Juvenis – Lição 02 – Música para Deus ou sobre Deus

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos sobre a música sacra conheceremos sua definição origem e atuação, presado professor aproveite o momento desta lição conscientize seus alunos, acerca da importância da música sacra em nossos cultos de louvor e adoração.

1 – Música Sacra na Bíblia

“Há diferentes opiniões a respeito do que seja música sacra. Tradicionalmente entende-se por música que não lembra a música do mundo e que desperta sentimentos de religião, espiritualidade, santidade e adoração a Deus. (…) Deve ser lembrado que uma música não se torna sacra simplesmente porque é composta para ser tocada na igreja, e nem só porque é tocada na igreja.”

Convém saber, que toda a música sacra é religiosa, mas nem toda música religiosa é música sacra.

Uma música não é considerada sacra apenas porque o seu autor é um cristão, a sua letra fala de Cristo, ou porque pertence ao repertório de alguma Religião. Ela deve ser santa em si mesma, porque música sacra, é música santa.

“Os que fazem do cântico uma parte do culto divino, devem escolher música apropriada para a ocasião, não notas de funeral, porém melodias alegres, e, todavia solenes.”

“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos uns aos outros, com salmos, hinos de cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração.” Paulo, Colossenses, 3:16.

Principais Características da Música Sacra:

1 – Promove uma correta visão de Deus, de Sua justiça e de Seu amor.

2 – Sua letra deve comunicar uma mensagem bíblica doutrinária, de gratidão, e/ou de louvor ao Nome do nosso Criador.

3 – Não desperta sentimentos humanos do passado ou do presente, vividos em experiências alheias aos 4 propósitos da Salvação.

4 – Impulsiona a viver por Cristo e para Cristo.

5 – Não lembra a música secular em quaisquer de suas formas.

6 – A letra deve ser uma oração, e por conta disso, todo o seu conteúdo deve ser bem claro para merecer um AMÉM no final.

7 – Os elementos musicais são subalternos aos elementos religiosos em toda sua composição.

8 – Sua forma musical deve comunicar Espiritualidade.

9 – Desenvolve no pecador, uma correta visão de si mesmo e do seu estado pecaminoso.

10 – Conscientiza o pecador da importância do sacrifício de Jesus na cruz em seu favor, e desenvolve a sua fé

Abaixo Analise do Texto da Leitura Bíblica em Classe 1 Crônicas 15.15-24

Trouxeram a arca de Deus aos ombros pelas varas. Nesta oportunidade, a arca foi devidamente transportada. Foi carregada nos ombros pelos levitas (e pelos sacerdotes), através das varas que passavam por anéis existentes na arca.

Desse modo, a arca da aliança não podia ser tocada pelos transportadores. Na desastrosa ocasião anterior, a arca foi transportada em uma carroça puxada por bois. Ver I Cr . 13.7,9. A legislação mosaica dava instruções especificas sobre como a arca deveria ser transportada. Ver Núm. 4.5,15. Ver também Núm. 7.9 e Êx . 25.13-15.

Fazendo a Coisa Certa da Maneira Certa.  Na ocasião ouve também Acompanhamento Musical (15.16-24).

Israel tinha uma bateria de instrumentos musicais de corda, sopro e percussão.  O transporte da arca foi acompanhado por grande celebração religiosa, na qual a música ocupava importante função.  

 Havia instrumentos de corda, de sopro e de percussão. Este versículo também mostra que o canto fazia parte da música que acompanhou o cortejo. Idêntica parafernália musical fora provida na primeira tentativa de trazer a arca para Jerusalém. Ver I Cr . 13.8, onde a descrição é mais completa do que aqui.

Um  Jubiloso. Houve extremo cuidado para garantir que a música fosse válida e digna da ocasião. Davi foi ajudado por um chefe de coro, que dirigia a música, “porque era entendido nisso’ (vs. 22).

Os chefes dos cantores estão aqui em mira. “Cantores, para que, com instrumentos musicais, alaúdes, harpas e címbalos se fizessem ouvir e levantassem a voz com alegria” (vs. 16). O principal chefe era Hemã, filho de Joel (vs. 17), que era neto de Samuel (I Crô. 6.33), Asafe e Etã, que faziam soar os címbalos de bronze. Oito outros músicos (vs. 20) tocavam “alaúdes”, em voz de soprano (no hebraico, alamote). Seis outros tocavam harpas em tom de oitava (também um termo musical)’.

