Juvenis – Lição 13- Igreja: As portas do inferno não a vencerão
INTRODUÇÃO
A Igreja do Senhor Jesus Cristo, sempre será vitoriosa, tendo sempre como general aquele que venceu a morte e o inferno (Ap. 1:18).
I – IGREJA CHAMADA A SEMEAR
A multidão curiosa que tinha ouvido a parábola do semeador não a entendeu. Mas, então, o que esperávamos? Nem os discípulos do Senhor entenderam. “Então, lhes perguntou: Não entendeis esta parábola e como compreendereis todas as parábolas?” (Marcos 4:13).
Jesus parece ter começado com a história do semeador porque ela abordava um conceito tão fundamental do reino do céu que a incapacidade de entendê-la prediria incapacidade de entender qualquer uma.
A salvação dos discípulos era que, ainda que verdadeiramente não percebessem seu ponto, eles queriam saber, e ficaram para perguntar mais sobre o que ele queria dizer e para ouvir a paciente explanação de Jesus.
A parábola do semeador contém três elementos: o semeador, a semente, e os solos. O semeador e a semente são constantes. O semeador é habilidoso e espalha a semente por igual. A semente é, indiscutivelmente, boa. Mas o trabalho hábil do semeador e a capacidade de germinação da semente dependem para seu sucesso da natureza do solo, e aqui é focalizada a parábola.
Quem é o semeador? Jesus não diz. Na parábola do trigo e do joio, Jesus diz que o semeador da boa semente é o “Filho do Homem” (Mateus 13:37), mas a preocupação naquela parábola são as origens contrastantes dos dois tipos de sementes.
Aqui a identidade do semeador não é tão crítica. Quem quer que ele possa representar é essencialmente uma função do propósito da parábola. Se o seu intento foi ilustrar a resposta variável dos ouvintes à pregação pessoal de Jesus e forçá-los a um exame sério de si mesmos, então muito certamente o Senhor é o semeador.
A aplicação, por Jesus, das palavras de Isaías a sua audiência, “Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos, e fecharam os olhos” (Mateus 13:14-15) parece sugerir essa interpretação.
Mas se, por outro lado, o propósito desta parábola foi também fortalecer os corações incertos de seus discípulos, esperando, como estavam, o reino para levar cada alma diante dele, então certamente eles e aqueles que semeariam o mundo com o evangelho depois deles teriam que ser parte deste complexo plantador.
O significado da semente é claramente demarcado para nós. “Este é o sentido da parábola: A semente é a palavra de Deus” (Lucas 8:11). Ainda que não seja a mensagem primária desta parábola, o fato que a palavra de Deus é o poder que constrói o reino de Deus precisa de ênfase.
Não há nenhuma mágica aqui, nenhuma energia esotérica mistificadora. Até as palavras dos homens têm poder. Elas comunicam sentimentos e ideias, criam culturas inteiras, levam homens à paz ou à guerra, mudam o curso da história, produzem grande mal ou grande bem. Por que nos surpreenderíamos, então, que a palavra de Deus tenha poder inimaginável?
Os mundos foram criados e são mantidos pela palavra de Deus (Hebreus 11:3; 1:3), e o sopro divino que está em suas palavras (Salmo 33:6) é o sopro que nos deu a vida (Gênesis 2:7).
A palavra do Todo Poderoso responde aos nossos espíritos como a luz responde aos nossos olhos. Sua poderosa verdade viva penetra em nossos corações e põe a nu nossos mais íntimos pensamentos (Hebreus 4:12). É a palavra do evangelho que nos salva (Romanos 1:18; 1 Coríntios 1:21), e a “palavra da sua graça” que nos edifica e garante nossa herança entre o povo de Deus (Atos 20:23).
Esta parábola está nos dizendo, em linguagem simples, que a própria palavra de Deus é a semente germinante da vida (Filipenses 2:16), e não a palavra mais algumas misteriosas obras do Espírito Santo.
