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JUVENIS – LIÇÃO Nº 13 – A PROFECIA NA ATUALIDADE

 

A profecia foi o instrumento de Deus para se comunicar com seus filhos, pois o Senhor sempre falou com seu povo, desde o Jardim do Éden.

A Bíblia diz que o Senhor visitava o homem para com ele conversar, para comunicar-lhe seus ensinos: “ E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia;” (Gn 3.8). Ele nunca deixou de falar conosco.

Em todas as Escrituras, desde o Gênesis até o Apocalipse, falava com seus filhos e conosco ainda fala: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. […] Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” ( Ap 3.1,2,6) Sendo assim, é preciso estar atento para ouvi-LO.

Os profetas, por sua vez, não compreendiam bem o que estavam dizendo, os motivos pelos quais estavam enunciando aquelas mensagens, pois não tinham origem neles, mas no Senhor. Não eram elaboradas por eles, mas inspiradas pelo Senhor.

Sendo assim, cumpre-se o texto de Isaías que diz: Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor (Is 55:8). São os pensamentos do Senhor orientando a fala dos profetas.

Os profetas não tinham uma noção clara do que ocorreria, quando ocorreria e de que forma ocorreria. As profecias são enigmáticas, são repletas de figuras de linguagem. As mensagens proféticas provêm do Deus que está acima de nós e usa uma linguagem especial, figurada, para se comunicar com seus filhos.

COMO ERA A PROFECIA NO ANTIGO TESTAMENTO

Deus falava com Moisés “cara a cara”: E nunca mais se levantou em Israel
profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face; (Dt 34:10)

“Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?” (Nm 12:8)

Isto é sinal da intensa comunhão que Moisés tinha com Deus. Profeta como Moisés, só veio mais um outro que foi o nosso Senhor Jesus. O próprio Moisés exortou o povo a ouvi-lo: “O Senhor teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;” (Dt 18:15)

É por isto que os profetas seguintes falavam por meio de linguagem figurada e enigmas. Nenhum outro profeta seguinte profetizou e ministrou ao povo como o profeta Moisés. Todos fizeram majestosamente o seu trabalho de acordo com as condições e poder que o Senhor lhes concedeu.

OS PROFETAS NO ANTIGO TESTAMENTO – PENTATEUCO

O Profeta exercia um ofício de caráter nacional. Era levantado por Deus que lhe dava a missão de falar em Seu nome para o povo israelita e para os povos estrangeiros.

O primeiro homem a ser chamado de profeta, por Deus, na Bíblia, foi Abraão: “Agora, pois, restitui a mulher ao seu marido, porque profeta é, e rogará por ti, para que vivas.” (Gn 20:7)
Arão, porta-voz de Moisés, no palácio de Faraó, foi seu profeta: “Então disse o SENHOR a Moisés: […] Arão, teu irmão, será o teu profeta.” (Ex 7:1)

Em Nm 12.6, Deus diz como usaria um profeta: “[…] eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele.”

PROFETAS EM DIVERSOS LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO

Estes profetas aparecem com frequência, nos livros históricos, os quais exerceram papéis extremamente relevantes, tais como:

➢SAMUEL- ungiu a Saul e a Davi como reis de Israel (1 Sm 10.24; 16.13) ;

➢NATÃ – acompanhou o reinado de Davi, exortou-o quando pecou e ungiu Salomão ao reinado de Israel (II Sm 12; I Rs 1.39);

➢AÍAS – profetizou a divisão do reino de Israel (1 Rs 11.31, 32);

➢ELIAS – denunciou os pecados de Acabe e Jezabel (1 Rs 17.1; 18.46);

➢ELISEU- usado com grande poder, sinais e maravilhas ((2 Rs 2.9-11, 19-25, 22.14-20

O Senhor falou pelos profetas, falou do Seu Filho pelos profetas e, por fim, falou pelo Filho para TODA a sua Igreja:

Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA. (Jr 23.5,6)

E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. […] E ele permanecerá, e apascentará ao povo na força do Senhor, na excelência do nome do Senhor seu Deus; e eles permanecerão, porque agora será engrandecido até aos fins da terra. (Mq 5.2,4)

Cristo veio à Terra, cumprindo as diversas profecias a seu respeito, mas foi necessário que Ele retornasse aos céus para porque Seu ministério estava cumprido, o sangue da Nova Aliança foi derramado e Ele ressuscitou para nossa justificação.

