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Juvenis – 3- Ele venceu a morte

1 – A RESSURREIÇÃO NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTOS

1.1 – Havia ressurreição no Antigo Testamento?

Os Evangelhos, os Atos, as Epístolas e o Apocalipse todos proclamam a bendita esperança do retorno de nosso Senhor para trazer os mortos de volta à vida e, ao fazê-lo, derrotar o último inimigo — a Morte (1 Co 15.26).

Pode parecer que a esperança da ressurreição é exclusiva do Novo Testamento. Mas se pinçarmos esta esperança e começarmos a desemaranhá-la, descobriremos que ela tem raízes profundas que vêm do Antigo Testamento. Deus proveu a esperança da ressurreição a seu povo desde o princípio.

Nem todos aceitam que há esperança da ressurreição no Antigo Testamento. Os saduceus a negavam por não crerem que fosse ensinada no Pentateuco.

Mas Jesus os desafiou: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus… E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: (Mt 22.29, 31).

Necessitamos ler a Bíblia tal como Jesus fazia. Ao olhar para as páginas do Antigo Testamento via um Deus da vida, cujo poder prevalece sobre o túmulo.

A Ressurreição Corporal

O texto mais claro do Antigo Testamento sobre uma futura ressurreição corpórea está em Daniel 12.2: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno.” Tanto Jesus como Paulo confirmam este ensino no Novo Testamento (Jo 5.29; At 24.15).

No entanto, Daniel não é o único profeta a falar desta esperança. Isaías também profetizou sobre a ressurreição física:

Os vossos mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho de vida, e a terra dará à luz os seus mortos. (Is 26.19).

Os mortos são os que dormem no pó e a ressurreição os acordará. Mudando metáforas, Isaías retrata a terra como dando à luz. O túmulo é um útero e, um dia, os mortos surgirão numa vida corpórea renovada.

A futura vida corpórea não é apenas uma verdade a ser falada, mas também uma esperança a ser cantada.

O salmista observa que, enquanto os sábios e estultos ambos perecem (Sl 49.10), Deus “remirá a minha alma do poder da morte [Sheol], pois ele me tomará para si.” (Sl 49.15).

Resgatar a alma do Sheol significa receber a pessoa toda de volta da morte (ver Sl 16.10; At 2.24-29). Além disso, para o autor do Salmo 71, a ressurreição é um conforto.

Refletindo sobre calamidades passadas e libertação futura, ele declara:

“Tu, que me tens feito ver muitas angústias e males, me restaurarás ainda a vida e de novo me tirarás dos abismos da terra.” (Sl 71.20). Deus nos restaurará nos retirando dos abismos.

Estas declarações sobre a esperança da ressurreição são como flores que crescem de sementes semeadas num jardim.

De fato, a esperança da ressurreição faz sentido quando consideramos a vida para a qual fomos criados.

Em Gênesis 2, não lemos sobre Adão e Eva desencarnados que eventualmente receberam corpos do Senhor.

Não, Deus fez o homem da terra e depois a mulher do homem (Gn 2.7, 21-22). Pessoas corpóreas — este era o padrão que foi interrompido pela morte.

Após Adão e Eva se rebelarem, Deus os expulsou do jardim, para que Adāo “não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente.” (Gn 3.22).

Aquela árvore oferecia uma vida que Adão ainda não possuia. Portanto, barrado daquela árvore, Adão morreu.

Mas o último Adão veio para nos levar de volta àquela árvore no meio do jardim. Ele morreu num madeiro (Gl 3.13) e ao terceiro dia comeu do fruto da vida. E quando ele retornar, os mortos serão ressuscitados e nós também comeremos do fruto e viveremos para sempre.

1.2. Exemplos de ressurreição no Novo Testamento

Mas apesar das várias referências bíblicas sobre a ressurreição no Antigo Testamento, é no Novo Testamento que essa doutrina é desenvolvida de forma mais elaborada.

O próprio Senhor Jesus Cristo não deixou dúvida quanto à realidade da ressurreição dos mortos (João 5:25-29; cf. João 6:39-54).

No Novo Testamento, o apóstolo Paulo foi quem mais escreveu sobre a doutrina da ressurreição. Sua exposição mais lembrada sobre o assunto é aquela registrada em 1 Coríntios 15, onde ele ensina que os mortos ressuscitarão incorruptíveis (1 Coríntios 15:51,52; cf. 1 Tessalonicenses 4:13-16).

Inclusive, o mesmo apóstolo expressou de forma inconfundível sua crença na ressurreição dos mortos quando esteve diante do Sinédrio (Atos 23:6).

