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JUVENIS – LIÇÃO Nº 11 – O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO

A demonstração de que temos o Espírito Santo atuando em nosso viver se revela por meio das nossas ações, por meio de obras que expressam a mudança interna ocorrida em nossas vidas, mudança esta concretizada pela produção do fruto, o qual é comumente chamado de fruto do Espírito.

Somente pode produzi-lo aquele que entregou a sua vida a Cristo, teve o seu ser transformado pelo poder regenerador do Espírito Santo e o seu “eu” foi submetido ao Senhor para que o Pai Celestial venha reinar e exercer o seu domínio:

“ Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl 2.20)

Quando o homem aprende a crucificar a carne com as suas paixões, permite que o Senhor exerça Seu poderio sobre a sua vida. Assim, abandona o egoísmo e aprende a amar ao Senhor acima de tudo e ao próximo como a si mesmo.

Começa a verificar o valor da entrega, da disponibilidade a favor do outro, o que chamamos de alteridade, de se colocar em lugar do outro. Produzir o fruto espiritual é apontar que não somos mais nós que atuamos, mas o Senhor está no comando de nossas vidas e de nossas ações.

Sendo assim, o Deus a quem servimos e o próximo tem a primazia. Nossas ações sempre levarão este próximo em conta, respeitarão este próximo e observarão as suas necessidades.

Era assim que o nosso Cristo agia e vivia quando estava ministrando aqui na Terra, deixando-nos o exemplo para que O sigamos.

Isto somente será possível mediante o novo nascimento, mediante a morte do velho homem e a restauração espiritual do homem carnal vendido sob o pecado que agora vive numa nova dimensão de vida.

Paulo afirmou que “a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.” (Rm 7:14). Demonstrou que tinha consciência da carência do novo nascimento para que o homem fosse restaurado e começasse a agir sob o comando do Santo Espírito que nele veio habitar. Disto resultará o auto-

controle, moderação, disciplina no comportamento e na fala etc. Assim, o homem morre para o mundo e vive para Cristo; é crucificado para o mundo e ressuscita para Cristo.

Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. (Cl 3:1-3)

A demonstração concreta, pública, de que a pessoa morreu para o mundo, é o batismo nas águas, pois a pessoa é imergida nas águas, nelas enterrada, lá deixando simbolicamente o velho homem e renascendo, na imersão, como um novo homem em Cristo.

Estamos mortos para o pecado e batizados na sua morte. Morrer quer dizer abandonar, não mais ter prazer no pecado, nem sentir saudade (tal como a mulher de Ló que não conseguiu deixar Sodoma), o mundo torna-se vaga lembrança.

Antes do ritual do batismo, é necessário que este novo nascimento tenha ocorrido, de fato, pois se trata de um processo interno, de uma transformação ocorrida do interior para o exterior humano.

A experiência com Cristo precisa acontecer realmente e vermos os novos convertidos plantados na Casa do Pai, pois o ápice na vida de uma planta está na produção do fruto.

Quem nasceu de novo nunca mais poderá viver na dimensão do pecado, mas produzindo o fruto do Espírito como sinal de que Cristo habita nele.

Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?

De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.

Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.

Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.(Rm 6.1-8)

Não podemos ficar nos desculpando pelos pecados cometidos, porque agora vivemos para Deus, entregamos a nossa vida a Cristo e é Ele quem deve comandar nossas vidas, nossos desejos, nossa história.

Que “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração”. (Cl 3.16)

Quando a palavra do Senhor habita em nós, produzimos fruto, auxiliamos os nossos irmãos e podemos ajudá-los a andar nos caminhos do Senhor porque “ a doutrina do sábio é fonte de vida para desviar dos laços da morte” (Pv 13.14) e “A boca do justo é fonte de vida” (Pv 10.11)

Dela emana palavras que edificam e fazem bem aos que as ouvem, palavras que revelam o que se passa no seu interior.

