta se concentrou no aspecto religioso (nem aqui nem no v. 18 é repetida a acusação “não te dão ouvidos”), e ele ainda ofereceu uma oportunidade aos acusados de provar a sua lealdade, sob coerção.

E que deus (v. 15) faz eco à zombaria de Rabsaqué, oficial de Senaqueribe (2Rs 18:32-35), orgulho que de forma traiçoeira recai sobre os altamente bem-sucedidos, v. 16-18. Como resposta, os três amigos admitiram que não tinham defesa alguma; eles se confiaram totalmente ao seu Deus.

Os v. 17,18 são mais bem traduzidos assim: “Se o nosso Deus, a quem servimos, é capaz de nos salvar, ele vai nos salvar […] mas se não, que seja conhecido a ti, ó rei…”, respondendo à pergunta do rei do v. 15 (P. W. Coxon, VT 26 (1976), p. 400-9).

A fé e as convicções dos três não permitiriam que prestassem culto aos deuses da Babilônia nem que adorassem a imagem de ouro, mesmo que o seu Deus não se dispusesse a intervir.

3. O Deus que salva na fornalha.

Nabucodonosor mandou aquecer a fornalha sete vezes mais, e determinou que os moços fossem amarrados e jogados dentro dela. E o milagre acontece.

O próprio rei percebeu que eles não estavam sós, mas havia um quarto homem com eles, com aparência divina, Eles estão vivos, e caminham Livremente pelo fogo (v.25).

O fogo queimou as cordas, mas eles estão ilesos, O Senhor permite que passemos por vales e provações, mas sempre está conosco (ls 43,2; Mt 28.20).

Como resultado da fidelidade e bom testemunho dos jovens, o rei, agora, em vez de exigir adoração, louva a Deus (v.28). Quando o crente e fiel, o Senhor é exaltado, Quando o crente honra a Deus, Deus também o honra (v.26)

– O castigo ameaçador foi executado quase que imediatamente. O rei ficou tão furioso que se mudou o aspecto do seu semblante (19), e o fogo foi aquecido sete vezes mais.

Deu-se ordem a um grupo de soldados fortes para amarrar (20) os três prisionei­ros, que estavam “vestidos com seus mantos, calções, turbantes e outras roupas” (21, NVI), e lançá-los na fornalha.

Quando Sadraque, Mesaque e Abede-Nego caíram no fogo, seus executores morreram diante deles, por causa do intenso calor. Nabucodonosor estava endurecido de ver tantos homens morrerem, mesmo de for­mas horrendas. Mas o que aconteceu o espantou.

Ele se levantou depressa e falou com seus conselheiros: Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo? […] Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, e nada há de lesão neles; e o aspecto do quarto é semelhante ao filho dos deuses (24-25).

Seis,3 seguindo Keil e muitos outros, também traduz a última frase do versículo 25 como: “semelhante ao filho dos deuses”.’t Keil’ explica: N. do T.: a versão inglesa King James traz “semelhante ao Filho de Deus”.

O quarto homem que Nabucodonosor viu na fornalha era semelhante […1 a um filho dos deuses, i.e., alguém da raça dos deuses.

No versículo 28, o mesmo persona­gem é chamado de um anjo de Deus. Sem dúvida, Nabucodonosor estava seguindo a concepção dos judeus, devido à conversa que teve com os três que foram salvos. Aqui, por outro lado, ele fala dentro do espírito e significado da doutrina babilônica acerca dos deuses…

Nabucodonosor se aproximou da porta da fornalha e gritou aos três homens para saírem, chamando-os de servos do Deus Altíssimo.

Essa expressão não vai além do âmbito das idéias pagãs. Ele não chama o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego de o único e verdadeiro Deus, mas somente de Deus Altíssimo, o prin­cipal entre os deuses. Independentemente da profundidade de discernimento que Nabucodonosor tinha em relação à identidade do quarto que caminhava entre as chamas, fica claro que aqui havia uma manifestação do sobrenatural, e o rei não era cego para deixar de enxergar isso.

Deus estava lá na fornalha da aflição com seus servos. E a presença de Deus, o Criador da luz e do calor, era suficiente para controlar o efeito dessas forças naturais sobre esses homens que ousaram confiar nele.

