JUVENIS – LIÇÃO Nº 2 – A PLENITUDE DOS TEMPOS
Cristo é o tema central da Bíblia e Ele mesmo fez referência a isto apontando que os doutores da Lei, no momento presente, dizendo que eles examinam as Escrituras, porque cuidam ter nelas a vida eterna, e são elas que dEle testificam;” (Jo 5.39)
Este texto não se refere a um imperativo, a uma ordem de Jesus, porque o verbo “examinais” está na 2ª pessoa do plural, do modo indicativo no tempo presente.
Ou seja, trata-se de um fato. Aqueles homens (vós examinais) eram as pessoas a quem Jesus se dirigia. Eles conheciam as Escrituras, sabiam o que estava escrito sobre o Messias e se recusavam a crer na profecia que estava se cumprindo diante de seus olhos. Muitos são assim. Dizem que creem em Deus, conhecem as Escrituras, mas se recusam a obedecê-la.
Não adianta apenas adquirir o saber intelectual do texto bíblico, é preciso viver o texto, ter comunhão com a Palavra, permitindo que ela se incorpore em nosso ser. Tudo o que foi dito acerca dEle se cumpriu, tal como foi dito pelo profeta Isaías em Is 61.1,2 e se cumpriu em Lc 4.17-21:
O Espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;
E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os contritos de coração.
A proclamar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer- lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.
Os mestres passaram tanto tempo diante dos pergaminhos e, naquele momento, estavam diante da Palavra exposta, em cumprimento, disponível para o maior aprendizado, mas achando que tudo sabiam, desprezaram o maior Mestre de
todos os tempos, o melhor ensino, preferindo ficar apenas com o texto escrito, ao invés de apreender as lições trazidas pela Palavra da Vida.
Tudo o que foi dito pelo Senhor nos livros do Antigo Testamento eram apenas um prenúncio d’Aquele que havia de vir. O primeiro anúncio feito no Jardim do Éden foi o proto-evangelho que serviu como modelo para todos os anúncios do Messias encarnado que viria para salvar a Humanidade.
O Messias que foi mencionado em cada livro do Antigo Testamento com uma missão, um propósito específico a cumprir na vida de todos aqueles que atenderem ao Seu chamado.
Sendo assim, devemos fazer uma leitura mais específica nestes livros, porque não são apenas histórias do povo de Israel, nem somente ordenanças da Lei Mosaica para este povo etc.
Trata-se da preparação de um povo, de seu comprometimento com as Leis do Senhor, do estabelecimento de um ambiente sócio-geográfico-histórico para a vinda do Senhor, de um amadurecimento da nação no sentido de recepcionar o Messias.
Ele veio para “restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos”. Foi ungido pelo Espírito Santo, recebeu autoridade espiritual para isto (como homem) e, além disto, veio trazer curas para os enfermos.
Naquela época, é preciso considerar, as pessoas não tinham acesso aos médicos como em nossos dias, porque o serviço era caríssimo. A mortalidade provocada por doenças era altíssima.
É por isso que as multidões afluíam até Jesus para receber a cura e serem libertas dos malefícios que afligiam a alma.