Em 1 Cr. 15.18,  Obede-Edom e Jeiel aparecem como porteiros neste versículo, mas como harpistas no vs. 21. “Talvez seus descendentes pós-exilicos se tivessem elevado da posição de porteiros para a posição de músicos” (W. A. L. Elmslie, in loc).

Ou, então, conforme outros estudiosos supõem, eles podem ter exercido ambas as funções (embora alguns pensem que isso não seja muito provável), ou alterando entre uma e outra função, em tempos diferentes.

15.19 Se faziam ouvir com címbalos de bronze. Três cantores cujos nomes aparecem neste versículo eram cantores, acompanhando a si mesmos com címbalos de bronze, para reforçar o cântico e os salmos.

15.20 Os oito cantores aqui nomeados acompanhavam-se de alaúdes (um tipo de harpa ou instrumento de corda). Ver o vs. 16 quanto aos três tipos de instrumentos empregados no culto divino.

Em voz de soprano. A transliteração dessa palavra, do hebraico para o português, seria alamote. Trata-se de um termo musical que possivelmente significa “voz de soprano”, isto é, uma imitação da voz feminina, que é o que diz a nossa versão portuguesa. Ellicott (in loc) concorda com esse parecer, dizendo “após a voz de donzelas”, isto é, em tom alto ou de soprano, a voz feminina. A mesma expressão ocorre no título do Salmo 46.

Alguns estudiosos supõem que cantoras virgens se ocupassem dessa parte do cântico, mas dificilmente isso ocorreria na antiga sociedade hebraica. Alguns eruditos pensam que o alamote seria um instrumento musical. A Vulgata diz que elas cantavam “coisas secretas”, ou seja, provavelmente, hinos proféticos.

15.21- Com harpas, em tom de oitava. Outros seis cantores eram acompanhados por harpas, um terceiro tipo de instrumento a ser empregado no culto divino (ver as notas sobre o vs. 16). Portanto, os harpistas referidos neste versículo eram os porteiros do vs. 18, um problema que discuti nas notas sobre o versículo anterior.

As palavras “em tom de oitava” (no hebraico, sheminith), segundo nossa versão portuguesa, parecem referir-se ao registro mais grave da música, tal como o vs. 20 refere-se ao tom mais elevado, ou voz de soprano. Isso não significa, entretanto, que temos aqui uma alusão à voz masculina, ao passo que o versículo anterior seja uma referência à voz feminina. Somente os levitas estavam qualificados para servir no tabernáculo (e no templo), e uma mulher não podia atuar como levita.  

Os Fundamentos Da Música Sacra 

a) O preparo teológico dos músicos e compositores bíblicos.Os compositores bíblicos foram notáveis teólogos. Autor do Salmo 90, foi Moisés o legislador dos hebreus e o maior profeta do Antigo Testamento (Dt 34.10). Quanto a Davi, considerado profeta do Senhor, compôs a maioria dos salmos (At 2.29,30).

Já Salomão, seu filho, celebrado pelo mesmo Deus como o mais sábio dos homens, além de compor os cantares, os provérbios e o Eclesiastes, deixou-nos um belíssimo salmo (Sl 127; Pv 1.1).

No Salmo 73, Asafe louva ao Senhor tratando de um dificílimo problema existencial: “Por que sofrem os justos”. Jeremias, por seu turno, inspirado pelo Espírito Santo, cantou as tristezas e desditas da Cidade Santa. E os poemas de Isaías e de Habacuque?

O primeiro cantou os sofrimentos do Messias, retratando lhe o ministério com vivas cores. Como não chorar ante o capítulo 53 de seu livro? Já o segundo mostra a alegria que deve acompanhar o servo de Deus nas adversidades e tribulações.

b) Qualificações de um músico verdadeiramente cristão.De um músico sacro exige-se não somente a arte, mas principalmente a correção doutrinária; ele é o teólogo que verseja o conhecimento bíblico. Com singular habilidade, harmoniza e ritma a verdadeira teologia. Aliás, parte da hinódia cristã foi composta por doutores nas Escrituras como Ambrósio, Martinho Lutero e Charles Wesley.

Infelizmente, com o esfriamento do amor à Palavra de Deus, a música sacra é logo substituída por arremedos melódicos e heréticos.

2 – Música Sacra na História

 A igreja cristã absorveu elementos e características musicais do mundo inteiro, a medida que ia se espalhando pelas diferentes sociedades. A prática de cantar hinos e salmos nas reuniões destinadas à prática religiosa cristã, desde os seus primórdios está documentada em Mat. 26:30 e Mar. 14:16, onde diz: “Terminado o canto dos Salmos, saíram para o monte das Oliveiras”.

