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Juvenis – Lição 5 – A Justiça de Deus

Esboço da Lição
1. JUSTIÇA
2. A JUSTIÇA DE DEUS
3. OUTROS TIPOS DE JUSTIÇA
4. O DEUS DA JUSTIÇA

Objetivos
Discorrer sobre o conceito da justiça de Deus. 
Detalhar as diferenças e semelhanças entre a justiça de Deus e a justiça dos homens.

Mostrar que somente o Senhor é a nossa justiça.

     Querido (a) professor (a), você sabia que o Brasil é considerado mundialmente o “país das desigualdades”? 

Um estudo sobre o assunto feito em 2015 pela equipe de Thomas Piketty (autor de “O capital no século XXI”), constatou que “27% de toda a renda brasileira fica nas mãos do 1% mais rico da população”.

É a maior diferença de renda do planeta. No dia a dia dos brasileiros esses dados são muito mais devastadores do que os números, já alarmantes, são capazes de mostrar.

É injustiça atrás de injustiça, especialmente para os negros e mais pobres do país, mesmo que estes sejam maioria.

      Portanto, professor, compreenda quão significativo é o tema da nossa próxima aula. 

“A Justiça de Deus” provê consolo para os oprimidos, injustiçados e todos os que choram, sentindo o peso da impunidade tão presente nesta sociedade maléfica e desigual.

      Além dos tópicos já salientados em sua revista, é crucial que você também conheça e considere todo esse contexto social, somado, é claro, as especificidades dos desafios individuais de cada juvenil, antes de preparar qualquer aula. Seus alunos precisam da sua empatia.

Especialmente nesta faixa etária, existe inúmeros para lhes impor como agir, pensar, sentir, sem nem mesmo os ouvirem primeiro ou considerarem suas realidades.

Todos os dias seus juvenis se deparam com questões de desigualdade, seja financeira, social, racial, religiosa, devido à idade, aparência ou gênero (por exemplo, os dados mais recentes do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, comprovaram que as mulheres estudam e trabalham mais que os homens.

Entretanto, recebem menos em todos os cargos, apenas 76,5% do salário de um homem na mesma função). 

Essas são apenas algumas das mais variadas formas que esses jovens são alvos de discriminação e injustiças.

Muitas vezes eles nem mesmo compreendem ou discernem ainda, mas sofrem seus efeitos, revoltam-se, indignam-se, ressentem-se…

 Quando você observar em sua classe um estereotipado “rebelde sem causa”, investigue melhor.

A revolta deste aluno pode estar sendo canalizada de maneira errada, mas não sem fundamento; sua postura de rebeldia pode ser, na verdade, um grito de socorro.

Ao longo dos anos de ministério, já me deparei, por exemplo, com jovens rotulados de “ovelhas negras” na igreja, que carregavam a dor e a ira de terem sofrido na infância abuso sexual dentro da própria casa e igreja.

Eles, mais do que todos, precisavam urgentemente ouvir que apesar da justiça humana tantas vezes ser como trapo de imundícia (Is 64.6), há aquela que nunca falha: a justiça divina!

Tópico 1: Justiça (O que é isso?)

Certamente você já deve ter ouvido muita gente usar a expressão Justiça. Por exemplo:
 
“Mas que injustiça! Eu estava correto, você não pode fazer isso comigo!”
 
“Eu tenho os meus direitos! Caso você não considere a situação, eu vou levar este caso à justiça!
 
“Ela é uma pessoa de quem eu não tenho nenhuma crítica, pois sempre age com justiça para com todos a sua volta.”
 
Então, qual é a definição de Justiça?
 
Na verdade, existem várias definições para essa palavra, dependendo do contexto em que a utilizamos. Abaixo, temos uma lista de definições baseadas no Dicionário Priberam:
  • Prática e exercício do que é de direito.
  • Conformidade com o direito.
  • Direito.
  • Retidão.
  • Magistrados e outros indivíduos do foro.
  • Poder judiciário.
  • Lei penal.
  • Punição jurídica.
  • Uma das quatro virtudes cardeais (as outras três são a fortaleza, a prudência e a temperança).
Logo, dependendo da situação a qual estamos lidando, o termo justiça pode ter uma interpretação totalmente diferente.