É por esta própria palavra viva, que transmite energia, que o Espírito Santo não somente nos leva ao renascimento espiritual (Efésios 1:13; 1 Pedro 1:23-25), mas nos transforma na imagem do Filho de Deus.
E tudo isto é possível porque em suas palavras Deus nos abriu seu coração e derramou as profundezas de sua verdade e graça (1 Coríntios 2:10-13). No evangelho, ele nos fez olhar na face de nosso crucificado Salvador (2 Coríntios 3:18). E isso tem poder!
É, portanto, sacrilégio homens e mulheres falarem do evangelho como “mera palavra” e rirem da idéia que o evangelho por si só é capaz de produzir uma nova e inconquistável vida espiritual.
Não é prudente falar tão levianamente de palavras que saem da boca de Deus ou insultar o céu tentando fortificar esta palavra “inadequada” com nossas vãs filosofias (Colossenses 2:8-10; Provérbios 30:5-6). Até Satanás sabe onde está o poder. “A que caiu à beira do caminho são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a palavra, para não suceder que, crendo sejam salvos” (Lucas 8:12).
Mas não faz Deus mais do que apenas falar conosco? Sim, ele está certamente ativo em responder nossas orações (1 João 5:14:15), e providencialmente nos guiando através das provações e tribulações que limpam, fortalecem e purificam nossa fé (Romanos 8:28).
Mas, em fim, é sua palavra que tem poder, e é para sua palavra que todo seu providente trabalho precisa nos trazer, em obediência compreensiva. É através dessa palavra que chegamos a conhecer Deus e seu Filho. E essa é vida eterna (João 17:3). A semente do reino é a palavra de Deus.1
II – O CRESCIMENTO DA IGREJA
A oração é fundamental em tudo, pois o Senhor Jesus disse para não estarmos ansiosos por coisa alguma, mais que as nossas petições sejam conhecidas por Ele (embora Ele saiba o que vamos falar antes que a palavra chegue na nossa boca (Sl.139:4), através da oração, suplicas e ações de graça (Fl. 4:6).
Devemos nos esforçar, trabalhar muito, mas não esquecer que quem dá o crescimento é Deus (I Co.3:6).
Veja nestes dados a atuação do Espírito Santo e um crescimento explosivo
Em:
(At. 1:15) eram 120 membros;
(At. 2:41) 3.000 foram acrescentados;
(At. 4:4) 5.000 homens (fora mulheres e crianças);
(At. 5:14) aumentava em grande numero;
(At. 6:1), crescia o numero dos discípulos;
(At. 6:7) os discípulos se multiplicavam grandemente;
(At. 6:70) muitos sacerdotes se convertiam;
(At. 8.5-25) grande avivamento em samaria;
(At. 9:31) Crescia em número;
(At. 9:32-42) Os de Lida e Sarón se convertiam;
(At. 11:21-26) Um movimento espiritual e de salvação na cidade de Antioquia;
(At. 12:24) Mas a palavra do Senhor crescia e se multiplicava.
(At. 14:21) Muitos creram;
(At. 16:5) Aumentava em número a cada dia;
(At. 17:4) Grande número se convertia;
(At. 17:12) Creram muitos;
(At. 18:8-11) “…Tenho muito povo nesta cidade…”.
(At. 19:10) “…todos os que habitavam na Ásia…”
(At. 21:20) “…Quantos milhões de judeus hão crido…?
(At. 28:30-31)”…recebia a todos os que a ele vinham…”
A MÃO DO SENHOR (At. 11:21)
A mão do Senhor se refere ao poder de Deus manifestado em julgamento (cf. Ex 09:33; Dt 2:15; Jos 4:24; 1 Samuel 5: …. 6; 7:13) e bênção (Esdras 7: 9; 08:18; Ne. 2: 8, 18). Aqui se refere à bênção divina. 2
Devemos reconhecer antes de tudo que, somente Deus é quem tem o poder de fazer a sua obra prosperar e as vidas se achegarem a Ele (At. 2:47). E que, por mais esforços que fizermos, só produziremos frutos se estivermos ligados nEle que é a videira verdadeira (Jo. 15:1,5).