Comentando sobre a jornada do cristão, na lição de nº 12, “A bendita esperança – a marca do cristão” (na Rede Brasil Oficial. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OsRRipMUvxw&t=788s. Acesso em 23 jun.2024), o Ev. Shóstenes Pereira menciona um livro escrito em inglês, Science Speaks, no qual um historiador apresenta dados sobre as profecias referentes a Cristo. São 456 profecias registradas no Livro Santo sobre o nosso Salvador, das quais 312 já se cumpriram. Uma delas é o Seu retorno à glória celestial que foi seguido de grande festa e regozijo, grande culto de adoração, glorificação ao Seu nome:

Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra.

Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos, ele é o Rei da Glória (Sl 24.7-10)

O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação. (Rm 4.25)

Trata-se de um dos Salmos proféticos, tais como o Salmo 22, que fala do sofrimento do Messias. Vejamos profecias sobre Cristo no AT e seus cumprimentos:

Salmo 2.7 > Mateus 3.17 (Deus declarará o Messias, Jesus, seu Filho)

Salmo 8.6 > Hebreus 2.8 (Todas as coisas serão postos debaixo dos pés do Messias Salmo 16.10 > Marcos 16.6-7 (Ressuscitará da morte)

Salmo 22.1 > Mateus 27.46 (Deus o desamparará na hora da necessidade) Salmo 22.7-8 > Lucas 23.35 (Será zombado e insultado)

Salmo 22.16 > João 20.25, 27 (Suas mãos e seus pés serão perfurados) Salmo 22.18 > Mateus 27.35-36 (Lançarão sorte pelas suas vestes)

Salmo 34.20 > João 19.32-33, 36 (Nenhum osso será quebrado) Salmo 35.11 > Marcos 14.57 (Será acusado por testemunhas iníquas)

Salmo 35.19 > João 15.25 (Será odiado sem motivo)

Salmo 40.7-8 > Hebreus 10.7 (Virá para fazer a vontade de Deus) Salmo 41.9 > Lucas 22.47 (Será traído por um amigo)

Salmo 45.6 > Hebreus 1.8 (Seu trono será eterno)

Salmo 68.18 > Marcos 16.19 (Assentar-se-á à destra de Deus) Salmo 69.9 > João 2.17 (O zelo pela casa de Deus o consumirá) Salmo 69.21

> Mateus 27.34 (Receberá fel e vinagre para beber) Salmo 72.1-5, 17 > Lucas 1.32-33 (Terá um reino eterno)

Salmo 72.8-11, 19 > João 1.5-9; Atos 13.47-48 (Téra um reino mundial) Salmo 72.2-4 > Lucas 4.17-19 (Julgará com justiça e eqüidade)

Salmo 78.2 > Mateus 13.34 (Falará em parábolas)

Salmo 109.4 > Lucas 23.34 (Orará a favor dos seus inimigos)

Salmo 109.8 > Atos 1.20 (O encargo do seu traidor será tomado por outro)

Salmo 110.1 > Mateus 22.44 (Os seus inimigos serão colocados debaixo dos seus pés) Salmo 110.4 > Hebreus 5.6 (Será um sacerdote semelhante a Melquisedeque)

Salmo 118.22 > Mateus 21.42 (Será uma pedra angular) Salmo 118.26 > Mateus 21.9 (Virá em nome do Senhor)

Extraído de: https://ultimato.com.br/sites/timcarriker/2007/10/27/24-salmos-messianicas/. Acesso em 22 jun.2024.

Após a ressurreição do Senhor Jesus e a Sua assunção aos céus, Ele prometeu o envio do Consolador, o Espírito Santo que estará conosco em todos os momentos, nos inspirando e nos dirigindo na atuação do ministério.

Os primeiros crentes obedeceram ao Senhor e se reuniram no cenáculo, em Jerusalém, onde receberam o Batismo no Espírito Santo e os dons espirituais, os quais contribuem para a edificação da igreja e são as provas de que o Senhor está no meio do Seu Povo:

Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.

E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. (I Co 12.4-7, 10)

Tudo isto ocorreu porque uma profecia já tinha sido anunciada pelo profeta Joel, uma mensagem do avivamento que viria sobre o povo.

Quando o Senhor promete, podemos ter esperança e manter nossa expectativa porque, no momento aprazado, vai acontecer, pois algo que Ele não pode fazer é mentir: “Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos;” (Tt 1.2)

O derramamento do poder do Espírito Santo foi anunciado por Joel e, com o passar dos anos, pelo Senhor Jesus:

E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.

E sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito (Jl 2. 28,29)
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. (Jo 14.16,17)

A profecia se cumpriu no passado, está se cumprindo em nossos dias e ainda está para se cumprir no futuro. É dotada de uma mensagem para a posteridade, é progressiva, sempre tem uma perspectiva de futuro para quem a está ouvindo. Quando lemos sobre os últimos dias e o período de dores pregado por Cristo, podemos observar que estamos vivenciando estes dias e ainda se verá muito mais até que nosso Salvador retorne.