SUBSÍDIO 2

“A religião e o estado

Fomos apresentados à questão dos valores em Daniel 1, onde observamos que o modo de Nabucodonosor tratar os utensílios do Templo de Jerusalém representa a tendência generalizada de relativizar o absoluto.

Em Daniel 2, é mostrado para Nabucodonosor que nenhum Estado ou sistema político tem valor absoluto aos olhos de Deus. No entanto, agora, em Daniel 3, Nabucodonosor desafia a noção, fazendo do seu império e governo um absoluto, na medida em que insiste em ser tratado como deus é adorado.

E assim, Nabucodonosor absolutizar o relativo.” (LENNOX, John, Contra a Correnteza: A inspiração de Daniel para uma época de Relativismo. Rio de Janeiro: CPAD, 2077, p. 155.)

III. IDOLATRIAS E FORNALHAS DO TEMPO PRESENTE

1. O pecado da idolatria.

Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento a Palavra de Deus adverte enfaticamente sobre a idolatria (Dt 5.7; 1 Co 10.14; Gl 5.20; 1Pe 4.3). É um pecado grave que viola o primeiro mandamento (Êx 20.3).

É a adoração a um ídolo, uma imagem ou qualquer outra coisa que seja considerada um falso deus ou objeto de adoração no lugar do Deus verdadeiro. Por essa razão, os jovens hebreus se negaram a atender a ordem do rei.

A sua nação estava sendo castigada pelo Senhor por causa da idolatria, e eles não estavam dispostos a cometer o mesmo erro do povo, Eles não chegaram a considerar sequer a possibilidade de realizar uma adoração falsa em público enquanto mantinham a fé em Deus dentro de seus corações.

Sabiam eles que qualquer forma de compromisso com a idolatria já era uma negação de Deus, pois o verdadeiro testemunho é baseado na integridade, expresso pelos lábios e guardado no coração.

– O que é um ídolo? Ídolo é uma imagem, uma representação de algo ou um símbolo que seja objeto de devoção passional, quer material, quer imaginado. De modo geral, idolatria é a veneração, o amor, a adoração ou reverência a um ídolo.

É geralmente praticada para com um poder superior, real ou imaginário, quer se creia que tal poder tenha existência animada (como um humano, um animal ou uma organização), quer ele seja inanimado (como uma força ou um objeto sem vida da natureza).

A idolatria geralmente envolve alguma formalidade, cerimônia ou ritual. No Antigo Testamento, as palavras hebraicas utilizadas para se referir a ídolos não raro sublinhavam a sua origem e inerente inutilidade, ou então eram termos depreciativos.

Entre estes, há palavras traduzidas por “imagem esculpida ou entalhada” (literalmente: algo esculpido); “estátua, imagem ou ídolos fundidos” (literalmente: algo lançado ou despejado); “ídolo horrível”; “ídolo vão” (literalmente: futilidade); e “ídolo sórdido”.

No Novo Testamento, “ídolo” é a tradução usual da palavra grega eídolon e significa “imagem” ou “falso deus”. É bom que se diga que nem todas as imagens são ídolos. O mandamento para não fazer imagens não proibia a fabricação de toda e qualquer representação e estátua (Êx 20:4,5).

Isto é indicado pela ordem posterior, quando o próprio Deus mandou que os israelitas fizessem dois querubins de ouro para a arca do pacto e que bordassem representações dessas criaturas espirituais nos dez panos de tenda da cobertura interna do tabernáculo e na cortina que separava o Santo do Santíssimo (Êx 25:1,18; 26:1,31-33).

Apenas os sacerdotes oficiantes viam essas representações no interior do tabernáculo, as quais serviam primariamente como símbolo dos querubins celestes (Hebreus 9:24-25). É evidente que as representações de querubins no tabernáculo não se destinavam a ser veneradas, visto que os próprios anjos não aceitavam adoração (Apocalipse 19:10; 22:8,9).

