JUVENIS – LIÇÃO Nº 13 – LUTE POR SUA FÉ
Que maravilha! Chegamos à nossa última lição! Estudando as Epístolas Gerais, aprendemos bastante com os discípulos do Senhor.
Neste comentário, discorreremos sobre a epístola de Judas, o meio-irmão de nosso Senhor Jesus Cristo, como consta em Mc 6.3:
“ Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.”
O próprio Judas, em sua humildade, não se declarou irmão de Jesus Cristo, mas irmão de Tiago:
“Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, […].” Em Mt 13.55, também vemos esta evidência, pois os nomes dos irmãos aparecem juntos também: “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?” Sendo assim, podemos inferir, de acordo com os textos, que Judas é meio-irmão do nosso Mestre. Paulo confirma que Tiago é irmão do Senhor (Gl 1.19).
Apesar desta posição, Judas não tinha reputação especial ou autoridade dentro da Igreja Primitiva. Quando estudamos o Primeiro Concílio da Igreja, observamos que o nome de Judas não é citado, embora creiamos que tenha participado, considerando que sua presença não teve influência nas decisões finais, pois parece-nos que não tinha reputação especial ou autoridade. Quanto à data de escrita da carta, o Comentário Bíblico Moody faz as seguintes considerações:
Embora a data da composição não possa ser fixada com certeza, não seria inexato se a colocássemos na última parte do primeiro século. Está no Cânon Muratoriano (segundo século) e foi mencionada por Tertuliano, Clemente e Orígenes (terceiro século).
Embora sofresse de um status diminuído por causa de suas citações dos livros não canônicos, Enoque e Assunção de Moisés, seus direitos e inclusão no cânon foram universalmente reconhecidos em 350 A.D.
Em sua carta, Judas adverte os cristãos acerca da novata heresia do Gnosticismo. Quando se trata de novidade, as pessoas querem saber e não é diferente em nossos dias.
Esta filosofia tratava a matéria como algo mau, o corpo como algo pecaminoso e ruim, que só trazia infortúnios, fracassos para o homem; enquanto o espírito era algo bom, que nos aproximava do celestial, nos proporcionava bênçãos e nos mantinha na dimensão do sagrado, da santidade. Como podemos observar, até parece que não é tão herético assim.
Ouvimos muitos discursos parecidos: “A carne para nada presta. O que deve ser considerado é o espírito.” São discursos com um “pezinho” no Gnosticismo. Quando nos desfazemos do corpo material, estamos nos insurgindo contra a criação divina, pois a Bíblia diz que tudo o que Deus fez é bom:
“E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi. E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.” (Gn 1. 31)
Além disto, os gnósticos pregavam que o corpo de Cristo, após a ressurreição, era apenas um corpo aparente, não era um corpo real, haja vista que viam o corpo humano como algo mau, daí a crença neste corpo aparente.
No entanto, sabemos que estavam equivocados, porque Cristo apresentou-se aos discípulos e chamou Tomé para constatar a verdade sobre o seu corpo:
Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé.
Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram. (Jo 20.24-29)
Tratava-se de um corpo transformado, porque foi ressuscitado, mas mantinha as características do corpo que Ele teve quando esteve aqui na Terra, porque se assim não fosse, Tomé não poderia detectar as marcas dos cravos em Suas mãos.
Quando formos arrebatados, também teremos o nosso corpo transformado, como foi o corpo de nosso Senhor: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.” (I Jo 3.2).
Os efeitos sobre o Cristianismo foram tão deletérios, que os gnósticos começaram de uma forma bem sutil, mas depois foram lançando os seus dardos malignos quando propuseram o antinominianismo (anti=contra, nomos = lei), a crença de que não há obrigação de se obedecer à lei moral; e de outro, uma forma de abuso do corpo para promoção da espiritualidade, ou seja, reduziria o corpo à servidão (como diz Paulo), maltratando-o, como se fosse uma penitência…
Deixar de obedecer a Lei do Senhor é um pecado gravíssimo e exagerar na pretensão de santidade do corpo também não passa de hipocrisia.
O antinominianismo gnóstico implicava em dissimulação (lascívia), palavra que traz, em si, a idéia de devassidão sexual. Pregavam que as pessoas até poderiam se prostituir e não haveria problema nisto, porque o corpo é carnal e suas inclinações são más.
O que mais importava era o espírito. Quem se insurgiu primeiramente contra as Leis do Senhor foi o Diabo:
“Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” (I Jo 3.8).