E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores. (Mt 24.6-8)

OFÍCIO PROFÉTICO

No Antigo Testamento, o profeta trazia uma revelação progressiva (novos elementos, novas informações) do plano de salvação. É por isto que vemos uma distinção entre o OFÍCIO PROFÉTICO e o MINISTÉRIO PROFÉTICO. O ofício profético começa com Enoque e termina com João Batista.

Jesus foi profeta. Com Jesus se completa a revelação, porque Deus se revelou por completo aos seus filhos (Jo 15.15). Jesus revelou tudo, não há o que acrescentar à revelação. Por isto, não podemos crer em falsos profetas

E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. (Jd 14,15)

A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele. (Lc 16:16)
Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho. (Hb 1:1)

O Apocalipse é o único livro profético do Novo Testamento.

O ministério profético é o trabalho daqueles que foram chamados para exercer a missão de transmitir mensagens divinas para a igreja que precisa receber uma Palavra inspirada pelo Espírito Santo.

Estes homens vão apenas recordar o que já está escrito.
Este dom ministerial é contínuo, constante. Quem recebeu esta capacitação do Senhor, sempre profetiza quando Deus lhe concede a Palavra.

É um ministério que atua na mediação da Palavra de Deus. Através da exposição da Palavra de Deus, se ouve a profecia.
E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. (At 11.28)

E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. (At 13.1)
E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios. (At 21.11)

O DOM DE PROFETA E O DOM DE PROFECIA

Os dons ministeriais de profeta não são para todos, pois a Bíblia diz: “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas […]” (1 Co12:28).” E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas […] (Ef 4:11)
Observa-se, portanto, que a eleição é do Senhor. Ele concede para a igreja, com a finalidade de promover o aperfeiçoamento dos santos, sempre apontando para a Bíblia.

Os dons ministeriais são uma concessão divina. É Deus quem escolhe e chama os seus eleitos, que nada podem acrescentar às Escrituras. Estes homens devem corrigir, desmascarar o pecado e apontar o que está afastando o povo de Deus.

FINALIDADES DOS DONS MINISTERIAIS

a)O aperfeiçoamento dos santos – “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.” (1 Pe 1:15). Contribuir para que os crentes vivam de forma santa e comprometida com a Palavra de Deus, integrando-se melhor à comunidade cristã e, se houver, chamada, ao ministério.

b)Para a obra do ministério – por meio do ministério e o desenvolvimento de competências para a vida eclesiástica que envolvam aspectos tais como a administração espiritual, humana e organizacional da Igreja local, o que requer direção divina.

c)A edificação do corpo de Cristo- os dons ministeriais contribuem para a formação do edifício de Deus, os salvos em Cristo, os quais são a Igreja Invisível. Torna-se visível esta casa espiritual. “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” (1 Pe 2:5)

Enquanto o dom de profeta é concedido aos eleitos pelo Senhor, o dom de profecia está disponível a todos os que o buscarem.
Paulo orienta os cristãos a buscarem o dom de profetizar (I Co 14.1), mas devem estar alertas de que a profecia passa pelo julgamento de outrem (I Co 14.29,32)

O DOM DE PROFECIA NA IGREJA

– Com a finalidade de edificar, exortar e consolar, a mensagem profética deve ser dirigida pelo Espírito Santo.
– Aquele que profetiza não pode fazer, de seu dom, uma demonstração pública de espiritualidade com o fim de provar superioridade.
– O dom espiritual não deve ser empregado para dirigir o pastor ou grupos especiais da igreja, a não ser que o Espírito Santo esteja comandando.

– A profecia contribui para a edificação e crescimento da igreja.

FINALIDADES DO DOM DE PROFECIA:

Os crentes em Cristo são edifício de Deus: “Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.” (I Co 3:9)

A edificação é como o discipulado, que deve prosseguir por toda a vida cristã, por meio do ensino da Palavra e da formação do caráter cristão.

Ela ocorre quando um cristão precisa passar por um processo de aperfeiçoamento, formação da natureza cristã, necessitando alcançar um nível de espiritualidade adequado à vontade divina. Assim, Deus usa alguém para profetizar e orientar a pessoa para que alcance o padrão que Ele requer de Seus filhos.