Para Agnaldo Faissal, idolatria é tudo aquilo que “pode ser aplicada a toda forma de adoração, reverência, prestação de serviço sagrada a objetos, pessoas, instituições ou qualquer outra coisa que tome o lugar de Deus ou que diminua a honra que lhe devemos prestar”.142 Idolatria, no sentido deste estudo, é o desvio da verdadeira adoração a Deus. Fonte: https://pib7joinville.com.br/estudos/entendendo-e-vivendo/2228-o-pecado-da-idolatria.html

2. Tipos de idolatria.

Além da devoção religiosa a falsos deuses e imagens de escultura, a idolatria também pode se manifestar em várias outras condutas que excluem a primazia do Senhor da vida:

a) Autolatria. Forma de idolatria própria que conduz ao egoísmo, ao individualismo e ao narcisismo. Quando o ego e a autoimagem são colocados acima de tudo, as pessoas se tornam amantes de si mesmas (2 Tm 3.2)

b) Culto à personalidade. Valorização e veneração excessiva de outras pessoas, tais como figuras públicas, artistas, influencers e até mesmo religiosos. Paulo combateu esse tipo de prática que levava ao partidarismo na igreja de Corinto (2 Co 1.12,13).

c) Amor ao dinheiro e a riqueza. A busca desenfreada por riqueza e o foco no dinheiro como o principal objetivo da vida. Jesus disse que ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom (Mt 6.24).

d) Idolatria política. Esse pecado também se manifesta na supervalorização de ideias e formas de pensamento segundo a tradição dos homens (Cl 2.8).

Em nossos dias, novas formas de idolatria se escondem em ideologias políticas que prometem algum tipo de salvação ou redenção humana. Devemos ter a convicção de que nenhum homem, partido e nem mesmo o Estado é capaz de salvar. Só temos um Deus e Salvador!

– A idolatria é uma das poucas coisas das quais a Bíblia nos aconselha a fugir. Quando alguma coisa recebe a adoração que só Deus merece, isso é idolatria. Esse pecado é muito sério, porque nos afasta de Deus e nos abre para a influência de demônios, que são a verdadeira força por trás de deuses falsos. Por isso, vigie contra esses 3 tipos de idolatria:

1. Adoração a outros deuses: – Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão. Não terás outros deuses além de mim (Êx 20.2-3).

Desde os tempos mais remotos, o ser humano tem adorado deuses falsos, em vez do único Deus verdadeiro. De Baal a Iemanjá, todos esses deuses são mentiras do diabo para nos afastar da adoração ao Criador do universo.

Quando os israelitas estavam no Egito, eles eram escravos. A saída do Egito foi sua libertação. Esse versículo relaciona a idolatria com a escravidão. A adoração a outros deuses nos escraviza mas Jesus veio para nos libertar do pecado e da idolatria.

2. Adoração a outras criaturas: – Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis (Rm 1.22-23).

Muitas pessoas, ao verem as maravilhas que Deus criou, caiem no erro de adorar à criação, em vez de ao Criador.

Adoração à natureza, à terra, ao astros, a outras pessoas tudo isso é idolatria. Nem mesmo a pessoa mais bonita, inteligente e bondosa do mundo se compara com nosso Deus maravilhoso! A idolatria a seres criados por Deus é loucura.

A Bíblia diz que essa idolatria acontece quando as pessoas rejeitam a Deus e se tornam insensatos. Achar que a criação se pode tornar como o Criador é de doidos, mas muitas pessoas acreditam que é possível. Não podemos tomar o lugar de Deus.

3. Adoração ao dinheiro: – Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria (Cl 3.5). Sim, a ganância também é idolatria.

Quem só pensa em dinheiro está adorando o dinheiro. Esse tipo de idolatria é uma tentação natural do lado pecaminoso de nossa natureza, que precisa ser combatido ativamente. Nesse versículo, a ganância Vem ao lado de todo tipo de impurezas.

O amor ao dinheiro é tão perigoso quanto a imoralidade sexual. Assim como o adultério é uma traição ao cônjuge, a idolatria é uma traição da aliança com Deus.

– A solução para a idolatria: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças (Dt 6.5).

Só há uma forma de evitar todo tipo de idolatria: se dedicando completamente a Deus. Quando Deus está em primeiro lugar em sua vida, não há lugar para ídolos. O amor a Deus liberta da idolatria, pelo poder de Jesus. Ame a Deus com tudo que você é e você vencerá a idolatria!

