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JUVENIS – LIÇÃO 06 – OS PROFETAS EM ISRAEL

 

INTRODUÇÃO

É importante compreendemos que os profetas do Antigo Testamento serviram como canais de comunicação entre Deus e o seu povo, conscientizando-o acerca da vontade e do conhecimento divinos.

Eles exerceram um papel muito Importante na história de Israel. Os profetas do Antigo Testamento inspiram e instruem não somente a Israel, mas a Igreja de Cristo.

O Senhor Jesus Cristo e os seus apóstolos fizeram-lhes referências, reconhecendo a autoridade espiritual deles.

I – O QUE É SER UM PROFETA (Subsídio Complementares)

Que tipo de pessoa era o profeta do AT?

(1) Era alguém que tinha estreito relacionamento com DEUS, e que se tornava confidente do Senhor (Am 3.7). O profeta via o mundo e o povo do concerto sob a perspectiva divina, e não segundo o ponto de vista humano.

(2) O profeta, por estar próximo de DEUS, achava-se em harmonia com DEUS, e em simpatia com aquilo que Ele sofria por causa dos pecados do povo. Compreendia, melhor que qualquer outra pessoa, o propósito, vontade e desejos de DEUS. Experimentava as mesmas reações de DEUS.

Noutras palavras, o profeta não somente ouvia a voz de DEUS, como também sentia o Seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).

(3) À semelhança de DEUS, o profeta amava profundamente o povo.

(4) O profeta buscava o sumo bem do povo, i.e., total confiança em DEUS e lealdade a Ele.

(5) O profeta tinha profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13, 19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8). .

(6) O profeta desafiava constantemente a santidade superficial e oca do povo, procurando desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que DEUS revelara na Lei. .

(7) O profeta tinha uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição (e.g., 63.1-6; Jr 11.22,23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am 5.16-20,27, bem como em restauração e renovação (e.g., 61–62; 65.17–66.24; Jr 33; Ez 37). .

(8) Finalmente, o profeta era, via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 7.10-13; Jn 3–4), perseguido pelos falsos profetas que prediziam paz, prosperidade e segurança para o povo que se achava em pecado diante de DEUS (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5.10; cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53).

Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro era reconhecido como homem de DEUS, não havendo, pois, como ignorar o seu caráter e a sua mensagem.

A mensagem dos profetas enfatiza três temas principais:

(1) A natureza de DEUS.

(2) O pecado e o arrependimento.

(3) Predição e esperança messiânica. .

STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

A pessoa se tornava profeta ao perceber que Deus estava falando com ela e precisava então transmitir a mensagem recebida.

A consciência disso se manifestava de várias maneiras e a mensagem era transmitida conforme a personalidade única do profeta.

Jeremias diz simplesmente que a mão do Senhor o tocou e palavras foram postas em sua boca (Jr 1.9).

Outros profetas tiveram visões e sonhos (1 Sm 28.6,15; Zc 1.8). Algumas vezes a mensagem profética era dada recapitulando a visão (Is 6), outras vezes contando parábolas ou histórias (Is 5.1-7), repetindo um oráculo (2 Rs 13.14-19; Ez 4.1-3), ou escrevendo (Is 30.8).

[…] Grupos de profetas trabalhavam nos centros de adoração (1 Sm 10.5) e se associavam então com os sacerdotes e levitas (2 Rs 23.2).

Em vista de conhecerem os abusos do sistema de sacrifícios e compreenderem que a vida moral dos adoradores não correspondia ao cerimonial, eles tendiam a atacar esse.

Fizeram o que Jesus fez mais tarde com a samaritana, quando afirmou que a verdadeira adoração aceitável a Deus é ‘em espírito e em verdade’ (Jo 4.24)” (COWER, R. Uso e Costumes dos Tempos Bíblicos. 1.ed. RJ: CPAD, 2002, pp.367,368).

