Juvenis – 10- Posso ser uma testemunha
1 – Testemunha de uma nova maneira de viver
Uma mudança que só Jesus pode fazer
Você sabia que Deus tem o poder para tirar de sua vida tudo aquilo que o limita e preenchê-la com sentimentos e companhias positivas, que o fazem querer evoluir e ser uma pessoa melhor a cada dia? Ele pode transformar o nosso coração e apresentar um novo mundo, mas para isso precisamos crer e confiar nesta promessa.
Quando confiamos no Altíssimo, não precisamos temer mal algum, porque Ele sempre nos colocará exatamente onde precisamos estar para conquistar nossa felicidade.
Deus é o mestre das reviravoltas, Ele conhece todos os caminhos e é poderoso o bastante para transformar toda a tristeza em brados de vitória.
Mas para isso também precisamos estar dispostos a mudar as nossas atitudes e permitir que Ele esteja à frente de nossa vida.
Precisamos permitir o agir d’Ele e deixar partir alguns sentimentos e pessoas, ainda que isso doa, porque Deus sabe melhor do que nós o que realmente trará a verdadeira alegria.
E como fazer isso?
O primeiro caminho para transformação para aqueles que ainda não creem em um único salvador, é aceitar a Jesus Cristo.
A partir disso, toda uma mudança começará em sua vida. Mas se você já carrega essa certeza e ainda não consegue confiar em Deus de todo o seu coração é preciso uma transformação mental, é necessário libertar a sua mente dos pensamentos e das mentiras contadas pelo mundo.
O mundo fala que para ter sucesso você tem que estar acima dos outros, mas a palavra de Deus prega que devemos ser primeiro servos e humildes de coração, assim como nosso mestre Jesus.
Como está escrito em Marcos 10:45: “Pois, nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.
O mundo fala que você não pode confiar em ninguém, mas a palavra do Senhor fala para depositarmos nossa confiança nEle e não duvidar das pessoas a todo tempo.
Em Mateus 7:1-2, está escrito: “Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois, da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês”. A dúvida infundada é um tipo de julgamento.
Sendo assim, o primeiro passo para uma transformação na nossa vida é uma mudança em nossos pensamentos, o que transformará nossos sentimentos e por consequência o nosso comportamento.
Um lembrete…
O mesmo poder que levantou Jesus Cristo dentre os mortos há dois mil anos, está hoje à sua disposição para transformar a fraqueza de sua vida em força. O poder de Deus cancela o nosso passado, ajuda-nos a vencer os nossos problemas e transforma a nossa personalidade, moldando o nosso caráter.
Então hoje te convido a orar entregando a sua vida a Cristo e tudo que há nela, pedindo por quebrantamento de um coração orgulhoso, libertação de seus medos e por ânimo.
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Jesus ofereceu uma nova maneira de viver
Nenhum ser humano é capaz de, por seus esforços e méritos, agradar a Deus e ser salvo, perfeito e inculpável diante do Deus vivo e verdadeiro.
Nenhuma religião ou prática religiosa pode fazer qualquer pessoa viver uma vida que agrada ao Senhor. Todo ser humano já nasce morto em seus delitos e pecados.
A queda da raça humana aconteceu no Jardim do Éden quando Adão, cabeça da raça humana, desobedeceu a Deus, e assim todo ser humano está definitivamente sujeito à morte física, emocional e espiritual, portanto separado do Deus vivo e verdadeiro.
Todo ser humano nasce com uma natureza pecaminosa e isto o inclina a praticar pecados por pensamentos, palavras e atos, sendo também omisso para praticar o bem, o que não deixa de ser pecado (Cl 2.13; Ef 2). O ser humano é um pecador e por isso pratica o pecado.
Nada que façamos: práticas de culto, boas ações, esforços para merecer ser abençoado são aceitáveis ao Deus Santo, pois nada disso transforma a natureza pecaminosa.
A única maneira de ser transformado é pelo poder da Graça de Deus em Cristo. Jesus, o Homem perfeito, nunca pecou, ofereceu a si mesmo como cordeiro imaculado, inocente, foi crucificado por nossos pecados e ressuscitou para nossa salvação.
Assim, todo o preço do pecado foi pago na cruz e seu sacrifício foi aceito como algo definitivo, para que os pecadores se aproximem e sejam aceitos por Deus.
Todo aquele que foi escolhido por Deus antes da fundação do mundo é salvo pela Graça mediante a fé. É um presente de Deus, que é ao mesmo tempo o justo e o justificador. Ele é quem escolhe, chama, concede a fé e a salvação a todo aquele que crê.
