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JUVENIS – LIÇÃO Nº 11 – SOFONIAS E AGEU

SOFONIAS que, em hebraico, é grafado “Tsephan-Yah”, significa “Jeová esconde”, “Jeová protege”, ou, ainda, “tesouro”. Este profeta era membro da família real judaica, pois era filho de Cusi, tataraneto do rei Ezequias.

Seu ministério desenvolveu-se nos dias do rei Josias, o último rei fiel de Judá: “Palavra do SENHOR, que veio a Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá.” (Sf.1:1).

Portanto, ele tinha acesso à corte e conhecimentos do clima em Jerusalém. A proteção do Senhor, que é evidenciada em seu próprio nome, está registrada em: “Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra, que tendes posto por obra o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do Senhor.” (Sf 2.3)

O livro do profeta Sofonias foi escrito, aproximadamente, no período de 625 a.C – 630 a.C. O seu ministério teve atuação no período do reinado do Rei Josias (640 – 605 a.C.) e antes da queda de Nínive em 612 a.C.: “Estenderá também a sua mão contra o norte, e destruirá a Assíria; e fará de Nínive uma desolação, terra seca como o deserto”. (Sf 2:13).

A firme condenação da idolatria e indisciplina sugere que ele tenha profetizado antes de 621, se não antes de 628, quando Josias executou a grande reforma. Se a profecia tiver precedido a primeira purificação, 630 a.C. será a data provável. Se precedeu a purificação posterior, 625 será a data mais conveniente. (Elissen, 1993, p.324)

Mensagem contemporânea à de Jeremias, o profeta prega de modo análogo ao profeta das lágrimas, trazendo o anúncio do juízo divino sobre Judá por causa da rebeldia.

O livro de Sofonias tem três capítulos e pode ser dividido em duas partes:

a)1ª parte – o juízo universal – Sf.1-3:7

b)2ª parte – o estabelecimento do reino – Sf.3:8-20

Naquele período, houve diversas mudanças nos grandes impérios mundiais: a Assíria estava declinando e a Babilônia iniciava seu processo de ascensão sobre as outras nações diante da batuta de Nabopolassar.

O Egito penetrava de modo ineficiente na Palestina e o Reino de Judá se enfraquecia sob a batuta de Manassés, que se tornou um vassalo da Assíria, um pagador de impostos que se valia disto para sentir uma reles segurança diante das outras nações.

Após um período de 55 anos de sangue derramado nos reinados de Manassés e Amon, o Reinado de Josias, de acordo com II Crônicas 34, está dividido da seguinte forma:

a.640-632 a.C. — Princípio do reinado até buscar o Senhor aos dezesseis anos.
b.632-629 a.C.— Período de reinado depois de buscar o Senhor, antes da reforma.
c.628-621 a.C. — Primeira purificação da idolatria em Jerusalém e todo Israel.
d.621-609 a.C. — Posterior purificação depois de ser encontrado no templo o Livro da Lei e reunido o povo para renovação da aliança.

O Rei Josias foi auxiliado e recebeu a influência de homens de Deus, profetas como Sofonias que lhe acompanharam na reforma do governo e na instituição do retorno à religiosidade, da reforma.

O propósito da profecia de Sofonias era proclamar uma advertência à nação, condenar a idolatria e advertir o povo sobre o grande dia da ira divina que estava para vir. Procurou enfatizar os resultados do julgamento final de Israel, nação que deve buscar a purificação e humildade, a restauração do Senhor que habita no meio do Seu povo.

MENSAGENS ESPECIAIS DE SOFONIAS:

O Grande Dia do Senhor – “O grande dia do Senhor está perto, sim, está perto, e se apressa muito; amarga é a voz do dia do Senhor; clamará ali o poderoso.” (Sf 1.14) Em 630 a.C., Sofonias enfatiza o Dia do Senhor e dá realce à fúria do Altíssimo.

Joel 2:31 (835 a.C.) e Malaquias 4:5 (430), num período de aproximadamente 200 anos. Todos estes profetas falaram a Judá num período de apostasia, tornando claro para os judaítas que Deus é o único refúgio para o arrependido.