1.Em Gênesis Jesus é: A Semente da mulher. (3:15)
2.Em Êxodo Jesus é: O Cordeiro pascoal. (12:5,6)
3.Em Levítico Jesus é: O Sacrifício expiatório. (1:3a6)
4.Em Números Jesus é: A Rocha ferida. (20:11)
5.Em Deuteronômio Jesus é: O Grande Profeta de Deus. (18:15)
6.Em Josué Jesus é: O Príncipe do exército do Senhor. (5:14,15)
7.Em Juizes Jesus é: O Nosso Libertador. (2:16)
8.Em Rute Jesus é: O Nosso Parente. (2:1;3:2)
9.Em I Samuel Jesus é: A nossa vitória. (17:47)
10.Em II Samuel Jesus é: O descendente de Davi. (7:11,12,13)
11.Em I Reis Jesus é: O doador da Sabedoria. (3:12;4:29)
12.Em II Reis Jesus é: O Reis dos Reis. (11:9,21)
13.Em I Crônicas Jesus é: O Rei de Deus. (29:23,32)
14.Em II Crônicas Jesus é: O que faz aliança. (7:14)
15.Em Esdras Jesus é: O nosso auxilio, Senhor dos céus e da terra. (1:2)
16.Em Neemias Jesus é: O nosso ajudador (1:11)
17.Em Éster Jesus é: O nosso Mardoqueu, sofredor. (3:5,6)
18.Em Jó Jesus é: O nosso Redentor vivo. (19:25)
19.Em Salmos Jesus é: O guarda de Israel. (121:4)
20.Em Provérbios Jesus é: A sabedoria de Deus. (8:12,22,35)
21.Em Eclesiastes Jesus é: O alvo verdadeiro. (12:1)
22.Em Cantares Jesus é: O amado. (2:16)
23.Em Isaías Jesus é: O profeta sofredor. (53:2,3,4)
24.Em Jeremias Jesus é: A nossa justiça. (33:16)
25.Em Lamentações Jesus é: O varão de Deus. (1:2 ; 3:1)
26.Em Ezequiel Jesus é: O pregador mal recebido. (1:1a3,27)
27.Em Daniel Jesus é: O Rei Eterno. (2:24 ; 7:14)
28.Em Oséias Jesus é: O que liga as feridas. (14:4)
29.Em Joel Jesus é: O que habita em Sião. (3:17)
30.Em Amós Jesus é: O teu Deus ò Israel. (4:12)
31.Em Obadias Jesus é: O Senhor no seu Reino. (1:21)
32.Em Jonas Jesus é: O profeta ressuscitado. (1:17 ; 2:6)
33.Em Miquéias Jesus é: O nascido em Belém. (5:2)
34.Em Naum Jesus é: O que leva as boas novas. (1:15)
35.Em Habacuque Jesus é: O Senhor no Seu Santo Templo. (2:20)
36.Em Sofonias Jesus é: O Senhor que está no meio de ti. (3:17)
37.Em Ageu Jesus é: O Desejado de todas as Nações. (2:7)
38.Em Zacarias Jesus é: O Preço do Cordeiro. (11:12)
39.Em Malaquias Jesus é: O Sol da Justiça. (4:2)
Extraído de: https://conselhodepastor.com.br/o-que-jesus-representa-em-cada- livro-da-biblia/. Acesso em 05abr.2025.
As Escrituras não somente anunciam o Messias em cada livro como, também, o nosso Deus o fez por meio de Seus profetas, pois Ele menciona o lugar de seu nascimento (Mq 5.2), que ele nasceria de uma virgem e até fugiria para o Egito com seus pais (como o primeiro cordeiro pascal que veio do Egito):
Assim diz o Senhor: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos; não quer ser consolada quanto a seus filhos, porque já não existem.
Assim diz o Senhor: Reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois eles voltarão da terra do inimigo. E há esperança quanto ao teu futuro, diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para os seus termos. (Jr 31.15-17)
Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho. (Os 11.1)
O Senhor também deixou avisado que o Verbo (a Palavra) se encarnaria de forma totalmente inusitada, milagrosa, surpreendente e Ele deixaria o sinal:
“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” (Is 7.14).
O sinal estaria na concepção da virgem. Sim, ela conceberia do Espírito. O poder do Altíssimo a cobriu e ela ficou gerando, em seu ventre, o Salvador. Não foi com a interferência do varão, não houve cooperação da semente humana, apenas a operação divina em seu ventre.
E, no tempo certo, o casal que morava em Nazaré, a 8 Km de Belém, numa viagem de quatro dias, teve que se dirigir a esta cidade para fazer o recenseamento, o registro de sua família: “A fim de alistar-se com sua mulher Maria, desposada com ele, a qual estava grávida.
E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz.” (Lc 2.6)
O nome Belém, ( em heb. “Beit Lehem”- לחם בית), significa “a casa do pão”.