Deus realiza uma obra no coração e na natureza humana pelo Espírito Santo, concedendo o novo nascimento quando a pessoa confessa sua fé em Cristo Jesus como o filho de Deus, que ressuscitou dos mortos, crê e decide render-se totalmente a Cristo como Senhor de sua vida.
Exponencial é que a pessoa recebe um novo coração, uma nova vida (Ef 2.1);
é uma nova criação (2 Co 5.17);
recebe o Selo, o batismo do Espírito Santo (Ef 1.13-14);
recebe a nova semente da vida eterna;
é reconciliado com Deus (Ef 2.12,13);
entra na vida abundante (Jo 10.10);
passa a ser do corpo de Cristo, a igreja verdadeira;
torna-se raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus (1 Pe 2.9), cujo propósito é, revestido do poder do Espírito Santo, proclamar as virtudes do Senhor Jesus em todas as nações a partir do lugar em que reside (At 1.8).
A nova vida em Cristo
Isto é: andar no Espírito, manifestar o caráter, a vida e os valores de Cristo em todos os nossos relacionamentos e fazer avançar os valores do Reino de Cristo em todos os ambientes da sociedade, como por exemplo: família, igreja, escolas, governo, mídia, arte, moda, entretenimento, esportes, economia, negócios, ciência e tecnologia. Essa passa a ser a razão de viver do verdadeiro cristão.
Como cidadão do Reino de Deus, expressará na terra de modo intencional a expressão genuína da nova vida recebida em Cristo e por Cristo, que é orientada pela Palavra de Deus.
Somos coparticipantes da natureza divina. Se Deus é, em sua natureza, amor (1 Jo 4.16) e a Bíblia diz que Ele comunicou conosco sua própria natureza (2 Pe 1.4), isso significa que o resultado da nova vida em Cristo é andar em amor.
Portanto, o amor é o fruto que temos se permanecermos nas palavras de Jesus (Jo 15.10). O amor deve ser a Deus em primeiro lugar, e ao próximo.
Nunca haverá falta de amor na igreja, pois o amor de Deus é derramado no coração do nascido de novo pelo Espírito Santo (Rm 5.5). Deus não apenas nos dá a nova vida, mas esta nova vida cresce e Deus nos ensina como manifestá-la diariamente.
A nova vida em Cristo, o andar no Espírito, viver cheio do Espírito será manifesto por meio do fruto do Espírito (Gl 5.22): amor, alegria, paz, longanimidade (paciência), benignidade (ser agradável), bondade (generosidade), fidelidade (digno de confiança), mansidão (brandura) e domínio próprio (ter controle de si mesmo).
Portanto, quem nasceu de novo e recebeu a nova natureza de Deus manifestará o fruto do Espírito e buscará uma vida de constante crescimento espiritual.
O verdadeiro discípulo de Cristo, o que genuinamente nasceu de novo, sempre frutificará. Nunca será um acomodado que tolerará pecados em sua vida, pelo contrário, manterá seu foco, atenção e esforços nas palavras que impulsionam a vida frutífera:
Graça e paz vos sejam multiplicadas.
pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor; Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.
E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, E à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, E à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados.
Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade” (2 Pe 1.2-12).
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Chamados para testemunhar
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Paulo uma testemunha de jesus
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Paulo então diante daqueles que ali estavam e que eram os grandes da sociedade fala em sua defesa e lhes expõe seu testemunho contando um pouco de sua vida antes de conhecer a Jesus e como perseguia, na ignorância a igreja do Senhor. Chegou, em seu zelo, à prática de tortura para obrigar os cristãos a blasfemarem de Jesus.
Mas de repente se encontra com Cristo, ou melhor, Cristo lhe aparece e lhe deixa cego porque vira um resplendor no Senhor maior do que a luz do sol tanto que o cegou completamente.
Assim é quando nos encontramos com Cristo, a verdade, ela brilha tão intensamente e mais fortemente que tudo o que víamos antes, são agora trevas.
De perseguidor feroz e zeloso dos cristãos, agora passa a ser pregador e defensor do evangelho. Festo não suportando sua fala que começa a invadir o seu mundo revelando Cristo, resisti-lhe e diz que ele está louco por causa das muitas letras. O rei Agripa chega a confessar que quase ia se convertendo.
