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Juvenis – Lição 03 – O chamado da sabedoria

Introdução

São considerados livros da sabedoria três dos livros poéticos: Jó, Provérbios e Eclesiastes, embora Jó seja realmente um livro de espécie única.

Essa classificação é baseada no fato de tratarem esses três livros dos problemas que mais interessam à humanidade.

Jó trata do problema do sofrimento, Provérbios, do problema do dever moral, e Eclesiastes, do problema da felicidade.

Os livros chamados de Sabedoria são diferentes da literatura profética de Israel porque expressam melhor a filosofia dos pensadores do que as determinações das mensagens de Jeová.

Não se encontra neles a frase: ‘Assim diz o Senhor’, quando falam dos problemas da vida e das conclusões dos homens.

Os sábios anunciaram as verdades como um tratado de filosofia moral, usando palavras de profundeza mais elevada do que seus conhecimentos, de modo que só tempos depois é que puderam ser interpretadas. Provérbios e Eclesiastes apresentam principalmente esse fato”.

  1. O Clamor Da Sabedoria Pv 1.20 – 33

Neste texto encontramos advertências contra negligenciar a Sabedoria,  é Importante observamos que a sabedoria é personificada pela primeira de muitas vezes no livro de Provérbios.

A sabedoria é retratada no papel de um profeta de Deus com uma mensagem urgente, que é proclamada pelas ruas (20), no meio dos tumultos […] às entradas das portas (21).

Aqui onde estão “as encruzilhadas das vidas das pessoas” a sabedoria faz o seu apelo fervoroso.

No versículo 22 ela usa três termos para descrever os que rejeitam a revelação divina. São os néscios (moralmente neutros), os escarnecedores (que desafiam) e os loucos (espiritualmente obstinados).

Convertei-vos (23) é um chamado profético ao arrependimento (cf. Jr 3.12-14,22; 4.1). Rejeitar esse chamado é algo trágico.

Para os que o fazem, a sabedoria diz: também eu me rirei na vossa perdição (26). Estas palavras, diz Kidner, “não são uma expressão de dureza de coração pessoal, mas da absurdidade de escolher a loucura, a completa vindicação da sabedoria e a conveniência incontestável da calamidade”.10

O juízo que virá sobre os que rejeitam a Deus será tão repentino como tormenta (27). Essa calamidade será o fruto do seu caminho (31).

Eles vão colher o que semearam (cf. G16.7-8). O desvio (32; “recaída”, AT Amplificado; ou “desobediência”, Berkeley) dos simples e a prosperidade (ou “o ócio despreocupado”, Berkeley) dos loucos será a destruição deles.

Os que confiam na sabedoria, no entanto, não precisam temer as calamidades e os desastres que vêm como conseqüências da loucura pecaminosa (33).

Embora no Antigo Testamento a sabedoria seja personificada no livro de Provérbios e mostrada como tendo existido eternamente em Deus (Pv 8.22-30), ela é centrada em uma pessoa, o Senhor Jesus Cristo (1 Co 1.30; Cl 2.2,3; cf. Lc 11.49).

Cristo, em sua natureza humana, cresceu em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens (Lc 2.52), mas em sua natureza divina, repousava sobre ele o Espírito sétuplo cujo principal atributo é a sabedoria (Is 11.2).

Como resultado os homens perguntaram, ‘Donde veio a este a sabedoria’ (Mt 13.54; Mc 6.2), não percebendo que alguém maior que Salomão estava ali (Mt 12.42).

O apóstolo Paulo escreve que Ele é o poder e a sabedoria de Deus, destacando que a vida e a morte de Cristo eram o sábio plano de salvação de Deus (1 Co 1.24).

Os gregos, com sua filosofia, buscavam a sabedoria (1 Co 1.22) e produziram grandes homens como Platão e Aristóteles, mas não vieram a conhecer a Deus.

Em contraste, Deus, em sua infinita sabedoria, usou a Palavra da cruz para revelar o modo como o homem pode ser salvo.

O evangelho provou ser um tropeço para os judeus, que estavam tentando obter a salvação através das boas obras (Rm 9.30-33); e ‘uma loucura ou insensatez’ (gr. moria, os pensamentos de um simplório, simples demais para ser aceito como o verdadeiro conhecimento da salvação) para os gregos cultos.