  1. Seu significado. A palavra hebraica usada no Antigo Testamento para “profeta” é nābî’. Sua etimologia é incerta, mas o verdadeiro significado é possível pelo seu uso nas Escrituras.

O diálogo entre Deus e Moisés (Êx 4.14-16) esclarece o sentido do termo, o qual é “falar em nome Deus”. Por conseguinte, é ser um “porta-voz”, um “embaixador” (veja a ilustração do ofício com Moisés e Arão em Êxodo 7.1,2).

Deus sabe todas as coisas, conhece o fim desde o princípio; seu conhecimento é absoluto e perfeito em tudo (Is 46.9,10).

Portanto, quem fala em seu nome anuncia o futuro como se fosse presente. Isso explica o estreito vínculo de “profetizar” com “prever o futuro” e, ainda, “revelar algo impossível de saber através de recursos humanos”, ações possibilitadas apenas por Deus.

  1. Sua abrangência. Tanto o substantivo “profeta” como o verbo “profetizar” têm amplo significado no Antigo Testamento e em nossos dias.

O termo “falso profeta” aparece na versão grega dos setenta, conhecida como Septuaginta (LXX), e em o Novo Testamento; porém, não existe nas Escrituras hebraicas.

Assim, o termo aplica-se também a adivinhos, falsos profetas e profetas das divindades pagãs das nações vizinhas de Israel, sendo identificados como tais pelo contexto (Js 13.22; 1 Rs 22.12; Jr 23.13).

  1. Expressões correlatas. Vidente, por exemplo, possui dois termos hebraicos que o identifica nas Escrituras: hozeh e roeh (hōzer e rō’eh na transcrição técnica).

Ambos apresentam dois sentidos: ver com os olhos físicos e ver introspectivamente, ou seja, ver com o espírito, por isso, o profeta é chamado de “homem de espírito” (Os 9.7).

Houve um período na história profética de Israel em que os profetas eram identificados simplesmente como “videntes” (1 Sm 9.9).

II – O MODELO DE LIDERANÇA PROFÉTICA NO AT ( Subsídio Complementares a Lição)

“A Bíblia retrata o profeta como alguém que era aceito nas câmaras do conselho divino, onde Deus ‘revela o seu segredo’ (Am 3.7).

O texto hebraico de 1 Samuel 9.15 retrata Deus ‘revelando aos ouvidos’ do profeta.

Pelo processo da inspiração divina, Deus revelava o que estava oculto (2 Sm 7.27), de forma que o profeta percebia o que o Senhor dissera (Jr 23.18).

Esta comunhão com Deus era essencial para que a verdade de Deus fosse revelada pelo processo de inspiração profética.

A Palavra do Senhor era comunicada ao profeta e mediada ao povo pelo Espírito Santo — com uma convicção poderosa e precisão exata” (LAHAYE, T. Enciclopédia Popular de profecia Bíblica. 1.ed. RJ: CPAD, 2008, p.383).

O Antigo Testamento foi marcado pela atividade e testemunho dos profetas.

Quando JESUS se despedia dos seus discípulos, lhes disse: “São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lc 24.44).

Os escritos dos profetas faziam parte da tríplice divisão da Bíblia hebraica.

1) Profetas no Pentateuco. Nos cinco primeiros livros do Antigo Testamento, vemos a presença de Abraão, o pai da nação Israelita, que foi considerado um profeta (Gn 20.7);

quando Moisés, o líder do Êxodo, estava em aperto, na sua chamada para tirar o povo do Egito, DEUS lhe disse que Arão, seu irmão, seria seu profeta (Êx 7.1);

os 70 homens, levantados por DEUS para ajudar Moisés profetizaram só uma vez; dois israelitas, Eldade e Medade, que ficaram na tenda, também profetizaram, provocando ciúmes em Josué (Nm 11.24-29).

Em Números, DEUS diz como usaria um profeta, em visão ou sonhos (Nm 12.6). Em Deuteronômio, vemos DEUS ensinando ao povo como distinguir os verdadeiros e os falsos profetas (Dt 13.1-5).