Todos chegam a conclusão de que Paulo deveria ser solto porque nada viram nele que fosse digno de prisão, mas este tinha apelado para César porque era plano de Deus levá-lo à Roma.
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Chamados para servir
Trabalhar para Deus tem um sabor muito especial mas não é fácil, pois temos que renunciar muitas coisas. Todos os crentes são chamados para servir, pois fomos criados para servir!
“Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos”. Efésios 2:10
O próprio Jesus deixou-nos o maior exemplo de serviço voluntário. Ele disse dele mesmo: “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” Mateus 20:28.
Servo não é um título que se ganha, mas sim um estilo de vida de entrega total como Jesus ensinou. Temos que sentir em nosso coração uma urgência em relação ao mundo sobre a salvação que há em Cristo Jesus, para então levarmos as Boas Novas àqueles que ainda não O conhecem. Nossa oração deve ser: “Senhor, usa-nos para a Tua glória e para ajudar as pessoas que necessitam de nós”.
Esse desejo deve nos consumir todos os dias e deve ser o clamor do nosso coração!
Fomos criados para dar nossa contribuição em favor do mundo e não apenas para consumir os produtos existentes no mundo. Deus nos criou para fazermos a diferença!
O que importa não é quanto tempo vivemos mas sim como vivemos. Deus nos diz que fomos criados e salvos para servir e que recebemos dons e que fomos moldados para servir.
Deus chamou todos os cristãos para o serviço em Sua obra. No entanto, muitas vezes a nossa falta de conhecimento e limitação pessoal faz que nos sintamos impossibilitados de nos envolvermos na obra do Senhor.
Deus quer nos usar e precisamos estar disponíveis para que Ele nos use! Deus chama como voluntários para estarmos unidos na Missão de socorrer as pessoas em suas necessidades físicas e espirituais.
Devemos servir por amor. Quando sentimos o amor de Deus em relação a nós, a nossa resposta natural é: “Senhor, queremos Te serviremos”.
Esta resposta acontece quando uma pessoa recebe amor incondicional, e o seu desejo é retribuir para quem lhe mostrou este amor.
Existe uma frase que expressa esta atitude da seguinte maneira: “É possível oferecer sem amar, mas é impossível amar sem oferecer”. Por isso Deus Disse em II Coríntios 5:14: “O amor de Cristo nos constrange. Uma pessoa que ama Jesus, revela amor às pessoas.
Devemos servir por missão.
Temos uma grande responsabilidade em nossas mãos. Deus nos chama para sermos restauradores de brechas. Ver Isaías 58:6-12.
Este é o nosso principal desafio! Em II Crônicas 29:11 “Agora, filhos meus, não sejais negligentes; pois o Senhor vos tem escolhido para estardes diante dele para o servirdes, e para serdes seus ministros..”. Portanto, o nosso compromisso e responsabilidade deve ser alcançar aqueles que não conhecem a Jesus.
“Faça todo o bem que puder, com todos os meios que tiver, de todas as maneiras que puder, em todos os lugares onde estiver, para todas as pessoas que precisar, enquanto puder”.
O cristão verdadeiro não é apenas aquele que tem a verdade, mas é aquele que a ama e proclama com a vida e com os lábios.
Portanto, de uma forma ou de outra, todos devem se envolver com a pregação do evangelho de Jesus Cristo de forma direta e indireta com a pregação, distribuição de materiais, livros, dvds, sites de evangelismo, estudos bíblicos, levantamento de interessados, produção de conteúdo cristão.
Mas todos podem ser cristão no lar, no trabalho, na sociedade desenvolvendo os frutos do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Gálatas 5:22.
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O testemunho de Jesus
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Um testemunho verdadeiro
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Testemunho é a declaração ou depoimento de alguém comprovando totalmente alguma coisa. A testemunha cristã dá sinais ou evidências da sua experiência pessoal, vivenciada pela fé em Cristo. De modo geral, testemunho cristão é o relato da vida ou da conversão da pessoa que confessa crer em Jesus Cristo.
A fé e arrependimento de pecados (maus hábitos, falhas de caráter, vícios, etc.), livramentos, curas de dores físicas e emocionais, resposta a pedidos de oração são algumas das mudanças que o Senhor faz ao longo da vida com Ele.
A conversão para Deus estabelece uma novidade de vida tal que não deve passar desapercebida. Precisa ser comunicada.