Sofonias e a sua terrível descrição de Deus – Miqueias, Naum e Habacuque falaram do Senhor como um Deus que julga severamente, mas a descrição de Sofonias é a mais terrível da Bíblia:

Acontecerá que, no dia do sacrifício do Senhor, castigarei os príncipes, e os filhos do rei, e todos os que se vestem de trajes estrangeiros. (Sf 1.8)

Portanto esperai-me, diz o Senhor, no dia em que eu me levantar para o despojo; porque o meu decreto é ajuntar as nações e congregar os reinos, para sobre eles derramar a minha indignação, e todo o ardor da minha ira; porque toda esta terra será consumida pelo fogo do meu zelo. (Sf 3.9)

Ele exorta os homens idólatras e rebeldes a se comprometerem com Deus e atentarem para o juízo que está por vir, para o fogo da indignação divina por causa do pecado e intransigência com a Palavra de Deus, os quais trarão o colapso final do Universo. Pregou uma mensagem severa e sombria.

A denúncia foi o principal tema de sua pregação porque confrontou os homens para que se encontrem, um dia, com o Senhor. Jerusalém era apresentada como uma cidade rebelde, manchada de pecado e opressora.

Os homens rebeldes serão liquidados no dia da ira divina. A misericórdia do Senhor é o salvo-conduto para aqueles que buscam reatar o relacionamento com o Senhor.

Um resumo arrebatador das profecias do Antigo Testamento – o tema central das profecias do Antigo Testamento é referente ao Dia do Senhor, quando se destaca a relação para com Israel e as outras nações gentias rebeldes, enfatizando a mensagem principal e concluindo “Como a maioria dos outros profetas, Sofonias conclui com uma profecia da restauração de Israel após seu arrependimento. O Senhor vem a ele como um Guerreiro vitorioso, a fim de levar seu povo para a renovação e o triunfo”. (Elissen, 1993, p. 327) Ou seja, aqueles que se arrependessem em tempo oportuno, poderiam aplacar a ira de Deus.

Catálogo dos pecados religiosos – Dentre os pecados cometidos pelo povo, a idolatria se destre eles. Elissen (1993, p. 327) faz uma relação das transgressões cometidas:

A lista do profeta inclui:

1) adoradores de Baal e de outras divindades cananeias;

2) adoradores da natureza, do sol, da lua e das estrelas;

3) religiões sincréticas que pressupõem adorar o Senhor, mas também adoram outros deuses;

4) os que abandonam deliberadamente a adoração divina; e

5) os indiferentes que não se interessam em obedecer às exigências divinas (1:4-6).

Ainda há os que têm ideias deístas, supondo que o Senhor vive muito ocupado e indiferente às situações angustiosas dos homens (1:12). Sofonias reservou também um» invectiva contra os corruptos líderes de Jerusalém, tanto religiosos quanto civis, que se tinham tornado impermeáveis às instruções divinas (3:1-5).

Com rematado desdém pelos orgulhosos, o profeta apenas viu esperança para os humildes que, embora coxos e proscritos, confiavam no nome do Senhor (2:3; 3:12).

Juízo sobre a FilístiaSofonias aponta quatro cidades:

Gaza, Asquelom, Asdode e Ecrom.

Cada uma delas sofreria o juízo correspondente ao significado do seu nome. Gaza (hb. desamparada, esquecida), Asquelom (hb.desolada), Asdode (hb. dispersa, expulsa) e Ecrom (hb. desarraigada). Tudo isto ocorreu com a Filístia, terra que foi desolada, despovoada, sofreu o peso do juízo e foi destruída.

Porque Gaza será desamparada, e Ascalom assolada; Asdode ao meio-dia será expelida, e Ecrom será desarraigada. Ai dos habitantes da costa do mar, a nação dos quereteus! A palavra do Senhor será contra vós, ó Canaã, terra dos filisteus; e eu vos destruirei, até que não haja morador. E a costa do mar será de pastos e cabanas para os pastores, e currais para os rebanhos. (Sf 2. 4- 6)

Juízo contra Moabe e Amom – seriam aniquilados como Sodoma, Etiópia e Assíria o foram. Povos de origem incestuosa, mostravam-se arrogantes no trato com o povo judeu e, até mesmo, apoderaram-se de terras israelitas em períodos de calamidades. O orgulho destes povos se evidenciava nos insultos que dirigiam aos judeus para provocá-los e engrandecer-se. No entanto, o Senhor se manifesta contra esta postura:

