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Juvenis – Lição 13- O livro da minha vida

Querido (a) professor (a), chegamos à última lição do trimestre. Depois de fazer essa viagem percorrendo todo o Novo Testamento, fechamos o ciclo de estudos falando o quanto a Bíblia é importante para nós, crentes, e o quanto ela é o livro da nossa vida. Os ensinamentos extraídos dela são fundamentais para desenvolvermos um caráter cristão baseado em nosso Salvador Jesus Cristo.

Vamos ampliar o seu estudo sobre a Supremacia das Sagradas Escrituras, tratando das evidências internas e externas que nos garantem ser, a Bíblia, a genuína Palavra de Deus.

“ EVIDÊNCIAS DA AUTENTICIDADE DA BÍBLIA

1. Evidências Internas

A palavra autenticidade tem origem no grego ‘authentês’ com o sig­nificado daquilo que é ‘verdadeiro’. Quando aplicado às Escrituras, o termo indica a autoridade e a fidedignidade da Bíblia Sagrada.

Significa que todos os livros que compreendem o cânon bíblico são autênticos. Dessa forma, a Bíblia autentica-se a si mesma (2 Tm 3.16).

O apoio em favor dessa autenticidade divide-se em ‘evidência interna’ e ‘evidência externa’. Dentre as evidências internas que examinam o conteúdo da Bíblia destacam-se:

(a) Unidade e consistência: No período aproximado de 1.600 anos, a Bíblia foi escrita em dois idiomas principais (hebraico e grego), e um dialeto (aramaico).

Seus escritores somam cerca de quarenta pessoas de diferentes classes sociais, que viveram em lugares e circunstâncias diferentes, e abordaram centenas de temas distin­tos.

O texto foi redigido em uma variedade de estilos literários, tais como história, profecia, poesia, alegorias, parábolas, dentre outros.

Apesar de todas essas implicações, o conteúdo bíblico é consistente e os seus escritos se harmonizam formando um todo sem qualquer contradição (Sl 18.30; 33.4).

Essa unidade não é superficial, mas profunda. John Higgins reproduz a compreensão de que ‘quanto mais profundamente a estudamos, mais completa essa unidade se nos revela’.1

No entanto, embora as evidências sejam conclusivas, o liberalismo teológico faz objeção aos argumentos acima listados e desdenha da unidade bíblica.

Os críticos argumentam que os autores bíblicos conheciam o conteúdo deixado pelos escritores que o antecede­ram e, por isso, se preocuparam em não os contradizer, e ainda sustentam que o cânon só foi organizado pelas gerações futuras, em função disso, foram aceitos no cânon apenas os livros que se harmonizavam com o todo.

Porém essas objeções são contraditórias e podem ser refutadas do seguinte modo:

(i) nem todos os autores tiveram acesso aos outros livros enquanto escreviam a revelação divina: Ezequiel escreveu no exílio; Ester, em país estrangeiro; o escritor de Hebreus, no Oriente; e João, na Ásia Menor; entre outros;

(ii) nem todos os autores tinham consciência de que seus escritos fariam parte do cânon, portanto, não os escreveram buscando harmonizar sua obra com as demais;

(iii) não é verdade que os livros foram aceitos centenas de anos após serem escritos. Por exemplo, os livros de Moisés foram guardados próximo à Arca da Aliança logo após serem escritos (Dt 31.26).

Os livros eram aceitos à medida que a autenticidade era confir­mada por seus destinatários; e

(iv) mesmo que os autores tivessem tomado conhecimento prévio de todos os livros, a Bíblia conti­nuaria tendo uma unidade que ultrapassa a capacidade humana.2

(b) Ação do Espírito Santo: Por meio da leitura da Bíblia, é possível ouvir a voz de Deus agindo como uma espada que ‘penetra até à divisão da alma, e do espírito’ (Hb 4.12).

Como os discípulos no caminho de Emaús, aquele que aceita a mensagem da Palavra expe­rimenta a chama do Espírito arder no coração e passa a compreender o plano da salvação (Lc 24.31,32).

Nossa Declaração de Fé ensina ‘que o Espírito Santo possui o pa­pel de regenerar, purificar e santificar o homem e a mulher e que é Ele quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7,8)’.203 O apóstolo João disse que escreveu para que seus leitores cressem no Filho de Deus e recebessem a vida eterna (Jo 20.31; 1 Jo 5.13).

João também registrou que o Consolador, o Espírito de verdade, que procede do Pai, é Ele quem testifica de Cristo, o Filho de Deus (Jo 15.26).

Desse modo, o Espírito Santo dá testemunho da Bíblia como Palavra de Deus, e de que o Cristo nela revelado é o Filho de Deus.4

c) Profecias de eventos futuros. A exatidão no cumprimento das profecias comprova a veracidade das Escrituras. As suas profecias foram anunciadas muito séculos antes de os eventos acontecerem com clareza e precisão.

Por exemplo, a Bíblia cita o nome do rei Ciro e o que ele iria fazer cento e cinquenta anos antes de ele nas­cer (Is 45.1), registra cerca de trezentas profecias acerca de Cristo, centenas de anos antes do seu nascimento, e cada uma delas se cumpriu com exatidão.

Os críticos e incrédulos sugerem que por conhecer as profecias, Jesus agiu deliberadamente para cumprir o que estava predito.

Porém, isso é humanamente impossível. Seria necessário a cumplicidade de um número considerável de personagens (reis, astrólogos, gover­nadores, sacerdotes, militares) dispostos a manipular os eventos e manter esses arranjos sob sigilo.

E isso sem falar em todas as pessoas envolvidas nos inúmeros milagres operados. A única explicação possível para o cumprimento específico dessas predições é de que o Eterno, onisciente, onipotente e soberano, revelou aos seus servos as coisas que haveriam de acontecer (Am 3.7).

2. Evidências Externas
Compreendem-se como evidências externas aquelas em que os acontecimentos narrados nas Escrituras são também ratificados por outras fontes históricas.

Por vezes essas comprovações se identificam e se fundem aos conceitos de inerrância, isto é, que a Bíblia não contém erros. Nessa direção, tanto o registro da história das nações quanto as descobertas arqueológicas e os pressupostos da ciência apontam para a autenticidade da Palavra de Deus.

A título de exemplo, cita-se a disponibilidade de cerca de 25.000 (vinte e cinco mil) manuscritos bíblicos, produzidos antes do advento da imprensa no século XV, que confirmam a suficiência dos textos sagrados.

Assim, ratifica-se que nenhuma obra da anti­guidade — Platão, Aristóteles, Escritos Hindus, história chinesa e outros — foi tão confirmada e creditada como a Bíblia Sagrada.5 

E, a despeito de ser contestada por alguns, permanece como o livro mais traduzido e lido de toda a história (cf. Mc 13.31).”

(BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p. 17-20).

Deus abençoe a sua aula e seus alunos.


1 HORTON, 1996, p. 89.
2 GEISLER, vol. 1, 2010, p. 512.
3 SOARES (Org.), 2017, p. 44.
4 GEISLER, vol. 1, 2010, p. 515.
5 GEISLER, vol 1, 2010, p.185.

Fonte: https://www.escoladominical.com.br/2022/06/20/licao-13-o-livro-da-minha-vida/

Vídeo: https://youtu.be/ro_vg53cV4Y

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