Judas era totalmente contra os falsos mestres que procuravam corromper a Igreja do Senhor com estes falsos ensinos. Ele nos aconselha a apegar-nos ao que é bom e abandonarmos a mentira.
Eram homens corruptos que, introduzidos de forma sorrateira na congregação, achavam que podiam violar as Leis Divinas e ainda permanecer no meio do povo de Deus.
Porém, o servo do Senhor nos orienta a lutarmos arduamente pela nossa fé de tal forma que nunca cedamos a qualquer que seja o modo iníquo de pensar, que estejamos empenhados na justiça, na gratidão ao Senhor, pois foi o sangue carmesim derramado lá no Calvário que nos redimiu e nos removeu da nossa vã maneira de viver.
Hoje, temos a “mente de Cristo”, uma mente transformada que orienta a nossa conduta, nossa cosmovisão e a nossa prática:
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” (Fp 4.8)
A fé em Deus, a crença naquilo que não viam, mas esperavam, o alvo que tinham os crentes do Antigo Testamento os conduziu às Mansões Celestiais. Caminharam nesta Terra em busca da Canaã Celestial e, por isto, lá chegaram. No entanto, não foi esta postura assumida pelo povo israelita enquanto caminhava pelo deserto:
contrariou as leis do Senhor e foi incrédulo. Por causa disto, não entrou na Terra Prometida. Para se aproximar de Deus, é preciso crer que Ele existe, que cuida de Seus filhos, supre as suas necessidades e galardoa aqueles que o buscam (Hb 11.6).
O próprio Jesus referiu-se aos lírios e ao sustento do Pai, dizendo: “Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? ” (Mt 6.30).
Judas faz uma referência ao livro apócrifo de Enoque, apontando um grupo de anjos que abandonaram posição que o Senhor lhes deu e foram reservados com laços duradouros, infindos, em profunda escuridão espiritual, para o julgamento do grande dia’. Conhecidos como anjos caídos. Esta crença judaica era comum naquela época.
Uma outra mostra de que a rebeldia não compensa está na apresentação de Sodoma e Gomorra, cidades reais que são ícones do juízo divino que é executado pelo fogo. Descobertas arqueológicas têm comprovado que este episódio, de fato, ocorreu e que o local nunca mais foi habitado.
Uma área conhecida pela beleza de suas campinas, a ponto de despertar a atenção e interesse de Ló, tornou-se um monturo de cinzas, por causa da lascívia:
“E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes do Senhor ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar.” (Gn 13.10)
O Arcanjo Miguel também foi apresentado por Judas como alguém que tem a devida reverência ao nome do Senhor e não age sem a autorização do Pai Celestial. “Não ousou pronunciar juízo de maldição contra Satanás; mas disse: o Senhor te repreenda.” (Jd v.9).
Decidiu não lançar o devido julgamento contra o Diabo, nem amaldiçoá-lo com termos infamantes, mas invocou a autoridade divina que já tomou as decisões finais a respeito do Maligno. Ou seja, o anjo que ocupava a maior posição e detinha a maior patente não pronunciou juízo contra o anjo mais rebelde.
Judas reforça o seu pedido de reverência citando a história apócrifa de Miguel e o diabo, extraída da pseudoepigráfica Assunção de Moisés.
Embora Judas citasse este livro e o de Enoque, não se pode apoiar a inferência de que ele lhe concedesse o status canônico ou historicidade. A moral que Judas aponta é que Miguel mostrou reservas até mesmo em seu relacionamento com o diabo, enquanto os falsos mestres não exibiam reverência por qualquer autoridade.
São homens irracionais e irreverentes que não tem o devido respeito à autoridade, tais como Caim, Balaão e Coré. Judas revela que muitos “entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré.” (Jd v.11). Aqueles homens ímpios, rebeldes e materialistas também estavam seguindo o caminho de Caim, Balaão e Coré.
Estes representavam uma ameaça espiritual comparável a rochedos ocultos sob a água e eram como nuvens sem água e árvores mortas e desarraigadas que não produzem nada proveitoso. Esses apóstatas também eram resmungadores, queixosos e ‘admiradores de personalidades para o seu próprio proveito’.
(Disponível em:
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/05/resumo-da-biblia-carta- de-judas.html. Acesso em 16 set.2023)
Esta tríade forma um exemplo histórico do que seria a rebeldia e o desvirtuamento das leis divinas. Caim é o padrão de injustiça, de quem opta pelo pecado, de quem opta pela conduta maligna: “E não sejamos como Caim, que pertencia ao Maligno e assassinou seu irmão.