O EMPENHO DOS CRENTES (V. 24)
Sabedor que Deus que Deus é o sustentador de todas as coisas, que tudo foi criado por Ele e para Ele (Cl. 1:16); o cristão deve colocar a mão do arado e dedicar-se em realizar a obra do Senhor, sendo firmes e constantes, sempre com abundância, sabendo que seu trabalho não é vão no Senhor (1Co. 15:58).
Diante disso, sempre pedindo orientação a Deus, o Cristão deve se esforçar para que a obra do Senhor esteja sempre em crescimento, usando de ferramentas disponíveis para que mais vidas se acheguem aos pés de Cristo, ou seja, o cristão não deve ficar de braços cruzados mais se empenhar, dedicar-se, esforçar-se, sabendo que Deus honrará o trabalho de seus servos.
Usar a tecnologia, como a informatização, para conhecer de forma mais profunda as suas ovelhas, procurando conhecer de forma mais detalhada a vida de seus membros, coletando o máximo de dados que puder é uma ideia excelente.
Procurar estimular os irmãos, ensinando-os que o trabalho é de todos, pois, todos fazem parte do mesmo corpo.
Montar uma equipe, de umas sete pessoas, mesclando os que ocupam cargo e membros comuns, mais que sejam idôneos, para que não sejam tomadas decisões sozinhas.
Procurar trabalhar com os obreiros velhos e também com os novos, com amor tudo dará certo, pois, onde há amor não há ciúmes (I Co.13:4).
Buscar um reavivamento interno, aumentando a qualidade.
Buscar também um crescimento de expansão, com evangelismo para aumentar os membros.
Saber que, os visitantes têm que ter uma atenção especial, pois, igrejas que crescem, 25 por cento dos visitantes se integram, já as que não crescem apenas de 10 a 12 por cento se integram.
Fazer treinamentos com os membros, para que se empenhem e através de muita oração possa alcançar seus familiares que ainda não são cristãos, geralmente as igreja que priorizam treinamento para alcançar parentes, familiares, certamente crescerão.
Não deixar o templo em condições precárias, melhorar a aparência da igreja para que seja mais visível, como uma nova pintura, mudar a estrutura da frente sem gastar muito, são coisas que chamam atenção, podendo atrair novos membros.
Fazer evangelismo nos bairros, abrindo pontos de pregação que no futuro poderão ser novas congregações.
Tudo isso são exemplos, que os cristãos devem saber e procurar colocar em prática.
ORAÇÃO E JEJUM (At. 13:1-3)
A oração além de prover um ambiente de amor e cuidado mutuo, aumenta a comunhão uns com os outros.
“O jejum só tem valor espiritual se estiver relacionado à oração. “Quando alguém está envolvido no propósito de se dedicar a uma oração intensa e ininterrupta, esta pode ter um valor incalculável.
O costume de servir ao Senhor através da oração e do jejum em ocasiões de importantes decisões tem sido praticado pelos santos de todos os séculos”.
“O cristão cheio do Espírito é muito sensível ao que o Espírito Santo comunica durante a oração e o jejum (ver Mt 6.16 nota). Aqui, a comunicação da parte do Espírito Santo provavelmente foi uma palavra profética (cf. v. 1)”. 4
INTEGRAÇÃO E COMUNHÃO (At. 11:24)
“Barnabé (como Estêvão) era um homem útil na obra.
Ele era:
1) Bom – não egoísta (foi buscar Paulo, 25);
2) Cheio do Espírito Santo – alegrou-se, exortou e evangelizou, eficazmente (23s);
3) Cheio de fé – deu exemplo de firmeza (23).
Se uniu. Lit. “foi acrescentada” como em 2.41,47”.