Muitos obreiros trabalham para a edificação da Igreja, mas nada se compara à profecia, à mensagem inspirada pelo Espírito Santo com a finalidade de moldar o crente à determinação do Pai celestial

Exortar não tem relação com o ato de intimidar, ameaçar ou causar pavor em alguém. Quem pensar assim, está se equivocando. Quem exorta, está auxiliando a pessoa a encontrar a saída para melhorar a sua conduta de acordo com a Palavra de Deus, servindo a Ele com fidelidade.

Paulo recomenda a Timóteo “exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” (2 Tm 4:2), ou seja, o ato de exortar deve ser feito com paciência e observância à Palavra divina.” A profecia preserva o povo de Deus da corrupção (Pv 29.18a).

É imprescindível que haja exortação no meio do povo de Deus para que se evite tantas aberrações que têm escandalizado a verdadeira pregação do Evangelho, tais como: unção do riso, suor ungido, teologia da prosperidade, urina ungida etc.

“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei.” (Os 4:6)

O outro Consolador, o Paracleto prometido por Cristo envia a mensagem de consolação aos servos do Senhor . “Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados.” (1 Co 14:31).

É o princípio que precisa orientar a emissão da profecia na igreja, ou seja, deve haver sujeição mútua entre aqueles que profetizam: “E os espíritos dos profetasestão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” (1 Co 14:32,33)

A consolação é primordial para todos aqueles que estão passando por momentos difíceis em suas vidas. “ Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu para que temas o homem que é mortal, ou o filho do homem, que se tornará em erva?” (Is 51:12)

ERROS QUE DEVEM SER EVITADOS NO USO DO DOM DE PROFECIA

1.A profecia não pode ser usada para guiar a Igreja, ou direcionar a administração da igreja local. O manual da Igreja, que contém a Profecia por excelência, é a Bíblia Sagrada que traz as respostas para questões materiais, humanas e materiais.

2.O crente não pode tomar decisões dependendo de uma profecia. Muitos irmãos, dotados de dons espirituais, são tratados e vistos como “gurus”, até oferendo consultas a um valor fixo. A profecia é dirigida à Igreja e não ao interesse particular de pessoas.

3.Alguns usam a profecia como fonte de doutrina, o que é um equívoco porque a única fonte de doutrina é a Palavra de Deus.

4.Usar descontroladamente o dom de profecia e no momento inadequado, sem a direção do Espírito Santo. Paulo orientou os crentes de Corinto a “procurar, com zelo, profetizar, e nãoproibais falar línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (1 Co 14:39,40). É preciso tomar cuidado com a autossuficiência e achar que pode profetizar sobre o que quiser, quando quiser, porque é o Espírito Santo quem assumir a direção

COMO CONHECER O VERDADEIRO PROFETA

❖Ele só diz o que ouve da parte de Deus – o profeta verdadeiro não fala o que a sua mente imaginou, nem a sugestão oriunda de informação de outros, mas a sua mensagem é de origem divina, é fruto da orientação espiritual. O profeta sincero não se preocupa em agradar ou ser desagradável ao transmitir suas mensagens por causa da posição social de quem ouve, porque está comprometido com a veracidade da mensagem, tal como o profeta Micaías que preocupava o Rei de Israel (I Rs 22.7-14). No final, foi derrotado. O Rei de Israel foi morto e o exército sofreu uma derrota porque o rei dava ouvidos aos falsos profetas.

❖Há evidências da confirmação de Deus- a mensagem do profeta verdadeiro é autenticada pelo Espírito Santo e merece credibilidade. É o que se observa no profeta Samuel: “E crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra. E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado por profeta do Senhor.” ( I Sm 3:19,20).

❖Tem revelação e discernimento de Deus – o autêntico profeta do Senhor não se permite convencer pela bajulação e lisonja, as aparências não o convencem, porque ele percebe as propostas que estão implícitas nas ações de quem o procura. O profeta Aías é um exemplo:

E sucedeu que, ouvindo Aías o ruído de seus pés, entrando ela pela porta, disse-lhe ele: Entra, mulher de Jeroboão; por que te disfarças assim? Pois eu sou enviado a ti com duras novas.[…] Então a mulher de Jeroboão se levantou, e foi, e chegou a Tirza; chegando ela ao limiar da porta, morreu o menino. (I Rs 14.6,17)

O PROFETA NÃO É INSUBSTITUÍVEL

Elias fugiu para o deserto de Berseba, temeroso de Jezabel. Mas Deus ordenou-lhe para se levantar e prosseguir, pois ainda havia muito a fazer. O pensamento de que era o único profeta, usado por Deus, foi contrariado e Deus o advertiu acerca da existência 7.000 profetas que continuavam servindo ao Senhor. “Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal.” (Rm 11:4)