  1. A conversão e promessa de fazer-nos sábio                                                                                   Os judeus ficavam ofendidos com o pensamento da crucificação, e por serem tão impotentes a ponto de precisarem que alguém morresse pelos seus pecados.

Os gregos consideravam a simples fé em uma expiação substitutiva um modo fácil demais ara a salvação.

Contudo, a morte expiatória o Senhor Jesus Cristo e o epitome de toda a sabedoria (Ef 3.10), uma vez que ela resolve o maior problema do mundo e do homem, isto e, o pecado.

Quanto mais profundamente o homem estuda sua condição e sua necessidade de salvação, e o problema envolvido para tornar possível sua salvação, a sabedoria da cruz fica mais comprovada.

A salvação deve ser igualmente possível para todos, sábios e símplices, e somente a justificação pela fé atende esta necessidade.

Ela deve atender as necessidades de um Deus Santo que exigiu que a aliança das obras fosse perfeitamente mantida, e o perfeito Filho de Deus sem pecado que se tomou homem atendeu este requisito.

Deve ser suficiente não meramente para o homem que guardou a lei e cumpriu a aliança das obras perfeitamente, mas para todos os homens.

Somente a satisfação infinita de Jesus  que era tanto Deus como homem poderia atender a esta necessidade.

Embora Paulo não tenha pregado de acordo com a sabedoria do mundo, todavia ele pregou a sabedoria oculta de Deus que só pode ser discernida quando Deus da ao homem a direção e a ajuda do Espirito Santo (1 Co 2.7-14).

Deus deseja que o homem tenha e conheça sua sabedoria (Tg 1.5). Ela e espiritual e consiste no conhecimento de sua vontade (Cl 1.9; Ef 1.8,9).

Ela e “do alto” e é contrastada com a sabedoria terrena e humana deste mundo, que pode ate ser inspirada pelos demônios (Tg 3.13-17; cf. Cl 2.23; 1 Co 3.19,20; 2 Co 1.12).

A sabedoria de Deus deve ser revelada ou “dada” aos homens (Rm 11.33,34; 2 Pe 3.15; Lc 21,15).

Isto pode ser conferido pela Palavra de Deus e pelo ensino humano dela (Cl 3.16; 1.28; Ap 13.18; 17.9).

III. O chamado a Sabedoria

Observe que no esboço de Provérbios há três chamados da sabedoria e três da insensatez. A sabedoria chamamos para Deus e a vida; a insensatez chama-nos para o pecado e o julgamento.

  1. Primeiro chamado da sabedoria— à salvação (1:20-33) Esse é um chamado aberto feito nas ruas, onde as pessoas podem ver e ouvir.

O chamado de Deus aos corações não é um assunto secreto; o Espírito convida-nos abertamente a irmos a Cristo.

Observe que a sabedoria convida os três tipos de pessoas:

O simples, o néscio e o insensato, ou louco (1:22). A sabedoria vê a aproximação do julgamento e quer que o pecador escape dele.

Ela faz uma oferta magnífica para os que a ouvem: a dádiva do Espírito e da Palavra do Senhor (v. 23).

Como os pecadores respondem a esse chamado? Parece que eles o rejeitam totalmente.

Os versículos 24-25 apresentam a resposta deles: recusam-se a prestar atenção, eles não vêem a mão estendida do Senhor nem mesmo dão importância para isso. Qual é o resultado disso?A destruição.

E Deus rirá deles, da mesma forma que riem da sabedoria. “Então, me invocarão, mas eu não responderei” (v. 28).

Eles colherão exatamente o que plantam (v.31). Por que eles recusam a oferta graciosa do Senhor?

O versículo 32 declara que o “desvio” dos néscios e a prosperidade do louco dão-lhes uma falsa segurança; eles acham A sabedoria oferece salvação às pessoas, mas, no capítulo 5, a insensatez oferece-lhes condenação.

Sempre que Deus faz seu convite gracioso, Satanás está presente com uma oferta tentadora.

  1. Segundo chamado da sabedoria — à prosperidade A sabedoria está de volta às ruas e chama os pecadores a seguirem as veredas do Senhor.

No versículo 5, chama o simples e o néscio, mas não o louco. Foi ele quem riu e zombou (1:25-26); assim, Deus ignora-o. Como é grave o coração se tornar tão duro a ponto de não ouvir mais a voz do Senhor.

O convite é para a verdadeira prosperidade. A sabedoria está muito acima da prata, do ouro e das jóias (vv. 10-11).

