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JUVENIS – LIÇÃO Nº 3 – CONHECENDO OS PATRIARCAS

O Senhor Jesus Cristo falou-nos sobre a necessidade de conhecermos as Escrituras e o poder de Deus, pois Ele manifestou-se de forma gloriosa na vida dos patriarcas revelando a estes homens quem era o verdadeiro Deus, numa época que predominava a idolatria e a exaltação à criatura.

Eles conheceram, tiveram intimidade, descobriram o que Deus tinha estabelecido para suas famílias e história de seu povo.

História tal que prossegue viva entre nós, que contamos como se ocorresse em nossos dias:” Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.” (Mt 22.32)

Verificamos, na aula anterior, que os hebreus são da linhagem de Sem, descendência de Éber, os quais pela significação do nome são conhecidos como os povos que atravessam os rios.

Povos que viveram na região da Mesopotâmia (entre rios) e caracterizados por serem nômades, eles tinham uma pessoa como referência para a organização e o motivo da caravana. O que motivaria Abrão a sair de Ur para uma terra que desconhecia? Afinal de contas, quem era Abrão? Qual era o seu caráter para ser o escolhido?

ABRAÃO

Nascido em torno de 2.333 a.C. numa cidade situada à beira do Rio Eufrates, região que será conhecida como Babilônia, onde fica o atual Iraque, ele é o pai do povo hebreu.

Sua família era abastada, pois se dedicara ao fabrico de ídolos. Segundo o estudioso Osmar J. Silva (2000, p.57), Terá era “rico fazendeiro gozava do conforto de água encanada, estrutura do saneamento básico, privilégio para poucos; possuidor de muito ouro, prata, gado e servos; tornou-se um homem riquíssimo e também seus filhos.”

Abrão (cujo nome significa “pai das alturas”) era dotado de uma fé diferenciada e tudo aquilo certamente o incomodava. Silva (2000, p.57) destaca uma lenda que era contada acerca dele naquela região:

“Abrão foi lançado por Ninrode numa fornalha de fogo, mas alcançou livramento do Senhor; com o milagre e fé em Deus, Abrão engrandeceu o Altíssimo e passou a ser um monoteísta declarado, levantando, por onde passava, um altar ao Senhor.”

Abrão tinha dois irmãos: Arã e Naor. Arã morreu em Ur e deixou o filho Ló e Milca (que se tornou esposa de Naor)

A família passou por uma perseguição e foi assim que Terá, junto com Abrão (Naor permaneceu em Ur com a família), abandonou todo o conforto de Ur para partir em busca de um novo lugar para viver.

A família passa a viver em tendas. Aloja-se em Harã (recebeu o nome do filho de Terá) que fica a 1.000 Km de Ur dos Caldeus e é nesta terra que Terá veio a falecer deixando toda a riqueza para os seus filhos, em gado, prata e ouro…

Após estas ocorrências, o Senhor se revela a Abrão, dando-lhe uma ordem e uma promessa. Ou seja, ele alcançaria a bênção se fosse obediente:

Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.

E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Assim partiu Abrão como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã. (Gn 12.1-4).

E era Abrão muito rico em gado, em prata e em ouro. (Gn 13.2)

Estava nos seus 75 anos, casado com Sara, sem filhos, levando Ló e procurando Canaã que distava 650 Km. No entanto, a viagem se dava no deserto e, certamente, enfrentaram muitos perigos e escassez. Foi necessário solicitar auxílio ao Egito, onde houve intervenção divina para levá-los de volta à Canaã.

Como vimos, um patriarca não podia formar completamente sua família sem um filho. Então, ele adota Eliezer, o seu mordomo, como herdeiro de todas as suas posses, de acordo com as Leis de Nuzi. Este código legislativo da Mesopotâmia foi aplicado em diversas situações, inclusive nesta.

Segundo pesquisas arqueológicas, as Leis de Nuzi foram observadas na substituição da esposa pela serva para que gerasse filhos, na concessão de porção dobrada de herança para o filho primogênito, no degredo da escrava (caso de Agar) que se comportasse mal etc.

No caso da bênção patriarcal de Gênesis 49, uma fatia igual na lei das heranças é evidente nas leis de Lipit-Istar (século XX a.C.).

Todavia, 200 anos mais tarde, no Código de Hamurábi (século XVIII a.C.), uma distinção é feita entre os filhos da primeira mulher de um homem — que têm a primeira escolha — e os filhos de sua segunda esposa. Então, quando comparamos os textos de Mari e Nuzi (século XVIII a XV a.C.) descobrimos que um primogênito natural recebeu uma porção dobrada enquanto um filho adotado não recebeu.