E por que o matou? Porque suas obras eram más e as de seu irmão eram justas.” (I Jo 3.12). Aquele que seduz e engana é homicida de seu irmão.
O egoísmo e o amor-próprio de Caim revelam o que os rabinos também dizem acerca dele: cínico, cético, ateu e materialista. Balaão representa aqueles que optam, primeiramente, pela mentira e pela cobiça, que preferem auferir seus lucros primeiro.
Estes são os fraudulentos que nada fazem se não lhes sobrevier alguma vantagem disto. Fez o povo de Israel aderir à idolatria, o que para Barclay (2023): “Pecar para fazer fortuna é mau; mas tirar alguém de sua inocência para ensiná-lo a pecar, é o mais pecaminoso dos pecados.
Tudo fazem por interesse”. Coré, por sua vez, assume a liderança dos descontentes, demonstrando sua insatisfação com a autoridade levantada por Deus, questionando as decisões divinas.
Quis assumir um lugar que não era seu por direito. Rebelou-se contra a autoridade de Moisés para assumir a posição de um dos filhos de Levi, mas foi tragado pela terra, pereceu junto com os seus companheiros.
Ele representa todo aquele que resiste à aceitação da autoridade, insurgindo-se contra ela. Os oponentes de Judá, tais como este trio, estão se levantando contra a autoridade divina, e influenciando os crentes, pervertendo os retos caminhos do Senhor.
Tendo os olhos cheios de adultério, nunca param de pecar, iludem os incautos e têm o coração habituado à ganância. Malditos! Eles se desviaram, abandonando o Caminho correto e seguindo o rastro de Balaão, filho de Beor, que se apaixonou pelo salário da injustiça. (II Pe 2.14,15)
E falou à congregação, dizendo: Desviai-vos, peço-vos, das tendas destes homens ímpios, e não toqueis nada do que é seu para que porventura não pereçais em todos os seus pecados. Subiram, pois, do derredor da habitação de Coré, Datã e Abirão.
E Datã e Abirão saíram, e se puseram à porta das suas tendas, juntamente com as suas mulheres, e seus filhos, e suas crianças. Então disse Moisés: Nisto conhecereis que o Senhor me enviou a fazer todos estes feitos, que de meu coração não procedem.
Se estes morrerem como morrem todos os homens, e se forem visitados como são visitados todos os homens, então o Senhor não me enviou.
Mas, se o Senhor criar alguma coisa nova, e a terra abrir a sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e vivos descerem ao abismo, então conhecereis que estes homens irritaram ao Senhor. E aconteceu que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra que estava debaixo deles se fendeu.
E a terra abriu a sua boca, e os tragou com as suas casas, como também a todos os homens que pertenciam a Coré, e a todos os seus bens. E eles e tudo o que era seu desceram vivos ao abismo, e a terra os cobriu, e pereceram do meio da congregação. (Nm 16. 26-33)
Na lição anterior, verificamos como o orgulho pode ser prejudicial ao ser humano e, além disto, foi este sentimento que influenciou o homem a cometer o pecado original.
O orgulho e a cobiça foram os primeiros males que assolaram a humanidade e este mau tem trazido prejuízos no seio da igreja, pois tais sentimentos são os pais da inveja, da maledicência, da sensualidade desenfreada, da rebelião, das apropriações indébitas, da violência, do homicídio, adultérios etc.
Tais circunstâncias resultantes destes males têm surgido na igreja e são fruto de heresias e completo distanciamento da Palavra de Deus. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e guarde a nossa vida. Judas vai mencionar algumas festividades que ocorriam na igreja naquele período com o fim de orientar os crentes e preveni-los destes males:
São como rochas ocultas que ameaçam fazer naufragar as festas de amor da Igreja. Este é o único caso em que não há dúvida alguma a respeito do que Judas diz.
De uma coisa não há nenhuma dúvida: os homens perversos são um perigo nas festas de amor. A festa de amor, o ágape, foi uma das mais primitivas manifestações da Igreja. O Ágape era uma refeição de comunhão, celebrada no Dia do Senhor.
Era uma refeição para a qual todos levavam o que podiam, e em que todos participavam e compartilhavam do mesmo modo.
Era uma bela ideia dos cristãos que no Dia do Senhor se sentassem em cada pequena Igreja num lar, para comer todos juntos em comunhão.