Por isto, o apóstolo orienta a igreja de Colossos a entoar salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando com a graça de Deus no coração, porque tudo isto brota do interior, resulta de uma genuína conversão. “Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?” (Tg 3.11)

Sendo assim, o grande Mestre Jesus confirma:

“O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.” (Lc 6.45)

Aquele que está firmado, plantado na casa do Senhor, dá o seu fruto na estação própria: “Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor.

Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes. “ (Jr 17.7,8) Está conectado com a Videira Verdadeira de onde provém a energia, o alimento, o que é imprescindível para a sobrevivência espiritual.

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.

Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.

Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. (Jo 15.1-8)

A Palavra de Deus em nós influenciará na produção do fruto e no progresso espiritual. Quem está firmado no Senhor cria raízes: “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela Palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.” (I Pe 1.23) É assim que se dá a disposição interna na produção do fruto, ou seja, a Palavra de Deus motiva esta geração.

Assim como a semente é lançada na terra e morre, abrindo-se para que surja a planta que esperávamos, assim acontece com o crente que se batiza, demonstrando que morreu para o mundo e o pecado e está produzindo o fruto do Espírito.

Quanto mais o feijão cresce, mais as suas raízes se desenvolvem, isto aponta para o nosso crescimento espiritual também. Quanto mais nos desenvolvermos espiritualmente e produzirmos fruto, mais enraizados e firmados estaremos na Casa do Pai.

Mesmo sendo ainda dotados de natureza pecaminosa, somos homens espirituais que crucificam a carne com as suas paixões, porque, infelizmente, a carne não está morta, mas subjugada. Quanto mais buscarmos a santificação, mais oprimiremos a carne.

O salvo se distingue exatamente por evidenciar a natureza espiritual e subjugar a natureza carnal: “ Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.” (Fp 1.10,11)

A Parábola do Semeador é a demonstração concreta do EU crucificado para o pecado e para as paixões, do EU que submete-se a Cristo e prioriza a Sua Palavra para conduzi-lo em sua vida cotidiana.

1º Caso – A pessoa ouve o Evangelho e não dá crédito à mensagem de salvação. Quando o Evangelho é pregado nem todos se mantêm salvos. A planta nem consegue nascer. Não gerou raízes.

2º Caso – Recebe a Palavra, crê no Evangelho, mas a semente morre. Quando surgirem as dificuldades da vida e as perseguições, a pessoa passa a pensar em si mesma. O amor ao mundo é mais forte. Esmorece na fé. O EU não ficou crucificado e prevaleceu. A planta morre e não produz fruto.

3º Caso – A planta nasce, cresce, mas é sufocada pelos espinhos e Jesus diz que isto acontece porque a pessoa é seduzida pelas coisas desta vida, preferindo amar mais o mundo do que a Deus. Ele não dispõe de tempo para Deus. Pensou primeiramente nos seus prazeres, preferiu os deleites humanos a se deleitar na presença do Senhor. Como está faltando espaço no coração dos homens para a Palavra de Deus! Por isto a planta morre e não produz fruto.

4º Caso – A semente cai na boa terra, que está arejada, nasce, recebe água (Palavra de Deus), luz do Sol da Justiça, cresce e frutifica. É a pessoa que serve ao Senhor e crucifica o EU. O Espírito Santo atua em sua vida e ela produz muito fruto.

Todo salvo tem condições de produzir o fruto do Espírito. O crente batizado no Espírito Santo precisa ter, como principal preocupação, a produção do fruto do Espírito. É preciso rever-se, questionar-se quando nos declaramos batizados no Espírito e não produzimos fruto.

Você deve ter observado até o momento que só nos referimos ao Fruto do Espírito, porque esta é a forma correta segundo as Escrituras:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” (Gl 5.22). É o resultado do novo nascimento, demonstrado em um novo procedimento refletido em vários aspectos que podem ser ilustrados do seguinte modo:

ESTA FORMA ABAIXO ESTÁ COMPLETAMENTE ERRADA, PORQUE NÃO SÃO FRUTOS. MAS, FRUTO.

A FORMA CORRETA PARA ILUSTRÁ-LO É DA MEXERICA, PORQUE SE TRATA DE APENAS UM FRUTO, COM VÁRIOS GOMOS, VÁRIOS ASPECTOS. CADA GOMO –UM ASPECTO DO FRUTO.

