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Jovens – Lição 6 – Natã: Falando o Que Deus Mandou Você Falar

INTRODUÇÃO

Segundo o dicionário StrongNathan”נתן” procedente do grego Íáèáí; Natã = “doador”

Vários são os personagens nas sagradas escrituras com o nome de Natã tais como:

1   Um Filho de Davi. Ver II Sam. 5:14; I Crô. 3:5; 14:4.

2 –  Um habitante de Zobá, na Síria. Era pai de Igal, um dos principais guerreiros de Davi (II Sam. 23:36). Parece que era irmão de Joel (ver I Crô. 11:38). Viveu em cerca de 984 A.C.

3 – Um descendente de Judà, filho de Atai, e pai de Zabade (I Crô. 2:36). Viveu em torno de 1400 A.C. 

4 – Um dos líderes dos judeus, que foi enviado por Esdras, de seu acampamento, às margens do rio Aava, aos judeus que tinham uma colônia em Casifia.

Seu propósito era obter ministros para a casa de Deus, pertencentes à ordem sacerdotal, a fim de ajudarem a restabelecer a adoração a Yahweh, em Israel, terminado 0 cativeiro babilônico (Esd. 8:16,17). Viveu em torno de 457 A.C.

5 – Um homem que foi forçado a separar-se de sua mulher estrangeira, terminado o cativeiro babilônico, quando Israel renovou seus votos diante do Senhor, reiniciando a observância das antigas leis e costumes. É possível que esse homem seja o mesmo que aquele descrito no número quatro, acima.

6 – Natã, o profeta

I – QUEM FOI NATÃ

1 – Natã um profeta escritor

Natã, foi o autor de uma crônica que ilustrava os atos pecaminosos de Davi (I Crô. 29:29); e, posteriormente, fez a mesma coisa no tocante a Salomão (II Crô. 9:29).

O profeta Natã é mencionado também como quem teve parte ativa no estabelecimento dos músicos profissionais na adoração do templo (ver II Crô. 29:25), o que foi um desenvolvimento importante no culto publico.

Quanto de suas atividades não foi historiado, é algo que ninguém sabe dizer, mas parece que relatos preparados por Natã constituíram uma das varias fontes informativas sobre os reinados de Davi e Salomão. As tradições assinalam seu sepulcro em Halhul, perto de Hebrom.

 2 – Um profeta ligado a monarquia

Ele viveu nos dias dos governos de Davi e Salomão em Israel. A primeira vez em que ele e mencionado na Bíblia, é em conexão com o conselho dado a Davi, quanto à construção do templo, em Jerusalém (ver II Sam. 7:2,3).

Mas, após uma conversa de Deus com Natã, teve anunciar a Davi que não haveria de concretizar pessoalmente o seu plano de ereção do templo, porquanto a tarefa seria realizada pelo seu sucessor, Salomão. Isso deve ter acontecido em cerca de 984 A.C.

Então encontramo-nos novamente com Natã, nas paginas sagradas, quando ele foi enviado pelo Senhor para repreender Davi, em face do duplo pecado deste de adultério e assassinato, no caso de Bate-Seba e seu marido, Urias. Ver II Sam. 12: 1-15. 

É muito provável que o Salmo 51 tenha sido composto por Davi, tendo em vista esses eventos, depois que ele se arrependeu.

O fato é que quando Salomão nasceu, Natã deu-lhe o nome de Jedidias. «por amor do Senhor» (II Sam. 12:24,25), o que era uma promessa de prosperidade para a linhagem real, que continuaria por meio de Salomão.

Quando Adonias, já na época da velhice de Davi, tentou usurpar-lhe o trono, Natã e Bate-Seba lembraram a Davi que este prometera coroar Salomão.

E Davi prontamente mandou proclamar Salomão como seu sucessor no trono de Israel (ver I Reis 1:10-45).

3 – Profetas servos de Deus

Através da inspiração divina o profeta recebia uma revelação que desvendava o oculto, anunciava juízos, emitia conselhos e advertências divinas.

Expressões como “veio a mim a palavra do Senhor” e “assim diz o Senhor” eram fórmulas usuais para o profeta começar a mensagem divina (Jr 1.4; Is 45.1).