Aqueles homens não tinham um ministério profético. Foram usados por DEUS em mensagens ou missões de caráter profético. Seus nomes não fazem parte dos “Profetas”, na divisão da Bíblia hebraica, porque a profecia não era a sua missão principal.

2) Profetas em diversos livros do Antigo Testamento. Nos livros históricos, o papel dos profetas foi muito relevante.

Os livros de 1 e 2 Samuel foram escritos pelo último dos juízes e o primeiro dos profetas, realmente dedicados à missão de falar ao povo mensagens da parte de DEUS de modo marcante e consequente (1 Sm 8.10-17); ele também era vidente (1 Sm 9.15, 19,20; 10.1-5).

Foi usado para ungir Saul, o primeiro rei de Israel e Davi, seu sucessor (1 Sm 10.24; 16.13).

Nos livros de 1 e 2 Reis, houve profetas de destaque, como Natã, que ungiu Salomão (1 Rs 1.39) e revelou o pecado de adultério de seu pai Davi antes,

depois falou sobre a construção do templo pelo mesmo Salomão que havia de ungir como rei;

o profeta Aias, que profetizou a divisão do Reino de Israel (1 Rs 11.31, 32); houve um profeta desconhecido, que vaticinou o nascimento de Josias, e foi enganado por um “profeta velho”, que mentiu, e, mesmo assim, foi usado por DEUS (1 Rs 13.1-3; 11-26). Quando DEUS quer, usa a quem Ele quer.

Dentre os profetas de 1 Reis, destacou-se o profeta Elias, que denunciou os pecados do rei Acabe e sua mulher ímpia, Jezabel (1 Rs 17.1; 18.1) e confrontou os profetas de Baal e Asera, cultuados pelo casal real (1 Rs 18.18-46).

Seu sucessor foi o profeta Eliseu, que foi usado com grande poder (2 Rs 2.9-11), com grandes sinais e maravilhas (2 Rs 2.19-25).

Isaías foi profeta de grande valor em 2 Reis (2 Rs 19.2, 6,7, 20-37), conhecido como o profeta messiânico devido à grande parte de suas profecias se referirem o Messias, no futuro.

Naquele tempo, a profetiza Hulda foi usada por DEUS para exortar o povo em sua desobediência (2 Rs 22.14-20).

Esdras, líder da reconstrução do Templo em Jerusalém, após o cativeiro babilônico, foi ajudado por profetas (Ed 5.2).

Na reconstrução dos muros, por Neemias, levantou-se a falsa profetisa Noadias, que, juntamente com outros profetas conluiaram-se contra Neemias, o líder da reconstrução dos muros de Jerusalém (Ne 6.4).

III. AMÓS, UM CLÁSSICO TIPO DE PROFETA DO AT

O profeta Amós morava em Judá – o Reino do Sul, mas sua mensagem foi dirigida a Israel – o Reino do Norte.

Era um leigo piedoso que ganhava a vida como boieiro e cultivador de sicômoros (cf. 7.14).

DEUS o chamou para entregar uma mensagem de juízo a Israel, e dar à nação uma advertência final.

Seu ministério foi levado a efeito entre 760-750 a.C. Outros profetas que, provavelmente, ministraram neste período foram Jonas e Oséias.

O profeta Amós é distinto de Amós, pai do profeta Isaías (Is. 1:1: os dois nomes são de grafia diferente no hebraico).

O livro fornece-nos bastante pormenores sobre sua vida. Natural de Técua, aldeia situada a uns 8 km ao sul de Belém, tirava o seu sustento do pastoreio de rebanhos e do cultivo de sicômoros, cujos frutos constituíam o alimento da gente pobre (Am. 1:1;7:14).