Tópico 2: A Justiça de Deus

Até agora falamos dos atributos teóricos da justiça. Mas, e quanto a Justiça de Deus?

Quais seriam as características da Justiça de Deus?

A Justiça de Deus é Perfeita

Sl 19.7: “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices.”
 
Jó 37.23: “Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar; grande é em poder; porém a ninguém oprime em juízo e grandeza de justiça.
 
As leis de Deus não servem para nos aprisionar. Pelo contrário, são elas que nos acalmam e nos fornecem luz nos momentos mais difíceis. 
 
Ao contrário da justiça dos homens, que é falha e muitas vezes erra, A justiça de Deus é perfeita.

A Justiça de Deus tem sua fonte no céu

Sl 119.89: “Para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu.
 
Enquanto a justiça dos homens têm a sua fonte na terra (nos próprios homens, que são corruptíveis), a justiça de Deus tem a sua fonte no céu, pois a sua origem é o próprio Deus.

A Justiça de Deus perdoa e salva o pecador da perdição

Rm 2.7,10: “A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção; […] Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego”
 
Aqueles que andarem em retidão e perseverarem fielmente fazendo a vontade de Deus receberão os bons frutos da justiça de Deus. Mesmo sendo falhos, Deus está disposto a nos perdoar, se nos mantivermos focados em cumprir a sua justiça. De forma contrária, a justiça dos homens busca apenas punir aqueles que não cumprem a lei, não dando oportunidade de transformação.

A Justiça de Deus recompensa as boas ações

Rm 2.6: “O qual recompensará cada um segundo as suas obras
 
Embora a salvação seja adquirida por meio da fé, e não das obras (Ef 2.8,9), Deus garante que todas as boas obras que fizermos aqui na terra serão recompensadas. Já a justiça dos homens não atribui nenhum tipo de recompensa, pois considera que as boas obras sejam uma premissa do ser humano.

A Justiça de Deus é eterna

Sl 119.142: A tua justiça é uma justiça eterna, e a tua lei é a verdade.”
 
Enquanto a justiça dos homens é transitória, podendo ser mudada dependendo da pessoa e da forma como ela é interpretada, a justiça de Deus é imutável e eterna. Ou seja, Deus sempre julgará usando o mesmo peso e medida, independentemente da situação.

A Justiça de Deus tem a sua aplicação no tempo de Deus

Rm 2.4: “Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?
 
Deus, na sua bondade e longanimidade, espera que as pessoas se arrependam dos seus pecados e, por isso, dá tempo a elas. Ao contrário da justiça dos homens, cuja aplicação é imediata, Deus aguarda pacientemente que nós façamos uma análise das nossas falhas e pecados, e com isso, venha o arrependimento.

Da Justiça de Deus não há escapatória 

Rm 2.3a: E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?
 

Enquanto em alguns casos a justiça dos homens é extremamente dura, em outros casos existe a margem para interpretação. Em outras palavras, como diz o ditado, há “dois pesos e duas medidas”. Quando se trata da justiça humana, é sempre possível que alguém consiga sair impune, dependendo da situação. Já com a justiça de Deus é diferente: é impossível escapar da justiça de Deus e todos serão julgados sob o mesmo “peso” e “medida”.

Tópico 3: Outros “tipos” de Justiça

Justiça original

Antes da queda, o primeiro casal vivia o que se chama de justiça originalUma vez que não haviam pecado, Adão e Eva viviam em um paraíso onde não havia morte nem enfermidade e, se o pecado não houvesse entrado na humanidade, todos os seus descendentes desfrutariam da plenitude da criação.
 
Porém, graças ao pecado, a humanidade deixou de ter livre acesso ao paraíso e sofreu duras consequências (que foram descritas na lição 2 – “Consequências da queda”).
 
Você consegue imaginar como seria viver em um lugar em que você pudesse, diariamente, conversar face a face com o criador? Esse era a condição moral e espiritual da justiça original.

Justiça própria 

É a condição a qual o homem se coloca, levando em consideração as suas boas obras.
 
É bem provável que você conheça alguém assim. Alguém que, pelo fato de ser honesto, bondoso, caridoso, altruísta, e através das suas boas ações, se considere autossuficiente e justo perante a Deus.
 
Pense: É razoável ou até mesmo correto que alguém pense dessa forma?
 