CADA GOMO FAZ PARTE DE UM FRUTO, NÃO É UM FRUTO. É POR ISTO QUE NÃOS DIZEMOS FRUTOS DO ESPÍRITO, MAS FRUTO, PORQUE TODOS ELES ESTÃO CENTRADOS NO ASPECTO PRINCIPAL QUE É O AMOR.

A Palavra de Deus nos diz “que o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 5.5) É este Espírito Santo em nossas vidas que nos faz produzir o fruto. E, assim, toda a produção do fruto gira em torno do amor.

AMOR, GOZO e PAZ – relacionamento com Deus “Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro.” (I Jo 4.19)

LONGANIMIDADE, BENIGNIDADE, BONDADE – relacionamento com o próximo.
“Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1 Jo 4:20)

FÉ, MANSIDÃO, TEMPERANÇA – relacionamento consigo mesmo. Quando amamos a Deus estamos comprometidos com Ele. “Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele.” (1 Co 8:3) “Se me amais, guardai os meus mandamentos.” (Jp 14.15)

Somente a constante leitura da Palavra de Deus, uma vida de oração e, principalmente, o auxílio do Espírito serão de grande valia para produzirmos o fruto em nosso dia-a-dia.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

– O vídeo FRUTO do ESPÍRITO ● da Série Desenhando a Bíblia traz diversas informações relativas a cada aspecto do fruto, ilustrando-o. https://youtu.be/KyyrJJu81_c. Acesso em 02 dez. 2023.

 – Fazer a pesquisa para descobrir quais personagens bíblicos produziram, no seu viver, no seu cotidiano, aspectos do fruto do Espírito. Fazer a brincadeira citando o versículo dizendo: Quem é? Quem é?

a) Um personagem que demonstrou amor ao próximo. Samaritano (Lc 10.33,34): Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou- o para uma estalagem, e cuidou dele;

b) Um personagem que sentia gozo no seu coração. Paulo e Silas.
E, perto da meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam. (At 16.25)

c) Um personagem que buscou a paz. Abigail.
Perdoa, pois, à tua serva esta transgressão, porque certamente fará o SENHOR casa firme a meu senhor, porque meu senhor guerreia as guerras do SENHOR, e não se tem achado mal em ti por todos os teus dias. (1 Sm 25:28)

d) Um personagem que teve longanimidade. Jó
Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso. (Tg 5.11)

e) Um personagem que praticou a benignidade.Nicodemos.
Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. (Jo 3.2)

f) Um personagem que praticou a bondade. Ló.

E vieram os dois anjos a Sodoma à tarde, e estava Ló assentado à porta de Sodoma; e vendo-os Ló, levantou-se ao seu encontro e inclinou-se com o rosto à terra; E disse: Eis agora, meus senhores, entrai, peço-vos, em casa de vosso servo, e passai nela a noite, e lavai os vossos pés; e de madrugada vos levantareis e ireis vosso caminho.

E eles disseram: Não, antes na rua passaremos a noite. E porfiou com eles muito, e vieram com ele, e entraram em sua casa; e fez-lhes banquete, e cozeu bolos sem levedura, e comeram.
Um personagem manso. (Gn 19.1-3)

g) Um personagem que praticou a lealdade/ fidelidade no seu cotidiano. Eliseu
Sucedeu que, quando o SENHOR estava para elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu de Gilgal com Eliseu. E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui,

porque o Senhor me enviou a Betel. Porém Eliseu disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim foram a Betel. (2 Rs 2:1,2)

h) Um personagem que praticou a temperança. José.

E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os seus olhos em José, e disse: Deita-te comigo. Porém ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo, e entregou em minha mão tudo o que tem; Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? (Gn 39.7-9)

Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão. 1 Timóteo 6:11

 Profª. Amélia Lemos Oliveira

Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/10024-licao-11-o-fruto-do-espirito-santo-i

Vídeo: https://youtu.be/YmaHX1IZ-Bc

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