Sem dúvida, haveria alguns que podiam levar muito, e outros que poderiam contribuir menos. Certamente, para a maioria dos escravos esta seria a única refeição decente em toda a semana. Mas muito em breve o Ágape começou a ser prejudicial.
Podemos apreciar de que maneira degenerou na Igreja de Corinto, quando Paulo denuncia que as celebrações dos coríntios não eram outra coisa senão divisão; dividiram-se em camarilhas e partidos; alguns tinham muito, e outros quase morriam de fome; e a refeição tornou-se, para alguns, uma farra de bêbados (1 Coríntios 11:17-22).
A menos que o Ágape seja uma autêntica comunhão, torna-se uma caricatura, e muito em breve começa a desvirtuar o seu nome. Os opositores de Judas faziam uma caricatura das celebrações fraternais.
Mas de que maneira os chama? Diz que são “escolhos nos vossos ágapes” (versículo 12, BJ); e isso concorda com a passagem paralela de 2 Pedro: Eles “são nódoas e manchas” (2 Pedro 2:13, NVI). A RA e a NVI traduzem a expressão de Judas por “rochas submersas”.
A dificuldade estriba em que Pedro e Judas não empregam a mesma palavra, ainda que se valem de termos sinônimos. A palavra em 2 Pedro é spilos, que inquestionavelmente significa uma mancha; mas em Judas a palavra é spilas, uma palavra muito rara.
É muito provável que possa significar mancha, porque no grego posterior pode empregar-se para as manchas e marcas de uma pedra de opala. Mas no grego popular, seu significado mais corrente indica escolho submerso, ou submerso pela metade, contra o qual um barco pode encalhar facilmente.
Pensamos que o segundo significado é muito mais provável. As festas da fraternidade eram celebrações fraternais; as pessoas estavam estreitamente unidas em seus corações e davam entre si o beijo da paz; e os homens perversos, maus e imorais se valiam dessas celebrações para promover a imoralidade e gratificar suas paixões. Estavam levando essas celebrações fraternais a um nível totalmente desprezível.
É algo terrível se os homens entram na Igreja, e se valem das oportunidades que a comunhão da Igreja lhes dá para seus próprios e perversos propósitos. Aqueles homens injustos comportavam-se como escolhos inundados contra os quais a comunhão das celebrações fraternais corria o perigo de naufragar. (Barclay, 2023)
Nas Festas Fraternais predominavam a licenciosidade e o prazer desmedido, a gula e a bebedeira. Não havia respeito pela pessoa humana, pela comunhão cristã.
Desta forma, Judas os denomina como cristãos que não cumprem o seu verdadeiro papel, tal como uma nuvem que não abriga água, que é levada pelo vento, sem despejar nenhuma chuva, e como árvores que em tempos de colheita não têm frutos.
São homens que apenas discursam, mas internamente estão vazios, não produzem resultados, tal como aquela figueira amaldiçoada por Cristo que, não produzindo frutos, secou-se completamente:
E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, e ali passou a noite. E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome; E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.
E os discípulos, vendo isto, maravilharam-se, dizendo: Como secou imediatamente a figueira? Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: Ergue-te, e precipita- te no mar, assim será feito; (Mt 21.17-21)
Estes mestres que não produzem frutos; são ondas impetuosas que escumam suas abominações que vão e retornam em todo o tempo. Sobre estes, o apóstolo Pedro declara: “Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva”. (II Pe 2.17)
Como estrelas errantes, vivem nas densas trevas, numa vida sem utilidade, sem propósitos, de acordo com as suas impetuosidades: “ Depois de afirmar o destino dos falsos mestres, Judas descreve o caráter deles de três maneiras.
São resmungadores, isto é, lamurientos, furtivos; são descontentes, cujo único guia é a sua paixão ; e são dados à exibição barulhenta, tendo em vista o seu próprio lucro.” (Comentário Bíblico Moody, 2023).
Tiago fala dos queixosos, dos insatisfeitos, que procuram a todo tempo satisfazer a si mesmos e nunca estão devidamente contentes, por isto sempre estão à busca de um novo prazer. É necessário resistir às paixões:
Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis.
Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. (Tg 4.1-4)
O servo do Senhor deixa claro também que eles estavam “sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências.” (2Pe 3.3) e, por isto, tinham que estar preparados para combater todo o mal que se insurgia contra a igreja e batalhar pela sua fé, usando as armas espirituais de Ef 6.10-17:
a) Cintoda Verdade: ter sua vida sustentada pela verdade da Palavra de Deus.
b) Couraça da justiça: traje produzido de metal ou de couro duro, paraproteger o tronco do soldado, região onde ficavam o coração e outros órgãos Ela se refere à justiça de Cristo imputada no crente. O crente justificado praticará o que é justo diariamente.
c) Calçados os pés na preparação do Evangelho da paz: “Os soldadosromanos usavam calçados feitos de couro resistente com o solado cravejado com pregos agudos. Tais calçados davam estabilidade ao soldado, pois se prendiam ao chão.
Apresentar a analogia do calçado do soldado como figura da prontidão do Evangelho da paz, o apóstolo fala da segurança, da confiança e do conforto que há nas boas-novas da reconciliação com Deus pela obra de Cristo. O crente só pode lutar na batalha espiritual se tiver em paz com Deus através de Cristo.” (Disponível em: https://estiloadoracao.com/armadura-de-deus/. Acesso em 18 set. 2023)
d) Escudoda Fé: o escudo romano oval e retangular tinha pouco mais de um metro de altura. Desta forma, apresentava tamanhão grande o bastante para cobrir todo o corpo do soldado que se podia se encolher atrás dele. Costumavam umedecer tais escudos para apagar as flechas incendiárias que os inimigos lançavam. No texto bíblico, Paulo as compara às tentações satânicas contra os crentes que, confiando em Deus e em Sua Palavra, estão protegidos com um escudo da fé.
e) Capaceteda Salvação: Satanás procura lançar dúvidas em nossa mente no que diz respeito à nossa salvação. Equipado com o capacete da salvação, o Cristão permanece firme nas promessas de Deus acerca da segurança eterna de sua salvação, com a mente de Cristo, sem vacilar, com a certeza de que estar com Cristo é muito
f) Espada do Espírito: ao empunhar a espada do Espírito, o crente estáusando a arma mais eficaz, pois não se pode ir para a batalha sem portá-la. A Palavra de Deus é a espada do Espírito, armamento indispensável para todo cristão na batalha espiritual, arma curta e letal, para que ele se defenda e ataque.
Na luta cotidiana pela manutenção da fé, é preciso estar devidamente preparado, espiritualmente preparado, produzindo o fruto do Espírito e, cada dia mais, comprometido com o estudo das Santas Escrituras.
Enfrentar os falsos mestres é uma luta contra o Reino das Trevas; daí a necessidade de investimento na sua vida espiritual e muita oração.
Paulo solicita aos efésios que orem porque sabia que o ato de falar do evangelho e defender a fé requer este preparo: orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.(Ef 6.18-20)
Somente assim, contribuiremos para arrebatar muitas pessoas do fogo do inferno e ganharemos, para Cristo, aqueles que estiverem trilhando caminhos tortos, seguindo os falsos mestres e suas heresias. Que sejamos os atalaias de Cristo.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
- O filme “Deus não está morto” aponta a luta de um jovem que vai provar, naUniversidade, as inconsistências da Teoria da Evolução das Espécies de Charles Darwin. A intrepidez daquele jovem que vai debater com o professor, diante de todos, mostra que é possível vivenciarmos a nossa fé em todo o Uma sugestão para professor e alunos fora do horário da EBD acompanhado de pipoca….
- Sugerimosa leitura do comentário de Judas da autoria de William Barclay para melhor compreensão do Gnosticismo no seguinte site: https://files.comunidades.net/pastorpatrick/Judas_Barclay.pdf. 10-16. Acesso em 16 set. 2023.
- Sugiro um vídeo: SAL E ENXOFRE NAS RUINAS DE SODOMA EGOMORRA! Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=DfYdFKPC84w. Acesso em 18 set. 2023.
REFERÊNCIAS:
ANÁLISE da Carta de Judas. Disponível em: https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/05/resumo-da-biblia-carta-de- judas.html. Acesso em 16 set. 2023.
BARCLAY, William. Judas. https://files.comunidades.net/pastorpatrick/Judas_Barclay.pdf. Disponível em: Acesso em 16 set. 2023.
CONEGERO, Daniel. Qual o Significado da Armadura de Deus?
Disponível em: https://estiloadoracao.com/armadura-de-deus/. Acesso em 18 set.2023.
JUDAS (Comentário Bíblico Moody). Disponível em: https://files.comunidades.net/pastorpatrick/Judas_Moody.pdf. Acesso em 16 set.2023.
Profª. Amélia Lemos Oliveira
Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/9759-licao-13-lute-por-sua-fe-i
Vídeo: https://youtu.be/EfGTfbK4iaA