Como testemunhar a fé
Testemunhe falando daquilo que Jesus Cristo fez em sua vida e como o Seu amor lhe afetou. O testemunho é importante porque o mundo precisa conhecer a verdade, quem é Jesus e o que Ele fez…
Testemunhe:
- Com verdade – Diga somente a realidade. Tenha cuidado para não dar testemunho falso. (Provérbios 19:9)
- No poder e orientação do Espírito Santo – Busque a sabedoria de Deus para testemunhar por onde você for (Atos dos Apóstolos 1:8).
- Sem cessar – O cristão está sempre cercado de sinais da bondade e favor de Deus. Aproveite as oportunidades e conte as Suas bençãos sempre. (Isaías 62:6 e Atos dos Apóstolos 4:20)
- No lar – É importante que a sua família possa ver e ouvir o testemunho da obra de Cristo na sua vida. (Marcos 5:19)
- Nas reuniões entre irmãos – Os testemunhos são fundamentais para edificação e fortalecimento do corpo de Cristo. (Efésios 5:19)
- Sem medo ou vergonha – Não sejamos covardes! Deus nos deu espírito de poder, amor e equilíbrio para testemunhar.(2 Timóteo 1:8)
- Sempre preparado – Embora seja algo natural, todo cristão deve se preparar para testemunhar a razão da sua esperança em Cristo (1 Pedro 3:15).
Através da nossa experiência pessoal e testemunho podemos incentivar outras pessoas a conhecer a Deus melhor, seguindo-O pessoalmente.
Por onde começar o testemunho
Comece dizendo como você era antes de ter compreendido a graça e o amor de Deus por sua vida. Comente como Ele lhe transformou em alguém melhor. Tente se lembrar como foram os primeiros passos da sua jornada com Cristo.
De maneira simples, reflita, anote e:
- Fale como foi a sua experiência ao conhecer Deus mais pessoalmente;
- Relate o que o Senhor tem feito em sua vida;
- Mencione como a presença d’Ele tem tornado você uma pessoa diferente;
- Conte as bênçãos recebidas e os desafios enfrentados na caminhada com Jesus.
Será que o meu testemunho é importante?
Os testemunhos de fé são diferentes, mas todos são edificantes. Não importa se houve um grande milagre, cura ou nada exteriormente aparente, na sua experiência. O maior milagre que Jesus Cristo operou em nós foi a Salvação.
Certamente, você pode contar como a sua forma de ver o mundo mudou; diga como compreendeu o plano de Deus para resgatar você; como tem aprendido a compreender a Sua Palavra; como Ele deu significado a sua vida; como encheu seu coração de alegria, etc.
Naturalmente, são histórias que diferem de pessoa para pessoa, mas é muito provável que isso tenha lhe impactado de forma inesquecível. O verdadeiro encontro com Deus é marcado por uma transformação interior que supera as demais mudanças que Cristo opera exteriormente.
Mesmo para os que nasceram em lares cristãos, certamente, houve um momento de encontro, de conscientização da sua condição em que se entregaram a Jesus. Fale sobre as mudanças que isso fez em seu caráter e coração.
Partilhe o antes e principalmente o depois de Cristo
Mencione o passado apenas como forma de diferenciar o que Deus fez de novo em você. Há muitas pessoas que dão muita ênfase àquilo que eram ou ao que faziam antes da sua conversão. Esse realce pode dar a entender que aquele tempo foi mais significativo ou importante. Lembre-se que o passado sem Jesus foi apenas um percurso, que serviu para lhe conduzir até Deus. A nova vida que Ele trouxe até você, essa sim, merece ser destacada.
Está escrito: “Cri, por isso falei”. Com esse mesmo espírito de fé nós também cremos e, por isso, falamos…
– 2 Coríntios 4:13
As primeiras testemunhas da fé
Desde o Antigo Testamento muitos testemunharam acerca da sua fé em Deus e das mensagens que recebiam da parte d’Ele. Os primeiros profetas, alguns mensageiros e até alguns reis deram testemunho da sua confiança, da Lei e dos feitos de Deus. Vejamos alguns exemplos mais antigos (Hebreus 11:2):
- Abel – Por meio da oferta dedicada ao Senhor, Abel deu bom testemunho do seu amor, dedicação e reverência a Deus (Hebreus 11:4 e Gênesis 4:3-7).
- Moisés – Deu testemunho ao faraó e ao povo de Israel acerca de Deus e da Sua Lei (Deuteronômio 29). Também profetizou acerca de Jesus Cristo (Atos dos Apóstolos 7:37).