O nome é bem sugestivo porque foi inspirado nas encostas das colinas ao redor do local, pois é nelas que há diversos campos nos quais o plantio e colheita do trigo são feitos nas
suas terras férteis. Neste local, também florescem muitos pomares de oliveiras, bem como cavernas naturais que são utilizadas para a criação de cabras e ovelhas. É preciso lembrar que o Salvador Jesus nasceu em território palestino.
Belém fica a 10 Km de Jerusalém. É um distrito que compreende 30 aldeias, as quais são Belém, Beit Jala, Beit Sahour e três campos de refugiados. As populações destas comunidades deste local somam 210 mil pessoas. Belém, por exemplo, é formada por uma população de umas 40 mil pessoas.
A maioria da população é muçulmana e o turismo é a sua principal fonte de renda. São mais de 2 milhões de visitantes todos os anos. Além de haver conflitos pela posse do território, o local também é considerado sagrado pelos islâmicos, judeus e cristãos, que são os maiores visitantes da cidade.
Esta foi a cidade do Rei Davi, família da qual descendeu o Senhor Jesus:
Se teu pai notar a minha ausência, dirás: Davi me pediu muito que o deixasse ir correndo a Belém, sua cidade; porquanto se faz lá o sacrifício anual para toda a linhagem! (I Sm 20.6)
Fez, pois, Samuel o que dissera o Senhor, e veio a Belém; então os anciãos da cidade saíram ao encontro, tremendo e disseram: De paz é a tua vinda? E disse ele: É de paz, vim sacrificar ao Senhor; santificai-vos, e vinde comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e a seus filhos, e os convidou ao sacrifício. (I Sm 16.4,5)
E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. (Mq 5.2)
As profecias referentes ao nascimento do Salvador da Humanidade se cumpriram e foi na pequena cidade de Belém, praticamente uma vila, que Ele nasceu.
De Belém para o Mundo, veio a salvação. Não veio de Alexandria, nem de Roma, mas de uma cidade obscura que apenas tornou-se conhecida por causa de Davi e Jesus.
Belém é uma das cidades mais antigas do mundo. Por isso, resistiu ao tempo, guerras e muitos conflitos. Porém, quando Jesus nasceu, há mais de 2 mil anos, a cidade era apenas uma pequena vila.
Matthew J. Grey, da Brigham Young University, em publicação, explicou que, no vilarejo, os historiadores já encontraram uma casa que compartilha características comuns às das casas descobertas em outras partes desta região.
“O trabalho de escavação realizado na região montanhosa da Judeia mostrou, por exemplo, que as casas não pertencentes à elite no período, geralmente tinham uma ou duas salas de estar feitas com
paredes de pedras empilhadas;
telhados rebocados planos;
pisos de terra compactada ou de rocha, sobre os quais esteiras de junco podiam ser colocadas para comer e dormir; e um pequeno pátio para atividades de preparação de alimentos.
Esta configuração doméstica não permitia quase nenhum espaço privado, especialmente ao acomodar famílias grandes ou multigeracionais”, escreve.
Além disso, o professor aponta que era comum que as casas fossem construídas sobre cavernas de calcário, que depois acabavam sendo reaproveitadas para abrigo dos animais da família. Há espaço para lamparinas e bebedouros para água dos animais.
“Esta última característica foi quase certamente o que Lucas imaginou, quando descreveu os pastores vendo o bebê Jesus envolto em faixas e deitado em uma manjedoura (Lucas 2, 12).
Embora nenhuma casa completa do período tenha ainda sido escavada dentro da própria Belém, é bem possível que algumas das cavernas reaproveitadas, preservadas pela Igreja da Natividade, tenham funcionado como este tipo de estábulo, para casas que ficavam perto ou acima delas na época do nascimento de Jesus”, finaliza.