Corriam os tempos dos longos e prósperos reinados de Ozias, em Judá (cf. 2 Rs 15:2.5) e de Jeroboão II, em Israel (783-743 a.C.), que davam à nação poder e riqueza de que há muito tempo não gozava.

Daí que a própria religião auferia vantagens, pela abundância das vítimas imoladas nos altares e pela pompa dos ritos.

Mas ficaram prejudicadas a moral e a piedade sincera, os costumes pioravam, e os israelitas, deslumbrados pela prosperidade, caminhavam alegres e inconscientes para a ruína. Crescia, para infelicidade deles, o poderio assírio.

Nesta altura, o humilde pastor de Técua sente-se chamado a pregar o arrependimento aos desavisados, revelando aos culpados os castigos iminentes.

E ei-lo a percorrer, vaticinando, as cidades de Israel. Enfrentou corajosamente a oposição dos sacerdotes de Betel, o principal santuário do reino (Am 7:10-17)

Acima dos méritos literários estão a elevação de pensamento, a doutrina moral e religiosa.

O monoteísmo ético puro atinge o auge. O DEUS de Israel não é somente o único verdadeiro DEUS, criador e governador de todo o Universo,

mas por sua santidade essencial é também o autor e guarda zeloso de uma lei moral, cuja observância ele exige de todos os povos, e pune o delito onde quer que sua onisciência o descubra.

A escolha especial e gratuita do povo de Israel não é nenhum privilégio sob este aspecto (3:2, 9:7-10.

Para lhe tributar as honras á que tem direito, é necessária antes de mais nada a santidade de costumes, sem a qual nada valem os atos dum culto cerimonioso e os sacrifícios de numerosas vítimas (5:21-24).

Amós condena a moleza, o luxo, a ambição (6:4-6, 8:5-7), e também com mais energia e maior freqüência, a injustiça e a crueldade para com o próximo, seja ele quem for, a opressão dos pobres.

A temática social está fortemente presente em todas as partes do Antigo Testamento:

a Lei (Pentateuco),

os Profetas e os

Escritos.

A base da ética social bíblica é o caráter de DEUS. DEUS se apresenta ao povo de Israel como um DEUS justo e misericordioso, que atenta para os sofredores (Jr 9.24; Sl 68.5-6; 103.6; 146.7-9).

Acima de tudo, DEUS é gracioso e misericordioso para com Israel, amando-o, escolhendo-o, libertando-o do cativeiro, conduzindo-o pelo deserto, dando-lhe a terra prometida, suprindo todas as suas necessidades (Dt 4.37; 7.6-8; 8.4,7-10,15-16; Ex 20.2).

E assim como DEUS tratou Israel, ele quer que os seus filhos tratem uns aos outros (Lv 19.9-10,33-34; Dt 10.17-19). Isso faz parte da aliança que DEUS firmou com Israel e da lei associada com essa aliança.

Israel é continuamente exortado a praticar a justiça e a misericórdia, como na conhecida passagem de Miquéias 6.8 (ver também Jr 22.3; Os 6.6). Outra motivação inculcada é o amor ao próximo (Lv 19.18).

DEUS demonstra um interesse especial pelos elementos mais frágeis e vulneráveis da sociedade, tais como o órfão, a viúva, o pobre, o enfermo, o deficiente físico e o estrangeiro (Lv 19.10,13-15).

A ética do Antigo Testamento está centrada na generosidade e na solidariedade.

Toda a criação e seus recursos pertencem a DEUS e devem servir para o sustento de todos, não para que alguns tenham excesso e outros tenham falta do mínimo necessário para a sua subsistência.

Os filhos de DEUS devem ser bons mordomos das dádivas de DEUS, utilizando-as sabiamente e repartindo-as com os outros.

A mensagem social mais enfática do Antigo Testamento está contida nos profetas do século oitavo antes de CRISTO (Isaías, Oséias, Amós e Miquéias).

Essa mensagem adquiriu uma conotação “política” ao denunciarem energicamente os males sociais do seu tempo, como a opressão e a injustiça praticadas pelos poderosos contra os necessitados.