- Josué e Calebe – Esses dois exploradores deram bom testemunho da terra que foram expiar (Números 14:6-9). Depois de possuírem a terra prometida, Josué também testemunhou que ele e a sua casa serviriam ao Senhor (Josué 24:14-15).
- Davi – Durante o cerco dos filisteus, quando Golias afrontava o exército de Israel, Davi se dispôs a enfrentá-lo. Embora fosse bastante jovem, deu testemunho de como Deus o tinha livrado de um leão e de um urso, e que confiava que o Senhor o ajudaria contra o gigante também.
- Ana – Depois de orar com amargura de alma pedindo por um filho, Ana pôde testemunhar o que Deus lhe fez (1 Samuel 1:26-28 e 1 Samuel 2:1-10).
- A menina escrava, serva de Naamã – A milagrosa história de cura do general sírio Naamã só aconteceu porque uma menina deu testemunho do Deus de Israel (2 Reis 5:2-3); depois o próprio general também deu testemunho (2 Reis 5:15-18).
- Nabucodonosor – Rei da Babilônia testemunhou sua experiência com Deus (Daniel 4:1-3). Reconheceu que Deus é justo e corrige aos arrogantes (Daniel 4:34-37)
- Esdras e Neemias – Esdras era um sacerdote e Neemias era um copeiro do rei persa e tornou-se um governador, uma autoridade enviada para reconstruir os muros de Jerusalém. Este era um homem de oração, patriota, cheio de coragem e perseverança. Após o exílio, o bom testemunho desses homens, deu início a uma reforma estrutural e espiritual no meio do povo de Deus (Neemias 8:8-10).
Os discípulos cristãos como testemunhas
E vocês também testemunharão, pois estão comigo desde o princípio.
– João 15:27
Ao longo de todo o Novo Testamento vemos inúmeros relatos e testemunhos de pessoas que tiveram as suas vidas marcadas por encontrarem-se com Jesus Cristo.
Alguns desses testemunhos foram registrados nos Evangelhos e outros livros do NT, mas sabemos que esses registros são apenas uma pequena parcela de tudo aquilo que Jesus fez (João 20:30-31).
Os discípulos de Jesus foram os primeiros a testemunhar as Boas Novas que Ele pregou. Muitos deles deram as suas vidas por causa do testemunho de Cristo.
Durante o ministério, eles foram preparados e enviados para anunciar a mensagem da salvação do Senhor.
Jesus também tinha alertado que seriam perseguidos, testemunhariam diante de autoridades e governantes. Mas o mais importante é que Ele está conosco sempre (Mateus 28:20) e também nos dá as palavras certas para falar:
Será para vocês uma oportunidade de dar testemunho. Mas convençam-se de uma vez de que não devem preocupar-se com o que dirão para se defender.
Pois eu lhes darei palavras e sabedoria a que nenhum dos seus adversários será capaz de resistir ou contradizer. – Lucas 21:13-15
Seja um testemunho vivo!
Testemunhe a sua fé e não se cale (Atos dos Apóstolos 18:9-10)! Mesmo que o mundo, as pessoas descrentes e ideologias humanas tentem negar a existência de Deus é impossível negar que Ele vive na vida de Seus filhos!
São milhares e milhares de testemunhos e histórias de transformação ao redor do mundo todo. Cristo salva, liberta e opera milagres por toda a parte, sem fazer acepção de pessoas, nacionalidades, cor ou condição social.
- Viva o Evangelho – Seja um cristão na prática (Tiago 1:22-25)
- Ore e não se reprima – Não se contenha diante de tudo que tem ouvido e visto (Atos dos Apóstolos 5:32)
- Deus lhe escolheu – você já é uma testemunha do que tem aprendido com Ele (Atos dos Apóstolos 22:14-15)
- Não se envergonhe da sua fé! (Romanos 1:16) Revista-se com a Palavra de Deus.
Não deixe de falar o que aprendeu na Bíblia sagrada (Josué 1:8), nem o que Ele fez por você. Ninguém melhor que você mesmo para dizer como Deus tem agido em sua vida. Expresse e pratique o amor que Jesus Cristo ensinou.
O mundo precisa conhecer a Verdade (João 14:6). E você pode ser usado como um instrumento de Deus. Seja uma ponte para aproximar pessoas da fé verdadeira em Cristo. Todos que convivem contigo devem saber o quanto Ele tem lhe feito bem.
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Politicamente correto, tô fora!