As leis neobabilônicas do primeiro milênio refletem uma progressão semelhante, com os filhos de uma primeira esposa recebendo uma porção dobrada e os demais recebendo uma porção única.

O egiptologista britânico Kenneth Kitchen sugere um número de outras comparações sociais do registro arqueológico que oferecem correlação com uma data no segundo milênio. Sua lista inclui o preço de escravos em siclos de prata (como com José, Gn 37.28), a forma específica de tratados e alianças (Gn capítulos 21, 26, 31), condições geopolíticas (Gn 14), e referências ao Egito (Gn capítulos 12,45- 47).

Exemplos adicionais propostos por eruditos incluem a domesticação de camelos (Gn 12.16), que foi atestada em textos até anteriores aos patriarcas, a adoção de filhos através de substituição (Gn 12.16), testemunhadas por contratos de casamento na antiga Assíria (século XIX a.C.), no Código de Hamurábi e em Nuzi, da lei mesopotâmica garantindo

os direitos de herança de um filho adotado (assim como Eliézer em Gn 15.2-4). Em cada um desses textos, a informação arqueológica parece concordar exatamente com a nossa informação das condições naquela época.

Por isso, de acordo com a mudança dos costumes sociais refletida por essas leis, somente o contexto do segundo milênio vai encaixar-se no tipo de prática de herança dos patriarcas. (Disponível em: https://www.universalidadedabiblia.com.br/o-mundo-dos-patriarcas/. Acesso em 11 jan.2025)

Embora Abrão quisesse se valer das leis terrenas para resolver suas questões pessoais, o Senhor discordou dele:

Disse mais Abrão: Eis que não me tens dado filhos, e eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro.

E eis que veio a palavra do Senhor a ele dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro. Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar.

E disse-lhe: Assim será a tua descendência. E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça. (Gn 15.2-6)

Sendo assim, a fé era o combustível para que tudo se realizasse e a nação que estava por vir, não fosse apenas um sonho.

E no mesmo capítulo 15 de Gênesis, o Senhor orienta Abrão a fazer um sacrifício para que ele soubesse como viveria a sua descendência. A glória de Deus manifestou-se naquele lugar: “E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis um forno de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades.” (Gn 15.17)

Mas Abrão, mesmo tendo a revelação divina, visto o quanto é poderoso, teve a audácia de aderir aos argumentos da mulher e ceder. Atendendo às propostas das Leis de Nuzi, concordou em deitar-se com a escrava Agar para que ela gerasse um herdeiro.

Todos nós já sabemos que isto só gerou problemas. Ismael nasceu, mas não era o filho prometido, a promessa divina.

Abrão chegou à idade de 99 anos e Deus, mais uma vez, se revela exigindo fidelidade, perfeição, comprometimento, fé inabalável.

A partir daquele momento, ele seria Abraão, ou seja, pai de multidões, pai de muitas nações que tinha uma aliança, um compromisso especial com Deus. Isaque seria o seu filho, o descendente que levaria toda a bênção abraâmica. Ismael também seria abençoado, mas não era o eleito por Deus.

Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito. E porei a minha aliança entre mim e ti, e te multiplicarei grandissimamente. Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo:

Quanto a mim, eis a minha aliança contigo: serás o pai de muitas nações; E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te tenho posto; E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti; E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti. te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus. (Gn 17.1-8)

O Senhor também fez o pacto da circuncisão, o qual marcaria todo descendente de Abraão. O nome de Sarai foi mudado para Sarai, que significa princesa. A promessa divina se cumpre e Isaque está sob o cuidado divino do Senhor.

ISAQUE

O único filho de Sara e Abraão é o resultado do milagre, da ação divina no ventre amortecido de Sara para que Isaque fosse gerado, concebido na velhice e trouxesse tanta felicidade à comunidade.

Nome que significa “riso”, de fato, corresponde ao regozijo que todos sentiram ao vê-lo. Com o pai, aprendeu a servir a Deus, a sacrificar, a compreender o valor de uma promessa, a necessidade da oração, a importância da fé.

Antes que se casasse, sua mãe partiu para sempre, aos 127 anos e sepultada em Macpela, em Hebrom, cuja sepultura foi adquirida por Abraão.

A vida de Isaque se iniciou por um milagre. Ele continuou testemunhando tudo o que tinha planejado para fazer em sua vida.

Foi quando Deus solicitou a Abraão que sacrificasse o filho no Monte Moriá. Isaque, obedientemente, cedeu e acompanhou o pai, posicionou-se como o sacrificado e sabia que o pai estava fazendo a vontade divina.