Símbolos e visões também eram formas de Deus falar através dos profetas ao seu povo (Jr 31.28; Dn 7.1).

Num primeiro momento, o profeta exercia um importante papel de conselheiro no palácio real (Natã, cf. 2Sm 12.1; 1Rs 1.8,10,11).

Contudo, após a divisão do reino de Israel, o profeta passou a ser perseguido, pois sua profecia confrontava diretamente a prepotência da nobreza, a dissimulação dos sacerdotes e a injustiça social (Jr 1.18,19; 5.30,31; Is 58.1-12).

Seu ministério no Novo Testamento não consistia em predizer o futuro, adivinhar o presente ou ficar fora de si. Não!

De acordo com o Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, o profeta neotestamentário era dotado por Deus para receber e mediar diretamente a Palavra do Altíssimo.

Apesar de ele algumas vezes predizer o futuro, conforme instrui-nos a Bíblia de Estudo Pentecostal, seu ofício consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocação divina, com vistas à admoestação, exortação, ânimo, consolação e edificação da igreja (At 3.12-26; 1Co 14.3).

“Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus (Lc 1.14-17)”.

Por causa da mensagem de justiça que o profeta apresenta em tempos de apostasia e confusão espiritual, inclusive na igreja, não há outro jeito: ele fatalmente será rejeitado e perseguido por muitos.

II – CONFRONTANDO O REI DAVI 

1 – UM PECADO CONSUMADO 

Davi viu uma mulher e a achou formosa à vista. Olhar não era ruim, mas permanecer olhando e cobiçar a mulher já representou o pecado.

Davi nem sabia quem era a mulher, mas sabia que não era nenhuma das suas mulheres, mas a cobiçou, o que já se constituiu em adultério aos olhos do Senhor (Mt.5:28).

Não há como escaparmos do pecado, que jaz à porta, ou seja, está “de tocaia” (Gn.4:7), se deixarmos o lugar em que Deus nos pôs para trabalhar.

Quem sai de debaixo do esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente (Sl.91:1), não tem descanso e tropeçará na vida espiritual.

– Não bastasse estar fora do lugar onde deveria estar, pois era tempo de os reis saírem à guerra e Israel estava em guerra contra Amom, Davi ainda se deixou levar pelo olhar.

Devemos ter muito cuidado com nossos olhos, pois eles são a candeia do corpo (Mt.5:22,23).

Se a candeia do corpo não for luz, mas trevas, diz-nos o Senhor Jesus, quão tenebroso é o nosso estado.

Davi quis saber quem era aquela mulher e lhe disseram que era Bate-Seba, filha de Eliã, mulher de Urias, o heteu (II Sm.11:3), um dos valentes de Davi (II Sm.23:39; I Cr.11:41).

Davi, mesmo sabendo que se tratava da mulher de um de seus soldados, mandou trazê-la e entrou a ela, deitou-se com ela e manteve com ela um relacionamento amoroso a ponto de engravidá-la (II Sm.11:3-5).

Davi, então, mostrando que, além de ter cedido à “concupiscência dos olhos” e à “concupiscência da carne”, também havia sido atingido pela “soberba da vida”, não assumindo o pecado cometido, procurou armar um estratagema para que a criança concebida por Bate-Seba fosse considerada como filho de seu marido.

Urias estava na batalha contra Amom e, por isso, Davi mandou que fosse chamado para Jerusalém, pois, pensava que, assim fazendo, Urias se deitaria com Bate-Seba e o filho nela existente seria atribuído a seu marido (II Sm.11:6).

Urias foi enviado da guerra a Davi e depois de Davi tentar de todos os meios para que Urias fosse para sua casa e se deitasse com sua mulher e não ter conseguido êxito em sua estratagema, resolveu, então, matá-lo e, numa sordidez terrível, fez com que o próprio Urias fosse o portador da ordem de seu assassinato.

– Joabe, ao ler a carta, não pensou duas vezes em seguir as ordens do rei. 