Frente uma situação sociocultural, eclesial e societária onde vive-se a falta de liberdade criativa e de uma ação ousada, alternativa e esperançosa, Paulo parece apontar caminho, à luz do Evangelho da liberdade, para uma experiência nova e prometedora. O que importa é assumir com responsabilidade a Vida e superar toda “escravidão”, vale dizer, o que vale é viver em liberdade na experiência do amor diante do império da impotência e da morte.
A experiência da fé tem que levar ao agir ético que revele uma vida livre e construtora de uma nova realidade de vida, relacionamento e compromisso no atual contexto
Um grande e importante desafio para a reflexão teológica é conseguir chegar a uma compreensão mais autêntica possível de quem foi Paulo no e para o início do cristianismo – sobretudo na sua perspectiva teológica, na sua estratégia missionária, na sua postura de homem livre frente ao instituído, no seu crer utópico e no pensamento alternativo para o agir humano.
Por isso, tudo se torna ainda mais interessante quando se tem como proposta encontrar nos escritos paulinos critérios ético-teológicos para um repensar da teologia moral ou para um reorientar do comportamento humano e da comunidade eclesial em vista de uma ação mais humana, alternativa e libertadora, sobretudo frente a um contexto fundamentalista, conservador e acomodado.
Nesse sentido, a presente reflexão vasculhará o cerne da teologia paulina no intuito de trazer luz e novidade para o agir.
Em algumas interpretações dos escritos paulinos ou em algumas passagens citadas como de Paulo, pode-se encontrar uma visão que parece distante daquela presente nas cartas aos Gálatas e aos Romanos.
Autores estudiosos dos escritos paulinos chegam a falar de “obliterações pseud. paulinas, pós-paulinas e anti paulinas”.
Torna-se um imperativo procurar chegar ao Paulo que não é rigorista, fundamentalista, contraditório, intolerante, por exemplo, com as mulheres e os escravos, mas que apresenta uma proposta nova e radical para a experiência existencial dos seres humanos: “já não és escravo, mas filho” (Gl 4,7), e tens um sonho de mundo novo (Rm 8,18-28).
A liberdade, que relativiza as normas e exige que a pessoa humana assuma com responsabilidade a vida, dá uma perspectiva nova e ousada de como viver uma verdadeira não escravidão (= libertação).
Escravidão construída pela dependência do poder do rei ou do império, do poder das leis, do templo, dos escribas, dos sacerdotes, situação que nega o transformar todos em “armas de justiça a serviço de Deus” (Rm 6,13).
Enfim, Paulo como sujeito com “consciência coletiva” sonha com uma comunidade e um mundo sem diferenças discriminadoras (Gl 3,38) e sem maldade (Gl 1,4) – é importante “sublinhar que sua visão do mundo, fruto do seu ambiente opressivo e nada fácil para os pobres… se caracteriza por uma utopia: Paulo anseia por uma sociedade de iguais, onde reine a solidariedade.
Se teve problemas com a sua sociedade, foi exatamente porque o seu evangelho exigia um modo de vida que não estava de acordo com o padrão de vida da sociedade greco-romana, em que a igualdade era quase inconcebível.
” Quero acreditar, e por isso mostrar, que Paulo não está em contradição com sua “proposta teológica sobre a justiça de Deus e a justificação pela fé”, justificação como libertação da Lei que discrimina e exclui.
A luta mais importante de Paulo pode-se dizer que foi contra a “Lei” que encarnava a visão judia da moral.
O apóstolo percebe que o seu povo não vivia na liberdade e toda a submissão proclamada à lei de Deus não o tornava liberto; vale dizer, a lei não superava a escravidão, mas tornava o povo escravo. Não existe nenhum preceito obrigatório.
O risco é cair na inautenticidade, pelo fato de que uma vida a partir da legislação pode levar à “uniformidade da ação”.
Nessa ótica Paulo vai usar o termo “lei” em cima de duas conotações que ele designa de “revelatória” e “legalista”, e ao mesmo tempo procurava compreender como a comunidade vivia em referência a essas duas atitudes.
A respeito dessas atitudes pode-se dizer: uma “é o reconhecimento da lei como a revelação da vontade e intenção de Deus; e a outra é a tentativa de usar da lei para estabelecer a própria justiça.
O cristão, argumenta, deve-se submeter às exigências da lei enquanto revelação da vontade de Deus, rejeitando ao mesmo tempo toda tentação de colocá-la a serviço de sua própria ambição egoísta. Essa distinção é sem sentido em termos práticos.
Quando visualizados como excertos da divina vontade, as diretivas morais só se podem entender como obrigatórias absolutamente, o que torna inevitável uma atitude legalística.