Veja uma exortação semelhante em Provérbios 4:1-10. Na verdade, conhecer a sabedoria de Deus é o mesmo que reinar como um rei (vv. 15-16).

Os versículos 18-19 reafirmam que a sabedoria e a vida piedosa têm muito mais valor que todas as riquezas mundanas.

Afinal, conhecer o Senhor e lhe obedecer significa ter à sua disposição toda a riqueza do céu e da terra.

Nos versículos 22-31, Salomão apresenta um retrato, do Antigo Testamento, de Jesus Cristo, a sabedoria de Deus (1 Co 1:24,30).

Ao ler essa descrição, você vê Cristo, o amado Filho do Senhor, o Criador do universo. Conhecê-lo é a verdadeira sabedoria. (Claro que Cristo não nasceu [vv. 24-25] no sentido de ser criado pelo Pai, já que o Filho sempre existiu. A linguagem é simbólica.)

  1. O terceiro chamado da sabedoria — à vida (9) O primeiro convite da sabedoria dirigiu-se ao insensato, ou louco, ao néscio e ao simples; o segundo, apenas ao simples e ao néscio (8:5); mas o terceiro dirige-se apenas ao simples (9:4).

O louco resolve seguir a insensatez e, em 8:36, ele morre (veja 1:22). Infelizmente, o simples também recusa o convite gracioso da sabedoria e termina nas profundezas do inferno (9:1-18).

Eis os resultados desses convites:

(1) O néscio rejeita a sabedoria e perde-se (1:24-2 7); ele dá ouvidos à insensatez e arruína-se (6:32).

(2) O louco despreza a sabedoria e encontra a morte (8:36), ele ouve a insensatez e morre (5:22-23).  

(3) O simples rejeita a sabedoria e vai para o inferno (9:18); ele ouve a insensatez e termina no inferno (7:27).

A lição é óbvia: rejeitar a sabedoria é o mesmo que aceitar a insensatez. Não há meio-termo. Jesus afirmou: “Quem não é por mim é contra mim”.

“Ninguém pode servir a dois senhores”, e ninguém pode viver sem ter nenhum senhor. Seguimos a sabedoria ou a insensatez, a Cristo ou ao pecado.

Os versículos 1-6 retratam o belo banquete que a sabedoria prepara. Isso nos faz lembrar das várias parábolas sobre banquetes de Cristo, em especial a de Lucas 14:15- 24. A salvação não é um funeral, mas uma festa. A sabedoria chama:

“Deixai os insensatos e vivei” (grifo do autor), pois receber Cristo é a única forma de receber vida (1 Jo 5:11-13). No versículo 11, a sabedoria promete: “Porque por mim se multiplicam os teus dias”.

No entanto, a insensatez está ocupada em convidar pessoas para seu banquete (cap. 7). Não é preciso muita imaginação para visualizar o jovem insensato que brinca com a tentação e, por fim, dá ouvidos à insensatez e vai à festa dela.

Ele é como o boi que vai para o matadouro (7:22). Quando você cede a essa tentação específica, se assemelha a um animal embotado e estúpido.

A sabedoria oferece vida, e a insensatez, morte (7:26-27). A tentação parece fascinante e divertida; além disso, há “prazeres transitórios” no pecado (Hb 11:25), mas, no fim, ele leva à morte e ao inferno. Veja Tiago 1:13-15.

CONCLUSÃO

A sabedoria é personificada (como em 8.1-36; 9.1-6), acrescentando força dramática a uma súplica urgente por atenção e uma busca séria por conhecimento e pelo temor do Senhor.

O apelo é amplo e público, nas praças públicas; nas esquinas das ruas barulhentas e nas portas da cidade, onde os negócios e as questões causavam o encontro das pessoas.

Os inexperientes (como no v. 4) e tolos (insensatos no v. 7) se juntam aos zombadores que aparecem em todo o livro de Provérbios como causadores de problemas.

Eles são reprovados em virtude do desprezo intencional das ofertas da sabedoria (v. 24,25,29,30).

Obras Consultadas

Comentário bíblico NVI Antigo e Novo Testamentos

Comentário Bíblico Wiersbe Antigo

Comentário Bíblico Jó a Cantares de Salomão

Lições  bíblicas cpad

Fonte: http://valorizeaebd.blogspot.com/2015/10/licao-3-o-chamado-da-sabedoria.html

 

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