Urias, então, foi assassinado, com a espada dos amonitas, visto que foi deixado só e abandonado na linha de frente da batalha, não tendo chance alguma para se defender.

Aos olhos dos homens, Urias havia morrido por causa de uma fatalidade, em lealdade a seu rei, numa manobra completamente equivocada e que foi até objeto de desaprovação por Davi, ao receber a notícia, até que soubesse que tudo havia sido feito para que Urias fosse morto ( II Sm.11:16-25).

2 – Falando por parábolas

Quando talvez Davi nem se lembrasse mais de todos os males que havia cometido, eis que aparece o profeta Natã e, numa audiência pública, conta ao rei a história de dois homens, um rico, com muitíssimas ovelhas e vacas e outro pobre, que não tinha coisa nenhuma senão uma pequena cordeira, que tinha crescido com ele e com seus filhos igualmente.

Vindo um viajante, o rico, ao hospedá-lo, mandou matar a ovelha do pobre, em vez de matar algumas de suas próprias ovelhas.

Davi, ao ouvir esta história, não deixou nem que o profeta a concluísse e, enfurecido, disse que o rico era digno de morte e que pela cordeira que tomara teria de restituir o quádruplo, porque havia feito tal coisa e não havia se compadecido do pobre (II Sm.12:1-6).

– Vemos, neste ponto, que Davi estava mesmo cauterizado com o pecado cometido. Nem sequer pensou no que havia feito com Urias.

Pelo contrário, num desequilíbrio impróprio a um homem prudente como era, nem deixou o profeta terminar a sua história e proferiu o julgamento com grande alarde, considerando o homem rico como autor de furto premeditado, impondo-lhe a pena correspondente a esta espécie de furto (Ex.22:1; Dt.24:7).

O profeta, então, numa atitude extremamente corajosa e que é própria de um homem de Deus, sem dar voltas e de forma direta, disse que aquele homem da história era o próprio rei Davi que, apesar de ter sido ungido rei sobre Israel e ter tido a oportunidade de ter tomado para si tantas mulheres e tanto poder, havia desprezado a palavra do Senhor, fazendo mal diante dos Seus olhos, ferindo à espada Urias, o heteu e tomado a sua mulher como mulher e matando Urias com a espada dos filhos de Amom (II Sm.12:7-9).

– Numa só tacada, o Senhor revelara todo “o negócio de Urias, o heteu”, algo que ninguém tinha conhecimento até então.

3 – Um rei que se arrependeu 

 Diante desta revelação e da sentença divina, que fez Davi? Como rei, poderia ter mandado matar ou encarcerar Natã, pois tinha poderes para tanto, como, aliás, fizeram posteriormente alguns reis de Israel e de Judá, como Acabe (I Rs.22:25-28), inclusive alguns que eram tementes a Deus, como, por exemplo, Asa (II Cr.16:10).

No entanto, Davi, ao receber a mensagem divina, caiu em si e se arrependeu de seu pecado. Publicamente, na mesma hora, reconheceu seu erro, dizendo: “Pequei contra o Senhor” (II Sm.12:13).

– Davi mostrou, uma vez mais, que era um homem segundo o coração de Deus.

Havia pecado de maneira altamente reprovável, nem parecia ser o homem que Deus havia escolhido para governar o Seu povo.

Mas, confrontado com o pecado, reconheceu seu erro e, inclusive, compôs o Salmo 51. 

III – FALANDO O QUE DEUS MANDOU 

1 – Um desejo lícito 

Quando Davi estava estabelecido em sua própria casa de cedros (2), ele se deu conta da incongruência entre a magnificência de sua casa e o fato de que a arca do Senhor ainda morava dentro de cortinas, as tapeça­rias e as peles curtidas de animais das quais o Tabernáculo era feito. 

Ao que parece, Davi via o seu palácio como um símbolo de seu governo agora estabelecido (5.11,12), e ele propõe que o governo de Deus devesse ser igualmente simbolizado com uma habitação permanente. 

2 – Falando por si mesmo 

Natã reconheceu o propósito divino que operava em Davi, pelo que, entusiasmado, encorajou-o a prosseguir com o projeto. Natã, portanto, deu um bom exemplo a ser seguido.