Música sacra é somente aquela que não é profana o momento de esplendor da música sacra surge com o canto gregoriano, uma das fontes de origem da música ocidental, foi difundida por missionários cristãos que percorriam a cidade de Roma durante a Idade Média, até hoje é considerada uma das formas mais erudita de expressão da música sacra.

Com a reforma protestante houve iniciada por Martinho Lutero houve também uma revolução musica, sacra  pois ele aproximou a musica sacra ao Povo escrevendo e adaptando as existentes. Se o objeto de Martinho Lutero era tornar a palavra de Deus conhecida do povo por meio do sermão e da música , Era mais prático e de fácil assimilação pelo povo.

Essa música, produzida cuidadosamente por Martinho Lutero e por seus amigos, passou a ser uma espécie de bandeira, em cuja melodia estava o consolo, o conforto para o coração humano, conforme atesta Hans Staden, quando cativo na tribo dos Tupinambás, no Brasil.

A força dessa nova música, apesar de proveniente de textos bíblicos já conhecidos e de adaptações bem metrificadas de salmos, hinos ou da tradução da hinadia oficial latina, superou até o saltério francês.

Na música, a Reforma não foi apenas litúrgica. Para que a verdade religiosa ficasse bem representada, os fiéis deviam entender bem as palavras sagradas que o coro cantava.

“TEXTO CHAVE : “ A Musica Sacra é a musica sagrada , que tem por característica Principal exaltar Nosso Deus, e levar-nos a refletir nossas necessidades de Buscarmos sua presença , reconhecendo nossa fragilidade e total dependência do nosso Criador, não visa exaltarmos nossos egos e conquista mais Glorificarmos a grandeza do nosso Deus.”

3 – Música Sacra Hoje

No século XVI, com a expansão do evangelho, da Alemanha para o mundo, a liturgia e a música, consequentemente, fizeram as malas, acompanhando o progresso do Cristianismo. Os hinos cantados pelas novas igrejas tinham melodias clássicas e também dos hinos pátrios, traduzidos e adaptados pelos missionários.

Por isso, a música oficial da igreja era totalmente europeia. No Brasil, especificamente, o que foi cantado por muitos anos, foram as adaptações dos hinários europeus. Eram canções de métrica regular, forma de composição A B A, com textos embasados na Bíblia.

Os coros, seguindo a tradição luterana, também foram incluídos e valorizados no culto. Mas não havia muito espaço para os instrumentos, sendo o órgão e o piano os atores principais dessas obras musicais.

 Tempos depois, no século XIX, no Sul dos Estados Unidos, a Música Sacra começou a mudar de forma, ao abrir-se a vários gêneros, os quais se tornaram uma ferramenta para os movimentos cristãos. O mais conhecido deles denominou-se Movimento Gospel, agregando todos os estilos de música, contrariando os cristãos tradicionais conservadores que ditavam o que era Sacro ou Profano.

4 – Música Sacra Aqui

No Brasil a Musica Sacra é em toada nos cultos de diferentes formas :

Coral  e canto congregacional (Hinários), louvores congregacionais e corinhos.

A Triste realidade dos nossos dias Há inúmeros cantores e músicos que tem entrado de corpo e alma na secularização do mundo onde suas letras tem focalizado em agrada o ego, exaltação e a manipulação do emocionalíssimo.  

Além de adotar estilos da velha natureza , como vicio de linguagem inadequada apelidos e palavrões. Mais creio que em meio a tudo isso ainda existem músicos compromissados com a igreja , Ministério e com apalavra de Deus.

 O Homem passou a ser o centro das atenções – Antropocentrismo, hoje nas musicas que se cantam nas Congregações observávamos que as letras pouco se falam sobre nosso Deus, não tem conteúdo bíblico , ‘o que cantamos deve ser teologicamente correto, sempre embasado biblicamente, pois: “…A fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm.10:17).

Conclusão

A música sacra. É a arte que, dispondo das ciências musicais e acústicas, das cordas vocais e de instrumentos músicos, tem por objetivo primacial enaltecer a Deus como o Criador e Mantenedor de todas as coisas através da harmonia, melodia e ritmo (1 Cr 16.23; Sl 96.1). Jubal foi o primeiro ser humano a interessar-se pela arte musical (Gn 4.21). É urgente voltarmos à música sacra. Deus merece (e reivindica) uma música de excelência.

Fonte:  http://valorizeaebd.blogspot.com/2016/01/licao-2-musica-para-deus-ou-sobre-deus.html#ixzz5cKtXF2af

Video: https://www.youtube.com/watch?v=q3qNDnZfXd4