Embriagai-o, porque contra o Senhor se engrandeceu; e Moabe se revolverá no seu vômito, e ele também se tornará objeto de escárnio. […] Ouvimos da soberba de Moabe, que é soberbíssimo, como também da sua arrogância, e da sua vaidade, e da sua altivez e do seu orgulhoso coração. (Jr 48. 26,29)

O Senhor fará, ou seja, já fez de Moabe e Amom, o que fez com Sodoma e Gomorra. Seus campos secarão, neles crescerão urtigas e terão poços de sal. Tudo isto indica esterilidade e desolação, apontados pelo sal que é indicado pela situação da região do Mar Morto, aonde nada se produz, por causa da alta salinidade.

Assim ficaram improdutivas as terras de Moabe e Amom, porque o seu povo zombou da nação escolhida de Deus, portou-se de modo completamente indevido diante do Todo-Poderoso. Por isto, colheu a sua “recompensa”.

Eu ouvi o escárnio de Moabe, e as injuriosas palavras dos filhos de Amom, com que escarneceram do meu povo, e se engrandeceram contra o seu termo. Portanto, tão certo como eu vivo, diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, Moabe será como Sodoma, e os filhos de Amom como Gomorra, campo de urtigas e poços de sal, e desolação perpétua; o restante do meu povo os saqueará, e o restante do meu povo os possuirá.

Isso terão em recompensa da sua soberba, porque escarneceram, e se engrandeceram contra o povo do Senhor dos Exércitos. O Senhor será terrível para eles, porque emagrecerá todos os deuses da terra; e todos virão adorá-lo, cada um desde o seu lugar, de todas as ilhas dos gentios. (Sf 2.8-11)

Juízo contra a Etiópia e Assíria – a espada do Senhor se voltaria contra os etíopes e esta profecia se cumpriu quando Nabucodonosor invadiu o Egito e o subjugou. Isaías, Jeremias e Ezequiel também profetizaram contra estas nações. A vaidade que tomava conta dos moradores de Nínive levara-os à ruína.

Também vós, ó etíopes, sereis mortos com a minha espada. Estenderá também a sua mão contra o norte, e destruirá a Assíria; e fará de Nínive uma desolação, terra seca como o deserto. E no meio dela repousarão os rebanhos, todos os animais das nações; e alojar-se-ão nos seus capitéis assim o pelicano como o ouriço; o canto das aves se ouvirá nas janelas; e haverá desolação nos limiares, quando tiver descoberto a sua obra de cedro.

Esta é a cidade alegre, que habita despreocupadamente, que diz no seu coração: Eu sou, e não há outra além de mim; como se tornou em desolação, em pousada de animais! Todo o que passar por ela assobiará, e meneará a sua mão. (Sf 2. 12-15)

Deus está no controle de todas as nações, de todos os povos e da História. A Sua Lei é soberana. Aqueles que se dispuserem a obedecê-lo, serão bem-aventurados e prosperarão, terão paz e viverão em comunhão com Ele.

AGEU

Ageu (Haggai) quer dizer “festivo” ou “minha festa”. Será que nasceu num dia festivo, de Páscoa ou uma outra festa judaica? Ou foi um nome profético dado, porque ele viveu num período profético de futura felicidade do povo israelita que retornaria a reconstruir seu templo?

Sendo assim, a conclusão do templo para o início das festividades religiosas era o propósito do ministério profético de Ageu. Este servo de Deus enfatizou a importância do culto e da casa de Deus, da pobreza e fracasso vivenciados pelo povo que serão transformados em prosperidade, bem como suscitar a relevância da fidelidade à aliança feita com o Senhor. Não há muitas informações a respeito do profeta Ageu, apenas as menções no livro de Esdras.

E os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos judeus que estavam em Judá, e em Jerusalém; em nome do Deus de Israel lhes profetizaram. (Ed 5.1)

E os anciãos dos judeus iam edificando e prosperando pela profecia do profeta Ageu, e de Zacarias, filho de Ido. E edificaram e terminaram a obra conforme ao mandado do Deus de Israel, e conforme ao decreto de Ciro e Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia. (Ed 6.14)

Alguns estudiosos acreditam que Ageu tenha visto o Templo reconstruído antes da destruição: “Quem há entre vós que, tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é esta como nada diante dos vossos olhos, comparada com aquela?” (Ag 2.3). Segundo a tradição judaica, Ageu era nascido na Babilônia e fez seus estudos com Ezequiel.