A bíblia nos mostra claramente que não. Veja: 
 
Mc 10.18: “E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.
 
Is 64.6: “Todos nós nos tornamos impuros, todas as nossas boas ações são como trapos sujos. Somos como folhas secas; e os nossos pecados, como uma ventania, nos carregam para longe.” (NTLH)
 
Rm 3.10: Como está escrito:Não há um justo, nem um sequer.
 
A bíblia é clara: mesmo tendo todas as virtudes e realizando boas obras, nenhuma atitude própria pode fazer com que o homem seja considerado justo diante de Deus.

Tópico 4: O Deus da justiça

Sl 119.4: “Tu, ó Deus, nos deste as tuas leis e mandaste que as cumpríssemos fielmente.”

Deus é justo. Sendo justo, Ele sempre age com justiça e espera que o ser humano também siga esse padrão. Logo, se nós continuamente buscarmos a santidade e a comunhão com Deus, receberemos de Deus uma recompensa justa, pois é da sua natureza agir assim.

Da mesma forma, se vivermos de forma irresponsável e sem buscar a Deus, Ele obviamente nos dará uma recompensa proporcional aos nossos atos.

Dt 30.19: “Neste dia chamo o céu e a terra como testemunhas contra vocês. Eu lhes dou a oportunidade de escolherem entre a vida e a morte, entre a bênção e a maldição. Escolham a vida, para que vocês e os seus descendentes vivam muitos anos.” (NTLH)

Mas… como conseguiremos alcançar a plena justiça de Deus uma vez que “não há um justo, nem um sequer” ? (Rm 3.10)

Jesus, uma vez que se fez homem e cumpriu integralmente a lei e foi justo em tudo, nos deu a oportunidade de, através do seu sacrifício na cruz, nos apropriar, pela fé, da sua justiça.

Rm 1.17: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.”

Rm 3.22: “isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença.”

Conclusão

Embora a justiça possua muitas definições, a justiça de Deus é fiel e muito melhor que a justiça humana. Deus, sendo justo, espera que nós busquemos uma vida de retidão e obediência aos seus princípios, sabendo que pela fé podemos nos apropriar da justiça de Cristo, uma vez que ele foi justo em todo tempo.

***

Espero que você tenha gostado deste artigo! Se você conhecer alguém que possa ser ajudado por este conteúdo, não deixe de compartilhar, ok?
 
Até a próxima semana.
 
A Paz do Senhor! 

Dinâmica: Justiça de Deus

Objetivo: Demonstrar a justiça de Deus através do sacrifício de Jesus, providenciando a religação do homem com Ele.

Material:

4 folhas de papel ofício

01 tubo de cola branca

01 pincel atômico

01 rolo de durex colorido(vermelho)

Procedimento:

– Antes da aula: Colem 4 folhas de papel ofício, formando um caminho e escreva, em um lado, o versículo: “Mas agora em Cristo Jesus , vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto” (Efésios 2.13).

– Apresentem para os alunos este caminho sem mostrar o versículo, dizendo que o homem tinha livre acesso a Deus, porém este caminho foi destruído por causa do pecado( nesse momento rasgue o caminho, simbolizando o caminho destruído).

– Mas, Deus com a justiça que lhe é inerente, providenciou o resgate do homem, através de seu filho, Jesus, através de sua morte na cruz, levando nossas culpas. Isto é, um inocente sofreu por nossos pecados, tomando uma culpa que não era dEle.

– Entreguem os pedaços para os alunos e peça para que eles colem as partes, com durex colorido vermelho.

Ao terminarem, falam que somente através do sangue de Jesus o caminho pode ser restaurado, através de um único sacrifício de Cristo na cruz( o durex colorido representará o sangue).

– Então, apresentem o lado do caminho que contém o versículo(Ef 2.13) para que todos possam ler.

– Concluam, lendo: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

Ideia original desconhecida.

Esta versão da dinâmica por Sulamita Macedo.

 

Fonte: http://www.escoladominical.com.br/home/licoes-biblicas/subsidios/juvenis/1046-li%C3%A7%C3%A3o-5-a-justi%C3%A7a-de-deus.html

https://professorebdjuvenis.blogspot.com/2018/07/aluno-03-licao-05-justica-de-deus.html

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