(Disponível em: https://idemais.com.br/noticias/conheca-belem-a- cidade-onde-jesus-nasceu/. Acesso em 05abr.2025)
Esta é uma foto da atual Belém
O local mais visitado e buscado pelos turistas é a Basílica da Natividade, construída sobre a manjedoura onde Jesus nasceu. Desde 2012, a Igreja da Natividade é Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco.
https://idemais.com.br/noticias/conheca-belem-a-cidade-onde-jesus-nasceu/. Acesso em 05abr.2025.
A população belemita foi surpreendida com o nascimento glorioso do Redentor e, até nossos dias, é famosa por ter recebido o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
https://robot.ekstrabladet.dk/smr/belem-onde-jesus-nasceu-mapa.html. Acesso em 05abr.2025.
Da Casa do Pão veio o Pão da Vida, aquele que satisfaz as necessidades da alma humana. O homem que estava vivenciando as agruras do Império Romano, os impostos, a pobreza, as imposições dos fariseus etc. sentia-se vazio interiormente, precisava da verdadeira paz, de um sentimento de completude em seu interior. Somente Cristo poderia satisfazer as necessidades humanas e conceder à alma, o que o corpo físico necessita: alimento.
Como Pâo da Vida, ele compartilhou alimento espiritual para todos os que vieram até Ele, não foram despedidos sem levar algo. Para a multidão de mais de quatro mil pessoas, Ele trouxe um ensino que preencheu o vazio da alma, mas sabia que ainda havia algo a fazer:
Naqueles dias, havendo uma grande multidão, e não tendo o que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos, e disse-lhes: Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não têm o que comer.
E comeram, e saciaram-se; e dos pedaços que sobejaram levantaram sete cestos. E os que comeram eram quase quatro mil; e despediu-os. (Mc 8. 1- 2, 8-9)
Foi da Casa do Pão que viria o Salvador da Humanidade, o Verbo Encarnado, o Deus que se tornou homem, que não abandonou a Sua deidade, mas dela não fez uso, porque tornou-se um de nós.
Conheceu nossas dores, alegria, limitações, fome, sede e humilhações. Ensinou-nos o que é ser dependente do Pai, como devemos proceder para ganhar almas, amar o próximo e a Deus acima de todas as coisas.
O Reino de Deus é chegado, o tempo de se arrepender e crer no Evangelho também. O Filho do Homem veio buscar e salvar os perdidos, trazer cura aos quebrantados de coração e libertação aos oprimidos do diabo.
Mesmo vendo as operações de maravilhas em seu ministério, muitos não criam e desdenhavam do que viam.
Onde Jesus chegava, a multidão se aproximava e, num dos relatos de Lucas, Ele estava numa casa ensinando até que um paralítico (sem poder passar pela multidão) foi transportado pelo telhado. Ao vê-lo, Jesus diz: “Homem, os teus pecados te são perdoados.” (Lc 5.20)
No entanto, sempre há pessoas para questionarem: “E os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias?
Quem pode perdoar pecados, senão só Deus? Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, respondeu e disse-lhes: Que arrazoais em vossos corações? “ (Lc 5.20,21) O questionamento continha, em si, uma verdade: somente Deus pode perdoar pecados.
No entanto, eles não criam que estavam diante do Filho de Deus, a 2ª pessoa da Trindade. Este foi um dos raros momentos no qual Jesus empregou a sua deidade, revelando o Seu poder de perdoar pecados.
Em todo o tempo, Filho do Homem veio para perdoar pecados e libertar o ser humano da condição degradante na qual o pecado costuma lançá-lo.
REFERÊNCIAS:
GONÇALVES, Samuel. Eu sou o pão da vida (com explicação). Disponível em: https://www.bibliaon.com/jesus_e_o_pao_da_vida_o_que_isso_significa/. Acesso em 06abr.2025.
IDE. Conheça Belém: a cidade onde Jesus nasceu. Disponível em: https://idemais.com.br/noticias/conheca-belem-a-cidade-onde-jesus-nasceu/. Acesso em 05abr.2025.
Profª. Amélia Lemos Oliveira
Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/11369-licao-2-a-plenitude-dos-tempos-i
Vídeo: https://youtu.be/ZVMi4ILlT5Y