Este jovem compreendia o valor da obediência. Descobriu o quanto é fundamental obedecer até ver o pai erguer o cutelo e retirá-lo do altar.

Sim, o cordeiro substitutivo não era o Isaque. Ele estava ali, meio que escondido, disponibilizado pelo Senhor e apontado para ser a salvação daquele jovem. É por isto que aprendemos: Isaque não é o tipo de Cristo. O cordeiro foi morto em seu lugar. Uma lição aprendida com o verdadeiro Deus.

Os anos se passaram. Ele estava com 40 anos, precisava casar-se. Mas as mulheres daquela região eram idólatras e não pertenciam à mesma família.

Para isto, Abraão vai se valer do servo fiel, fazendo um juramento por meio do qual encontraria uma futura esposa, para Isaque, de acordo com o que foi solicitado.

Eliézer parte para a Mesopotâmia, cidade de Naor. O encontro com Rebeca foi uma providência divina e o nascimento dos filhos também.

As Escrituras dizem que Isaque orou vinte anos para que Rebeca gerasse, pois os meninos apenas nasceram quando o patriarca estava nos seus 60 anos. A fé e a obediência continuavam seguindo a prática destes homens que aprenderam a perseverar.

Entretanto, Isaque enfatizando os costumes locais, deu o devido destaque ao filho primogênito, o que veio a trazer um sério prejuízo nas relações familiares.

Que não cometamos o mesmo erro. Não consta nos registros bíblicos que Rebeca revelou a Isaque acerca do que o Senhor lhe falou. Ou seja, parece que Isaque desconhecia o destaque a ser dado para Jacó da parte de Deus.

E era Isaque da idade de quarenta anos, quando tomou por mulher a Rebeca, filha de Betuel, arameu de Padã-Arã, irmã de Labão, arameu. E Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu.

E os filhos lutavam dentro dela; então disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi perguntar ao Senhor.

E o Senhor lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor. […] E depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso se chamou o seu nome Jacó. E era Isaque da idade de sessenta anos quando os gerou. (Gn 25.20-23, 26)

Apesar destas falhas, Isaque sempre foi um homem temente a Deus, fiel aos seus compromissos, deixando um bom testemunho: “Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão e o temor de Isaque não fora comigo, por certo me despedirias agora vazio.[…]

O Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus de seu pai, julgue entre nós. E jurou Jacó pelo temor de seu pai Isaque.” (Gn 31.42,53) Jacó não poderia testemunhar pela conduta de Abraão e de Naor, mas conhecia o procedimento ilibado de seu pai, que deixou o exemplo para ser seguido.

Champlim (2001, p.383) declara que Isaque “foi o único dos três grandes patriarcas hebreus que nasceu na Terra Prometida e nunca a abandonou.”

Isaque ainda viu Esaú rebelar-se por perder o direito de primogenitura e casar- se com duas filhas dos heteus e com a filha de Ismael. Jacó, após enganar o pai, por causa da bênção, fugiu para Padã-Arã para a casa de seu tio Labão, irmão de sua mãe. Isaque e Rebeca, após a morte, foram sepultados na Caverna de Macpela, onde estão Abraão e Sara.

 

JACÓ (ISRAEL)

O nome Jacó, segundo Champlim (2001, p.409), é Yaakov, uma forma abreviada da palavra que significa “Deus protege”, portanto o melhor sentido para o significado deste nome é o último. Silva (2000, p.76) confirma este significado, dizendo que Alguns querem admitir o significado de suplantador, pois suplantou seu irmão; outros o consideram enganador.

O protegido por Deus suplanta suas dificuldades, não com engano, mas recebendo a proteção divina. Enganador não cabe no incidente entre Jacó e Esaú.

Jacó enganou seu pai dizendo que ele era Esaú, mas não enganou a Esaú, pois o direito da primogenitura ele negociou com seu irmão. Não importa que o valor pago tenha sido irrisório, foi o quanto Esaú valorizou. (Silva, 2000, p.76)

A maioria dos problemas de Jacó surgiram a partir do instante que ele faz a negociação do prato de lentilhas pela primogenitura. Estava negociando uma bênção que já era dele. E ele desconhecia o segredo da mãe. Isto foi só o início de um preço que Jacó teria que pagar.