Não há escolha alguma senão submeter-se, e a atenção inteira do crente focalizará na satisfação de obrigações específicas.
É precisamente quando a lei é entendida como revelatória que temos a situação que Paulo condena tão radicalmente em Rm 2,17-20…” .
O que se espera é que a autenticidade da vida brote por um agir desde as exigências específicas da vontade de Deus (Cl 1,9; 4, 12), o que é possível numa vida transformada (Rm 12,2).
Enfim, os escritos paulinos jamais falam de obediência a um preceito ou lei – a obediência é sinônimo de fé (Rm 6,16; 10, 17; 16, 26), a saber, testemunho de uma vida que Cristo demonstrou (Rm 5,19).
Há que compreender que as normas célticas ou rituais não preocupavam Paulo, desde que não fossem vistas como obrigações para se conseguir a salvação, ou seja, o ruim é atribuir às leis e normas um caráter meritório, salvifico ou de obrigatoriedade em nome da salvação, da liberdade.
A preocupação não devia ser com o preceito de se comer ou não determinada alimentação, mas sim de ser fraterno e solidário com o outro.
A recusa da aquiescência míope a uma diretiva autoritária sempre se apresentou como um princípio do qual não abriu mão.
“Dada a posição central que Cristo tem na teologia de Paulo, pode-se admitir que se alguma diretiva portasse autoridade obrigatória, seria uma ordem do Senhor. Isso ilumina a importância da forma em que Paulo reagiu às duas ordens do Senhor que cita.
A primeira diz respeito à atitude dos pregadores.
‘O Senhor ordenou que os que proclamam o evangelho ganhem a vida pelo evangelho’ (1Cor 9,14). Em outros termos, os ministros do evangelho deviam dedicar sua atenção toda à sua tarefa e não deviam desperdiçar tempo ganhando a vida; Paulo recusou-se a reconhecer essa ordem como ‘obrigação’ e a reclassificou como um ‘direito’ (1Cor 9,12.18), do qual se gloriou de não usar (1Cor 9,15). (…) .
A segunda diretiva referia-se ao divórcio. Este era proibido em forma de preceito negativo que não permitia nenhuma exceção (1Cor 7,10-11), mas Paulo, visualizando um caso que justificava fazer exceção, permitiu o divórcio (1Cor 7,15).”
Nesses casos o apóstolo se confronta com os preceitos do Senhor, nem por isso os tratou como tendo força vinculante, mas os analisou à luz do discernimento crítico.
As diretivas de Paulo são essencialmente educativas. Querem orientar os que mudaram de uma experiência egocêntrica de existência no mundo a uma experiência de ser “em Cristo”.
Sendo que as diretivas não podiam ser tomadas muito a sério pelo fato de poderem se transformar em preceitos vinculantes, o que levaria à inautenticidade. Daí insistir na carta aos Gálatas em uma vida na liberdade, porque de outra forma os seus trabalhos em favor deles serão em vão (Gl 4,11).
A teologia paulina quer mostrar também a conexão entre lei e morte. A “lei não salva do pecado, mas ao contrário a lei dá vida ao pecado: ‘a força do pecado é a lei’ (1 Cor 15,56).
`A lei devemos essa fecundidade de morte que se ativa em nosso corpo (cf. Rm 7,5). ‘… da lei só nos vem o conhecimento do pecado'(Rm 3,20).
A lei dá o conhecimento do pecado, mas não nos salva do pecado, pois ‘a lei traz consigo a ira’ (4,15). Com a lei, o pecado se multiplica (cf. Rm 5,20).
Há uma conexão essencial entre lei-pecado-carne-morte. A lei dá força ao pecado, o pecado dá vida à carne, a qual é tendência do homem para a morte. Temos aqui uma ética da morte, radicalmente antagônica à vida segundo o Espírito.”
Ocorre também uma compreensão errada quando se diz que Paulo discorda de qualquer preceito moral.
Não se quer excluir do povo de Deus todos os preceitos, todas as normas jurídicas, todas as leis. Paulo justifica a presença de normas, quando, por exemplo, diz: “Nós, que somos mais fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos e não buscar a nossa própria satisfação. Cada um de nós procure agradar ao próximo, em favor do bem para a construção” (Rm 15,1-2).
Os fracos precisam de normas, estruturas e leis, como os judeu-cristãos que não conseguem emancipar-se das tradições relativas às carnes vendidas pelos pagãos.