Seu nome não está na relação de repatriados à Jerusalém na primeira leva de exilados em 537 a.C. O companheiro de ministério de Ageu era Zacarias o qual, junto a ele, contribuiu para incentivar o povo que se uniu para restaurar o templo.

O livro foi escrito no início do segundo ano do rei Dário, no sexto mês e somente foi finalizado no vigésimo quarto dia do sétimo mês, um período de dois meses.

Embora seja um ministério num curto período, a finalidade é mais que eficaz na sua proposta de conduzir o povo a priorizar o que é do Alto.

O tempo do ministério não importa, porque a presença e o poder do Senhor fazem toda a diferença.
É necessário considerar que, após a invasão babilônica, a nação judaíta enfrentava diversos reveses, porque Jerusalém estava destruída, as habitações demolidas e todos viviam na mais completa penúria. Reconstruir tudo parecia impossível. Havia a hostilidade dos povos vizinhos que se posicionaram como adversários. Até o Rei Artaxerxes I deu ordens para que a obra cessasse.

Então, depois que a cópia da carta do rei Artaxerxes foi lida perante Reum, e Sinsai, o escrivão, e seus companheiros, apressadamente foram eles a Jerusalém, aos judeus, e os impediram à força e com violência. Então cessou a obra da casa de Deus, que estava em Jerusalém; e cessou até ao ano segundo do reinado de Dario, rei da Pérsia. (Ed 4.23,24)

Diante deste quadro, os judeus repatriados passaram a cuidar de sua própria sobrevivência, das suas vidas, deixando de cuidar das questões relacionadas à reconstrução nacional para atender à reconstrução de seu patrimônio pessoal. Reconstruir o templo não mais era a prioridade da nação judaíta.

Muitos se ocupavam de viver independentemente do rei da Pérsia. Sendo assim, viam na subsistência privada e individual um modo de espantar os inimigos.

Após os setenta anos de cativeiro na Babilônia, os judeus retornaram, sob a nova política persa que encorajava a volta dos cativos, e lhes foi proporcionada uma nova situação de vida, um distrito na província daquém Eufrates. Esse tratamento benévolo por parte de Ciro pode ter sido devido à influência de Daniel.

A oposição à reconstrução do templo veio dos vizinhos samaritanos que tentaram integrar-se com os judeus e amalgamar as religiões. Essa oposição teve como resultado perseguições e a construção ficou suspensa por quatorze anos. (Elissen, 1993, p.330)

Parecia ser uma solução plausível, mas não era a vontade divina para o povo. A desobediência, a negligência à Lei do Senhor, o abandono da Casa do Senhor traria prejuízos na safra e dificuldades na sobrevivência, pois o povo buscava os elementos materiais em detrimento daquilo que é espiritual:

“Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos. Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, porém não vos fartais; bebeis, porém não vos saciais; vestis-vos, porém ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o num saco furado.” (Ag 1.5,6). Foi o que se viu após 14 anos de negligência na construção do templo, quando o Senhor mandou seca e má colheita ao povo a fim de alertá-lo. Este foi o objetivo da escrita da obra, ou seja, do livro do profeta Ageu.

Apesar disto, não podemos negar que a benevolência divina foi manifesta desde quando o Senhor guardou a leva de repatriados judeus à Jerusalém até o início da reconstrução do Templo, o que veio trazer grande esperança ao povo, pois a Casa do Senhor era uma referência de proteção divina, de presença divina, de manifestação sobrenatural, tal como o tabernáculo se constituía no deserto como o alvo para o qual o povo deveria se voltar em sua jornada.

A colocação dos alicerces do Templo, de certo modo, atraiu muitos inimigos, os quais começaram a zombar dos israelitas, mentir sobre eles, caluniar etc. Estas atitudes hostis causavam temor, é verdade, mas lá estavam os profetas de Deus para encorajar o povo que, após 14 anos retomou esta tarefa gloriosa de erguer a Casa do Senhor.