No caminho da fuga, à noite, quando vai descansar, Jacó sonhou com uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; E eis que o Senhor estava em cima dela, e disse:

Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência; E a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra; (Gn 29. 12-14)

Um momento ímpar na vida daquele patriarca em início de jornada, porque recebe a visitação do Senhor que lhe reafirma a promessa feita antes aos seus pais: a promessa de que a sua descendência se multiplicaria sobre a face da Terra:

Peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua descendência darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão teu pai; E multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e darei à tua descendência todas estas terras; e por meio dela serão benditas todas as nações da terra; Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis. Assim habitou Isaque em Gerar. (Gn 26.3-6)

Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência. E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça. (Gn 15. 5,6 )

Estamos diante da mesma promessa que é feita para os três patriarcas. O Senhor mantém a Sua promessa: “De todas as boas promessas do ­Senhor à nação de Israel, nenhuma delas falhou; todas se cumpriram.” (Js 21.45) É por isto que a sugestão para os seus servos é …”Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.” (Hb 10.23)

A promessa do Senhor revifica e Jacó levantou-se animado para conhecer a família, casar-se e trabalhar vinte anos para Labão. Enriquecido, retorna para sua terra em obediência ao Senhor: “E disse o Senhor a Jacó: Torna-te à terra dos teus pais, e à tua parentela, e eu serei contigo.” (Gn 31.3).

No caminho, marca um encontro com seu irmão Esaú: “E os mensageiros voltaram a Jacó, dizendo: Fomos a teu irmão Esaú; e ele vem para encontrar-te, e quatrocentos homens com ele.” (Gn 31.6) Mais um momento marcante de sua vida, porque durante a noite ele se isolou para falar com Deus:

Disse mais Jacó: Deus de meu pai Abraão, e Deus de meu pai Isaque, o Senhor, que me disseste: Torna-te à tua terra, e a tua parentela, e far-te-ei bem; Menor sou eu que todas as beneficências, e que toda a fidelidade que fizeste ao teu servo; porque com meu cajado passei este Jordão, e agora me tornei em dois bandos.

Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú; porque eu o temo; porventura não venha, e me fira, e a mãe com os filhos. E tu o disseste: Certamente te farei bem, e farei a tua descendência como a areia do mar, que pela multidão não se pode contar.

E passou ali aquela noite; e tomou do que lhe veio à sua mão, um presente para seu irmão Esaú: (Gn 32.9-13)

A visão angelical, do exército de Deus, foi um estímulo para o início de sua mudança: encontrar o irmão e a família. Atravessou o Vau do Jaboque, um rio tributário do Jordão, que ficava naquela região da Mesopotâmia. Antes de tudo isto, precisava mudar internamente e encontrar-se com Deus. Foi quando lhe apareceu

um anjo e com Jacó iniciou uma luta física. Nesta luta que durou a noite inteira, a força de Jacó prevalecia e o anjo não conseguia vencê-lo.

Para finalizar esta luta, o anjo tocou na juntura de sua coxa, deslocando-a. No entanto, Jacó declarou: “Não te deixarei ir, se não me abençoares.” (Gn 32. 26 b)

Vemos, então, que o anjo muda o seu nome: “Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste. E Jacó lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço- te, a saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali.” (Gn 33.28,29)

Israel é o nome do patriarca, do pai das doze tribos que formarão a nação que se espalhou por toda Terra: “O relatório, compilado pelo Instituto de Política do Povo Judeu, indica que existem 14,2 milhões de judeus, em todo o mundo, a partir de levantamento efetuado no início de 2015.” (Cresce população judaica mundial. Disponível em:
https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/3030628/jewish/Cresce-Populao- Judaica-Mundial.htm. Acesso em 11 jan.2025)

 

Jornada de Jacó

REFERÊNCIAS:
DAVIS, John D. Dicionário da Bíblia. 22.ed, Trad. Rev. J. R. Carvalho Braga. São Paulo: Hagnos e JUERP, 2002.

ISAQUE. CHAMPLIM, R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 5 ed. São Paulo: Hagnos, 2001, v.3, p.381-384.

JACÓ. CHAMPLIM, R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 5 ed. São Paulo: Hagnos, 2001, v.3, p.409-414.

SILVA, Osmar José da. O dilúvio e os patriarcas. In: Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade. São Paulo: Imprensa da Fé, 2000, v.3.

UNIVERSALIDADE da Bíblia. O mundo dos patriarcas. Disponível em: https://www.universalidadedabiblia.com.br/o-mundo-dos-patriarcas/. Acesso em 11 jan.2025.

Profª. Amélia Lemos Oliveira

Fonte: https://www.portalebd.org.br/classes/juvenis/11167-licao-3-conhecendo-os-patriarcas-i

Vídeo: https://youtu.be/njja93DiPFw

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