Devemos encorajar ativamente os outros não somente a ter boas qualidades na vida, mas também a ocupar-se em boas obras que se aplicam espiritualmente à vida diária.

Tal como no caso de Davi, há um destino e um propósito espiritual em tudo. Primeiramente, Natã deu um bom exemplo.

Ele era um homem espiritual que pensava e agia de modo espiritual. Ele era homem pacífico. Davi tornara-se igualmente pacífico, e agora estava preparado para dedicar-se a um novo projeto.

Ele tinha sido um super guerreiro. Agora seria um super construtor, embora Salomão viesse a ser o real construtor.

É evidente que Davi consultou Natã para obter sua opinião e instrução. Ele cria que o Espírito lhe daria orientação através do profeta.

Consultou um conse­lheiro positivo e obteve uma ideia positiva, embora não lhe fosse concedido con­cluir a construção real.

Talvez tenha sido nessa época que Davi compôs o Salmo 132, que fala sobre o juramento e o voto de encontrar um lugar para a construção.

3 – Falando em nome de Deus 

Naquela noite, porém, veio a palavra do Senhor (4) ao profeta em uma visão (17), para instruí-lo a reprimir o propósito de Davi. 

 A mensagem não veio pela consulta ao Urim e ao Tumim, mas por meio de uma visão (visual e audível), em um sonho vivido e divino.

A mensagem deveria ser introduzida com a fórmula profética: Assim diz o Senhor (5).

A pergunta: Edificar-me-ias casa para minha habitação? (5) é uma negativa retórica, e no paralelo em 1 Crônicas 17.4 lê-se: “Tu me não edificarás uma casa para morar”.

A arca, que simbolizava a presença do Senhor, não tinha um lugar fixo de morada, e Deus não havia ordenado que ele fosse construído (6-7). Qualquer das tribos de Israel (7) — a leitura de 1 Crônicas 17.6, “algum dos juízes de Israel”, se encaixa melhor neste contexto.

O Senhor lembrou a Davi de sua elevação da malhada (8), ou do aprisco das ove­lhas, para o trono; das vitórias que haviam sido alcançadas (9); de sua provisão de uma terra para o povo (10); e assegurou-lhe sobre a permanência de sua dinastia (11).

No entanto, um filho de Davi, então por nascer, é que edificaria uma casa ao nome do Senhor (13), e o trono do seu reino seria estabelecido para sempre. 

Embora não expressamente declarado aqui, os textos em 1 Reis 5.3 e 1 Crônicas 28.2,3 acrescentam o motivo pelo qual Davi não poderia construir o Templo; isto é, que ele havia sido um homem de guerra e havia derramado muito sangue.

Na mensagem de Deus para Natã, uma frase precisa ser destacada: “Você não irá construir a minha casa, mas eu construirei sua casa“.

Obviamente tal frase possui um elemento messiânico muito significativo, ou seja, a “casa de Davi” que Deus comunicou que construiria na mensagem era a dinastia que vai além do reinado de Salomão, ou seja, a linhagem pela qual o Messias viria ao mundo.

Conclusão

Como servos de Deus podemos dar nossas opiniões e pensar que em todas elas  temos o aval de Deus, mas há situações em que nem sempre a nossa vontade é a de Deus (Pv.16:1). 

O importante é que estejamos sempre com nossos ouvidos atendos para a Palavra de Deus e usarmos os dons que o Senhor tem nos dado com sabedoria.

Ev. Adauto Mattos


 Referências:

Comentário Bíblico BEACON Antigo e Novo Testamentos.

Comentário Champlin A.T.

Comentário Bíblia Genebra

https://escoladominical.assembleia.org.br/licao-7-o-ministerio-de-profeta/ – (Acesso em 04/11/2020 – 22:42)

https://adautomatos.com.br/home/?p=7308 – (Acesso em 04/11/2020 – 22:44)

https://estiloadoracao.com/quem-foi-o-profeta-natan-na-biblia/ – (Acesso em 04/11/2020 – 22:44)

Vídeo: https://youtu.be/5S1SCxzhWiU

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