Ageu e Zacarias foram levantados, por Deus, para conscientizar o povo da necessidade de enfrentamento das dificuldades e, nas circunstâncias difíceis, prosseguir dando o devido lugar ao Senhor, prática que deveria se iniciar pelas maiores autoridades da nação:
No segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho

de Sealtiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo:
Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve ser edificada. (Ag 1.1-2)

O verdadeiro profeta, nem sempre, traz mensagens populares, mensagens que agradam ao povo, haja vista que a mensagem exortativa é desagradável ao olhar humano, mas tem a finalidade de conduzir o homem ao verdadeiro caminho. Se o povo cumprisse a proposta divina de reedificação do templo e da própria nação, poderia garantir a sua própria sobrevivência. O Senhor prosseguiu falando: levantou o profeta Zacarias que auxiliou Ageu nas palavras de ânimo para a reedificação.

As mensagens não foram referentes apenas à reconstrução do Templo, mas diziam respeito ao futuro próximo e distante dos judeus. Ageu falou sobre o Segundo Templo, que abrigaria glória maior que a do primeiro, palavra que se confirmou com a apresentação do Messias.

O povo deveria se dedicar aos assuntos divinos e abandonar a insensibilidade. Zorobabel seria vitorioso na obra que estava empreendendo, a reconstrução do Templo foi finalizada e teve a aprovação do Governo Persa.

O livro de Ageu, que tem dois capítulos, pode ser dividido em quatro partes:

a)1ª parte – primeira mensagem do profeta – Ag.1

b)2ª parte – segunda mensagem do profeta – Ag.2:1-9

c)3ª parte – terceira mensagem do profeta – Ag.2:10-19

d)4ª parte – quarta mensagem do profeta – Ag.2:20-23

Neste livro, observamos como Deus zela por seus filhos, com o fim de manter a identidade religiosa e espiritual de Seu povo, de tal forma que deveriam prosseguir na constituição do espaço onde as pessoas pudessem ver a manifestação do amor divino, enquanto se estruturava o Templo que, futuramente, receberia o Messias, na plenitude dos tempos.

E farei tremer todas as nações, e virão coisas preciosas de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos Exércitos. Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos. (Ag 2. 7-9)

Sobre as datas dos fatos, daquele período, mencionados nas Escrituras, Elissen (1993, p.330) apresenta uma relação:

DATAS DOS ACONTECIMENTOS NARRADOS:

538 a.C. Decreto de Ciro para o retorno dos judeus a fim de reconstruírem o templo (Esdras 1:1).

537 a.C Retorno dos primeiros cativos sob governo de Sesbazar (Esdras 2:1).

537 a.C Altar erguido e ofertas reiniciadas em Jerusalém (Es dras 3:6).

536 a.C Começada a reconstrução das fundações do templo (Esdras 3:10).

534 a.C Reconstrução interrompida devido à ameaça dos samaritanos (Esdras 4:4-5).

530 a.C Interrupção oficial da reconstrução por ordem de Artaxerxes (Esdras 4:6, 21).

521 a.C Ascensão de Dario Histaspes ao trono persa (Esdras 4:5).

520 a.C Retomada da construção do templo após a insistência de Ageu e Zacarias (Esdras 5:1-2; Ageu 1:14-15).

520 a.C Decreto de Dario I para recomeçar a construção do templo, com garantia de subsídio e proteção a fim de assegurar o seu término (Esdras 4:24; 6:8 e ss.).

516 a.C Templo terminado em 3 de março (Adar), possibilitando a observância da Páscoa em 14 de abril (Esdras 6:19).

Os profetas Ageu e Zacarias surgiram numa época estritamente necessária para o povo de Judá. O povo, de fato, precisava ouvir a voz do Senhor.

Não podia cometer os mesmos erros dos israelitas, do tempo de Jeroboão II, que apenas pensavam nos aspectos materiais, no enriquecimento, na construção de mansões, deixando a Casa do Senhor de lado. Era necessário priorizar a adoração ao Senhor e a Palavra de Deus.

A comunidade judaica não podia paralisar a vida religiosa. Este mesmo Templo reconstruído foi remodelado, reformado por Herodes, o Grande e veio a ser o centro das atenções no ministério do Senhor Jesus Cristo em Jerusalém. Ele teve um papel primordial na história da redenção.

Profª. Amélia Lemos Oliveira

Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/10589-licao-11-sofonias-e-ageu-i

Vídeo: https://youtu.be/DWPVqfd8Gh8

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