3. As novas fornalhas.

Nabucodonosor não foi o único governante a exigir das pessoas lealdade absoluta. Esse tipo de regime totalitário aconteceu diversas vezes na história, transformando o Estado ou o líder político em objeto de reverência absoluta, por meio do culto a personalidade, E um sistema no qual o governo possui controle sobre todos os aspectos da vida dos cidadãos, e não há espaço para oposição política ou liberdades individuais. Em muitos casos, a religião é distorcida e usada como instrumento desse tipo de regime.

Em nossa cultura ocidental, os cristãos estão sendo empurrados para formas atualizadas de fornalhas ardentes.

Elas não queimam o corpo, mas tentam destruir a fé, a espiritualidade e as convicções daqueles que servem ao Deus das Escrituras. Pensamentos totalitários procuram jogar os cristãos para a morte na cultura, caso não adoremos os seus ídolos. As fornalhas são novas, mas a estratégia é antiga. Vale a pena seguir o exemplo dos jovens hebreus e batalhar pela fé.

– É interessante olhamos para as orações que fazemos a Deus! A oração mais comum entre nós é o pedido de proteção a Deus.

Mas para aqueles que andam em aliança com Jesus, esta é uma promessa garantida, especialmente em tempos incertos como o que vivemos. Jesus não disse que iria nos tirar da fornalha, mas Ele estaria conosco na fornalha.

As fornalhas continuam por ai, os adversários só se multiplicaram. Note que em resposta ao Rei eles disseram: “Ele nos livrará de sua mão”, (v. 17b), fé, confiança!

A resposta deles aumenta a fúria e a fúria do rei. Nosso Deus é capaz de nos libertar (v. 17ª). Nós escolhemos Deus, não vamos adorar a sua imagem.

Eles sabem que adorar qualquer outra coisa além do Deus verdadeiro é uma violação dos mandamentos de Deus, e preferem enfrentar a morte a renegar sua fé.

Certifique-se de que sua fé em Deus Hb 11: 34,35. Mantenha a sua posição como cristão e sirva a Deus. Prepara-se para uma reação negativa. Nossa tarefa é obedecer. Enfrente a raiva e a fúria.

CONCLUSÃO

Muitos anos se passaram desde o episódio em que os jovens hebreus enfrentaram a ameaça de serem lançados em um forno ardente por não adorarem a estátua do rei. Hoje, a igreja de Cristo se depara com pressões para ceder a ideologias prejudiciais.

É essencial encontrar a coragem de resistir a essas pressões idólatras evidentes e, ao mesmo tempo, discernimento para evitar a adoração de ídolos que sutilmente se ocultam em outras formas de expressão.

– Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego são uma prova viva, que podemos viver para a gloria de Deus neste mundo.

O livro de Daniel destaca o Deus que é soberano sobre tudo e sobre todos, essa experiência da fornalha ardente e extraordinária.

Como estamos carentes de crentes como Daniel e seus amigos. Eles passaram pelo vale da sombra da morte, passaram pela fama, sem perder a fé. Ser fiel a Deus não livrou aqueles jovens da fúria do rei nem de serem lançados na fornalha de fogo ardente.

A fornalha estava tão quente, que só as chamas foram suficientes para matar os homens responsáveis por leva-los. Nabucodonosor ficou irado, mandou aquecer a fornalha sete vezes mais. Imagino a mente de Nabucodonosor, colocando toda sua confiança na força daquele fogo.

O escritor de Hebreus, quando ele cita os heróis da fé, aquela galeria de grandes testemunhos, ele diz: “apagaram a força do fogo” (Hebreus 11.34) pode ser uma referência especial a Sadraque, Mesaque e Abede-nego, os três amigos de Daniel, eles foram parar na galeria dos heróis da fé. Através da fé desses três jovens, Deus foi honrado e louvado em um reino totalmente pagão.

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Pb Francisco Barbosa (@Pbassis)

Fonte: https://auxilioebd.blogspot.com/2024/08/ebd-jovenslicao-06-coragem-para.html#more

Vídeo: https://youtu.be/NDXPWALM-fY

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