Por isso se afirma: “… se por causa do que comes, o teu irmão se entristece, já não procedes conforme o amor” (Rm 14,15); “Visemos, pois, àquilo que promove a paz e a edificação mútua.
Não destruas por amor a uma comida a obra de Deus. Todas as coisas são puras; mas é coisa má para aquele que, ao comer, causa escândalo pelo que come” (Rm 14,19-20).
E mais. O que se quer é modificar a perspectiva de quaisquer sistemas de normas – as normas devem proceder da vontade de ser caridoso. Não se pode confundir o conteúdo das ações morais com o caráter de imposição moral. Há atitudes e práticas de acordo ou não com o ser livre (cf., por exemplo, 1Cor 6).
A libertação do moralismo, ou de uma sujeição escravizadora à norma ou lei (=legalismo), dá-se pela experiência da bondade, ou seja, da “lei espiritual” (= lei cristã do amor). Em outras palavras: “O princípio é o seguinte:
‘Tudo é permitido; mas nem tudo é proveitoso. Tudo é permitido, mas nem tudo constrói. Ninguém busque o seu próprio interesse, mas o de outrem’ (1Cor 10,23-24).
O princípio é: no problema das carnes como no resto, não se trata de vincular a liberdade estabelecendo leis ou obrigações. Não se trata de restabelecer a lei depois de suprimi-la.
Conclusão
Mas o amor exige que a pessoa não busque o seu próprio interesse, mas leve em conta o interesse de outros. Trata-se, não de ceder a uma lei, mas de ceder a outra pessoa por amor à pessoa, não por amor a uma lei.
Pois antes de mais nada é preciso buscar o entendimento com o outro, não afastá-lo da comunidade. Antes de mais nada é preciso construir. A construção da comunidade exige que a pessoa faça abandono da sua inspiração, da sua preferência.
Não para ceder a uma lei superior ao homem, mas unicamente para ceder ao próximo no sentido de formar com ele a comunidade, de evitar a ruptura da comunidade…
Desse modo, a unidade da comunidade não resulta da submissão de todos a regras consideradas como sendo superiores à comunidade, mas do amor ao próximo que busca o acordo.
O valor da norma de conduta adotada não provém do pretendido valor duma regra em si, mas unicamente da vontade de sacrificar o interesse próprio por amor ao próximo e a vontade de manter a comunidade com ele.”
O fundamental é construir uma vida alicerçada no amor, e não num sistema (de preceitos, leis, normas, estruturas, costumes). Paulo exorta à busca do fundamental para que as relações pessoais e comunitárias possam gerar a vida: o amor (Rm 13,8ª). Toda lei fica aquém da experiência do amor.
Nessa ótica “dizia S. Irineu: A lei não é necessária para nós como pedagogo; eis que conversamos com o Pai e diante dele estamos frente a frente, crianças quanto à malícia e adultos quanto à justiça e modéstia’ (cf. 1Cor 14,20).
A Lei, com efeito, já não tem mais que dizer ‘Não serás adúltero’, a quem jamais teve desejo algum da mulher de outrem;
nem ‘Não matarás’, a quem eliminou em si próprio toda ira e inimizade;
nem ‘Não desejarás o campo do teu próximo ou o seu boi ou seu asno’, a quem está totalmente despreocupado das coisas desta terra e amontoa frutos para o céu;
nem ‘Olho por olho e dente por dente’, a quem não considera a ninguém como inimigo seu, e, por essa razão, nem pode levantar a mão para vingar-se;
os dízimos, a Lei não os exigirá de quem dedicou a Deus todos os seus bens, abandonou pai e mãe e família e seguiu o Verbo de Deus;
nem haverá ordem de ficar sem fazer nada durante o dia de repouso para quem observa o sábado todos os dias, isto é, dá a Deus um culto no templo de Deus que é o corpo do homem e pratica a justiça em todos os tempos’ (Irénée de Lyon, Démonstration de la prédication apostolique, Paris 1959, n. 96)”
Para o apóstolo o que vale é a vivência do amor, ou seja, a capacidade de as pessoas se acolherem mutuamente, saberem se unir no importante e se respeitarem na diversidade.
O amor não pratica o mal contra o próximo (Rm 14,10ª), por isso a necessidade de superar o conflito entre, por exemplo, fortes e fracos nas comunidades (cf. Rm 14, 15-23).
Fonte: https://descomplicandoateologiaebd.com/subsidio-teologico-juvenis-10-segundo-trimestre-posso-ser-uma-testemunha/
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