ESPONTANEIDADE SACRIFICIAL (V. 29,)
Dos membros mais ricos esperava-se uma oferta maior, ainda que voluntária (cf. 1 Co 16.1ss).
Socorro. A decisão voluntária de auxiliar os crentes pobres de Judéia revela o verdadeiro significado da unidade da Igreja”. 5
PAIXÃO PELAS ALMAS (At. 13:49)
Os discípulos seguiam o exemplo do Mestre (Ef. 5:1; 1Pe.2:21; At. 10:38), sempre aprendendo com aquele que é manso e humilde de coração (Mt.11:29), foram reconhecidos como discípulos de Cristo (At.11:26), pois, se por amor, Cristo se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus (Ef.5:1), do mesmo modo fizeram os discípulos, e aqueles que cristãos se dizem ser, devem fazer (Rm.12:1,2).
EXPERIÊNCIAS PESSOAIS
Todos os líderes tiveram suas próprias experiências quando experimentaram o crescimento em suas igrejas.
Paulo tornou-se um grande pregador (1Co 2:1-5).
Barnabé era um autêntico servo de Deus (At 11.24).
E haviam ainda pessoas generosas, como as de Bereia (At 17.11).
Mas todos tinham algo em comum que era uma vida de oração (At. 1:14), consagração, amor pelas almas (2Co. 12:15), pregaram por toda parte (Mc. 16:20).
III – SEU CHAMADO
Fomos chamados por Deus para sermos seus seguidores, seus discípulos, seguindo as suas pisadas (1Pe. 2:21), andando como Ele andou (1Jo. 2:6), testificando das grandezas de Deus, anunciando as virtudes daquele nos tirou das trevas para sua maravilhosa luz (1Pe. 2:9).
3.1 – O QUE SIGNIFICA SER DISCÍPULO
Ser discípulo de Jesus, não implica apenas em pregar os seus ensinamentos, a sua Palavra de forma verbal, mas, o mais importante é viver uma vida na prática, por ações, por obra, primeiramente fazendo depois ensinando (At.1:1).
Francisco de Assis quando ia sair para evangelizar disse aos que o acompanhavam:
“Vamos sair para evangelizar, se preciso for vocês falem”.
3.2 – A IMPORTÂNCIA DO DISCIPULADOR
Devemos dar uma atenção maior para os novos convertidos, cada novo membro deveria ter no mínimo 07 amigos na igreja nos primeiros 06 meses. Novos membros não integrados na igreja, nos primeiros 06 meses, são candidatos à porta dos fundos.
A igreja deve criar meios para que o novo convertido, que é um bebê espiritual, possa se firmar até criar a idade espiritual adulta para que possa discipular outros também.
Programas que atendam às necessidades do novo convertido são importantíssimos tais como:
– Classes para novos convertidos.
– Eventos com novos convertidos.
– Cursos com novos convertidos.
Um exemplo importante para discipular, além de uma pessoa idônea da igreja, acompanhando o novo convertido, é a Escola Bíblica Dominical.
IV – CONCLUSÃO
“Jesus Cristo é o fundamento base da igreja cristã, sendo Ele o seu único e absoluto fundador. Jesus Cristo declara em sua Sagrada Palavra que as portas do inferno não prevalecerão contra a sua igreja.
Isto é fato permanente e imutável, o mundo pode “girar” e “girar”, desenvolver novas filosofias e ideologias, porém estas ideias jamais suplantarão os valores absolutos de nosso Deus”.6
Ev. Adauto Mattos
Vídeo: https://youtu.be/eWVVJkEdH8o?list=PLgst_rTkfSJ1wjBJfXmy0X_0FjaR3zBjW
REFERÊNCIAS E CITAÇÕES
1 – https://estudosdabiblia.net/2000417.htm
2- Bíblia de Estudo Macarthur
3 – Comentário Bíblico Beacon
4 – Bíblia de Estudo Pentencostal
5 – Bíblia Estudo Shedd
6 – https://adautomatos.com.br/home/?p=7008