Ninguém pode ler as passagens desses profetas e continuar afirmando que os cristãos nada têm a ver com os problemas sociais do seu país.

Alguns textos significativos são os seguintes: Isaías 1.17,23; 3.14-15,18-23; 5.7-8; 58.5-10; Oséias 10.12; Amós 2.6-7; 4.1; 5.12,24; 8.4-6; Miquéias 2.1-2; 6.8.

No entanto, a ênfase do Antigo Testamento como um todo é positiva e construtiva: não somente deixar de praticar o mal e denunciar a injustiça, mas fazer o bem ao próximo concretamente.

IV – O MINISTÉRIO PROFÉTICO COMO LIDERANÇA

O termo original para “ministério, serviço” não é o mesmo referente à atividade dos profetas.

A expressão “ministério do profeta” ou “dos profetas”, na ARC, como aparece nas leituras diárias desta lição, significa na verdade “por meio dos profetas”, como registra a ARA.

O vocábulo “ministério” indica o serviço religioso específico e especial, desempenhado pelos levitas (1 Cr 6.32), pelos sacerdotes (1 Cr 24.3) e pelos apóstolos (At 1.25). Isso, porém, não é em si mesmo prova da inexistência de uma corporação profética em Israel (1 Sm 10.5).

 Há quem negue a existência da escola e do ministério dos profetas como instituição em Israel nos tempos do Antigo Testamento.

Entendemos que no ministério mosaico iniciou-se a atividade profética em Israel (Nm 11.25). Entretanto, o profetismo, como movimento, surgiu séculos depois.

Mais tarde vemos que Samuel presidia a congregação de profetas em Naiote, região de Ramá, onde residia (1 Sm 7.17; 19.19-23).

E adiante, vemos a existência de uma escola dos profetas composta por “filhos” dos que exerciam o ofício (2 Rs 2.3,5,1 5). É importante ressaltar que “filho”, na Bíblia, significa também “discípulo, aprendiz” (Pv 3.1,21; 2 Tm 2.1; Fm v.10).

Note que o texto sagrado revela a existência de uma organização de profetas bem estruturada, e Eliseu chegou a ser o mestre deles (2 Rs 6.1-3).

Durante a maior parte da história de Israel, os sacerdotes e profetas, constantemente, entravam em conflito.

O plano de DEUS era que houvesse cooperação entre eles, mas os sacerdotes tendiam a aderir ao liberalismo e deixavam de protestar contra a decadência do povo de DEUS.

(1) Os sacerdotes muitas vezes concordavam com a situação anormal reinante, e sua adoração a DEUS resumia-se em cerimônias e liturgia. Embora a moralidade ocupasse um lugar formal na sua teologia, não era enfatizada por eles na prática.

(2) O profeta, por outro lado, ressaltava fortemente o modo de vida, à conduta, e as questões morais.

Repreendiam constantemente os que apenas cumpriam com os deveres litúrgicos. Irritava, importunava, denunciava, e sem apoio humano defendia justas exigências e insistia em aplicar à vida os eternos princípios de DEUS. O profeta era um ensinador de ética, um reformador moral e um inquietador da consciência humana.

Desmascarava o pecado e a apostasia, procurando sempre despertar o povo a um viver realmente santo. STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD.

CONCLUSÃO

Deus suscitou os profetas para revelar-se ao homem, a fim de que este conhecesse a vontade divina e o plano de salvação na pessoa sublime de Jesus Cristo, nosso Salvador.

Por essa razão, devemos considerar “a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração” (2 Pe 1.19). Hoje   o ministério profético vem associado ao dom espiritual .

Os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação e interesse principais eram a vida espiritual e pureza da igreja.

Sob o novo concerto, foram levantados pelo Espírito Santo e revestidos pelo seu poder para trazerem uma mensagem da parte de Deus ao seu povo (At 2.17; 4.8; 21.4).