Sete mil é o número médio de Deus para apontar que Ele sempre tem homens dispostos para dar continuidade ao seu trabalho. Elias foi sucedido por Eliseu

CARACTERÍSTICA DO FALSO PROFETA

1) Ele não tem mensagem de Deus – o falso profeta procura agradar as pessoas e entrega a mensagem segundo o seu coração. Os profetas que lisonjeavam o rei Acabe também profetizavam a favor dele e, quando o rei foi a uma batalha, confiante nas falsas previsões, o resultado não foi o esperado: Disse mais Jeosafá ao rei de Israel: Peço-te, consulta hoje a palavra do Senhor. Então o

rei de Israel reuniu os profetas, quatrocentos homens, e disse-lhes: Iremos à guerra contra Ramote de Gileade, ou deixarei de ir? E eles disseram: Sobe; porque Deus a entregará na mão do rei. E aquele dia cresceu a peleja, mas o rei de Israel susteve-se em pé no carro defronte dos sírios até à tarde; e morreu ao tempo do pôr do sol. (2 Cr 18:4,5,34)

2) Ele desvia o povo dos caminhos do Senhor – é dotado de capacidade carnal e diabólica para desviar o povo dos caminhos do Senhor. Às vezes, faz até sinais e prodígios para impressionar e enganar o povo. Deus advertiu o povo de Israel a não dar ouvidos aos falsos profetas que fazem predições enganosas ( Dt 13.1-5). Tais falsos profetas são manipuladores e cegam o entendimento das pessoas para que compreendam a verdade e creiam apenas em suas mentiras.

3) O falso profeta é soberbo – sem a aprovação divina e da Palavra de Deus, o falso profeta se impõe na igreja, às vezes ignora até a autoridade do pastor e demais lideranças para impor suas falsas mensagens. Esta postura desrespeitosa os incita a formar grupelhos em torno de si com o fim de prosseguir com as falsas profecias.

4) Os falsos profetas são como lobos devoradores – o Senhor Jesus Cristo nos alertou contra os falsos profetas:

Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança- se no fogo. (Mateus 7:15-19)

5) Os falsos profetas vivem na iniquidade – muitos dizem que são profetas de Deus, mas para os tais o Senhor terá uma resposta especial naquele dia.

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome?
E em teu nome não expulsamos demônios?
E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?

E então lhes direi abertamente:
Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. (Mt 7:22,23)

O CASTIGO DOS FALSOS PROFETAS

No Antigo Testamento, o profeta levantado por Deus era responsável por guiar o povo nos aspectos espirituais, sociais e morais. Tal posição envolvia uma grande responsabilidade. O profeta que, aproveitando-se da posição, começasse a manipular o povo e emitisse falsas profecias que induzisse o povo ao desvio, seria condenado por isto.

Na Igreja Cristã, a responsabilidade do profeta, obreiro ou evangelista tem o mesmo peso. Todo pecado é condenado por Deus, sem levar em contar a época, posição eclesiástica ou atitude de quem quer que seja.

O profeta deve ter compromisso com a verdade.

1) Advertência contra o falso profeta- o texto sagrado nos orienta a não darmos atenção aos falsos profetas e às suas falsas narrativas (Dt 13.1-4).

2) Pena capital ao falso profeta – o castigo era extremamente severo contra o falso profeta. Podia ser até pena de morte no Antigo Testamento, pois o julgamento era contra o profeta e não contra a sua mensagem (Dt 13.5).

SUGESTÃO DE ATIVIDADES:

Professor, graças ao nosso bom Deus, finalizamos mais um trimestre e esperamos que você faça um encerramento bem estimulante para sua turma.

São adolescentes que precisam ser motivados para estar sempre na EBD. Nós precisamos dar-lhes razões para isto. Com aulas dinâmicas e divertidas. Sempre apresentando novidades, demonstrando que amamos o que fazemos.
A maratona bíblica ainda é uma excelente sugestão.

Para esta lição, fizemos uma abordagem geral sobre a profecia na igreja na atualidade, desde o dom ministerial até o dom de profecia, pois é necessário que se estabeleça esta diferença. A pregação inspirada pelo Espírito Santo sempre será uma profecia. Enquanto o dom de profecia se manifesta em períodos estabelecidos pelo

Consolador. Portanto, é necessário levá-los a distinguir a verdadeira da falsa profecia, bem como valorizar a maior Profecia de todas que é a Palavra de Deus.
Até a próxima lição, quando estudaremos o livro profético do Novo Testamento!

Profª. Amélia Lemos Oliveira

Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/10631-licao-13-a-profecia-na-atualidade-i

Vídeo: https://youtu.be/-l97eCNAsYk

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