Por fim, no livro do Apocalipse o apóstolo João também apresenta um relato bem detalhado sobre os acontecimentos que envolvem a ressurreição dos mortos (Apocalipse 20:4-13).

2.2. Jesus ressuscitou com seu corpo físico

Numerosas teorias foram fornecidas para explicar Sua ressurreição ao longo dos anos:

a. A teoria do túmulo errado: Discípulos descobriram o túmulo errado vazio.

b. O corpo roubado: Os discípulos roubaram Seu corpo.

c. A teoria do desmaio: ele realmente não morreu, mas estava em coma, depois acordou.

d. A teoria da alucinação: Seus discípulos realmente não O viram vivo.

Nada disso explica por que o túmulo estava vazio (pois mesmo que os discípulos tivessem ido ao túmulo errado, José de Arimatéia sabia onde estava – Mateus 27:60: Era Dele!).

Nossos corpos, depois da ressurreição, serão semelhantes ao de Cristo, podemos ter a plena certeza de que a ressurreição dos mortos realmente será corporal.

Quando Jesus Cristo apareceu aos seus discípulos depois de ressuscitar, eles até ficaram perturbados pensando que estavam contemplando um espírito.

Mas Jesus os tranquilizou mostrando que seu corpo era real e podia ser tocado (Lucas 24:38,39).

Isso indica que num certo sentido haverá uma continuidade entre nossos corpos atuais e nossos corpos ressurretos.

Ainda seremos humanos e poderemos ser reconhecidos por quem somos.

Mas em outro sentido haverá também uma ruptura completa entre nossos corpos atuais e nossos corpos ressurretos.

Isso porque o corpo corruptível, humilhado, fraco e mortal, ressuscitará incorruptível, glorioso, vigoroso e imortal (1 Coríntios 15:42-55).

Por tudo isso a doutrina da ressurreição dos mortos é tão maravilhosa e essencial à Fé Cristã. Ela é a prova final de que Cristo derrotou a morte para sempre.

3. EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

3.1. Ele ressuscitou

Quando o homem pecou no Éden, Deus não foi tomado de surpresa. Não se tratava de fazer um “plano B” para resolver o problema surgido com a queda do primeiro casal, pois tudo já estava previsto pelo Senhor que tão somente, no instante mesmo do juízo lançado sobre o primeiro casal, tornou conhecido este Seu plano para a humanidade.

– Este anúncio da salvação foi feito quando o Senhor Se dirigiu à serpente e afirmou que seria posta inimizade entre ela e a mulher, pois a semente da mulher feriria a cabeça da serpente e está lhe feriria o calcanhar (Gn.3:15).

Vemos, portanto, que história não terminou com esta tragédia. Bem ao contrário, a Bíblia Sagrada nos ensina que, mesmo antes da fundação do mundo, dentro de Sua presciência, Deus já havia elaborado um plano para retirar o homem desta situação tão delicada (Ef.1:4; Ap.13:8).

Este plano, já existente mesmo antes da criação do mundo, foi revelado ao homem no dia mesmo de sua queda, quando o Senhor anunciou que haveria de surgir alguém da semente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente e tornaria a criar inimizade entre o homem e o mal e, consequentemente, amizade, comunhão entre Deus e o homem (Gn.3:15).

Vemos, pois, claramente, que a salvação é algo que sua origem em Deus, que o homem não poderia, por si só, alcançar meios para restaurar a sua comunhão original com o seu Criador.

Deus, pelo Seu grande amor, providenciou um plano para trazer o homem de volta ao convívio com Ele.

A ressurreição de Jesus foi o evento mais importante da história.

A ressurreição de Cristo é uma doutrina fundamental para a Fé Cristã. Sem a ressurreição de Jesus não há Evangelho, não há Cristianismo, não há Igreja, não há salvação e não há esperança de vida eterna.

Se alguém se diz cristão, mas nega que literalmente Jesus ressuscitou dos mortos, então essa pessoa pode ser qualquer coisa, menos um cristão genuíno.

A história da ressurreição de Jesus está registrada nos quatro Evangelhos (Mateus 28:1-8; Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-10; João 20:1-8).

A Bíblia afirma a existência de duas ressurreições. João 5:28 a 29 diz: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”.

Agora, Apocalipse 20:5 e 6: “Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos.

Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição;

sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos”.

A Bíblia ensina que haverá uma ressurreição por ocasião da volta de Cristo, que será somente a ressurreição dos justos (I Tessalonicenses 4:16); e

outra ressurreição que será após o período de mil anos, a dos ímpios (Apocalipse 20:5).