(1) O ministério profético do AT ajuda-nos a compreender o do NT.

A missão principal dos profetas do AT era transmitir a mensagem divina através do Espírito, para encorajar o povo de Deus a permanecer fiel, conforme os preceitos da antiga aliança.

Às vezes eles também prediziam o futuro conforme o Espírito lhes revelava Cristo e os apóstolos são um exemplo do ideal do AT (At 3.22,23; 13.1,2).

(2) A função do profeta na igreja incluía o seguinte:

(a) Proclamava e interpretava, cheio do Espírito Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina.

Sua mensagem visava admoestar, exortar, animar, consolar e edificar (At 2.14-36; 3.12-26; 1Co 12.10; 14.3).

(b) Devia exercer o dom de profecia 

(c) Às vezes, ele era vidente (cf. 1Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11.28; 21.10,11).

(d) Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus (Lc 1.14-17).

Por causa da sua mensagem de justiça, o profeta pode esperar ser rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e apostasia.

(3) O caráter, a solicitude espiritual, o desejo e a capacidade do profeta incluem:

(a) zelo pela pureza da igreja (Jo 17.15-17; 1Co 6.9-11; Gl 5.22-25);

(b) profunda sensibilidade diante do mal e a capacidade de identificar e detestar a iniquidade (Rm 12.9; Hb 1.9);

(c) profunda compreensão do perigo dos falsos ensinos (Mt 7.15; 24.11,24; Gl 1.9; 2Co 11.12-15);

(d) dependência contínua da Palavra de Deus para validar sua mensagem (Lc 4.17-19; 1Co 15.3,4; 2Tm 3.16; 1Pe 4.11);

(e) interesse pelo sucesso espiritual do reino de Deus e identificação com os sentimentos de Deus (cf. Mt 21.11-13; 23.37; Lc 13.34; Jo 2.14-17; At 20.27-31).

(4) A mensagem do profeta atual não deve ser considerada infalível.

Ela está sujeita ao julgamento da igreja, doutros profetas e da Palavra de Deus.

A congregação tem o dever de discernir e julgar o conteúdo da mensagem profética, se ela é de Deus (1Co 14.29-33; 1Jo 4.1).

(5) Os profetas continuam sendo imprescindíveis ao propósito de Deus para a igreja.

A igreja que rejeitar os profetas de Deus caminhará para a decadência, desviando-se para o mundanismo e o liberalismo quanto aos ensinos da Bíblia (1Co 14.3; cf. Mt 23.31-38; Lc 11.49; At 7.51,52).

Se ao profeta não for permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertência denunciando o pecado e a injustiça (Jo 16.8-11), então a igreja já não será o lugar onde se possa ouvir a voz do Espírito.

A política eclesiástica e a direção humana tomarão o lugar do Espírito (2Tm 3.1-9; 4.3-5; 2Pe 2.1-3,12-22).

Por outro lado, a igreja com os seus dirigentes, tendo a mensagem dos profetas de Deus, será impulsionada à renovação espiritual.

O pecado será abandonado, a presença e a santidade do Espírito serão evidentes entre os fiéis (1Co 14.3; 1Ts 5.19-21; Ap 3.20-22).

OBRAS CONSULTADAS

Lições Bíblicas CPAD Jovens e Adultos

Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 160-163

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 36.

 HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.

Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009. ZUCK, R. B. (Ed.).

Dicionário Bíblico Wycliffe

BEVERE, J. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1.ed. RJ: CPAD, 2006.

SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.

SOARES, E. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. RJ: CPAD, 2003.

ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-dem-2tr14-o-ministerio-de-profeta.htm

STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

Profecia

Fonte: http://valorizeaebd.blogspot.com/2016/05/licao-6-os-profetas-em-israel-subsidio.html#ixzz5nSSWDy39

Video 01: https://www.youtube.com/watch?v=Ws1b_yxRC_A

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