Essa segunda ressurreição (dos ímpios) não será com o intuito de dar-lhes outra chance de salvação, pois a Bíblia diz que nossa chance é apenas nesta vida (II Coríntios 6:1-2; Hebreus 3:7-8; Hebreus 9:27) e que a segunda morte não tem autoridade apenas sobre aqueles que participaram da 1ª ressurreição (Apocalipse 20:6).

3.2. O túmulo vazio

O túmulo tinha uma pedra rolada na frente dele (Mateus 27:60; Marcos 16:3-4)

Dissipa a teoria do desmaio: um homem açoitado e crucificado quase até a morte não teria forças para rolar uma pedra “extremamente grande” e depois lutar contra 4 Legionários Romanos!

A Guarda selou o túmulo (Mateus 27:66)

O selo não tinha a intenção de torná-lo inexpugnável.

O selo representava a autoridade e proteção de Roma (fita policial).

O selo impedia que a tumba fosse aberta sem que fosse detectada.

Verificava que Jesus estava morto na tumba – selo romano de aprovação.

Impedia uma remoção fraudulenta do corpo.

Após Jesus ser tirado da cruz ainda na sexta-feira da crucificação, foi sepultado no mesmo dia num túmulo cedido por José de Arimatéia. O corpo de Jesus permaneceu sepultado desde à tarde da sexta-feira até a manhã do domingo.

Mas em algum momento da manhã daquele domingo, um novo terremoto aconteceu. A promessa de que ao terceiro dia o Filho do Homem ressuscitaria dos mortos, se cumpriu (Lucas 24:7).

A notícia da ressurreição de Jesus Cristo

As pessoas começaram a tomar conhecimento sobre a ressurreição de Jesus no próprio domingo pela manhã.

Quando o domingo ainda estava amanhecendo, as mulheres, que eram as fiéis seguidoras de Jesus, foram até o túmulo onde o seu corpo tinha sido sepultado.

Mas chegando ao túmulo elas se depararam com a enorme pedra que selava a sepultura fora de seu lugar.

A pedra havia sido removida por um anjo do Senhor que desceu do céu. O anjo tinha um aspecto de relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve.

Os guardas que tomavam conta do sepulcro ficaram tão assombrados que perderam o sentido.

Depois, as autoridades judaicas pagaram a esses mesmos soldados uma boa quantia para que eles testemunhassem que o corpo de Jesus acabou sendo roubado por seus discípulos durante a noite (Mateus 28:12,13).

As mulheres que foram visitar o túmulo e não encontraram nele o corpo de Jesus, tiveram o prazer de ouvir dos anjos de Deus a frase mais notável de todos os tempos: “Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou” (Lucas 24:6).

Saindo dali as mulheres contaram aos apóstolos as boas-novas. A princípio parece que alguns deles tiveram dificuldade em acreditar nelas.

O apóstolo Pedro também foi correndo ao sepulcro e nele encontrou apenas os lençóis de linho que tinham sido usados para envolver o corpo de Jesus (Lucas 24:12).

Depois dessas coisas Jesus realizou diversos aparecimentos após a ressurreição até que ascendeu ao céu diante dos olhos de muitas pessoas (Mateus 28; Marcos 16; Lucas 24; João 20-21; Atos 1; cf. 1 Coríntios 15:6).

Conclusão:

Os fariseus tinham tanto medo das profecias de Jesus sobre sua ressurreição, que se certificaram de que o local da sepultura estivesse completamente lacrado e guardado pelos soldados romanos.

Como a sepultura era lavrada em uma rocha, ao lado de uma colina, havia apenas uma entrada, que foi lacrada com uma rocha, rolada até ali com a ajuda de uma corda.

As extremidades dessa corda foram lacradas com barro, Mas os líderes religiosos tiveram um cuidado adicional: pediram que fossem colocados guardas na entrada do sepulcro, Com tantas precauções, a única maneira de 0 corpo sair da sepultura seria por meio da ressurreição de Jesus.

Os fariseus não entenderam que nada — rocha, lacre, quadra ou exército algum — poderia impedir que o Filho de Deus ressuscitasse.

De seu conservo, 

Adauto Matos.


Citações e Referências:

https://www.opregadorfiel.com.br/2022/04/a-esperanca-do-tumulo-vazio.html

https://www.subsidiosdominical.com/2023/03/licao-3-ele-venceu-morte-classe-juvenis.html

.https://estiloadoracao.com/ressurreicao-de-jesus-cristo/

.https://www.thegospelcoalition.org/pt/article/esperanca-de-ressurreicao-e-ensinada-no-antigo-testamento/

.https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/a-biblia-fala-de-quantas-ressurreicoes/

Video: https://youtu.be/MnizITY8LlI

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